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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Os Rabinos da Yeshivá Redonda


A Távola Tropicasher. No centro, de shtreimel, Rebe Arthur.


     - Quem conseguir arrancar este cajado será o rei de Midian!

     Aos poucos, um pastor estrangeiro se aproximava do cajado, e, para a surpresa de todos, puxara-o do solo com a maior moleza.

    - Veja, Itró, este é o redentor, o homem que descende dos patriarcas de Israel e que tem o coração puro e celestial. Somente ele poderia puxar o cajado impuxável do solo.

   - Sim, meus caros, sou forçado a concordar. POVO DE MIDIAN!! Rendam suas homenagens a Moisés, o príncipe egípcio que vai livrar a cara de todos nós deste famigerado faraó!

   - Faraó, faraó, tu já tá virando pó!!! - gritava em brados o povo oprimido do deserto do Sinai, ávido por assistir ao vivo a libertação dos judeus do jugo da escravidão.

  - Papai, papai, posso me casar com ele? É idish e de boa família.

  - Mas Tsipora, você nem bem conhece o moço...

  - Papai, o senhor disse que daria a minha mão a quem puxasse o cajado sagrado do chão em frente à nossa tenda...  

Este cajado está aí desde que o senhor o trouxe do palacio do Faraó, dizendo ter pertencido a Iossêf - José, Vice Rei do Egito),

que o herdou de Iaacov (Jacob),

que o herdou de Itschak (Isaque),

que o herdou de Avraham (Abrahão), 

que o herdou de Shem,

que o herdou de Noach (Noé),

que o herdou de Chanoch,
que o herdou de Adam harishon (Adão, o primeiro homem)...

...e que nele estão gravadas letras estranhas em hebraico que somente este homem poderia decifrar. Vai me arrumar aonde partido melhor que este, enfiados que estamos neste monte de zerisse aguda que é o deserto do Sinai?

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Assim, Moshê desposou Tsipora, que o manteve vivo e dele cuidou até que o Próprio Criador a ele se revelou de dentro da sarça ardente no Monte Sinai. O cajado de Moshê serviu inumeros prodígios, tais como transformar as águas do Nilo em sangue e rachar o Mar Vermelho ao meio. Mas nada disto provinha do cajado, senão do desejo de D-us que este ou aquele milagre fossem por meio dele operados. 

continua em breve, bli neder... 

Alguém Já Gritou e Berrou com Você ? - Meór Hashabat

Shalom! 

Você já teve que lidar com uma pessoa difícil -- um chefe, um colega, um parente? Alguém já gritou e berrou com você, o(a) criticou indevidamente, 'explodiu' em cima de você?
As chances são de que a sua adrenalina disparou e a sua primeira reação foi interrompê-lo(a) e corrigi-lo(a)! Essa seria a resposta típica e habitual. Porém, em seguida, a situação se agrava e quando finalmente acaba, houve um tremendo desgaste e o incidente continua ocupando a sua mente por muitas e muitas horas. Se isso é o que aconteceu, então, saiba: você é humano!
Gostaria de compartilhar com você, querido(a) leitor(a), alguns pensamentos sobre como 'desativar' uma situação destas de modo que não o(a) esgote nem prejudique você e a sua autoestima! Eis aqui o     
PLANO DE 6 PASSOS:
1) NÃO INTERROMPA -- Deixe a pessoa esfriar. Nossos Sábios ensinam no livro Pirkei Avót (Ética dos Pais 4:1): "Não tente apaziguar alguém em seu momento de ira". Evite o forte desejo de 'responder na mesma moeda'. Demonstre que você está levando a pessoa a sério: balance a cabeça, mantenha contato com os olhos. Alguma hora ele(a) vai se cansar.
São necessários dois para discutir. Não discuta. Você não vai ganhar. Se a pessoa está gritando e berrando ao invés de explicar e esclarecer -- a questão provavelmente não é com você. Você não sabe que tipo de dia esta pessoa teve e também não sabe que tipo de infância e experiências de vida a fizeram ser do jeito que ele/ela é. Não a julgue, não leve seus gritos e chiliques para o lado pessoal – apenas lide com a situação.
2) RESPONDER NUM TOM DE VOZ SUAVE -- O Rei Salomão ensinou (no livro Provérbios 15:1): "Uma voz suave afasta a ira". Uma voz suave reduz a intensidade da situação e reduz o tom das emoções.
é preciso procurar se acalmar

3) ENCONTRE ALGO POSITIVO PARA RESPONDER -- Com toda a raiva e injúrias que está sofrendo, há provavelmente algo que você pode aprender e levar em consideração ou - ao menos - concordar. Responda de forma curta e doce: "Este é um bom ponto. Obrigado por me deixar saber". (Tenho um amigo que tem uma estratégia de 3 pontos que ele diz que sempre funciona quando sua esposa está zangado com ele: 1) Ele diz: "Sim, querida". 2) Se isto não a acalma, ele diz: "Desculpe, querida". 3) e sua resposta final .... "Eu sou apenas um homem").
As pessoas querem ser ouvidas, querem ser levadas a sério. Precisamos responder de uma forma adequada e comedida. Como é possível fazer isso com as emoções em erupção?
4) REDEFINA O FOCO - O Rabino Noah Weinberg, o fundador da Aish HaTorah, reforçava essa ideia com o seguinte exemplo: Você está andando na rua e lá na frente do Hospital Psiquiátrico está um indivíduo em pijamas listrado e descalço -- obviamente um paciente. Ele olha para você e diz: "Você é a pessoa mais feia que já vi. Não posso acreditar que D'us viu por bem colocar você no mundo!" Perguntou o Rabino Weinberg: "Você vai levar essas palavras a sério, entrar em depressão e voltar para a cama? Não! Você dirá: "Puxa, o cara tem problemas sérios; espero que não seja violento, também!"
Nossos Sábios ensinam que uma pessoa não erra a não ser que entre nela um espírito de insanidade temporária. Eles também ensinam que é uma enorme transgressão menosprezar/humilhar alguém, especialmente em público. Você ficaria com raiva de uma pessoa louca? Se isso não estivesse acontecendo com você, provavelmente você teria compaixão e comiseração por esta pessoa. Considere que o que está sendo 'atirado' em você está vindo de uma pessoa insana; seja misericordioso e compreensivo!
5) SAIBA QUEM ESTÁ COM PROBLEMAS -- Se alguém está berrando e gritando, ele/ela está com o problema. A menos que a pessoa esteja tentando evitar que alguém atravesse a rua e seja atropelado por um caminhão, gritar e fazer escândalo é uma manifestação de suas próprias dificuldades e falta de autoestima. Todos sabem que se desejamos ajudar alguém a mudar seu comportamento, gritar e berrar não funciona. Se o problema é dele(a), você pode relaxar um pouco.
6) CONCENTRE-SE NO MÉRITO DE NÃO RESPONDER -- Nossos Sábios nos ensinam que se alguém nos menospreza ou ofende e não respondemos, podemos usar este grande mérito para que nossas orações sejam respondidas positivamente. Ao invés de nos concentrarmos sobre o ataque verbal, foquemos sobre quais orações queremos que sejam atendidas!

Se pudermos integrar essas ideias ao nosso dia-a-dia, nos pouparemos de um monte de sofrimento e dores de cabeça -- e, quem sabe, talvez até recebamos um pedido de desculpas!

tradução: Gerson Farberas

O que o Talmud diz sobre o Natal e o Shopping Center?

O Talmud, no Tratado Avodá Zará (cultos estranhos), debate o seguinte tema:

Nos dias que antecedem, no próprio dia e nos dias que sucedem uma celebração pagã, podemos comprar, vender, alugar, arrendar, negociar ou tirar proveito de alguma forma das mercadorias e oportunidades oferecidas neste ínterim?

A resposta começa citando as Calendas romanas (daí a palavra Calendário), quando estes a festejavam regados à bebida e mesa farta, promiscuidade, confusão social, sacrificando animais e levando oferendas aos seus deuses.

Mais tarde, este debate estendeu-se ao Natal, igualando-o em conteúdo às atividades pagãs dos romanos e também dos persas, povos com os quais o povo judeu mantinha estreito contato. A propósito, alguns setores do mundo cristão concordam com a idéia do Natal ser uma festa pagã e muitos chegaram até a proibi-lo.

Voltando ao Talmud: se a festa ocorresse na terra dos povos pagãos, um judeu que lá estivesse poderia negociar mercadorias até três dias antes e um dia após a festa, mas não no dia em que ela ocorria. 

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Exemplo: no dia de uma Calenda os romanos poderiam querer comprar tecidos de um judeu, porém este estava proibido de vendê-lo pois este tecido, ou alimentos poderiam ser utilizados para Avodá Zará (culto pagão).

Em Israel esta lei era mais rigorosa: um judeu não poderia negociar nada com um pagão à partir de três dias antes, até três dias após sua festividade.

O que acontece hoje em dia?

Hoje em dia só temos praticamente o Natal com este peso, por simbolizar o nascimento (embora já desmentido pela própria Igreja), de um semi-deus igual ao modelo romano.

Contudo, como esta festividade já vinha se tornando de aspecto secular e, de algumas décadas para cá, totalmente mercantilístico, há um consenso entre os rabinos de que não há empecilho algum em aproveitas as pechinchas natalinas, tanto antes quanto depois deste.

Então... sejam bem vindos ao









Chanucá via Hilel ou Shamai?


Hilel e Shamai eram rabinos chefe de duas acadêmicas talmúdicas em Israel, no século 1 da Era Comum.

Suas academias chamavam-se Beit Shamai e Beit Hilel.

De um modo geral (mas nem sempre), a Casa de Hilel era mais leniente e tolerante em termos de Lei Judaica, do que a Casa de Shamai. 

No tocante a Chanucá, Shamai decretou que devemos acender oito velas no primeiro dia, sete no segundo, e assim por diante durante os oito dias desta festividade.

Já Hilel sustentou que devemos acender uma vela no primeiro dia, duas no segundo, e assim por diante, até acendemos oito velas no oitavo dia.

Qual a diferença entre estes dois enfoques?

Shamai focava no lado físico do milagre: a cada dia haveria menos azeite até acabar.

Hilel focava no lado espiritual do milagre: a cada dia que passava deveria haver menos azeite, mas isso não acontecia!

No final, a Halachá (Lei Judaica) acabou ficando segundo Hilel.

Qual lição devemos nos nossos dias sobre estes dois enfoques?


 אם אין אני לי, ברזיל לי   
MORE TROPICASHER ON 

Meór HaShabat Semanal - Hanucá

BOM DIA! Feliz Hánuca! A primeira vela foi acesa terça-feira passada, dia 12, logo após o pôr do sol. A cada dia acendemos uma vela a mais: na quarta-feira, 2 velas, na quinta-feira, 3 velas, e assim por diante, até chegarmos a 8 velas na próxima terça-feira à noite, dia 19 de dezembro. Nesta próxima sexta-feira, 15 de dezembro, acendemos as velas de Hánuca (4 velas) antes do pôr do sol (e antes das velas de Shabat).
            Diversos leitores querem saber mais detalhes sobre o que é Hánuca e como a comemoramos. Eis uma sinopse desta tão querida festividade:


            Existem duas maneiras pelas quais os nossos inimigos tentaram nos destruir durante a História. A primeira foi através da aniquilação física, sendo a última grande tentativa o Holocausto. A segunda foi através da assimilação cultural. Purim é a celebração anual de nossa sobrevivência física. Hánuca é a celebração anual de nossa sobrevivência espiritual, apesar das inúmeras tentativas de nos destruir através da assimilação cultural.
            Em 167 A.E.C., o imperador greco-sírio Antióhus resolveu destruir o Judaísmo banindo três mitsvót: O Shabat, a Santificação do Novo Mês (estabelece-se o primeiro dia do mês pelo testemunho de duas pessoas que viram o nascer da lua nova) e o Brit Milá (a entrada dos meninos no Pacto de Avraham, através da circuncisão). O Shabat significa que D’us é o Criador e o Mantenedor do Universo, que Sua Torá é o mapa da criação, contendo seus significados e valores. Santificar o Novo Mês serve para determinar a data dos Feriados Judaicos. Sem isto seria o caos. Por exemplo, Sucót cai no 15º dia de Tishrei. O dia em que isto ocorrerá depende da declaração do primeiro dia de Tishrei. O Brit Milá é o símbolo do nosso pacto especial com o Todo-Poderoso. Todos os três mantêm nossa integridade cultural e eram, portanto, uma ameaça à Cultura Grega.
            Matitiáhu e seus 5 filhos, conhecidos como os Macabeus, iniciaram a revolta e, três anos depois, conseguiram expulsar os opressores de Israel. A vitória foi um milagre (proporcionalmente, seria como se Israel vencesse todas as superpotências mundiais de hoje, juntas). Tendo conseguido recuperar o controle do Templo Sagrado, em Jerusalém, desejaram colocá-lo em funcionamento imediatamente. Precisavam de azeite de oliva, ritualmente puro, para reacender a Grande Menorá do Templo. Porém, somente um frasco de azeite foi encontrado intacto, suficiente para queimar por apenas um dia, sendo que precisavam de uma quantidade que durasse oito dias, até que um novo azeite, ritualmente puro, pudesse ser produzido. Um milagre ocorreu e aquele azeite, suficiente para um só dia, ardeu por 8 dias.
            Daí acendermos velas de Hánuca (ou, melhor ainda, recipientes com azeite de oliva) por oito dias. Um no 1º dia, dois no 2º, e assim por diante. A primeira vela é colocada no lado direito da hanukiá (ou Menorá) e, a cada dia, uma nova vela é acrescentada imediatamente à sua esquerda. Na primeira noite recitamos três brahót e duas nas noites subseqüentes. Acendemos a vela sempre a partir do lado esquerdo (a vela do dia), seguindo em direção ao lado direito da hanukiá. A hanukiá deve ter todos seus ‘braços’ alinhados e na mesma altura. A tradição Ashkenazi é que cada homem acima de 13 anos acende sua própria hanukiá, enquanto que a tradição Sefaradi é acender uma única hanukiá por toda a família. As bênçãos podem ser encontradas no Sidur, o livro de preces. Mesmo sendo permitido acender as velas dentro de casa, é preferível acendê-las onde os passantes da rua possam ver suas chamas, para divulgar o milagre de Hánuca. Em Israel, muitas pessoas acendem as velas do lado de fora das casas, em caixas de vidro ventiladas feitas especialmente para se colocar a hanukiá.
            A tradição de comer látkes, panquecas de batata, é para recordarmos o milagre do óleo (látkes são fritas em óleo). Em Israel, a tradição é comer sufganiót, sonhos recheados com geléia. O dreidel, um pião com quatro lados, tendo as letras hebraicas Nún, Guímel, Hêi e Shín (as primeiras letras de Nês Gadól Hayá Shám: Um Grande Milagre Aconteceu Lá -- em Israel) é o jogo tradicional. Nos tempos da perseguição, onde estudar Torá era proibido, os Judeus estudavam escondidos e, quando os soldados gregos vinham investigar, rodavam o dreidel e fingiam estar apostando. As regras: Nún - ninguém ganhou; Guímel - o que rodou leva tudo; Hêi - o que rodou leva a metade; Shín - o que rodou tem que colocar na mesa o equivalente ao que foi apostado. Ganha quem acumular mais fichas no menor tempo!

VOCÊ GOSTARIA  DE  PROPORCIONAR  ÀS  FAMÍLIAS  CARENTES  UM  HÁNUCA MELHOR?

Dezenas de famílias não têm condições de adquirir produtos alimentícios. A instituição O.I.S.E.R  está se esforçando muito para prover produtos casher para estas famílias carentes. É uma instituição muito séria e eu também a ajudo com dinheiro. Envie sua contribuição para:
ORGANIZAÇÃO ISRAELITA O.I.S.E.R - BANCO BRADESCO – AG. 0114 – C/C 79.589-5 CNPJ: 45.884.426/0001-93    Maiores informações com a Sra. Rivka – tel: 0XX11-3062-9710
Cumpra esta mitsvá especial de ajudar os carentes a terem alimentos para suas famílias!
Porção Semanal da Torá:   Mikets    Bereshit (Gênesis)   41:01 - 44:17

            O Faraó sonha com vacas e com espigas e exige que alguém interprete seus sonhos. O encarregado dos vinhos do palácio relembra a habilidade de Yossef (José) de interpretar os sonhos. Daí o trazem da prisão. O Faraó reconhece a verdade na interpretação feita por Yossef (de que haveria sete anos de fartura, seguidos por sete anos de fome) e o promove ao posto de segundo-homem no comando de todo o país, com a missão e a permissão de preparar o país para enfrentar o período de fome.
            Dez dos irmãos de Yossef vêm ao Egito comprar comida. Ele os reconhece, mas não é reconhecido. Yossef os acusa de serem espiões e os coloca numa série de situações para que trouxessem seu irmão caçula, Benjamim, ao Egito. Porém, quando Benjamim vem, Yossef o acusa de ter roubado sua taça de vinho mais especial. Querem saber o porquê? Semana que vem  ...  o grande desfecho !

Dvar Torá:      baseado no livro Living Each Day, do Rabino Dr. A. Twersky

Hilel, o grande Rabino, ensinou que na primeira noite de Hánuca acendemos uma vela e a cada noite sucessiva acrescentamos mais uma, até que no oitavo dia estaremos com oito velas acesas. Porque Hilel prescreveu este método para comemorarmos os oito dias de Hánuca? Não seria mais belo e impressionante acender oito velas a cada noite?
Há aqui duas importantes lições a aprendermos: (1) Precisamos sempre nos esforçar para crescer e aumentar nossa espiritualidade. Não é possível ficar espiritualmente parado – ou a pessoa avança ou regride. (2) É um equívoco querer agarrar muito de uma vez só. Crescer espiritualmente é como subir uma escada. Se a pessoa quiser subir muitos degraus em um passo só, provavelmente acabará caindo. É por isto que acrescentamos às luzes de Hánuca apenas uma vela a mais por dia!

Outra Pergunta de Hánuca

Semana passada trouxemos a famosa pergunta de Hánuca: Se foi encontrado azeite de oliva suficiente para queimar por apenas um dia na Menorá do Grande Templo Sagrado de Jerusalém – e o azeite durou oito dias, então o milagre foi apenas os sete dias adicionais de iluminação. Por que celebramos Hánuca por oito dias e não sete? E trouxemos algumas respostas na edição anterior.
Esta semana gostaria de lhes trazer outra famosa pergunta: por que celebramos o milagre do azeite que durou 8 noites se a verdadeira salvação de Hánuca foi a vitória do Macabeus sobre a superpotência da época, os greco-sírios? Esta vitória não foi menos milagrosa e, no entanto, recebe apenas uma pequena menção em nossas orações. Eis 2 respostas do livro Inside Chanukah, do Rabino Aryeh P. Strickoff:
  1. Os judeus celebram a sua própria salvação e não a ruína dos outros. O milagre do azeite é sobre a edificação do povo judeu; a vitória na guerra é sobre a derrota dos greco-sírios. 
  2. O azeite representa a pureza e a santidade; a guerra – morte, destruição e impureza.
Horário de Acender Velas de SHABAT (15 de dezembro)
IMPORTANTE: as Velas de Hánuca devem ser acesas ANTES das Velas de Shabat!
S. Paulo: 19:29 h  Rio de Janeiro 19:14  Recife 17:11  Porto Alegre 20:03  Salvador 17:35  Curitiba 19:44
B. Horizonte 19:10  Belém 17:55  Brasília 19:18 Jerusalém 15:59  Tel Aviv 16:16 Miami 17:13 Nova York 16:11


Yurzeits desta semana - em memória de Rav Eliezer Zev Rosenbaum of Rackov (1998)

por Manny Saltiel - yahrzeit_group@googlegroups.com



Domingo 15 Kislev

Rav Yehuda HaNassi, filho de Rav Shimon ben Gamliel e redator da Mishna (120-192 CE). O Shelah HaKadosh escreve: "Kabalah BiYadi - um baki - bem versado - em Mishnayot não verá o rosto do Guehenom. "

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Túmulo de Rabi Yehudá Hanassi em Israel.

Rav Avraham Ibn Ezra (o segundo), autor de Batei Kenesiyot (1760).

Rav Ze'ev de Zhitomer, o Ohr Hamei'ir (1799)

Rav Eliezer Fishel de Brody (1811)

Rav Simcha Bunim (ben Avraham Shmuel Binyamin) Sofer de Pressburg (1842-1906), autor de Shaarei Simcha e Shevet Sofer. Nascido em Pressburg, Hungria (agora Bratslava, Eslováquia), filho do Ketav Sofer, neto do Chatam Sofer, e bisneto de Rav Akiva Eiger. 

Rav Raphael Even Tzur, Rav of Fez, Marrocos (1916)

Rav Dovid (ben Yitzchak) Twersky de Skver (1919). Ele deixou Skver para Kiev em 1914, seguindo a Revolução bolchevique. Seu filho mais velho, Mordechai, foi nifatr no mesmo ano. Rav Mordechai foi então sucedido por seu próprio filho, Rav Yitzchak.

Rav Dovid Hakohen Leibowitz (1890-1941). Nascido em Varsóvia, estudou na yeshiva de Radin como adolescente, onde realizou sessões de estudo privadas com seu tio-avô Chofetz Chaim por 12 horas por dia. Transferiu para os Estados Unidos seu estilo único de estudar Talmud, bem como a escola Slobodka de mussar. Foi sucedido como Rosh Yeshiva por seu filho, Rav Hanoch Leibowitz, que faleceu em 2008.


Segunda-feira, 16 Kislev

Rav Yaakov (ben Epharim Naftali) de Lublin (1644), pai de Rav Herschel de Cracóvia

Rav Shaul Yedidya Elazar (ben Yisrael) Taub, o segundo Rebe Modzitzer (1886-1947). Nascido em Osherov, ele assumiu a liderança de Modzitz após a morte de seu pai, o Divrei Yisrael, em 1920. Em 1938, ele fugiu da Polônia devido à perseguição nazista e viajou para Vilna, e de lá se dirigiu para o Japão. Eventualmente, com a ajuda de algum Modzitzer Chassidim, ele e alguns membros da família chegaram às margens de São Francisco e depois se mudaram para o Brooklyn em 1940. Reb Shaul foi provavelmente o compositor chassídico mais prolífico de todos os tempos com o total de produção com cerca de 1000 composições . Seus ensinamentos foram coletados nos volumes de Imrei Shaul e Yisa Bracha.

Rav Dovid Leib Schwartz de Bnei Brak, "Der Heiliger Tzadik" (1999)

Rav Menachem Kalish de Amshinov (1860-1917). Sucediu a seu pai em 1878, aos 18 anos. Um de seus filhos, Rav Yosef, tornou-se Rebe em Amshinov, enquanto seu segundo filho, Rav Shimon Shalom, tornou-se um Rebe em Otvotsk. Quando Rav Yosef faleceu, em 1935, seu filho Rabi Yaakov Dovid (1906-1942) foi imediatamente nomeado como seu sucessor. Seu tio, Rav Shimon Shalom, fugiu para Xangai, onde ajudou o Mir yeshiva a escapar e, depois da guerra, foi para a América. Após sua passagem em 1954, ele foi sucedido por seu filho, Rav Yerachmiel Yehuda Meir, que criou um tribunal no bairro Yerushalayim de Bayit Vegan. O filho do Rav Yerachmiel Yehuda Meir, rabino Yaakov Aryeh Milikowski, o sucedeu em 1976. Rav Yitzchak Kalish, filho de Rav Yosef, tornou-se o Rebe de Amshinover chassidim na América. Do próprio Amshinov, nada permaneceu.



Terça-feira, 17 Kislev


Rav David Teveli de Volna, genro do Maharshal (1566)

Rav Shlomo (ben Natan Netah) Shapiro, filho do Megaleh Amukot. Foi assassinado por Kidush Hashem durante os decretos antissemitas de Tach veTat (1647)

O santo Rav David de Podheitz, queimado até a morte, Kidush Hashem (1652)

Rav Yosef Yoizel (ben Shlomo Zalman) Horowitz, Alter de Novardok (1849 [1858] -1919).

Rav David Teveli de Volna, genro do Maharshal (1566)

Rav Shlomo (ben Nosson Notah) Shapiro, filho do Megaleh Amukos. Ele foi assassinado por Kiddush Hashem durante os gezeiros Tach veTat (1647)

Rav David de Podheitz, queimado até a morte, Kidush Hashem (1652)

Rav Yosef Yoizel (ben Shlomo Zalman) Horowitz, Alter de Novardok (1849 [1858] -1919).

Rav Shlomo Heiman, Rosh Yeshiva de Beis Medrash Elyon, Tora Vadaat (1893-1944).

Rav Avraham Yochanan Blumenthal (1877-1966). Começou um orfanato para os destituídos de Yerushalayim durante a Primeira Guerra Mundial. Beit Zion Blumenthal foi continuado por seu neto, Rav Eliezer Rakovsky (d. 1996) e seu bisneto, Rav Baruch Rakovsky.

Rav Chaim Pinchas (ben Yechiel Meyer) Lubinsky (1914-1985). Nascido na cidade de Blashke, perto de Lodz. Depois de vários anos, mudou-se para os Estados Unidos e ajudou a estabelecer a primeira Guerer Yeshiva. Foi enterrado em Har Hazeitim.

Rav Yerachmiel (ben Tzvi Yehudah) Zelcer (1917-2010). Criou Ner Le'Meah, que fornece 100 respostas para a famosa questão de Beit Yosef sobre Chanukah.

Rav Eliezer Fishel de Brody (1811)

Rav Simcha Bunim (ben Avraham Shmuel Binyamin) Sofer de Pressburg (1842-1906), autor de Shaarei Simcha e Shevet Sofer. Nascido em Pressburg, Hungria (agora Bratslava, Eslováquia), ele era o filho do Ketav Sofer, o neto do Chatam Sofer, e um bisneto de Rav Akiva Eiger. Ele conseguiu seu pai como Rav e Rosh Yeshiva em Preessburg em 1872, aos 29 anos, o yeshiva alojando mais de 400 talmidim na época. Ele próprio foi sucedido por seu filho, Rav Akiva Sofer, o Daas Sofer. Curiosamente, três gerações contínuas - o Chasam Sofer, o Ketav Sofer e o Shevet Sofer - todos serviram como Rav de Pressburg por 33 anos. 

Rav Raphael Even Tzur, Rav of Fez, Marrocos (1916)



Quarta-feira 18 Kislev

Rabbeinu Avraham ben HaRambam, o único filho do Rambam, nascido com ele por sua segunda esposa. Nascido em Fostat, Egito (1186-1238). Autor de Hamaspik L'avdei Hashem.

Rav Aryeh Leib Darshan de Posen (1736)

Rav Baruch (ben Yechiel Michel) de Mezhbizh (1756 [ou 1753] -1811), filho de Adel (Hudel), a única filha do Baal Shem Tov. Educado por Rav Pinchas de Koritz e Maggid de Mezritch, ele começou a servir como Rebe em Tulchin. Após a morte de seu irmão mais velho, o Degel Machane Ephraim em 1798, Rav Baruch estabeleceu-se em Mezhibizh.

Rav Yekutiel Shmelke de Sassov (1857)

Rav Yosef Yitzchak (ben Menachem Mendel) de Ovritch, filho do Tzemach Tzedek de Lubavitch, e pai de Rebbitzen Shterna Sarah, que era a esposa do Rebe RaShaB (1877).

Rav Mordechai Alishberg de Boisk (1889)

Rav Chaim Tzvi (ben Yaakov) Ehrenreich, autor de Shu "T Kav Chaim (1875-1936).

Rav Eliezer Zev Rosenbaum de Rackov (1998)

Rav Tzvi Menachem Teller, Rosh Yeshiva no Beit Midrash L'Torah (Skokie Yeshiva) (1951-2007). Seus pais eram Guerer Chassidim de linhagem distinta, descendente de Rav Yitzchok de Vorki. Com o conselho do Guerer Rebe, o Bait Yisrael, o jovem Tzvi Teller foi a Yeshiva, um estilo lituano. Ele aprendeu no Ponovezh Yeshiva por sete anos como um talmid de Rav Dovid Povarsky e Rav Shmuel Rozovsky. Depois de se casar, o casal mudou-se para Seattle, onde Rav Tzvi tornou-se diretor por 3 anos. Em 1975, eles se mudaram para Skokie.

Rav Levi Yitzchak Horowitz, o Bostoner Rebbe (2009)



Quinta-feira, 19 Kislev

Rav Dov Ber (ben Avraham), o Maggid de Mezritch (1704-1772). As antologias clássicas de seus ensinamentos são Likutei Amarim, Torah Ohr e Ohr HaEmmes.

Rav Yitzchak Chai Taib da Tunísia, autor de Cheilev Chitim (1835)

Rav Moshe Tzvi Neriyeh, Beis Midrash Lamed Daas (1995)

Rav Menachem Nachum (ben Mordechai) de Tolna (1869-1915), filho de Rav Mordechai Twersky, o único filho de Rav Dovid Twersky para sobreviver à infância. Seu pai morreu quando ele tinha oito anos e Rav Menachem Nachum tornou-se Rebe de Tolna na morte do avô.

Rav Shaul Mekiketz Shelai, nascido em Djerba, uma das duas principais cidades da Tunísia, filho de Rav Matuk Sali, e neto de Emmanuel Shelai. Seu trabalho final, Bayit Va'Shem foi publicado póstuma em 1975. Anexado é Va'Yatek Mi'Sham, oferecendo diretrizes e idéias sobre a criação de crianças.

  

Sexta-feira, 20 Kislev

Rav Meshulam Feivish (ben Dov Berish) de Kremenitz (Kreminch), Mishnas Chachamim (1774)

Rav Dov Beirish (ben Moshe) de Oshpitzin, autor de Divrei Tzaddikim (1837)

Rav Baruch (ben Menachem Mendel) Hager de Vizhnitz, o Imrei Baruch (1845-1892).

Rav Yitzchak (ben Chaim Yoel) Hutner, Rosh Yeshivas Rabbeinu Chaim Berlim, autor de Pachad Yitzchak (1907-1981).

Rav Yochanan (ben Dovid) Twersky, o Rachmastrika Rebe (1981). Ele era o primo do Rebbe Belzer. Ele foi enforcado na Rússia como adolescente, mas foi salvo por um milagre. Mais tarde, ele se mudou para Eretz Yisrael. Sua filha, Malka casou-se com o primeiro Boyaner Rebbe, Reb Yitzchak Friedman, o Pachad Yitzchak.

Rav Hirsh (ben Avraham Noach) Paley (1911-2006 [?]). Nascido em Shklov, na Lituânia. A família imigrou para Eretz Yisrael quando Reb Hirsh tinha quatorze anos. Seu pai tornou-se o mashgiach em Yeshivas Chevron. Rav Hirsh viajaria com seu amigo de toda a vida, Rav Shalom Schwadron, para ouvir Rav Elya Lopian em Yerushalayim, a quem ele considerava seu rebbi muvhak e mais. Rav Hirsh foi o último membro sobrevivente da comunidade Chevron após os distúrbios de 1929. Em 1965, ele se casou com Menuchah, filha de Rav Shlomo Zalman Pines. Ela foi um dos primeiros talmidos de Sara Schenirer e atuou como mecânico nas Escolas Bais Yaakov por mais de seis décadas, tanto em Tel Aviv quanto em Yerushalayim. Mudaram-se para Tel Aviv, onde Rav Hirsh estudou em Kollel Heichal HaTalmud, fundado por seu pai. Mais tarde, tornou-se Mashgiach na Chevron Yeshiva.



Próximo Shabat, 21 Kislev


Shimon ben Yaakov Avinu (1566-1446 B.C.E.) [24 Kislev per Yated 2007]

Rav Binyamin Rappaport, Rav of Kalisch (1770)

Rav Yaakov Kopel Charif, Rav of Verboi (1835)

Rav Yaakov Meir (ben Chaim) Padwa de Brisk, autor de Mekor Mayim Chaim, um comentário sobre Shulchan Aruch Yoreh Deah (1854).

Rav Naftali de Tcherkas (1863).

Rav Yosef (ben Betzalel) Pressburg, Rabino Chefe de Mattersdorf, autor de Tiferet Yosef (1923).

Rav Moshe Shmuel Brisk de Budapeste (1940)

Rav Yochanan (ben Yisrael) Perlow, o sétimo Rebe da dinastia Stolin-Karlin (1900-1956).


Rav Tzvi Hersh Pesach (ben Yehuda Leib) Frank (1873-1961). 



Mezonot na casquinha ou Shehacol no sorvete?

Bs"d 
O dilema do Sorvete:
Mezonot na casquinha ou Shehacol no sorvete?


Entre os vários dilemas que surgem ao degustar de um sorvete, um dos mais frequentes que aparecem logo após a difícil decisão de escolher o sabor, é qual Brachah deveria ser feita. Além da proibição de comermos sem fazer uma Brachah, que se compara ao roubo por desfrutarmos dos prazeres deste Mundo sem reconhecer a sua Fonte, existe também uma dúvida sobre qual Brachah deveria ser feita nesta situação.

Será que deveríamos fazer uma Brachah na bola do sorvete (shehakol), na casquinha (mezonot) ou nos dois? Caso deveríamos fazer duas Brachot, existe uma ordem a ser obedecida para evitarmos de incluir a Brachah mais específica (mezonot) na Brachah mais geral (shehakol) e perder a oportunidade de fazer 2 brachot. Caso deveríamos fazer somente uma Brachah, falar duas seria considerado uma Brachah sheina Tzricha – uma Brachah desnecessária, o que nos levaria a pronunciar o nome de Hashem em vão, chas veShalom. O que fazer?

Uma das regras importantes das leis de Brachot é o princípio de Ikar Tafel – o principal e o secundário. Isto é, quando existe na comida um elemento principal e um secundário, basta fazer a Brachah no principal e isto isenta da Brachah o elemento secundário . Por exemplo, num prato de feijão com arroz, o arroz é considerado principal e o feijão é considerado o secundário, por ser um acompanhamento ao arroz: o correto é fazer a Brachah somente no arroz e isentar assim o feijão. Num caso onde a intenção é de se comer o Hering, mesmo que a sua Brachah seja Shehakol, já que comemos a bolachinha só para acompanhar o peixe, fazemos a Brachah sobre o peixe e isentamos a bolacha. Assim sendo, qual dos elementos no sorvete seria o principal e qual seria o secundário: a casquinha ou o sorvete?

A maioria dos Poskim  sustentam que o principal do sorvete é a bola, enquanto que a casquinha é uma utilidade (comestível!) que segura o sorvete para que possamos desfrutar sem sujarmos nossas mãos.Aplicando o princípio de Ikar e tafel, basta fazer a Brachah de Shehakol no sorvete e isentamos a casquinha. O Ohr Letzion afirma que mesmo quando se tratam de casquinhas mais doces e sofisticadas, também são incluídas na Brachah do sorvete. Este princípio se aplica até para o pedaço de casquinha que sobra no final e é ingerido sem sorvete, que foi incluído na brachah inicial do sorvete, que comemos para evitar de jogá-lo fora e não infringir Bal Tashchit(Não desperdiçarás). Caso alguém goste muito da casquinha, e está comendo o sorvete pela casquinha também, poderia fazer as duas brachot, comendo um pedaço de Mezonot antes e o sorvete depois.

Num caso de Sanduíche de sorvete, onde existem duas camadas grossas de bolacha, neste caso o sorvete se torna um recheio e o principal é o Mezonot, e portanto afirma o Ohr LeTzion que fazemos somente Mezonot por ser o principal e também ser o  elemento farináceo algo que sempre é importante quando é adicionado pelo gosto.

Embora existam algumas tecnicalidades ao fazermos uma Brachah, não podemos esquecer o grande prazer que nos é proporcionado e a sensibilidade de como percebê-lo. O Talmud afirma que ao fazermos uma Brachah estamos reconhecendo que toda a Criação é Kodesh e Hashem nos deu-a para podermos utilizá-la da forma correto, e assim nos aproximarmos dele. Quanto estudamos as leis de Brachot e fazemos uma Brachá, temos um prazer extra, além do prazer material: o prazer da percepção que este alimento foi projetado sob medida para me proporcionar este deleite. Dizem que pessoas normais falam a Brachah para poderem comer...e os Tzadikim comem para poderem fazer uma Brachah.
 

             

Yitzchak Benroubi
 
Estas questões só foram trazidas aqui como uma forma de despertar a curiosidade, a beleza e a profundidade do estudo da Halachá. Qualquer dúvida na prática deve ser consultada com uma autoridade Rabínica.

 
 
 
    

                                                                  Bs"d                                                                                   O dilema do Sorvete:  Mezonot na casquinha ou Shehacol no sorvete?


Entre os vários dilemas que surgem ao degustar um sorvete, um dos mais frequentes que aparecem logo após a difícil decisão de escolher o sabor, é qual Brachah deveria ser feita. Além de existir uma proibição comparada ao roubo ao desfrutarmos dos prazeres deste Mundo sem reconhecer a sua Fonte quando comemos sem fazer uma Brachah, existe também uma dúvida sobre qual Brachah deveria ser feita nesta situação.

Será que deveríamos fazer uma Brachah na bola do sorvete (shehakol), na casquinha (mezonot) ou nos dois? Caso deveríamos fazer duas Brachot, existe uma ordem a ser obedecida para evitarmos de incluir a Brachah mais específica (mezonot) na Brachah mais geral (shehakol) e perder a oportunidade de fazer duas brachot. Caso deveríamos fazer somente uma Brachah, falar duas seria considerado uma Brachah sheina Tzricha – uma Brachah desnecessária, o que nos levaria a pronunciar o nome de Hashem em vão, chas veShalom. O que fazer?

Uma das regras importantes das leis de Brachot é o princípio de Ikar Tafel – o principal e o secundário. Isto é, quando existe na comida um elemento principal e um secundário, basta fazer a Brachah no principal e isto isenta o elemento secundário da Brachah. Por exemplo, num prato de feijão com arroz, o arroz é considerado principal e o feijão é considerado o secundário, por ser um acompanhamento ao arroz, o correto é fazer a Brachah somente no arroz e isentar assim o feijão. Num caso onde a intenção é de se comer o Hering, mesmo que a sua Brachah seja Shehakol, já que comemos a bolachinha só para acompanhar o peixe, fazemos a Brachah sobre o peixe e isentamos a bolacha. Assim sendo, qual dos elementos no sorvete seria o principal e qual seria o secundário: a casquinha ou o sorvete?

A maioria dos Poskim  sustentam que o principal do sorvete é a bola, enquanto que a casquinha é uma utilidade (comestível!) que segura o sorvete para que possamos desfrutar sem sujarmos nossas mãos.Aplicando o princípio de Ikar e tafel, basta fazer a Brachah de Shehakol no sorvete e isentamos a casquinha. O Ohr Letzion afirma que mesmo quando se trata de casquinhas mais doces e sofisticadas, também são incluídas na Brachah do sorvete. Este princípio se aplica até para o pedaço de casquinha que sobra no final e é ingerido sem sorvete, que foi incluído na brachah inicial do sorvete, que comemos para evitar de jogá-lo fora e não infringir Bal Tashchit(Não desperdiçarás). Caso alguém goste muito da casquinha, e está comendo o sorvete pela casquinha também, poderia fazer as duas brachot, comendo um pedaço de Mezonot antes e o sorvete depois.

Num caso de Sanduíche de sorvete, onde existem duas camadas grossas de bolacha, neste caso o sorvete se torna um recheio e o principal é o Mezonot, e portanto afirma o Ohr LeTzion que fazemos somente Mezonot por ser o principal e também ser o  elemento farináceo algo que sempre é importante quando é adicionado pelo gosto.

Embora existam algumas tecnicalidades ao fazermos uma Brachah, não podemos esquecer o grande prazer que nos é proporcionado e a sensibilidade de como percebê-lo. O Talmud afirma que ao fazermos uma Brachah estamos reconhecendo que toda a Criação é Kodesh e Hashem nos deu-a para podermos utilizá-la da forma correto, e assim nos aproximarmos dele. Quanto estudamos as leis de Brachot e fazemos uma Brachá, temos um prazer extra, além do prazer material: o prazer da percepção que este alimento foi projetado sob medida para me proporcionar este deleite. Dizem que pessoas normais falam a Brachah para poderem comer...e os Tzadikim comem para poderem fazer uma Brachah.
 

             

Yitzchak Benroubi
 
Estas questões só foram trazidas aqui como uma forma de despertar a curiosidade, a beleza e a profundidade do estudo da Halachá. Qualquer dúvida na prática deve ser consultada com uma autoridade Rabínica.

MMA bíblico: Yaacov x Anjo - Ong Torá


ONG TORÁ NEWSLETTER - 1163 inscrições
Nossa Parashá é dedicada ao Yhortzeit de
Esther Bat Olga Chammah que Hashem à tenha no Gan Éden
תנצב’’ה כ’’ב כסלו

 
Vayshlach

 
Nossa Parashá nos conta que Yaakov Avinu lutou contra um anjo e venceu.
 
Como pôde Yaakov, um ser humano, ter lutado contra um anjo, uma criatura espiritual, e ainda vencer?
 
Diz o Zohar que esse anjo é um dos setenta anjos responsáveis pelos setenta povos do mundo e ele era o anjo de Essav e dos seus futuros descendentes.
 
O anjo para poder interagir nesse mundo é obrigado a se revestir em uma forma material, e por isso Yaacov conseguiu materialmente lutar contra ele e vencer.
 
Mesmo assim o anjo conseguiu ferir o tendão da perna de Yaakov. Essa luta material obviamente tinha uma sincronização espiritual que era seu motivo principal , e pelo fato do anjo ter ferido a perna de Yaakov todo profeta judeu que tentasse  profetizar o final de Essav cairia no chão e não conseguiria incorporar essa profecia para trazê-la ao mundo material.
 
Por isso, diz o Zohar, o profeta Ovadiahu (Obadias) que se converteu ao judaísmo proveniente de Edom que era o país original dos descendentes diretos de Essav, foi escolhido para falar essa profecia, sendo que sobre ele não recaiu esse ferimento espiritual causado pelo anjo de Essav.

 
Porque Yaakov precisou da benção desse anjo que era nada mais nada menos que o anjo de Essav, um anjo que não era do lado puro?
 
Yaakov insistiu para que o anjo concordasse com o fato de as Brachot que ele recebeu de Itzhak pertencerem à ele para que esse anjo não se tornasse um Kitrug (um anjo promotor) contra o povo de Israel no Beit Din Shel Maala (Tribunal Celestial) nos acusando lá de termos roubado a prosperidade de Essav.

Quando o anjo concordou aqui embaixo que a Brachá é de Yaakov, ele já não pode falar diferente lá em cima

 
Até agora não tinha havido uma luta entre um dos patriarcas com um anjo, mas nossa Parashá começa com a história que Yaakov mandou anjos para Essav , abrindo essa possibilidade.

 
Porque Yaakov não usou as Brachot que recebeu de Itzhak para se proteger de Essav que se aproximava com 400 homens para atacá-lo?
 
O Zohar nos conta que Yaakov não quis ter proveito dessas Brachot nesse mundo e guardou elas para nós, para os tempos do Mashiach (que estão bem pertinho).
 
Enquanto essas Brachot estão guardadas , Yaakov usou outros meios para se defender de Essav nos deixando uma instrução clara para todas as gerações de como se faz para receber um milagre sem desperdiçar nossos méritos , que são as seguintes:
 
Tefilá:
 
Yaakov reza para Hashem ajudá-lo e não precisa usar seu mérito. Com ele aprendemos algumas regras básicas de como fazer um pedido para Hashem:
 
Aprendemos dele que quando rezamos devemos explicar e especificar o que queremos de maneira clara e detalhada.
 
Hashem está em todo lugar e sabe o que queremos mesmo sem pedirmos, mas aprendemos com Yaakov que para recebermos alguma coisa sem pedir necessitamos de um grande mérito lá em cima que até o próprio Yaakov, o maior dos patriarcas preferiu não usá-lo enquanto não fosse extremamente necessário.
 
E se até Yaakov que tinha de verdade esse mérito preferiu guardá-lo para que possamos usá-lo nos tempos do Mashiach, e por isso rezou detalhadamente para não precisar usar aquele mérito, quem somos nós para esperar que Hashem faça um milagre sem pedirmos.
 
E mesmo que muitas vezes Hashem nos faz verdadeiros milagres  que nem chegamos a saber, mesmo assim o certo é pedirmos detalhadamente quando sabemos o que precisamos, e isso por dois motivos:
 
1-Se não rezarmos talvez o milagre não aconteça
2-Se acontecer sem rezarmos ele poderá ser descontado dos nossos méritos
 
Por isso diz  o Zohar que Yaakov detalhou a sua reza dizendo: – "Me salve por favor do meu irmão, de Essav, para que ele não venha e ataque mulheres e crianças"

Vamos analisar a reza de Yaakov

 
1-“Me salve por favor” (mas de quem? talvez de Lavan?)
2-“do meu irmão” (mas antigamente parentes eram chamados de irmãos!)
3- “de Essav” (mas por qual motivo isso é necessário?)
4- “para que ele não venha e ataque mulheres e crianças”.
 
Mesmo que a reza foi curta (três versículos) vemos que ela conteve todos esses detalhes e foi eficiente. Nós próprios somos a prova ''viva'' de que a Tefilá dele funcionou senão não estaríamos aqui!
 
O segredo dos Tehilim
 
Se é assim, porque  lemos o Tehilim (Salmos) como sendo a melhor reza quando (D’us nos livre) surgem problemas de saúde , financeiros  ou de qualquer outro tipo se esses Tehilim não estão especificando detalhadamente nenhum dos seus pedidos , como pode ser que ele serve para tudo?
 
Como pode ser que você lendo uma súplica do rei David pedindo para Hashem o salvar de Shaul isso vai ser considerado como se você tivesse pedido detalhadamente e da maneira mais correta possível tudo o que você tinha intenção em pedir?
 
Sobre isso diz o Zohar na nossa Parashá:- “Venha e veja, nesses Tehilim que falou David existem segredos e assuntos elevados nos segredos da sabedoria, sendo que todos foram ditos por meio do Ruach Hakodesh, Revelação Divina que pairava sobre David e então ele os cantava , portanto todos os Tehilim foram ditos por meio de segredos da sabedoria” .
 
Ou seja, quando você lê os Tehilim em hebraico você está expressando o seu sentimento e o pedido do seu coração da maneira mais profunda possível e a intenção do rei David quando ele os escreveu era oculta e as palavras dele representam o forças ocultas apelidadas por ele dessa maneira. Mesmo que ler os Tehilim já é o suficiente, mesmo assim é bom antes ou depois do Tehilim fazer o seu pedido explícito e detalhado como o fez Yaakov!
 
Fora a reza Yaakov se preparou para uma guerra, e também mandou presentes para Essav nos mostrando que a Tefilá tem que recair sobre uma ação material, rezamos para que o nosso trabalho dê frutos, pedimos para Hashem nos dar sucesso no que fizermos é só no caso que realmente não há o que fazer a Tefilá por si só já é o suficiente.

Essav aceitou os presentes e depois quis devolvê-los , mas Yaakov não os aceitou de volta deixando Essav “subornado” sendo que o motivo desses presentes eram um ”suborno” para que Essav não “viesse e matasse as mulheres e as crianças”
 
Yaakov abriu para nós espiritualmente dessa maneira o caminho para sobreviver dentro desse ”Galut Edom” que começou com o império romano e se estende até hoje, nos mostrando o que devemos fazer quando temos problemas com o "Essav" que vivemos no meio deles.
 
Shabat Shalom!
Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por vocês
 
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