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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Parashat BALAK 5778 - Rabino Efraim Birnbojm

Parashat Balak 5778 - R' Efraim Birbojm
Vídeo da Parashat Balak
DE GRÃO EM GRÃO - PARASHAT BALAK 5778 (29 de junho de 2018)
“Havia na cidade um ladrão muito astuto, que entrava nas casas, roubava tudo o que as pessoas tinham e sempre conseguia escapar. Os habitantes estavam muito irritados, pois ninguém conseguia prendê-lo. Certa madrugada o ladrão estava saindo de mais um roubo. Levava uma sacola cheia de dinheiro após ter esvaziado o cofre da casa. Porém, quando saia pela janela, feliz da vida, sentiu algo em suas costas. Era o dono da casa que o esperava do lado de fora, apontando para ele uma arma. Finalmente o ladrão havia sido pego. Mas antes que o dono da casa pudesse dizer qualquer coisa, o ladrão olhou para ele e disse:

- Senhor, sei que serei preso. Mas posso pedir algo antes que você me leve para a polícia? Meus comparsas vão pensar que eu escondi o dinheiro do roubo e fingi ter sido preso apenas para não dividir o dinheiro com eles. Certamente eles irão me matar na prisão. Por favor, você poderia me ajudar? Quero demonstrar de alguma maneira que fui preso após muita luta. Você poderia dar um tiro no meu chapéu?

O dono da casa, que era um homem bondoso, concordou. Afinal, ele queria prender o ladrão, mas não queria que ele fosse morto. Então ele tirou o chapéu do ladrão e deu um tiro nele, deixando a marca da bala. Mas o ladrão não se contentou e explicou que somente aquela marca não seria suficiente para convencer seus comparsas de que ele havia lutado antes de ser preso. Pediu para que o homem desse também alguns tiros em seu casaco. O homem novamente concordou. O ladrão tirou seu casaco e o dono da casa deu vários tiros, até que as balas acabaram. O ladrão, ao ver que o revolver estava descarregado, aproveitou para fugir. Saiu correndo, dando gargalhadas, levando todo o dinheiro do seu roubo. Enquanto isso, o dono da casa não acreditou como tinha sido estúpido, a ponto de cair na conversa daquele ladrão astuto.”

Assim também faz o nosso Yetser Hará (má inclinação). Se não tomarmos cuidado ele nos engana e, aos pouquinhos, vai roubando nossos méritos. Quando percebemos, ele já levou tudo o que temos.
Nesta semana lemos a Parashat Balak, que descreve um dos personagens mais contraditórios da Torá: o profeta Bilaam. Por um lado, ele era um profeta de elevado nível espiritual, que conhecia os segredos de D’us e conversava diretamente com Ele. Por outro lado, ele preferia utilizar seu potencial espiritual para ganhar dinheiro e honra, vendendo seus “serviços espirituais” e amaldiçoando pessoas e povos inteiros. Balak, o rei do povo de Moav, ao ver o avanço esmagador do povo judeu, sentiu muito medo e contratou Bilaam para amaldiçoar os judeus, para assim ter alguma chance de vitória militar. Porém, Bilaam não conseguiu amaldiçoar o povo judeu, pois as maldições, ao saírem de sua boca, se transformavam em Brachót (bênçãos). Mas Bilaam não desistiu e bolou um plano para derrubar espiritualmente o povo judeu, causando com que eles perdessem a proteção Divina. Mas que plano foi este?

Explica o Talmud (Sanhedrin 106a) que Bilaam deu um conselho a Balak: “O D’us deles odeia promiscuidade, e os judeus gostam de roupas de linho. Faça um mercado e coloque mulheres, velhas do lado de fora e moças jovens do lado de dentro, vendendo roupas de linho. No momento em que os judeus estiverem comendo e bebendo alegremente e passeando, as mulheres velhas devem dizer a eles: ‘Vocês não querem roupas de linho?’. Enquanto as mulheres velhas oferecerão as roupas por um valor mais caro, as moças jovens surgirão e oferecerão duas ou três vezes mais barato. As moças jovens então dirão: ‘Venham, sintam-se em casa, sentem-se tranquilos’. Elas então servirão a eles vinho (pois naquela época o vinho feito por não-judeus ainda não era proibido aos judeus). Após beberem, tropeçarão em imoralidades e idolatria”. Infelizmente o plano de Bilaam funcionou, os judeus cometeram graves transgressões e uma epidemia matou 24 mil homens do povo.

Porém, este ensinamento do Talmud levanta alguns questionamentos. Em primeiro lugar, por que a Torá nos ensina, com tantos detalhes, o plano de Bilaam? O que estes detalhes nos acrescentam? Além disso, o Talmud ressalta que “naquela época o vinho feito por não-judeus ainda não era proibido ao povo judeu”, como se este decreto pudesse ter salvado o povo judeu das transgressões. Porém, se o povo judeu cometeu transgressões tão graves da Torá, como imoralidade e relações ilícitas, como um decreto rabínico teria salvado os judeus destas graves transgressões?

Explica o livro Lekach Tov que as pessoas normalmente se sentem protegidas do seu Yetser Hará, em especial quando se trata de transgressões graves, como imoralidade e idolatria. É por isso que o Talmud se alongou tanto nos detalhes do plano de Bilaam, pois contém informações muito importantes sobre como funciona o nosso Yetser Hará e como ele atua para que até mesmo pessoas espiritualmente muito elevadas tropecem e caiam em transgressões graves. Ao revelar os métodos, as estratégias e as forças do Yetser Hará, a Torá nos ensina a como tomarmos cuidado para não sermos pegos em suas enganações e armadilhas.

A forma de ataque do Yetser Hará é nunca começar pela essência da transgressão com a qual ele quer nos derrubar. Ele não costuma nos atacar de forma direta, tentando nos convencer a fazermos transgressões, pois ele sabe que desta maneira não o escutaremos. O método de ataque do Yetser Hará é se alojar em nosso coração e aguardar algum sinal de fraqueza, na qual haja alguma falta de claridade. O Yetser Hará não tem força para nos desviar nos pontos onde temos total claridade, por isso ele aguarda por algum tipo de dúvida ou tropeço. O Yetser Hará não despreza nenhum tipo de conquista, nem a mais leve, pois a partir desta vitória inicial ele cria um “ponto de apoio” a partir do qual pode continuar avançando, como ensinam nossos sábios: “Uma transgressão traz outra transgressão” (Pirkei Avót 4:2). Mesmo a vitória mais simples do Yetser Hará permite que ele inicie sua dominação sobre a pessoa, tanto sobre os seus pensamentos quanto sobre os seus atos.

Portanto, a Torá está nos revelando que o Yetser Hará vai nos derrubando aos pouquinhos, se infiltrando e nos causando derrota atrás de derrota. Porém, são derrotas tão pequenas que muitas vezes não conseguimos nem mesmo perceber. Quando nos damos conta, o Yetser Hará já nos levou para onde ele queria. Então o que devemos fazer para fugir deste inimigo tão astuto?

Os detalhes do plano de Bilaam, tais como as mulheres falando “sintam-se em casa” e “duas ou três vezes mais barato”, são formas do Yetser Hará se aproximar da pessoa e ir retirando as divisórias que nos separam das transgressões. “Comer, beber, ficar feliz e sair para passear” não contém nenhuma transgressão. Também comprar roupas de linho por valores bem mais baratos não envolve nenhum erro. Porém, já são o começo de uma aproximação perigosa, que fazem a pessoa já se “sentir em casa” e baixar a guarda.

É isto o que nos ensina o Talmud através da afirmação “pois naquela época o vinho feito por não-judeus ainda não era proibido ao povo judeu”. Qual foi o motivo que nossos sábios decretaram a proibição de bebermos o vinho feito por não-judeus? Este decreto foi feito durante o primeiro exílio do povo judeu, quando os babilônios nos expulsaram de nossa casa e, pela primeira vez desde a saída do Egito, fomos morar no meio dos outros povos. Os nossos sábios perceberam que o perigo da assimilação começava a rondar o povo judeu e, com ele, o perigo da perda de toda a nossa espiritualidade. O decreto de proibição do vinho era uma medida que visava evitar a assimilação. Era como se os nossos sábios tivessem fincado uma nova divisória, na qual a pessoa que estava sendo atraída pelo seu Yetser Hará pudesse dizer: “Vou até aqui. Daqui para frente eu já não posso mais prosseguir”. Esta divisória não deixa o Yetser Hará avançar com suas pequenas vitórias.

Se a divisória da proibição do vinho já tivesse sido fixada naquela época, o povo judeu não teria chegado ao ponto de se aproximar das transgressões de imoralidade e idolatria. Quando as moças jovens oferecessem a eles vinho, o decreto não nos permitiria aceitar, e mesmo esta proibição mais leve já teria sido suficiente para nos afastar das transgressões mais graves. Porém, como os homens aceitaram beber o vinho, abriram a brecha para uma aproximação completa. Quando o Yetser Hará já tinha o controle completo, eles já não conseguiram mais evitar nem mesmo as transgressões mais graves.

Nossos sábios ensinam que o nosso Yetser Hará se fortalece e se renova a cada dia. Como podemos ter força para vencer um inimigo assim tão poderoso? O plano de Bilaam é um importante ensinamento de como vencer o Yetser Hará. A principal força do Yetser Hará é tirar o foco do nosso intelecto e turvar a nossa claridade. Tudo o que o Yetser Hará nos pede é uma pequena derrota, para que ele possa encontrar um ponto de conquista a partir do qual ele pode iniciar seu avanço.

Há algumas “armas” que, se utilizadas da forma correta, podem nos levar a vencer o Yetser Hará. Em primeiro lugar, devemos estar sempre alertas. A constante reflexão nos ajuda a termos claridade e a verificarmos se não estamos, sem perceber, sob o comando do Yetser Hará. O estudo da Torá também nos ajuda a sabermos o que é permitido e o que é proibido. O aconselhamento com pessoas sábias nos ajuda a mantermos o nosso foco e a escaparmos da autoenganação. Mas, principalmente, devemos ter “Emunat Chachamim” (confiar nos nossos sábios). Como não suspeitamos de atos que aparentam ser bons, mas que se transformam no final em pontes para coisas proibidas, então nossos sábios fizeram decretos que nos afastam das transgressões. Devemos confiar na sabedoria deles, pois são justamente estes decretos que nos afastam das transgressões mais graves. Vencer o Yetser Hará é difícil, mas utilizando as armas certas, podemos alcançar o nosso objetivo.
Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHAT BALAK 5778:

São Paulo: 17h11  Rio de Janeiro: 17h00  Belo Horizonte: 17h08  Jerusalém: 19h13

Assuntos Principais da Parashá Balak - Beit Hassofer

Moav e Midian recrutam a Bilam (22-2:20) 

            Balak filho de Tsipor, rei de Moav, acompanha amedrontado a jornada de conquistas e vitórias do povo de Israel em seu caminho para Eretz. Temendo haver chegada sua hora, dirige-se a seu odiado inimigo, Midian, para juntar-se a ele na luta contra Israel. Estes dois países enviam emissários importantes a Bilam, profeta e bruxo malvado, para que amaldiçoe Israel e deste modo cause a sua queda. Bilam pede a esta delegação que aguarde até a manhã do dia seguinte para que ele possa receber permissão divina para sua missão.
            À noite o Altíssimo Se revela a Bilam e lhe ordena “não vá com eles, não os amaldiçoe porque este povo [já] é bendito”. Pela manhã Bilam avisa a delegação em questão que não pode amaldiçoar o povo judeu pois não tem permissão Divina para isto.
            O rei Balak não desiste e envia uma delegação ainda mais importante que a primeira. Bilam os avisa que mesmo que lhe paguem todo o dinheiro do mundo não poderá amaldiçoar os israelitas, pois não tem permissão para isto. Não obstante, lhes pede que aguardem até a manhã seguinte.
            À noite D-us aparece a Bilam e lhe diz para acompanhar aqueles homens, mas que só poderá dizer aquilo que Ele lhe disser.


Bilam e a mula falante (22:21-35)

            Bilam sai a caminho montado em sua mula. O entusiasmo com o qual ele parte para amaldiçoar o povo judeu irrita Hashem, que lhe posta um anjo com a espada desembainhada à frente. A mula, assustada, desvia do caminho em direção ao campo, e        Bilam, que não enxerga o anjo [espiritual] golpeia a mula para que ela retorna à estrada. O anjo reaparece num caminho estreito, onde a mula não tem como manobrar. Com medo do anjo, a mula joga-se contra uma parede, espremendo a perna de Bilam, que começa a açoitá-la.
            O anjo aparece novamente, desta vez num lugar tão estreito que mal permite a passagem. A mula saltita no lugar e Bilam a açoita com muita raiva. Surge então um milagre: D-us abre a boda da mula e ela começa a ralhar com Bilam por tê-la açoitado após tantos anos servindo-o com fidelidade. Nesta hora o anjo aparece também a Bilam e o reprime. Diz-lhe também que a mula o salvara da morte certa e que ele agora deve cuidar de executar somente o que Hashem lhe ordenar.


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Vem para amaldiçoar e culmina abençoando (22:36-24-25)

            A grande esperança que Balak nutriu em Bilam não demorou a se converter numa grande desilusão. Quando Bilam chegou a Moav aclarou novamente a Balak que não tinha autoridade sobre si mesmo e que só poderia fazer o que D-us lhe ditasse. Bilam manda que Balak lhe prepare sete altares para oferendas, na esperança de agradar a D-us e fazer Seu espírito pairar sobre si. Todas as suas artimanhas falharam. Na hora de abrir a boca para amaldiçoar Israel, Bilam não fez outra coisa senão abençoar e louvar este povo.
            Balak sugere uma nova tentativa e leva Bilam a um mirante de onde se pode avistar todo o acampamento israelita estacionado em suas fronteiras. Uma vez mais as artimanhas de Bilam falham e ele novamente abençoa ao invés de amaldiçoar. Após uma terceira tentativa, também deflagrada, irritado, Balak expulsa Bilam e o manda de volta a casa. 

            Nas bênçãos e as profecias ouvidas – pelo espírito Divino – da boca de Bilam, podemos identificar alguns alicerces espirituais elementares do judaísmo. Bilam disse: “Um povo só, e que não conta entre as nações” – profecia que expressa a singularidade do povo judeu; Bilam sublinha: “Não viu iniqüidade em Jacob e não viu transgressão em Israel” – expressão do relacionamento e amor especiais de Hashem pelo povo de Israel; Bilam mais uma vez profetiza e abençoa: “Eis que o povo como leão se levanta, e como leão se ergue”; e também: “Quão belas são as tuas tendas Jacob, as tuas moradas, ó Israel”, e muitas outras bênçãos.
            É importante salientar que a profecia e promessa da futura redenção, assim como da vida de Mashiach se originam na profecia de Bilam: “Vê-lo-ei, mas não agora, e o olharei, mas não em breve. Partirá uma estrela de Jacob e se levantará um cetro {o rei David} de Israel. E matará os senhores de Moav e dominará a todos os filhos de Shet...”.


A bravura de Pinchas diante do conselho de Bilam (25:1-9)

            “E Israel estava em Shitim e começou o povo a errar com as filhas de Moav”. Por haver falhado em sua missão, Bilam viu por bem indenizar Balak com um bom conselho. Seguindo este conselho, as moças de Moav seduziram os israelitas que estavam em suas fronteiras e os induziram a servir os seus deuses. Enfurecido, Hashem ordena a Moshé que “mate cada um dos homens que se juntaram a Baal-Peor”. Zimri ben Salu, um dos príncipes da tribo de Shimon, chega ao cume do desvio de conduta e do atrevimento: aos olhos de Moshé e do povo de Israel ele leva à sua tenda uma mulher midianita.
            No meio de toda esta situação embaraçosa, levanta-se Pinchas filho de Elazar, neto de Aharon Hacohen, toma uma lança na mão e adentra a tenda onde estão os pecadores. Zelo pela palavra de Hashem e pela Sua lei, atravessa com a lança o israelita e a midianita.
            O ato de bravura de Pinchas faz estancar uma epidemia que havia se alastrado como decorrência do pecado dos israelitas, e que havia causado vinte e quatro mil baixas.


(esta parashá contém 104 versículos).
traduçao: Paulinho Rosenbaum

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R.Shmuel Lancry
    -989312690-

Pará Adumá – A mitsvá da Vaca Vermelha (19:1-22) - Beit Hassofer


Assuntos Principais da Parashá Chucát


Pará Adumá – A mitsvá da Vaca Vermelha (19:1-22)

            O Altíssimo ordena a Moshé e a Aharon que cumpram a mitsvá da “Vaca Vermelha”. Para isto é preciso tomar uma vaca cujos pelos são totalmente vermelhos e que não tenha servido para cruza. Após o abate (casher) a vaca era queimada, e suas cinzas era misturadas a águas naturais para servir de matéria prima purificadora.
A Torá detalha a fórmula deste líquido purificador, o modo de empregá-lo e algumas leis relacionadas ao tema da pureza e impureza.




O falecimento de Miriam e as águas da discórdia (20:1-13)

            Os acontecimentos seguintes acontecem no quadragésimo ano da permanência dos filhos de Israel no deserto, próximo à sua entrada na Terra de Israel. A Torá relata o falecimento da profetiza Miriam, irmã de Moshé.
            A Torá prossegue o relato: “E a congregação não tinha água para beber e juntaram-se em torno de Moshé e Aharon”. Aqui aprendemos sobre a fonte de água que acompanhava os filhos de Israel pelo deserto pelo mérito da justeza de Miriam. Agora, com sua morte, a fonte de água desaparece e o povo passa sede. Moshé e Aharon se apressam a ir até o Ohel Moed (tenda da reunião), local onde Hashem se revela a eles.

            O Altíssimo ordena a Moshé que tome seu cajado, congregue o povo e ordena a uma rocha que extraia água. Moshé golpeia duas vezes na rocha com seu cajado e água começa a jorrar com abundância da rocha, saciando a sede de todo o povo, assim como de seus rebanhos. Moshé e Aharon são punidos severamente por não terem obedecido às ordens Divinas para falar à rocha e não para golpeá-la. Por isso foi decretado que não conduziriam o povo judeu até Eretz Israel.


Conversações infrutíferas com o rei de Edom (20:14-21)

            O povo de Isael aproxima-se da sua terra pelo lado sudeste estacionando em Kadesh, na fronteira com a terra dos edomitas. Moshé envia emissários ao rei de Edom, conta a saga do povo judeu desde a descida ao Egito até chegarem aos limites de suas terras, requisitando sua autorização para cruzarem o reino edomita rumo à Terra de Israel. Moshé promete que o povo andará pelo caminho central e se compromete a não causar dando algum a seus campos e vinhedos. O rei de Edom responde negativamente e ameaça com guerra. Moshé tenta uma vez mais e sugere para pelos alimentos e água que porventura sejam consumidos durante a travessia.  O rei edomita responde com mais uma negativa e envia uma forte força armada contra o povo de Israel. Moshé evita o confronto e os judeus deixam Kadesh, retomando seu caminho.  



“Morte com um beijo” no Monte Hor (20:22-29)

            Ao chegar o povo de Israel ao Monte Hor, no limite com Edom, o Todo-poderoso avisa haver sido chegada a hora de Aharon “ser recolhido ao seu povo”. Moshé, Aharon e seu herdeiro Elazar sobem ao monte aos olhos de toda a congregação. Ali Moshé despe Aharon de suas vestes sacerdotais e as veste em seu filho Elazar. Aharon falece e Moshé desce do monte junto a seu filho. O povo judeu compreende que seu amado Aharon despediu-se deste mundo e se enluta por trinta dias.


Guerra contra o Cananeu, rei de Arad (21:1-3).

            O rei de Arad, no Neguev, não vê com bons olhos a chegada dos filhos de Israel à sua região, abre um ataque militar e toma alguns israelitas como cativos. Moshé reza a D-us e se compromete a Lhe dedicar todo o espólio desta batalha, se a vencer. O Todo-poderoso ouve a prece de Moshé e os filhos de Israel saem vitoriosos da batalha contra os cananeus que habitam o Neguev.  


Reclamam, são castigados e curados (21:4-9).

            O povo sente-se extremamente fatigado pelo prolongamento do percurso, após terem sido obrigados a desviarem das terras de Edom e impacienta-se. Novamente, reclamam contra a D-us e a Moshé. O Altíssimo envia serpentes abrasadoras para puni-los. O povo entende que pecou e pede a Moshé que reze por eles. Como resposta à prece de Moshé, Hashem lhe pede que prepare uma cobra de cobre e a coloque sobre uma haste. Todo aquele que fitasse a cobra era imediatamente curado de sua picada. Mirar a cobra significava direcionar o coração para o D-us que está nos céus.     


Milagres de guerra e cântico de agradecimento (21:10-20)

            A Torá conta de forma sucinta e por insinuação sobre os Emoreus, a cujos limites chegaram os israelitas após algumas jornadas. Este povo tentou ferir os judeus perto de sua fronteira, mas D-us salvou a Sua nação com grandes milagres e eles cantaram um louvor de agradecimento ao Eterno.


Ferem Sichon o Emoreu e Og, rei de Bashan a fio de espada (21:21-22, 1).

            A jornada rumo ao norte, ao logo da fronteira leste de Israel, leva os judeus até a fronteira dos Emoreus. Moshé envia novamente uma delegação, desta vez ao rei Sichon, pedindo passagem por suas terras. Sichon, assim como o rei de Edom, nega o pedido e ataca Israel, que revida e conquista a terra dos Emoreus, ocupando-a na fronteira com Bashan, súditos do gigantesco Og. Este junta seus exércitos e deflagra guerra contra Israel. Hashem promete a Moshé que não há nada a temer com relação a Og e que ele também será derrotado. O exército israelita de fato ferem Og, seus filhos e a todo o seu povo, herdando também sua terra. O povo de Israel prossegue em sua jornada rumo ao norte, acampando nas planícies de Moav, do outro lado do Jordão, frente a Ierichó.     


Esta parashá contém 87 versículos

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R.Shmuel Lancry
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O que é o idioma ÍDISH?

Ídish (ייִדיש - do alemão jüdisch, "judeu", "judaico") é uma língua da família indo-europeia, pertencente ao subgrupo germânico, tendo sido adotada por judeus, particularmente na Europa Central e na Europa Oriental, no segundo milênio, que a escrevem utilizando os caracteres hebraicos.

Dois grupos principais utilizam atualmente o  Ídish: judeus ortodoxos no mundo inteiro, especialmente os ultra-ortodoxos (mesmo os residindo em Israel e Nova York), e judeus seculares, de idade avançada ou não, que valorizam suas raízes.
 Ídish se desenvolveu dentro da cultura asquenazita, a partir do século X na Europa central e oriental, e se espalhou para outras regiões do planeta com a emigração de seus praticantes. O nome " Ídish " passou a ser usado para designar o idioma somente a partir do século XVIII; antes disso, já era a principal língua falada pelos judeus da cultura asquenazita.
O idioma é fruto de uma compilação linguística diversificada:
1.    germânico (dominante do ponto de vista fonético) derivado das variedades urbanas medievais do alto-alemão médio falado nas fronteiras;
2.    Dialetos modernos, como o eslavo, do polonêsucranianobielorrusso e russo;
3.    semita, derivado do hebraico e do aramaico pós-clássicos, cujo alfabeto é usado para representação fonética e escrita.
De forma simplificada, pode-se dizer que o  Ídish é o idioma germânico escrito com caracteres do alfabeto hebraico moderno e em sentido oposto ao da escrita ocidental (ou seja, escrita e lida da direita para a esquerda). Na prática, os três componentes contribuíram em maior ou menor grau na fonologia, morfologia, sintaxe e semântica da língua.
Origens
A origem do iídiche remonta à época medieval germânica. Por vários séculos, houve uma migração de judeus para várias regiões da Europa. Os judeus miscigenados com a população da Europa Central e da Europa Oriental, de origem nórdica e eslava, formaram um grupo que passou a ser conhecido como asquenazitas. O termo "asquenaze" (ashkenazi) tem sua origem em um vocábulo germânico que designava o povo que vivia na região onde hoje fica a Alemanha, e foi apropriado pelos judeus que se estabeleceram nesta área. Durante muito tempo, este grupo foi a minoria da população judaica mundial, estando concentrada nas regiões centrais e orientais da Europa; porém, em um período mais recente, a população asquenazita cresceu e se espalhou pelo mundo, tornando assim o idioma iídiche mais difundido. Os judeus asquenazitas são etnicamente diferentes dos chamados judeus sefarditas, de ascendência árabe e originalmente emigrados para a Espanha, Europa Mediterrânea, África, e de outros países mediterrâneos ao redor do paralelo 33. Do ponto de vista religioso, os asquenazitas se estabeleceram simbolicamente como um grupo independente a partir do édito contra a poligamia, de Rabeynu Gershom (aprox. 960-1028); este édito os distanciou da autoridade rabínica oriental tradicional.

Resultado de imagem para yiddish
mapa do ìdish - Wikipedia.


             Para não perderem sua identidade cultural e religiosa, os asquenazitas adotaram uma forma mista de escrita, usando os caracteres do hebraico para anotar a descrição fonética do idioma da região em que se encontravam. Assim, mesmo com restrições (o hebraico é escrito sem vogais), os imigrantes judeus escreveram textos bíblicos em alemão, espanhol ou francês, usando a forma escrita que lhes era familiar.
             Com o tempo, a expansão da população asquenazita em direção ao leste levou a uma diferenciação de dois dialetos iídiches: ocidental (com maior influência germânica) e oriental (com influência de linguagens eslavas). Além da influência fonética, os caracteres escritos do iídiche oriental mostram a influência da escrita de outras tribos locais, como godos e dos visigodos.
Relação com idiomas semíticos
As comunidades judaicas instaladas na Europa adotavam três línguas: hebraicoaramaico e iídiche. Todas as três dispunham de representação escrita, mas somente o iídiche poderia ser considerado um idioma vernacular. Por essa razão, o iídiche foi empregado em princípio para obras laicas e correspondência privada. Para a correspondência comunitária, comentários bíblicos e toda uma série de documentos era utilizado o hebraico. Já o aramaico era utilizado para os textos mais importantes, incluindo os tratados oficiais (especialmente comentários sobre o Talmud) e a Cabala (misticismo judaico). 
Desenvolvimento histórico
Ao longo de sua história, os falantes de iídiche quase sempre foram bilíngues, usando o alfabeto aramaico para a escrita, mas com normas ortográficas próprias. Podem-se distinguir três períodos para a língua iídiche:
·         Ídish primitivo (até 1250) e evidenciado por pequenos textos;
·         Ídish antigo (cerca de 1250 a 1500). Desde o século XII ao século XVI os asquenazitas espalharam-se pelos territórios eslavos (atuais PolôniaUcrâniaBielorrússiaRússia Lituânia) e sua língua adotou elementos eslavos.
·         Ídish médio (1500-1700). Período no qual o centro de gravidade se desloca para o leste.
·         Ídish moderno (a partir de 1700).
Do século XVII em diante a língua diferia suficientemente da dos judeus habitantes das regiões falantes de línguas germânicas, o que justificou a divisão entre iídiche oriental e ocidental. Essa última variante começou a declinar no final do século XVIII e desapareceu quase completamente durante o século XIX. Ao contrário, no leste durante o século XIX, a língua ressurgiu, pois os artistas, socialistas e propagandistas religiosos, em lugar do hebraico, alemão ou eslavo, usavam a língua falada pelo povo judeu: o iídiche. Em 1908 em conferência realizada em Czernowitz (na atual Ucrânia), o iídiche foi aceito como “língua nacional do povo judeu”. O iídiche continuou florescendo na literatura, teatro e imprensa, sendo a língua da educação, com Varsóvia e Vilnius como seus centros intelectuais, desenvolvendo-se uma língua normativa a partir dos dialetos do iídiche polonês e lituano.
O período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial foi caracterizado pela dispersão de seis milhões de judeus que habitavam os países vizinhos à Alemanha, o que permitiu aos sobreviventes a inclusão de mais alguns idiomas, o russo, da antiga União Soviética, o inglês da América do Norte e do aramaico jordaniano.
A exemplo dos mórmons na América do Norte, houve tentativa de criar-se uma região judia dentro da ex-URSS, uma espécie de Comunidade Autônoma situada no extremo oriental da Sibéria, mas o experimento não obteve êxito, embora a região - o Birobidjão (Birobidjan - ainda exista oficialmente como Oblast (Distrito) Autônomo Judaico, dentro da Federação Russa.
Dados
Atualmente calcula-se que cerca de 1 milhão a 3,2 milhões de judeus falam o iídiche, a metade dos quais residente nos Estados Unidos. É mantido especialmente em comunidades ortodoxas, onde é usado entre seus membros como a língua do grupo, o hebraico é reservado para a religião e a língua local para o contato com as pessoas de fora da comunidade. Em 1995 a União Europeia aprovou uma resolução pela qual se garantia apoio à língua e à cultura iídiche.
O iídiche continua sendo mantido como língua vernácula natural entre muitos grupos de judeus "ultra-ortodoxos", hasidi (chasidim) ou não, encarregados de conservar o asquenazi como uma civilização em toda sua totalidade. A forte resistência à assimilação e as altas porcentagens da natalidade têm levado os demógrafos a prever que, em cerca de cem anos, haverá um milhão de chasidim falando iídiche. Atualmente, contam com comunidades numerosas em AntuérpiaLondres e vínculos muito estreitos com os centros mais importantes nos Estados Unidos e em Israel. Já se pensou em trocar os caracteres hebraicos por fontes de outros idiomas como o inglês, que seriam “mais fáceis de memorizar”, e modificar também o sentido da escrita, que passaria a ser da esquerda para a direita (para uso dos destros), no entanto, para alguns instrutores essa mudança incluiria o aspecto saudosista da questão e que procuram transferir do passado, muito importante para endossar a credibilidade nas escrituras.
Dialetos
No seu momento de máxima expansão geográfica (século XVI), o iídiche englobava dos Países Baixos e Itália a oeste até a Rússia a leste. O iídiche ocidental, variante mais antiga, compreendia por sua vez o iídiche norte-ocidental (Países Baixos, norte da Alemanha e Dinamarca) e o iídiche sul-ocidental (AlsáciaSuíça e sul da Alemanha). O iídiche oriental, por sua vez, contava com três dialetos principais: o norte-oriental (LituâniaBielorrússiaLetônia) conhecido popularmente como lituano; o centro-oriental (Polônia e Hungria), denominado popularmente polonês e o sul-oriental (Ucrânia e Romênia), conhecido geralmente como ucraniano ou volínio.
Os dialetos atuais são os seguintes:
·         central, também denominado polonês ou polaco;
·         setentrional ou lituano, mesmo que se estenda por grandes áreas do território bielorrusso;
·         meridional ou ucraniano.
Ao critério fonológico adotado no Ídish ao longo dos tempos e dos lugares, abriu-se um leque de variantes para a pronúncia de uma única frase “comprar carne”: em iídiche ocidental kafn flash, no central kojfn flash, no sul-oriental kojfn flejs e no norte-oriental kefjn flejs. Outras diferenças fonológicas e léxicas demonstram também que o dialeto central é diferenciado e distingue-se por um jogo completo de contrastes na duração da vogal, enquanto o segmento sul-oriental sofre os efeitos de trocas vocálicas originando palavras como hont mão, huz casa e rign chuva, e no dialeto norte-oriental houve a perda do gênero neutro, demonstrando em todos esses casos que o idioma, por ser uma criação espontânea do meio, não pode ser criado nem recriado.
Ídish normativo está inspirado na pronúncia pelos dialetos setentrionais ainda que a gramática tenha influência meridional. O alemão contribuiu também com a normatização do Ídish, especialmente por aqueles que acreditavam ser o iídiche uma corruptela do alemão.
Escrita

O iídiche utiliza como escrita uma adaptação do alfabeto hebraico e escreve-se da direita para a esquerda. Como sua fonologia é estranha ao árabe ou ao hebraico, o iídiche usa o recurso dos dígrafos e outras letras modificadas conforme sua patognomônia, além dos caracteres tradicionais do hebraico. O modo de inscrever as vogais nesse alfabeto variou muito de acordo com o tempo e o lugar, sendo estas atualmente representadas através de caracteres especiais desenvolvidos para uso exclusivo do moderno hebraico.
Gramática
Atualmente, com a criação de Israel, uma das grandes influências do iídiche tem sido o vocabulário hebraico (ou mais exatamente hebraico-aramaico) e não só no que concerne ao uso religioso como também em palavras de uso cotidiano que não têm conexão particular com o modo de vida judeu. As palavras hebraico-aramaicas foram transportadas ao iídiche em sua pronúncia asquenazita, ainda que em Israel a pronúncia seja a dos judeus sefarditas. Quando as palavras hebraico-aramaicas passaram ao iídiche falado em Israel, usou-se a pronúncia do plural segundo as normas hebraicas, não mais segundo as normas alemãs.
A outra grande influência na mutação do Ídish (essa mais antiga), foram as línguas eslavas, devido às migrações judaicas para o leste da Europa, junto com a expansão germânica da Idade Média e aproveitando a boa acolhida do príncipe Principe Boleslaw o Piedoso de Kaliz que concedia ao povo judeu tolerância religiosa e facilidades comerciais com leis diferenciadas aos cristãos da Polônia. Nessas regiões onde habitavam falantes eslavos, o iídiche foi submetido a forte influência léxica, morfológica, fonológica e sintática das línguas eslavas. Muitas palavras de uso cotidiano são eslavas de origem (káchke pato, do polonês kachkatáte pai, do tcheco tata).
As desinências dos casos foram preservadas só no singular e aparecem em modificações dos substantivos mas raramente nos substantivos em si. Os casos dativo e acusativo fundiram-se no masculino, enquanto o nominativo e o acusativo fundem-se no feminino e no neutro. O sistema para formar substantivos plurais, de origem alemã, é enriquecido por elementos de origem hebraica. Com o passar do tempo, nota-se que, gradativamente, tanto no gênero quanto na forma plural, muitos substantivos vão-se diferenciando de seus similares alemães. O Ídish possui um sistema bem desenvolvido de diminutivos de origem alemã mas de base gramatical eslava onde, por tratar-se ainda de uma prótese cultural aplicada num alfabeto sem muitos recursos, os verbos são conjugados apenas no presente do indicativo, expressando-se nos demais tempos e modos mediante palavras auxiliares



A Parashá trazida por Gerson Farberas - KORACH


Meór HaShabat Semanal                                       BSD    
Porção Semanal da Torá:            
Korach    -    Bamidbár (Números) 16:1 - 18:32

           Esta porção semanal é eletrizante! Ocorrem duas rebeliões. Na primeira, Korach, um Levita que não foi escolhido para a liderança de sua Tribo, desafia Moshe sobre quem deve assumir o posto de Sumo Sacerdote. Nenhuma rebelião pode ser vendida com sucesso se seu único motivo for um meio para ganhos pessoais. Portanto, Korach convence 250 homens de renome de que deveriam se posicionar ao seu lado por uma questão de princípios: cada um deles teria direito ao posto de Sumo Sacerdote (para o qual Moshe havia anunciado que D'us designara seu irmão Aharon para assumi-lo).
           Fascinantemente, todos os 250 seguidores de Korach aceitam o desafio proposto por Moshe, de trazerem uma oferenda de incenso para confirmar quem D'us escolheria para preencher aquela posição. Isto significava que cada um dos 250 homens realmente acreditava que seria o escolhido e que sobreviveria ao teste. Moshe anunciou que, se a terra se abrisse e engolisse os rebeldes, este seria o sinal que ele (Moshe) estava agindo sob as ordens de D'us e não por vontade própria. E assim aconteceu!
           No dia seguinte, toda a Congregação de Israel se insurge numa segunda rebelião, acusando Moshe: Você causou a morte do Povo de D'us! O Todo-Poderoso traz uma praga que mata 14.700 pessoas e que só cessa quando Aharon faz uma oferenda de incenso, demonstrando, assim, que não foi a oferenda em si que matou os 250 seguidores de Korach, mas sim a decisão do Todo-Poderoso em relação àqueles que se rebelaram.
           Para resolver a questão de uma vez por todas, Moshe ordenou a cada chefe das Tribos trazerem uma vara, com seus nomes gravados nelas. Na manhã seguinte, somente a vara de Aharon havia florescido, dando brotos e amêndoas. Ao Povo foi mostrado este sinal.
           A vara de Aharon foi, então, colocada na Arca Sagrada, como testemunho para todos os tempos.

O cajado de Aharon - Wikipedia
Dvar Torá:     COMO NÃO DISCUTIR – Com Ninguém
           
          Esta porção semanal, Korach, relata as disputas e intrigas criadas por um indivíduo para o seu ganho pessoal, disfarçadas sob um manto filosófico e de valores aparentemente sublimes e elevados. Meus amigos: As disputas destroem relacionamentos e são particularmente devastadoras em casamentos. Debates são produtivos! Pensei que seria de ajuda compartilhar com vocês, queridos leitores, algumas maneiras de evitar disputas e bate-bocas, especialmente com seu cônjuge!

1.   São necessários dois para discutir. Se não respondermos de volta, não haverá discussão. Simplesmente diga: “Prefiro não conversar sobre isto agora” e, se necessário, repita esta frase com suavidade mais uma vez. Programe, então, um tempo para falar sobre o assunto no futuro.
2.   As discussões se agravam com o volume da voz dos discutidores. O Rei Salomão já nos ensinou em seu livro Mishlei (Provérbios 15:1): “Uma resposta gentil dispersa a raiva”. Quanto mais violentamente o outro discute, mais serena nossa resposta deve ser. Logo veremos o tom de voz dele/dela diminuir em resposta.
3.   Não haverá discussão se concordarmos. Não é nenhum sinal de fraqueza usar as seguintes frases: “Este é um bom ponto”, “Eu não havia pensado sobre isto” ou “Você tem toda a razão”! Focalizemos onde podemos concordar, não onde diferenciar.
4.   Admitamos quando estivermos errados. Ninguém está sempre totalmente certo. Encontre algo pelo que se desculpar, pelo que se responsabilizar. A outra pessoa se sentirá melhor e poderá até admitir e assumir alguns erros de sua parte.
5.   Não acuse ou ataque. Não diga: “Você disse isto!” ou “Você fez aquilo!” Façamos perguntas, não declarações. E façamo-las com sinceridade, com a intenção de achar a verdade, e não como uma espada afiada, pronta a cortar a cabeça do oponente.
6.   Lembremo-nos de nossa meta! No caso do casamento, queremos harmonia, paz, uma boa atmosfera e amor. Argumentações geram tensão e ansiedade, nunca paz e tranquilidade. Diga a si mesmo: “Eu amo minha esposa, amo meus filhos, e amo meu dinheiro (divórcios custam montes de dinheiro!).
7.   Não seja tolo em demonstrar falta de respeito ao seu amado(a) e a si mesmo, dizendo coisas que causam mágoas, coisas sem sentido ou sem validade. Você escolheu esta pessoa para ser seu cônjuge. Esta é a pessoa, acima de qualquer outra, que possui as qualidades para ser o seu escolhido/escolhida ente bilhões de seres humanos pelo planeta.
8.   Transforme a disputa em um debate. Não defenda uma posição e sim exponha uma ideia ou problema que precisa ser esclarecido. Pessoas de boa fé, que raciocinam juntas, podem chegar a um denominador comum. Ouça com a mente aberta. Seja um juiz, não um advogado!
9.   Pergunte a si mesmo: “Será que esta discussão realmente vale a pena?” No final, tudo aquilo sobre o que estamos discutindo talvez seja algo trivial. Pode ser que a forma de comunicação que estamos utilizando é que esteja gerando a angústia, a raiva e as demais razões pelas quais estamos discutindo ao invés de debater.
10.   O rabino Issachar Frand, de Baltimore (EUA), em uma de suas palestras sobre este tema, salientou um ponto muito importante: Quando uma pessoa envolvida numa discussão, principalmente sobre assuntos financeiros, grita “Isto é uma questão de princípios!”, muitas vezes o que ela quer dizer é: “Isto é uma questão de dinheiro!”. Não deixemos que o dinheiro se intrometa e destrua amizades, casamentos e nossos relacionamentos!

Horário de Acender as Velas de SHABAT: (15 de junho)

S. Paulo: 17:08 h   Rio de Janeiro 16:57  Recife 16:49   Porto Alegre 17:13  Salvador 16:56   Curitiba 17:15
B. Horizonte 17:04  Belém 17:56  Brasília 17:28 Jerusalém 19:07  Tel Aviv 19:27  Miami 19:53  Nova York 20:09

 Pensamento da Semana:
Faça todo o bem que puder, de todas as maneiras que puder,
com todos os meios que puder, em todos os lugares que puder,
todas as vezes que puder, a todas as pessoas que puder,
todo o tempo que puder!

Shabat Shalom!

Rabino Kalman Packouz
 

Contate-me via Internet: meor018@gmail.com
Sugestão: mostre este fax a seus familiares! Este fax é dedicado à memória de meu pai Zeêv ben Ytschak Yaacov Z”L e meu sogro Haim Shaul ben Sara Z”L



ESTE FAX É DEDICADO À PRONTA RECUPERAÇÃO DE:
Avraham ben Guila – Baruch bem Ruth Lea - Biniamin ben Farida - David ben Sara – David ben Rachel – Efraim Fishel bem Ester - Eliau Haim ben Shefica Sofia – Gavriel David ben Sara – Haim Avraham Tzvi ben Golda – Hersh bem Sara - Kalman Yehuda ben Pessi – Lemon ben Tsirla – Mahluf ben Latife - Mendel ben Hava - Mordehai ben Sara - Mordehai ben Shoshana - Moshe ben Lizette - Moshe Eliezer ben Devora Hana - Moshe Ysser Ben Dvora Yentel - Natanel ben Faride - Noam Shemuel ben Simha - Pessach ben Sima – Gilbert Shmuel ben Mazal - Shlomo ben Bela - Shmuel Daniel ben Zissel - Tzvi ben Tsipora - Yaacov ben Alice – Yaacov bem Rachel - Yaacov ben Rivka – Yehuda Aharon bem Ester - Rabino Avraham Haim ben Rechel –Rabino Meir Avraham ben Malca – Rabino Matitiau Haim ben Etl - Rabino Shimon ben Haia Sara - Rabino Ytschak Rafael ben Lea – Rabino Ytschak David ben Haia Rivka Rachel Tzvia - Rabino Shlomo ben Hoide Hadassa - Rabino Shemariahu Yossef Nissim ben Batia
Alte Haia Sara Yudit bat Haia Roise – Branda Chava Malka bat Guitla - Dina bat Rachel Efrat - Eliana bat Hava - Ester Malca bat Hassia Sheine Perl - Hana Lea bat Hava - Sara bat Sheindel - Sara bat Toibe – Simone Tzivia bat Fruma Rachel - Rachel bat Shoshana Reizel - Rina bat Sara – Ruth bat Shoshana - Shlime bat Batsheva - Tamar Ester bat Lea - Tzivia Chava bat Rivka e aos feridos em Israel

E à MEMÓRIA DE: RABINO REUVEN SHALOM BEN SOL SHULAMIT , RABINO MOSHE BEN RIVKA REIZEL , RABINO AHARON YEHUDA LEIB BEN GUITEL FAIGA, SHAUL BEN MEIR AVRAHAM, YERACHMIEL SHMUEL BEN ESTER, NAHUM BEN LEA, RABINO SHLOMO BEN ZLATE ESTER, MOSHE YSSER BEN SHIMON BETSALEL HACOHEN, ESTER BAT HANA, REIZEL BAT AVRAHAM, YEHIEL MENDEL BEN DAVID, YAACOV BEN MOSHE, AZRIEL BEN AVRAHAM, SHMUEL DANIEL BEN ZISSEL, HIZKIAHU ELIEZER BEN LEA, YAFA BAT SALHA, MORDECHAI ISAAC BEN DINA, AVRAHAM BEN MEIR, ITA BAT AVRAHAM, SHIRLEY BAT AVRAHAM, HAYA BAT YEHUDA BARUCH, AHARON BEN YEHUDA BARUCH, HaAri HaKadosh, HAIA MUSHCA BAT MARGALIT SIMA RACHEL, HAIA RIVKA RACHEL TZIVIA BAT TAMAR, MIRIAM BLIMA BAT HAIM LEIB, TAUBE YONA BAT ESTHER, HANA BAT MOSHE, MOSHE BEM REUVEN, ARIE LEIB BEN YTSCHAK,TSEMACH DAVID BEN HAIM LEIB, EZRA BEN ESTER, ytschak arie ben yossef tzvi halevi, YAKOV BEN SHEPSEL, FARAJ BEN THERE, AVRAHAM SHLOMO BEN CHASSIA SHENDEL PEREL, YAACOV NAFTALI BEM RACHEL DEVORE, GUILAD MICHAEL BEN BAT-GALIM, EYAL BEN IRIS TESHURA, JOSÉ SALEM BEN BOLISSA, KALMAN BAR YAACOV LEIB, ARIEL BEN YAACOV, LEAO ARIE BEN SONIA SHENQUE, NUCHEM BEN FRAIN, SHAUL BEN YOSHUA, SHLOMO BEN FRIDA, SHLOMO NAHUM BEN SHALOM, YAACOV BEN MENAHEM, YOSSEF HAIM BEN AVRAHAM, YEHOSHUA BEN AHARON YAACOV, NACHMAN MOTEL BEN DANIEL, LEIB BEN TSUR, MOTEL BEN MOSHE, HERSHEL BEN MANES, NATAN BEN AHARON WOLF HACOHEN, MENAHEM BEN YEHUDA BARUCH, ALTER YOSSEF BEN SHMUEL, EFRAIM FISHEL BEN MOSHE, EZRA BEN CLARA, rabino NOAH ISRAEL ben HARAV YTSCHAK MATISYAHU, YEHUDA ROZANCZYK ben MOSHE, YOSSEF HAIM bem AVRAHAM
ESTER SANDRA BAT AVRAHAM, FAIGA BAT MORDEHAI HALEVI, MINDL BAT YOSSEF ,DINA LIBE BAT ETEL AZRAK, RUTH BAT SARA BRAHA, CHAIA RUCHEL BAT SINE, HAVA BAT AVRAHAM YAACOV, BASIA RACHEL BAT MAYER, RACHEL BAT HANNA, RACHEL BAT AVRAHAM SHMUEL, CARMELA BAT SHMUEL, RIVKA BAT DOV, SARA MALKA BAT ISRAEL, YEHOSHUA ben ISRAEL YTSCHAK, ELLIE ZALMAN ben AVRAHAM DAVID, R’ ARYE KUPINSKY H”YD, R’ AVRAHAM SHMUEL GOLDBERG H”YD, R’ KALMAN LEVINE H”YD E R’ MOSHE TWERSKY H”YD, RABINO ELIMELECH BEN BLUMA ROIZE
E à YESHUÁ DE: Mordehai ben Sara, Yehoshua Michael ben Sara, Eliezer ben Hana, Shimon ben Rivka, Menahem Mendel ben Miriam e Elisheva bat Shmuela, Haim Yehoshua ben Hana Shaindel e Lea Kreindel bat Hantshe Yahat
E à libertação de: Ron ben Batia Arad, Yonatan ben Malca, Guy ben Rina, Zacharia Shlomo ben Miriam, Yehuda Nachman ben Sara, Tzvi ben Penina, Yaacov ben Sara, Ilya ben Sara, Yehoshua Michael ben Avraham


 
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