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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

BLOQUEANDO AS MÁS INFLUÊNCIAS

BLOQUEANDO AS MÁS INFLUÊNCIAS - PARASHAT VAISHLACH 5778 (01 de dezembro de 2017) 
“Júlio, um homem simples e pouco estudado, não assistia televisão e nem lia jornais. Ele vivia à beira da estrada e vendia os melhores sanduíches da região, pois se preocupava com a qualidade e com a divulgação do seu produto. Ele colocava cartazes pela estrada e oferecia com alegria o seu produto em voz alta. Como o sanduíche era delicioso e o atendimento era diferenciado, as pessoas gostavam e voltavam. As vendas foram aumentando e o negócio prosperava cada vez mais, pois ele investia no seu produto, comprando o melhor pão e os melhores recheios.

Júlio venceu na vida e conseguiu pagar uma boa escola ao seu filho Carlos, para que ele pudesse ser alguém na vida. Carlos era um rapaz esforçado e, quando cresceu, foi estudar economia na melhor universidade do país. Anos depois, já formado e com um excelente emprego, Carlos voltou para casa e notou que o pai continuava com sua vidinha de sempre, vendendo sanduíches na beira da estrada. Preocupado, teve então uma séria conversa com ele:

Resultado de imagem

- Pai, você está alienado! Você não vê televisão, não acessa a internet e não lê jornais. Há uma grande crise no Brasil, pai. A situação do país é crítica, está tudo ruim, o Brasil vai quebrar. Você precisa se preparar para a crise!

Depois de ouvir as considerações do filho, uma pessoa tão culta e estudada, Júlio se preocupou e pensou: “Se meu filho, que estudou economia na melhor universidade do país, acha isto, então ele só pode estar com a razão, a coisa deve estar feia mesmo!”. Com medo da crise, Júlio procurou um fornecedor de pão mais barato, de pior qualidade. Também começou a preparar recheios mais baratos, também de pior qualidade. Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada. Abatido pela notícia da crise, já não sentia o mesmo entusiasmo para anunciar seus sanduíches. Obviamente que, com todos estes fatores juntos, as vendas começaram a cair, até chegarem a níveis insustentáveis. O pequeno negócio de Júlio, que por anos havia sustentado de forma honrosa a família toda, quebrou. Júlio, com um sorriso triste, falou para o filho:

- Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise. Bendita a hora em que eu insisti para que você estudasse economia. Que bom que você conseguiu me avisar a tempo sobre a crise...”


Somos seres sociais. Sem perceber, acabamos sendo influenciados negativamente pelos outros. E os prejuízos das más influências podem muitas vezes custar caro.
Nesta semana lemos a Parashá Vaishlach (literalmente “E enviou”), que descreve a volta de Yaacov após 36 anos longe de casa. Yaacov, que havia ido sozinho para Haran, fugindo da fúria de seu irmão Essav, voltava agora com uma enorme família. Ele imaginou que, depois de tanto tempo, a fúria de Essav já teria esfriado, mas foi avisado que seu irmão vinha ao seu encontro acompanhado de 400 homens, certamente com intenções de travar uma guerra. Yaacov então fez esforços em três diferentes áreas para se preparar para o reencontro com seu irmão: mandou presentes para Essav, em uma tentativa de apaziguá-lo; rezou pela proteção de D’us; e dividiu sua família em dois acampamentos, para caso Essav atacasse um deles, o outro se salvasse.

Qual reza Yaacov fez para D’us? Assim diz o versículo: “Por favor, me salve das mãos do meu irmão, das mãos de Essav” (Bereshit 32:12). Porém, as palavras de Yaacov nos chamam a atenção pela linguagem repetitiva. Por que Yaacov não disse apenas “me salve do meu irmão” ou “me salve de Essav”? Uma linguagem repetitiva aparece também em outro ponto da Parashá, quando a Torá descreve o sentimento de Yaacov antes do reencontro: “E Yaacov sentiu medo e ficou angustiado” (Bereshit 32:8). Se a ideia era simplesmente transmitir que Yaacov estava preocupado com as consequências do seu encontro com Essav, por que escrever duas linguagens, medo e angústia?

Explica o Rav Yehonasan Gefen que aparentemente a ameaça que Essav representava era apenas física. Yaacov temia que sua família fosse destruída por Essav e seus 400 homens, pois seria uma dura batalha. Porém, havia uma segunda grande ameaça, ainda mais perigosa, que Essav representava. De acordo com o Rav Yossef Dov Soloveitchik zt”l (Bielorrússia, 1820 - 1892), mais conhecido como Beis Halevi, as duas expressões, “meu irmão” e “Essav” representam os dois diferentes tipos de perigo que Essav representava. Um deles era realmente o perigo físico, caso Essav se levantasse contra Yaacov com violência e com um sentimento de vingança ardente, colocando em risco sua sobrevivência. O outro perigo era justamente o contrário, caso Essav se comportasse com fraternidade em relação ao seu irmão Yaacov, o que é representado pelas palavras “meu irmão”.

Entendemos o perigo de Essav se comportar com violência. Ele era um assassino, não se importava com o valor de uma vida e vinha ao encontro de Yaacov com um verdadeiro exército. Em sua obstinação, faria de tudo para destruir Yaacov e sua família. Porém, qual seria o perigo de Essav se comportar fraternamente? Não seria bom se Essav viesse em paz e quisesse construir com seu irmão um relacionamento de amizade e proximidade?

De acordo com o Beis Halevi, Yaacov conhecia a má-índole de Essav. Ele era uma pessoa desprovida de espiritualidade, cuja vida era focada apenas no preenchimento dos desejos e prazeres imediatos. Yaacov teve medo que a proximidade com Essav traria influências negativas para sua família. O inimigo “Essav” era perigoso, representava a ameaça física, mas o inimigo “meu irmão” era ainda mais perigoso, pois representava a ameaça espiritual. Isto explica também as duas linguagens utilizadas para se referir ao medo de Yaacov. A linguagem “teve medo” se refere ao temor da destruição física, enquanto a linguagem “ficou angustiado” se refere ao temor das más influências espirituais.

De acordo com o Rav Meir Leibush zt”l (Rússia, 1809 - 1879), mais conhecido como Malbim, o conceito do perigo espiritual de Essav também está conectado com outro episódio da Parashá. A Torá descreve que Yaacov foi atacado por um homem, com quem passou a noite inteira lutando. Quem era este homem? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que era o anjo da guarda de Essav. Obviamente a luta entre Yaacov e o anjo não foi uma luta física, e sim uma batalha espiritual, com consequências também para as futuras gerações. Nesta batalha, Yaacov estava tentando se libertar completamente da busca pelo materialismo como meta de vida e da prisão dos desejos físicos, que nos afasta do nosso objetivo espiritual, da nossa conexão completa com D’us. O anjo de Essav estava tentando evitar que Yaacov alcançasse seu objetivo, causando com que ele se ligasse de maneira mais forte ao materialismo. O anjo falhou em sua tarefa, pois Yaacov havia alcançado um nível espiritual muito elevado. Apesar de viver no mundo material, com dinheiro, família e posses, ele havia conseguido transformar completamente o material em espiritual. Mas o anjo conseguiu causar um dano a Yaacov, conseguiu feri-lo na região do nervo ciático. O Malbim explica que o nervo ciático é justamente o ponto da conexão entre o material e o espiritual. O dano causado pelo anjo representa a fraqueza espiritual das futuras gerações do povo judeu, que se afastariam dos ensinamentos da Torá e utilizariam o mundo material como objetivo, não como ferramenta de crescimento espiritual.

Aparentemente, o perigo espiritual de Essav é a tentativa de arrancar completamente de Yaacov e de seus descendentes a conexão com D’us e com a Torá. Porém, o Beis Halevi se aprofunda no entendimento de qual é o verdadeiro perigo espiritual do “irmão” Essav. Quando os irmãos se encontraram, o coração de Essav amoleceu e ele convidou Yaacov para que viajassem juntos. Há um Midrash (parte da Torá Oral) que nos ensina que a ameaça de Essav foi mais sutil do que arrancar toda a espiritualidade de Yaacov. O Midrash explica o que significou este “convite” de Essav. Ele sugeriu a Yaacov que fizessem uma parceria dos dois mundos, o Olam Hazé (mundo material) e o Olam Habá (Mundo Vindouro). Essav estava sugerindo que eles se unissem, cada um abrindo mão de um pouco do seu estilo de vida. Essav estava disposto a aceitar sobre si alguns fundamentos da Torá e, em troca, Yaacov deveria abrir mão de um pouco da pureza do seu foco espiritual, se envolvendo mais com o uso do mundo material apenas pela busca de prazeres. Yaacov passou no teste e recusou firmemente a proposta de Essav.

Portanto, o Midrash nos ensina algo incrível. O perigo espiritual do “meu irmão” não são as influências que querem arrancar completamente a nossa espiritualidade, pois contra estas forças nós estamos preparados. Se alguém tentasse nos convencer a servir uma idolatria, certamente expulsaríamos a pessoa. O verdadeiro perigo está quando somos influenciados a “diluir” nossa pureza espiritual. Como são perdas “pequenas”, não nos importamos e não nos protegemos. Porém, esquecemos que a soma de pequenas perdas resulta em uma enorme desconexão de D’us.

O mesmo conceito está implícito nas palavras que Yaacov enviou, através de mensageiros, ao seu irmão Essav, antes do encontro: “Com Lavan eu morei e permaneci até agora” (Bereshit 32:5). Rashi explica que Yaccov estava mandando a seguinte mensagem: “Apesar de ter vivido com Lavan, o Rashá (malvado), até agora, eu cumpri as 613 Mitzvót da Torá e não aprendi dos seus maus atos”. Das palavras de Yaacov aprendemos que é possível uma pessoa cumprir as 613 Mitzvót e, mesmo assim, ser influenciado por Lavan, isto é, viver com valores que não são da Torá. Yaacov já estava dando um aviso para Essav, que caso ele viesse como “meu irmão”, mesmo assim não teria sucesso em diluir sua espiritualidade, pois ele já havia passado com sucesso o teste de Lavan.

Esta é uma lição importante para os nossos dias, quando as influências da Sociedade Ocidental começam a permear e a influenciar as casas judaicas, afetando o cumprimento das Mitzvót e a nossa visão verdadeira sobre o propósito da vida. Vemos pessoas que se identificam fortemente com o judaísmo, mas não conseguem deixar de trabalhar no Shabat ou consumir comida não Kasher. Outros cumprem Mitzvót, mas não se importam de se comportar de maneira obstinada para alcançar o sucesso profissional, deixando os valores da Torá em segundo plano. 

A firme recusa de Yaacov nos ensina que, da mesma maneira que devemos nos esforçar no cumprimento das Mitzvót, também devemos nos esforçar para bloquear as influências que nos afastam de uma visão clara em relação ao nosso objetivo na vida. Nosso maior inimigo não são as grandes perdas espirituais, e sim as pequenas, que parecem não nos afetar. Somente bloqueando as influências externas e vivendo uma vida com valores judaicos seremos pessoas completas como Yaacov. Este é, certamente, um dos maiores testes da nossa geração.

Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHÁ VAISHLACH 5778:

                   São Paulo: 19h20  Rio de Janeiro: 19h05                    Belo Horizonte: 19h01  Jerusalém: 16h00
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Temporariedade x Perenidade

A história do povo judeu sempre foi marcada por momentos de temporariedade, como a escravidão no Egito, os quarenta anos no deserto do Sinai e o édito de Haman na antiga Pérsia, todos eventos passageiros.

Mas por outro lado, de perenidade (ao menos era esse o Plano A) com o povoamento da Terra de Israel e o erguimento do Primeiro e Segundo Templos -  assim como na Era Messiânica, quando o Templo jamais será destruído e não haverá outro exílio.

O patriarca Yaacov casou-se com duas irmãs: 

  • Lea, que deu à luz a seis filhos, mas aqui citaremos apenas Levi e a Yehudá.
  • Rachel, que deu à luz a Yossef e a Biniamin.

O temporário e o constante: Rachel e Lea.

Rachel representa a temporariedade. Ela é sepultada no meio do caminho, sozinha.

Lea representa a perenidade, a constância: ela é sepultada na Caverna da Machpelá junto a Yaacov, aos demais patriarcas e às matriarcas de Israel. 

Yossef, filho de Rachel, governa o Egito, simbolo da temporariedade, pois foi designado um prazo para a escravidão do povo judeu nestas terras. Ele também vive e morre isolado do restante da familia.

Biniamin dará descendência ao rei Shaul, que reina temporariamente sobre Israel, até David, da casa de Yehudá, de onde provem a realeza judaica até Mashiach, subir ao trono.

Biniamin também gerará a Mordechai, que lidera o povo judeu durante sua estada temporária na Pérsia, até o retorno para Israel, lugar permanente do povo judeu.

David e Salomão, ambos de Yehudá e portanto filhos de Lea, se encarregam de erguer a Casa perene de D-us no Monte Moriá.

Os Cohanim (sacerdotes), descendentes de Levi e portanto, também filhos de Lea, se encarregam do serviço no Templo, Casa Eterna de Hashem. 

Somente na era messiânica haverá igualdade entre os filhos de Rachel e Lea, no que tange à perenidade de tudo o que judaico e da sua presença na Terra de Israel.

A BANDEIRA DE UM PAÍS


Há alguns dias, o mundo presenciou um ato que mancha a história milenar dos esportes.
Sempre acreditamos que todas as competições esportivas ficavam acima dos conflitos políticos e das diferentes nacionalidades. Os milhares e milhares de praticantes, em qualquer que fosse o evento, deveriam respeitar seus adversários e tratar todos com a deferência que qualquer atleta merece.
No mês de outubro, assistimos um dos pontos mais baixos da comunidade esportiva. Em uma competição acontecida em Abu Dhabi, Tal Flicker, um judoca israelense, ganhou a medalha de ouro. Na hora de subir ao pódio, pasmem, a organização do evento se recusou a estender no mastro a bandeira de Israel e a tocar Hatikva, o hino nacional do país.  
Tal Flicker, o campeão israelense, então, na hora da medalha, cantou desafiadoramente e sozinho, o hino de sua nação.
Felizmente, a notícia deste desrespeito correu o mundo através de todos os tipos de mídia, seja nos jornais impressos, nos sites de notícia, no universo  das redes sociais,  todos se manifestaram, de uma forma ou de outra, o repúdio a este ato, totalmente em desacordo com a prática e a história desportiva.
Já, antes desta ofensa para com Israel, durante os Jogos Olímpicos no Brasil, um judoca egípcio se recusou a cumprimentar seu adversário israelense que o havia derrotado.
Estas manifestações de ódio fazem parte de um contexto mais amplo, a demonização do estado judeu.
Pode haver alguma dúvida de que Israel é o país mais vilipendiado do mundo hoje? Nenhuma outra nação engendra tanto desprezo, seja medido em polegadas de coluna de jornal, protestos de rua ou pixels de computador. O único aspecto do ódio mais perturbador do que a sua onipresença virulenta é a falta de proporção com os erros reais (e alegados) de Israel. A Coréia do Norte funciona como um vasto gulag, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, derrama armas químicas em crianças e os irmãos Castro governam despoticamente a ilha cubana por cinco décadas, mas nenhum desses regimes ditatoriais desperta a fúria dirigida ao estado democrático judaico. A maioria dos europeus, de acordo com pesquisas, considera este pequeno país de oito milhões de pessoas como a maior ameaça para a paz mundial. Um soldado israelense dispara uma bala de borracha na Cisjordânia e isso irá gerar multidões venenosas em cidades ao redor do globo; as forças armadas paramilitares iranianas assassinam manifestantes pacíficos em plena luz do dia e o mundo emite apenas um protesto.
Por que Israel é fruto deste ódio tão desmesurado?
A resposta fácil é o antissemitismo e, embora o ódio aos judeus certamente contribua para gerar hostilidade a Israel, esta não pode ser a única explicação. Conhecemos isso porque Israel, desde a sua fundação em 1948, tem sido um estado judeu, e ainda assim seu status como vilão do mundo só foi conquistado décadas mais tarde.
Grande parte do motivo da mudança nas atitudes do mundo pode ser atribuída a uma transformação básica na ótica do conflito no Oriente Médio. Quando Israel declarou sua independência em 14 de maio de 1948, fez isso como uma nação incipiente de sobreviventes do Holocausto e pioneiros agrários isolados, cercados por exércitos árabes hostis com a intenção de terminar o que os nazistas começaram. Nestas circunstâncias, não é difícil entender por que Israel ganhou a admiração de tantas pessoas em todo o mundo durante os primeiros anos de sua existência precária.
Israel aceitou o Plano de Partição das Nações Unidas para a Palestina, que dividiria o território do mandato britânico entre árabes e judeus e colocaria Jerusalém sob uma forma de fiscalização internacional. Os árabes o rejeitaram, escolhendo a guerra contra o compromisso. Quando Israel ganhou essa guerra, também ganhou a admiração de grande parte do mundo (não árabe e não muçulmano). Aqui estava uma pequena nação, uma jovem democracia, defendendo-se contra a agressão que tinha como objetivo aniquilar o país. Diante de tais desafios, Israel, nos meados do século XX, era facilmente identificável como David batalhando por sua própria sobrevivência contra o Golias árabe.
A narrativa, no entanto, começou a mudar após a Guerra dos Seis Dias de 1967. Em meio à defesa contra outra tentativa árabe de destruí-lo, Israel conquistou parte da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, territórios que tinham, até aquela época, sido ilegalmente ocupados pela Jordânia e pelo Egito, respectivamente. Ambas as parcelas de terra eram povoadas de árabes, muitos das quais haviam fugido do Mandato da Palestina - por sua própria vontade ou por serem expulsas de suas casas pelas tropas israelenses - em 1948.
Agora, o conflito poderia ser reformulado e Israel não era mais o pequeno país contra o vasto mundo árabe, mas era Israel poderoso contra os palestinos ocupados e apátridas (que começariam a abraçar uma denominação "palestina" distinta, em oposição à identidade nacional árabe). Em resumo, a luta de Israel para existir ao lado de seus vizinhos em paz passou de ser conhecida de conflito árabe-israelense (em que Israel era inegavelmente David) para o conflito israelo-palestino (em que seus inimigos começaram a afirmar que o estado judaico era na verdade Golias).
Assim, todas as vozes esquerdopatas, que viam os palestinos como o povo oprimido, passaram a perceber Israel como país dominante e agressivo.
Com esse apoio generalizado ao povo palestino, esta percepção tendenciosa do estado judeu gerou este ódio desmedido contra o país sionista e reacendeu o antissemitismo no mundo.
Como a mídia abraça sempre as visões esquerdistas, esse ódio se disseminou mundo afora.
Israel, os israelenses e, por consequência o povo judeu, começaram a ser atingidos por esta visão distorcida da história.
Assim, mesmo os eventos desportivos, que deveriam estar acima de qualquer ato político, tornaram-se arenas para manifestações de ódio. A nobreza dos esportes foi contaminada indelevelmente.
Entretanto, o mundo judaico pode contar com seu povo, que cria cidadãos como Tal Flicker, que orgulhosamente defende sua pátria no ato solitário de cantar o hino de Israel.
É cedo para sabermos se esta atitude de Abu Dhabi vai se repetir ou se podemos esperar que o mundo perceba o perigo de contaminar o mundo esportivo com ações que representem o oposto de tudo que o esporte acredita.
Porém, hoje, queremos cumprimentar este judoca que se colocou acima desta ofensa e levou seu hino para o pódio.
Kol HaKavod, Flicker.

Floriano Pesaro
Secretário de Estado de Desenvolvimento Social
Deputado Federal

Para que saber as dimensões do Universo?

A MENSAGEM DE HOJE FOI PATROCINADA POR

Fernando Rizzolo

Para que saber as dimensões do Universo?
 

O mundo é extremamente vasto. A distância da Terra à borda observável do Universo é de aproximadamente 46 bilhões de anos-luz de distância. A luz viaja a 300.000 Km por segundo. Isso significa que alguém que viajar na velocidade da luz poderá dar a volta na terra sete vezes e meia em um segundo. Para alcançar o que conhecemos do Universo tomaria 46 bilhões de anos-luz. Esses números são incompreensíveis e, no entanto, nossos Sábios dizem que por mais imenso que seja o Mundo, "הקדוש ברוך הוא מקומו של עולם"- o Mundo reside dentro de Hashem.

O Universo inteiro é apenas um pequeno "pedaço" de Hashem, que é Infinito. Não apenas Hashem tem o controle total sobre o que está acontecendo nesse Mundo em todos os instantes, mas também Ele pode resolver com facilidade os problemas e desafios das pessoas. O que nos parece um problema insuperável pode ser resolvido por Hashem em um segundo, sem nenhum esforço.

Porém nós achamos que a solução de nossos problemas é algo muito difícil de acontecer. Quando chega a solução, geralmente ela vem depois de uma longa e difícil espera. Um pai que ama seu filho não vê a hora de poder ajudar. Se ele tiver a capacidade e força necessárias, desejará ajudar o seu filho o mais rápido possível. Se Hashem nos ama mais do que os pais amam seus filhos, e Ele tem a capacidade de nos ajudar, por que Ele nos faz esperar tanto tempo para mandar a salvação?

Existem várias respostas para essa pergunta. Uma delas é óbvia, que Hashem está interessado num cenário maior. Nem sempre é benéfico que obtamos o que desejamos. Existem momentos, no entanto, quando for melhor para nós, que ainda teremos que esperar. Por que acontece assim?

Uma resposta é que quando a pessoa passa por necessidades, se esforça para superar seus problemas, e tem um sucesso imediato, ela geralmente sente כחי ועוצם ידי עשה לי את החיל הזה- "Veja o que eu fiz! Veja o que eu consegui!" Seu sucesso o distanciou de Hashem. Ele tende a pensar: "Eu não preciso de Hashem. Olhe o que eu posso fazer!"

Se a pessoa se esforçar ao seu máximo e ainda assim não for bem sucedida, ficar sem esperanças e quando chegar o momento da salvação aparentemente do nada, ela saberá que vem de Hashem. Essa consciência tem a força e o poder de nos aproximar de Hashem.

Uma das formas de acelerar o processo é que antes de colocarmos qualquer esforço em alguma coisa, acreditar profundamente que nada que façamos, nem ninguém pode nos ajudar, senão Hashem. Consequentemente, desta forma podemos atingir o propósito da espera, sem precisar esperar. Quando, então, tivermos um sucesso imediato, devemos ser tomados por um sentimento de gratidão a Hashem e agradecer-Lhe por Sua bondade, em vez de nos sentirmos orgulhosos sobre ‘nossas’ realizações.

Quando alguém tem consciência que Hashem coordena o Mundo inteiro, vive a vida de uma forma diferente. Ele pensa diferente. Ele investe seus esforços de maneira diferente e se foca em fazer o que Hashem quer que ele faça.

Um certo Rabino me contou que dá aula numa Yeshiva para meninos que necessitam de uma pequena ajuda extra. Eles começaram um programa noturno em que os meninos revisavam o que estudaram durante o dia, com um tutor particular. São 50 alunos e 50 tutores estudando todas as noites. O Diretor da Yeshiva trouxe recentemente um importante doador para observar essa atividade noturna. Ele ficou tão impressionado e disse "Além da minha doação para a Yeshiva, eu gostaria de doar uma quantia de dinheiro para ser sorteada e dada como um bônus para um desses tutores."

Eles disseram ao doador "Bem, há um tutor que é mais esforçado do que todos os outros, talvez devêssemos dar-lhe o dinheiro." O doador respondeu, "Não, sorteiem e deixem que Hashem decida quem deve ganhar."

Eles fizeram o sorteio e outra pessoa ganhou. Descobriu-se que, dos 50 tutores que estavam ali, este era o único não remunerado. Do total de 50 pais, 49 tinham condições de pagar um tutor particular aos seus filhos, e apenas uma família não podia pagar. O irmão mais velho desse aluno disse "Eu vou vir todas as noites e darei aulas para meu irmão de graça."

A esposa deste tutor, o irmão mais velho daquele jovem, tinha dito ao marido no início: "Nós realmente precisamos e poderíamos usar o dinheiro. Talvez você deva encontrar um aluno pagante e arrumar outro tutor para o seu irmão." Mas o jovem marido respondeu "Não importa o dinheiro. Hashem está vendo o que estou fazendo. Afinal, é Ele quem nos sustenta de qualquer maneira."

Depois de ter ganho o dinheiro no sorteio, ele fez o cálculo: ele recebera exatamente a mesma quantia de dinheiro que teria recebido caso fosse pago por fazer esse trabalho desde o começo. Ele tinha a clareza de quem dirige o mundo, e agiu conforme a sua convicção.

Na verdade, todos nós precisamos de ajuda. Todos nós precisamos de sucessos. A chave é sabermos de onde vem a salvação e viver nossa vida movida por essa consciência.
 
                                                                                    -- Rav David Ashear 

Sonho ou premonição? Parashá Vaietze.

Assuntos Principais da Parashá Vaietzê

O sonho de Yaacov (28:1-22)

                Seguindo o conselho de sua mãe e acompanhado da benção do pai, Yaacov sai de Beer Sheva aos 63 anos de idade, rumo ao clã de Lavan em Charan. No caminho se depara com o futuro local do Beit Hamicdash. O Altíssimo encurta o dia para obrigar Yaacov a pousar no local do Templo. Durante o sono, Yaacov sonha com “uma escada fixa na terra e cujo topo atinge os Céus”. Neste sonho ele vê anjos de D-us subindo e descendo pela escada. Repentinamente, Hashem se revela a ele. O Todo-poderoso está diante dele e diz: “Eu sou o D-us do teu pai Avraham e o D-us de Itschak. A terra sobre a qual você está deitado Eu darei a ti e à tua descendência”.
                Assim prossegue o Altíssimo, despejando sobre Yaacov bênçãos e promessas.
                Yaacov se desperta assustado. Eis que havia dormido num local tão sagrado, onde o Criador se revelara a ele. Tomou a pedra que pôs como cabeceira à noite, fez dela um monumento e derramou azeite sobre seu topo. A este local chamou de “Beit El”. Yaacov se compromete a erigir um monumento para D-us quando retornar em paz à casa de seus pais como lhe prometeu Hashem.

Yaacov chega a Charan (29:1-14)

                Yaacov se aproxima dos limites de Charan após ter estudado Torá por 14 anos na Ieshivá de Ever, bisneto de Shem, filho de Noach. Ali encontra pastores com seus rebanhos, estacionados à beira de um poço de água. Yaacov lhes pergunta sua procedência e, ao ouvir serem de Charan indaga sobre o bem estar do seu tio Lavan. Os pastores respondem que ele passa bem e que logo sua filha Rachel virá dar de beber a seu rebanho daquele poço. Yaacov perguntou surpreso porque estavam ali em volta do poço em pleno dia ao invés de levar os rebanhos para a pastagem. Os pastores responderam que a pedra que cobria o poço era grande e pesada, e que para movê-la seriam necessários mais homens, dali estarem ali à espera de ajuda. 
                Enquanto falavam, Rachel chegava ao poço com o rebanho do pai. Yaacov apressou-se a ajudá-la, e com uma força descomunal moveu sozinho a pedra de cima do poço, dando de beber ao rebanho do tio.
                Quando Rachel soube se tratar de Yaacov, filho de sua tia Rivca, apressou-se a contar para o pai. Lavan correu para receber Yaacov e convidou-o calorosamente a se hospedar em sua casa.

Na casa de Lavan (29:15-35)
                Yaacov habita a casa de Lavan e pastoreia seu rebanho. Um mês depois, Lavan diz a Yaacov que o remunerará pelo seu trabalho. Yaacov pede remuneração por sete anos, os quais servirá para receber a mão de uma filha de Lavan. Dentre as duas, Rachel e Lea, Yaacov escolhe Rachel. 
                Yaacov cumpre sua parte no pacto e após sete anos de serviços, pede para desposar Rachel. Lavan organiza um grande banquete, mas ludibria Yaacov e casa a filha mais velha Lea, no lugar de Rachel.
                Quando Yaacov descobre o engodo, dirige-se irritado a Lavan pedindo explicações. Este último se justifica dizendo que não é costume local permitir o casamento de uma filha mais nova antes da mais velha. Finalmente concordam que Yaacov servirá na casa de Lavan por mais sete anos para se casar também com Rachel.
                Hashem percebe o sofrimento de Lea, que não é a esposa amada de Yaacov e lhe concede um filho. Lea dá à luz quatro filhos: Reuven, Shimon, Levi e Iehudá.
  Rachel e Lea (30:1-24)

                Rachel inveja sua irmã por ter sido agraciada com filhos e dirige sua dor e frustração a Yaacov, seu esposo. Rachel sugere que Yaacov tome a Bilha, sua serva e como conseqüência de sua fertilidade, ela também seja abençoada com filhos. Bilha de fato gera dois filhos para Yaacov: Dan e Naftali. Lea, que havia parado de proliferar, segue o caminho da irmã e oferece sua serva Zilpá a Yaacov. Esta também lhe concebe dois filhos: Gad e Asher.
                Um exemplo do sistema de relacionamentos na casa de Yaacov encontramos no seguinte episódio: Reuven, o filho mais velho de Yaacov com Lea volta do campo segurando dois jasmins que traz para sua mãe. Irritada, Rachel suplica que Lea lhes dê os jasmins. Lea responde irada: “Ainda é pouco tomares o meu marido, também queres os jasmins do meu filho...?”
                Ao final, Rachel recebe os jasmins em troca da promessa que Yaacov estará com Lea durante o tempo designado a Rachel. Lea dá então a luz a mais dois meninos: Issachar e Zevulun, além de uma menina – Dina.
                Rachel com o coração quebrantado continua a rezar. D-us ouve sua prece e lhe concede um filho – Yossef.
 Um novo negócio (30:25-43)
                Após o nascimento de Yossef já haviam se passado 14 anos de permanência em Charan. Yaacov decide que é chegada a hora de voltar para casa de seu pai. Não obstante, Lavan, que sabe haver recebido todas as bênçãos para os seus negócios desde que Yaacov viera morar consigo, pede a ele que permaneça por mais algum tempo e se propõe a remunerá-lo por isso. Yaacov responde positivamente ao pedido de Lavan, mas insiste em ser remunerado não pelo preço dos rebanhos, mas pela benção Divina. De acordo com o novo acordo entre os dois, Yaacov ficará com todos os cordeiros pintados e malhados que nascerem a partir daquele momento.
                Obviamente, Hashem abençoa Yaacov e, contrariamente às estatísticas válidas até aquele momento, os rebanhos começam a proliferar em cordeiros e cabras com a aparência designada por Yaacov. Deste modo ele se torna rico e próspero.
  
Um ambiente triste (31:1-16)
                Passam seis anos mais. Yaacov ouve os filhos de Lavan murmurarem que toda a sua riqueza não provém senão do pai deles. A face de Lavan também não é a de antanho. Ele entende que sua fortuna é motivo de inveja e que estaria turvando o ambiente.
                Yaacov chama suas duas esposas, filhas de Lavan e lhes conta o que está acontecendo. Lembra-lhes também as falcatruas e as artimanhas do pai. Conta também sobre o sonho que teve onde um anjo lhe urgia que voltasse para casa. 
                Rachel e Lea respondem em uníssono que também se sentem estrangeiras e ludibriadas na casa de seu pai e aceitam a decisão que Yaacov havia recebido como ordem Divina.

Israel - Galiléia.

  
Fugindo de Charan (31:17-32:3)

                Yaacov toma suas esposas, filhos e toda a sua riqueza para fugir secretamente de Charan e voltar para sua terra, à casa do seu pai, Itschak. Passados três dias, Lavan ouve que Yaacov e sua família os haviam deixado. Lavan sai junto com os filhos em perseguição a Yaacov. À noite D-us aparece num sonho a Lavan ordenando-o que não faça mal algum a Yaacov.  
                No sétimo dia após a “saída de Charan”, Lavan alcança o acampamento de Yaacov no Monte Guilad, ralhando com Yaacov por ele haver fugido sem o avisar, levando suas filhas e netos, sem dar-lhe uma oportunidade para se despedir deles. Lavan reclama também que suas estatuetas haviam sido roubadas e suspeita que Yaacov tenha um dedo nisto.
                Yaacov explica a Lavan que saiu à surdina por suspeitar que ele tentaria impedir que o deixasse levando também suas filhas. No tocante às estatuetas, Yaacov negou o fato, sem saber que Rachel escondera os ídolos do pai, sugerindo a Lavan que faça uma busca.
                Lavan vai de tenda em tenda e faz sua busca. Quando chega à tenda de Rachel a vê sentada sobre uma sela de camelo, onde escondera as estatuetas.
                E irou-se Yaacov e altercou com Lavan, dizendo: “Qual é meu pecado que me persegues; que apalpaste dos meus objetos? Que achaste? Há vinte anos que estou contigo... se não fosse pelo D-us de meu pai... que esteve comigo, agora sem nada ter-me-ias enviado”. Yaacov lembra a Lavan todo o seu esforço e sua contribuição para a sua riqueza. 
                Ao final, Lavan propõe um pacto a Yaacov e os dois erguem um monumento de pedras que chamaram de Gal-ed como testemunho do pacto entre os dois.
                Lavan volta para sua casa. Yaacov também sai em continuação à jornada de volta para casa. No caminho encontra os anjos que o haviam acompanhado quando deixara Israel.
                O local deste encontro especial foi chamado de ‘Machanaim’.
 Esta parashá contém 148 versículos.

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R.Shmuel Lancry
    -989312690-

Há uma benção para tudo neste mundo - Aurora Boreal.

Para todos os fenômenos naturais nossos rabinos prescreveram uma benção: para o Trovão, grandes Mares, Relâmpago, Criaturas excepcionalmente belas, Arco Iris, e até para a Aurora Boreal.
A brachá para este fenômeno é:
"Baruch Atá Ado*nai, Elo*heinu Melech HaOlam Asher Cochó uGuevurató Malê Olám"
(Bendito Sejas Tu Nosso D-us, Rei do Universo, cujo poder e potência preenchem o Mundo)
Podendo também ser recitado:
"Baruch Atá Ado*nai, Elo*heinu Melech HaOlam Ossê Maassê Bereshit"
(Bendito Sejas Tu Nosso D-us, Rei do Universo, que renovas a Tua Criação)




ברכה על הזוהר הצפוני

מְבָרֵךְ בָּרוּךְ אַתָּה ד' אֱלֹקֵינוּ מֶלֶךְ הָעוֹלָם, שֶׁכּוֹחוֹ מָלֵא עוֹלָם; וְאִם רָצָה--מְבָרֵךְ בָּרוּךְ אַתָּה ד' אֱלֹקֵינוּ מֶלֶךְ הָעוֹלָם, עוֹשֶׂה בְּרֵאשִׁית." (משנה תורה, הלכות ברכות, פרק י' הלכה י"ז)

לכאורה אין מברכים שתקנת חז"ל היתה רק על צורת כוכבים וכד' ועדיין צ"ע

Meor HaShabat Semanal. Vaietsê

Porção Semanal da Torá:    Vaietsê  Bereshit (Gênesis)  28:10 - 32:03


            Nesta semana acompanhamos os testes e tribulações vividas por Yaacov enquanto morou e trabalhou com seu sogro, Laván. 
          Yaacov concordou em trabalhar 7 anos para poder se casar com Raquel e acabou descobrindo que Laván trocou as filhas antes da cerimônia matrimonial. (Por este motivo nós fazemos os bedekim, o levantamento do véu nos casamentos tradicionais, para garantir que o noivo está se casando com a noiva escolhida por ele).
            Enquanto Yaacov tentava montar seu patrimônio pessoal, Laván mudava as regras do acordo com Yaacov a toda hora. 
           Depois de 20 anos, o Todo-Poderoso diz para Yaacov que chegou a hora de retornar para a Terra de Canaã. Yaacov e sua família partem em segredo, mas logo são perseguidos por Laván, que alega ‘diferenças monetárias’ com Yaacov. 
            No final, a história acaba pacificamente, com um abençoando o outro.

Sistema ferroviário de Israel, que vai de Beer Sheva ao Norte.



Parashá Toldot - Ong. Torá.

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TOLDOT
 
“E amou Itzchak a Essav…”

O Zohar nos conta que Avraham Avinu, nosso primeiro patriarca, era a Chessed (bondade) em pessoa , a Sefirá "Chessed" do mundo de Atzilut se revelou nele.


Itzchak, nosso segundo patriarca pelo contrário , era a Guevurá (rigidez) em pessoa , a Sefirá "Guevura" do mundo de Atzilut se revelou nele.

Não que isso fizesse dele uma pessoa ríspida ou seca, D’us nos livre , ele se comportava como tinha sido educado pelo seu pai, mas na sua essência ele era Guevurá total.


Esse é o motivo, de acordo com o Zohar, que ele amava Essav mais do que aos outros, sendo que Essav também era do lado da Guevura e de uma maneira natural a pessoa gosta de quem é igual a ela.


Será que Itzchak não suspeitava do comportamento de Essav ?


Talvez até sim, mas Itzchak tinha presenciado a recaída e a Teshuvá de Ishmael e Hagar. Diz o Zohar que Hagar fez Teshuvá , mudou o seu nome para Ketora e se casou com Avraham depois que Sarah faleceu. Ishmael também voltou para o bom caminho , e após o falecimento de Avraham , junto com Itzchak ele o enterrou na Mearat Hamachpelá .


Talvez Itzchak tivesse concluído que se até Ishmael e Hagar fizeram Teshuvá , com certeza Essav o faria também .


Rav Moshe Weber explica o que era a caça de Essav:

No versículo :- “E amou Itschak a Essav porque a caça dele estava na sua boca mas Rifka gostava de Yaakov”,  a palavra “caça” geralmente é relacionada ao fato de Essav fazer agrados à seu pai caçando para ele , demonstrando ser um filho prestativo e assim despertando ainda mais o amor natural que o pai já tinha por ele.


O Rav Moishe Weber, grande Tzadik que viveu em Jerusalém , explica que a palavra “caça na sua boca” se refere ao próprio Essav que possuía “aprisionada” dentro de si as almas de grandes Tsadikim que iriam nascer no futuro como Rabi Akiva e de Rabi Meir Baal Hanes entre outros .

Itzchak sabia que de Essav iria sair o grande Rabi Akiva e achava que por isso Essav iria fazer Teshuvá. Isso foi o que impulsionou Itzchak a querer dar a Brachá para Essav.


A Rabanit Miriam , esposa do Rav Moishe acrescentou:- Se Essav tivesse recebido a Brachá de Itzchak, com certeza Rabi Akiva não seria nem Rabi e até mesmo nem judeu

Por que Rifká pensava diferente?

O Zohar nos conta que Itzchak era a Guevurá intensa e Rifka era “Guevurá leve com um fio de Chessed pendente”. Por causa desse " fio de chessed" Itzchak não se apaixonou por ela logo que se casou , mas com o tempo o amor surgiu , como está escrito :- “Ele se casou e a amou”. Primeiro se casou e depois a amou .


O Zohar nos conta que D'us faz por milagre as pessoas se casarem dessa maneira , uma diferente da outra (como no caso de Itzchak e Rifka , ele Guevurá e ela uma leve guevura com um fio de Chessed pendente) para que um equilibre o outro criando harmonia no mundo.

Os fatos por trás do aparente "roubo das Brachot"

Adam, o primeiro homem e Hava, a primeira mulher foram abençoados por Hashem . A vida no paraíso terrestre era um “verdadeiro Paraíso” , mas a cobra (que na época tinha forma humana) por meio de trapaça "roubou" deles a Brachá.


O Zohar nos conta que Yaakov tinha a alma do Adam Harishon e Essav tinha a alma da cobra. Se Itzhak desse a Brachá para Essav iria causar com que a cobra (Essav) recebesse oficialmente a Brachá que tinha roubado de Adam e Havá


Diz o Zohar que sendo que a cobra tinha tirado a Brachá por trapaça , o único jeito de tirar essa Brachá do poder espiritual da cobra teria que ser também por meio de trapaça .


Yaakov não tinha pensado no lado material das Brachot , mas sim na função espiritual que o primogênito receberia de ser o responsável por todo o trabalho espiritual do povo. Yaakov conhecia Essav muito bem e estava consciente de que ser responsável por alguma função religiosa era a última coisa que poderia ser relacionada ao  perfil de Essav, e se isso acontecesse seria uma catástrofe.


Sem restar outra opção para fazer isso a não ser a trapaça , Yaakov comprou a primogenitura de Essav em uma hora de aperto para que Essav não fosse mais o responsável pelos assuntos religiosos.


A Brachá que foi roubada pela cobra por trapaça agora volta ao seu dono original também por trapaça , único jeito de resgatá-la !

Cheiro de "Gan Éden":

Quando Yaakov vai receber as Brachot de seu pai que já estava cego, entra fantasiado de Essav vestido com peles de bode recém extraídas e ainda não curtidas (e com certeza ainda com um grande cheirinho de bode)


Yaakov ouve do seu pai a seguinte frase:- “O cheiro do meu filho é como o cheiro do campo que Hashem abençoou” , referência ao Gan Eden (o paraíso). Parece que Itzchak quis dizer com isso que já entendeu que essa história está cheirando uma continuação do que aconteceu no Gan Éden” entre o homem e a cobra e por isso deu a Brachá para Yaakov mesmo sentindo que está sendo enganado.

A Brachá de Ishmael:

Ishmael recebeu sua Brachá dos anjos que se revelaram para Hagar como vemos em Bereshit  :- "E disse a ela o Anjo de Hashem , volte para a sua dona e se aflija nas mãos dela , você vai engravidar e dar a luz a um menino e o chamará de Ishmael porque Hashem ouviu seu desespero, ele será um selvagem, sua mão estará sobre todos e a mão de todos sobre ele e se expandirá pelo mundo"….

Vemos que essa Bracha aconteceu com os descendentes do Ishmael e surgiu dela um império Árabe que durou centenas de anos , se expandiu da Índia à Península Ibérica e durou mais do que qualquer império antigo , sua mão está sobre todos , que precisam do petróleo e a mão de todos sobre eles por dependerem dos outros em tudo.

A Brachá de Essav:

Essav recebeu a Brachá de viver pela espada, e vemos que essa Bracha aconteceu com os descendentes de Essav que deram origem ao império romano e aos povos europeus e suas colônias que conquistaram o mundo pela força e até hoje continuam usando ela para intimidar ou destruir sempre que acham necessário.

A nossa Brachá:

Nós somos os descendentes de Yaakov , porque a Brachá que ele recebeu com tanta dificuldade aparentemente não acontece ?

O Zohar nos conta que as Brachot foram entregues (e a nossa é a maior de todas).

Essav que só pensava nos prazeres desse mundo usou elas para aproveitar o mundo aqui em baixo consequentemente herdando esse mundo.

Yaakov as guardou lá encima para o futuro .

Em breve , em nossos dias quando chegar o Mashiach , junto com Yaakov vamos usufruir das Brachot tanto lá em cima quanto aqui embaixo. Essav perderá tudo e não vai sobrar dele nenhuma lembrança , então Yaakov herdará os dois mundos .

Ovadiahu Hanaví era de Edom , descendentes de Essav. Ele se converteu ao judaísmo e chegou ao alto nível de profeta sendo escolhido por Hashem para trazer ao mundo a profecia do que vai acontecer aos descendentes de Essav no final dos tempos .

Ovadiahu diz sobre esse tempo:- "E subirão os libertadores no monte Tzion para julgar o morro de Essav , e será de Hashem a monarquia .

O profeta Zechária diz sobre isso :- E Hashem será Rei sobre toda a terra , naquele dia Hashem será Único (todos os povos vão abandonar suas religiões e servir somente Hashem) e seu nome Único . Só o Nome de Hashem será mencionado por todos.
 
Nossa Parashá é dedicada à Elias e Fernanda Messer que por meio da sua empresa Line Life apóiam a nossa ONG TORÁ. Que Hashem dê à eles e à toda a sua família muito sucesso, muita saúde, muito dinheiro e felicidades judaicas de toda a família
 
Nossos agradecimentos à querida família Nasser, às famílias Gueler e Rabinovich, à Roger Ades e família, à Francis e Fábio Grossmann (grupo Facislito) ,  à empresa Neeman despachantes aduaneiros, à família Guttmann, e à família Worcman grupo  hotel Rojas

Nossos agradecimentos também à
Yehuda e Laura Carmi, à Família Grinszpan,
À Samy Sarfatis Metta , à Tiago e Rosiele Bolcont, à
à empresa Adar Tecidos , às nossas voluntárias e à todos vocês que lêem a nossa Parashá. Que Hashem dê à todos vocês muito sucesso muita saúde muito dinheiro e felicidades judaicas de toda a família!
 
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Shabat Shalom!
 
Rabino Gloiber
Sempre correndo
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Assuntos Principais da Parashá Chaiê Sarah - Beit Hassofer.


AVRAHAM SEPULTA A ESPOSA SARAH (23:1-20)

            Os 127 anos de idade, Sarah parte deste mundo. Da justaposição entre seu falecimento e o sacrifício de Itschac nossos sábios aprendem que o coração da anciã Sarah não suportou receber a noticia que seu amado Itschac estivesse sendo conduzido para um sacrifício.
            Avraham sobe deste Beer Sheva, de onde havia chego do sacrifício no Monte Moriá em Jerusalém até Hevron, para despedir-se de Sarah a tratar dos detalhes do seu sepultamento. Ele conhece a singularidade da Mearát Hamachpelá (um caverna mausoléu com sótão) Em Hevron, onde estavam enterrados Adam e Chavá. Após curta negociação com o dono daquelas terras – Efron, filho de Chet –, Avraham adquire o local por uma soma de “quatrocentos siclos de prata correntes entre os mercadores”. Em consideração à grandeza e à honra de Avraham, Efron estaria disposto a ceder as terras graciosamente, mas Avraham prefere pagar por adquirir o local. Isto apesar da promessa Divina que ele herdaria a terra e a legaria a seus filhos. 

            



Avraham envia Eliezer para arranjar uma esposa a Itschac (24:1-9)

            Sarah faleceu, Avraham envelheceu e Itschac ainda é solteiro. Avraham ordena a seu fiel servo Eliezer que viaje para Charan, terra natal de Avraham, onde ainda vivem seus parentes, de onde Eliezer trará uma noiva para Itschac. Avraham tem em mente a Rivca, filha de seu sobrinho Betuel.

            Avraham faz Eliezer jurar que não engajará seu filho com moça alguma dos cananeus que habitavam a terra. Ele também proíbe Eliezer de engendrar as coisas de modo a fazer com que Itschac desça para habitar Charan. A missão é levar Rivca até a terra de Canaã.

            Eliezer indaga sobre o que deverá fazer caso a moça se recuse a vir. Avraham invoca sua fé e confiança em D-us, que o ajudará desta vez assim como o tem abençoado até aquele momento. De qualquer forma, isenta Eliezer da responsabilidade e concomitante jura, caso Rivca se negue a acompanhá-lo até Canaã.  


Uma missão prodigiosa (24:10-26)

            Eliezer sai em missão acompanhado de dez camelos carregados de benesses, dote e presentes para toda a família da noiva. Sua jornada é encurtada de modo milagroso e ao fim da tarde ele já se encontra nos limites da cidade, ao lado de um poço de água aonde as moças da cidade vem encher seus cântaros a esta hora do dia. Eliezer espera que a noiva pretendida também apareça, mas hesita sobre o modo como a identificará. Eliezer roga a Hashem pedindo que a mostre segundo um sinal pré-combinado: a moça para a qual ele pedir água e ela não só ofereça água a ele como também a seus camelos, será a pretendida pelo seu amo.

            E eis que, antes mesmo de terminar sua prece-pedido, Eliezer nota que uma moça bela e nobre se dirige às águas do poço e que de forma milagrosa as águas sobem até ela. O servo de Avraham corre a ela e faz o pedido-sinal: “Dê-me por gentileza um pouco da água do seu cântaro”. A moça responde positiva e gentilmente, dá de beber a Eliezer e imediatamente sugere puxar água do poço também para os camelos. Eliezer é tomado pela emoção e mal tem tempo para esboçar uma reação, quando Rivca corre diligentemente a puxar água para dar de beber aos camelos.

               Eliezer se dirige à moça e a cobre com as jóias caras do tesouro de Avraham, indagando depois qual a sua origem, ao que Rivca responde dizendo ser filha de Betuel filho de Milca e Nachor, irmão de Avraham. Ao perguntar se haveria lugar para pousar em sua casa, ela responde positivamente e sem hesitar.

            Eliezer prostra-se e agradece a D-us pelo grande milagre e sucesso na primeira parte da sua missão.


O Shiduch (24:27-60)

            Enquanto Eliezer ainda está agradecendo a D-us, Rivca corre para casa e conta sobre a vida do importante visitante. Lavan, irmão de Rivca, ao notar pelas jóias que recebeu a irmã a procedência de uma família rica, corre a receber o ilustre hóspede e convidá-lo à sua casa. Eliezer chega à casa de Betuel, e após os cuidados com seus acompanhantes e camelos, pede para sentar-se junto às pessoas da casa para tratar do assunto principal de sua missão.

            Quando lhe servem a comida, Eliezer recusa-se a comer até completar a missão que Avraham lhe havia confiado, dirigindo-se aos demais com estas palavras: “Sou servo de Avraham”. Eliezer conta sobre Avraham, sua família e grande riqueza. Durante sua fala discorre sobre a missão a que a em identificar Rivca. Finalmente, Eliezer pede a mão de Rivca para Itschac.

            Betuel, pai de Rivca e seu irmão Lavan são ágeis em concordar com o pedido, ao constatarem que “Isto é providência Divina”. Eliezer sensibiliza-se novamente com o modo fácil e rápido com que sua missão se concretiza e agradece a Hashem.

            O servo toma os presentes caros que trouxe consigo e os regala à noiva e membros da sua família. Pede para partir prontamente com ela rumo a Canaã. Sua família pede para atrasar a partida e sugere que Rivca seja consultada. A jovem decide partir de imediato. Os familiares se despedem de Rivca dando-lhe bênçãos.


Itschac toma Rivca como esposa (24:61-67)

            Rivca parte com Eliezer acompanhada de suas mucamas. Ao se aproximarem das tendas de Avraham, Rivca se dá conta de um homem de aparência digna e nobre. Era Itschac que saía ao campo para orar diante de Hashem. Rivca se apressa a descer do camelo e, quando perguntou quem era aquele homem, Eliezer respondeu ser o seu senhor, Itschac. Rivca cobriu o rosto com seu véu, em honra ao noivo.

            Após haver escutado do servo Eliezer sobre o desenrolar de todos os acontecimentos, Itschac toma a Rivca como esposa e a leva para a tenda da mãe, Sarah. Itschac se consola com a morte da mãe amando a Rivca.


Avraham lega seus bens a Itschac antes de falecer (25:1-18)

            Após a morte de Sarah, Avraham torna a desposar a concubina Hagar, a quem o versículo agora chama por Ketura. Nascem-lhe dois filhos, mas ele os despacha para ficar apenas com Itschac, sem amado. Avraham lhes dá presentes de sua grande fortuna, mas todo o seu bem e bens ele lega a Itschac, sobre quem o Altíssimo havia dito: “Pois de Itschac sairá a tua semente”.

            Na idade de 175 anos, Avraham parte deste mundo. O versículo diz, “E o sepultaram Itschac e Ishmael seus filhos”. Daqui nossos sábios aprendem que Ishmael voltou em Teshuvá, pois viu ser correto deixar que Itschac o anteceda.

            No final da parashá a Torá relata toda a genealogia da família de Ishmael e sobre o fato dele ter falecido aos 137 anos de idade.              


Esta parashá contém 105 versículos.

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R.Shmuel Lancry
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