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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Lentes corretivas - 28.01.2018 - 22 de Shvat, 5779 - emunahtododia@com

MENSAGEM #268

Lentes corretivas
 

Precisamos da Emunah adequada para podermos entender as declarações de nossos Sábios corretamente. Diz o passuk em Iyov: "אדם לעמל יולדO ser humano foi criado para se esforçar". Isso significa que esse mundo é um mundo de lutas, um mundo de provações e tribulações. É um mundo de testes e cada ser humano tem que se esforçar muito para ter sucesso. O mundo vindouro é o mundo da verdadeira felicidade, onde não haverá mais desafios nem testes. O Midrash nos ensina que o esforço e o estresse que enfrentamos para fazer as Mitzvot e as boas ações, tomam o lugar de outros esforços e dificuldades pelas quais deveríamos passar .

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Estamos vendo as coisas
como elas realmente são?

Existem duas formas de uma pessoa enxergar essa declaração. Alguém me contou que uma senhora, quando aprendeu isso, aceitou para si fazer um grande Chessed (ato de altruísmo) todos os dias. Custou muito e exigiu um árduo trabalho, mas ela estava feliz, sabendo que estaria se salvando de trabalhos duros em outras áreas de sua vida.

Certo dia ela teve dificuldade de fazer um Chessed, e vendo-se incapaz de fazê-la, ela desistiu. Durante todo aquele dia ela ficou com medo que algo ruim lhe acontecesse. Ela sentiu que perdera sua proteção e estava certa que algum mal viria. Ademais, Chessed tinha se tornado um fardo muito pesado para ela conseguir fazer diariamente, mas ela teve muito medo de parar temendo sofrer consequências ruins. Essa é uma atitude errada, que acontece quando não entendemos corretamente Hashem.

Parece-me que essa pessoa sente que Hashem está nos esperando com uma vara para nos atacar, e que a única maneira de afastá-Lo disso é fazer uma Mitzvah. Nada poderia estar mais longe da verdade. Hashem não está querendo nos ferir, Chas V'shalom. Ele tem muito amor e misericórdia. Ele está buscando maneiras de nos isentar de aflições! O que essa afirmação significa é que a pessoa precisa passar por certas aflições na vida para se purificar das transgressões, para que possa desfrutar do Mundo Vindouro.

É uma bondade, por si só, que Hashem nos permite remover nossas transgressões aqui em vez de lá. Porém, Hashem foi ainda mais longe. Na sua infinita bondade, Ele permite que todos os nossos esforços em direção à Torah e Mitzvot sejam considerados e contem como dificuldades que nós precisávamos passar, e assim nós podemos remover nossas transgressões sem aflições.

Hashem está procurando meios para nos ajudar, e não para nos machucar. Hashem quer que façamos Teshuvah. Ele tem uma enorme ארך אפיים-paciência. Ele espera e espera antes de ter que nos sacudir através de aflições. Daí se conclui que quando nos esforçamos para fazer uma Mitzva, Hashem não apenas nos dá crédito pela Mitzvah e nos enche de recompensas no Mundo Vindouro, como também, ao mesmo tempo, caso haja um trabalho envolvido, Ele também remove nossas transgressões.

Uma pessoa não é punida por não fazer um Chessed. É muito bonito ver aquela senhora tentar fazer o máximo de Chessed possível, mas se surgir algum empecilho e ela não conseguir fazê-la, ela não deve temer ser prejudicada. Não é saudável viver com medo de sofrer consequências negativas.

Se alguém passa por um problema, é apenas decorrente da compaixão infinita de Hashem, que permite à pessoa pagar um centavo por um dólar. As transgressões criam defeitos, and com um pequeno arranhão no carro, Ele nos deixa limpos.

Na maioria das vezes, não sabemos as razões pelas quais as coisas acontecem, mas devemos nos sentir, o tempo todo, que estamos sob a supervisão do Ser mais amoroso, bondoso e compassivo, O qual está sempre no pleno controle de nossas vidas.

Que possamos ter o mérito de sermos sempre capazes de enxergar a bondade de Hashem, e vê-Lo sob a perspectiva correta.

                                                                         -- Rav David Ashear                                 

Leilui Nishmat Faiga bat Mordechai HaLewy.

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Parashá: ITRÓ (sogro de Moisés) - a outorga de parte da Torá: OS DEZ PRONUNCIAMENTOS

Esta Parashá relata o encontro do Povo Judeu com D-us ao sopé do Monte Sinai, onde lhe foi apresentado o Decálogo (Dez "Mandamentos") em duas tábuas de safira. 
Não por acaso esta porção,  recebeu o nome do converso, Itró, sogro de Moisés, que havia praticado todo tipo de idolatria, mas ao ouvir os milagres e prodígios que Hashem operou ao bem do povo judeu, converte-se ao Judaísmo.
Isto é uma mostra da universalidade da Torá: suas prescrições quanto ao recebimento de seus Mandamentos, tanto para judeus quanto para os não judeus, são precisas e eternas, justas e consagradas. 
Ser judeu não implica só nascer judeu, mas em receber sobre si a responsabilidade do cumprimento dos preceitos da Torá e o compromisso em transmiti-las a outros judeus e à próxima geração.
  • A Torá além de ser o Livro das Leis Divinas, guia de normas de conduta, história e fé dos judeus, mas o próprio Mapa da Criação. Diz o Talmud, que o Eterno esboçou o plano do universo escrevendo-o sob a forma de uma Torá (Orientação), codificando dentro dela a vida de todos os seres humanos desde o primeiro até o último homem.
  • O total de mandamentos que incumbe o povo judeu como um todo é de 613. 
  • Aos não judeus cabe cuidar os Sete Mandamentos dos Filhos de Noé.

Adicionalmente a estes 613 mandamentos, que incluem hábitos alimentares, atitudes morais e cívicas, relações patrão-empregado, comportamento na guerra, contratos conjugais e herança, até e contatos mais diretos com a alma e com D-us, somam-se as leis rabínicas, como estão descritas no Talmud, que foi compilado na antiga Babilônia e em Israel, entre os séculos 2 e 6 da Era Comum
A Torá propriamente dita foi revelada por D-us a Moisés no dia 7 de Sivan de 2448 da Criação do Mundo, data que os judeus celebram hoje como Shavuot.
Os Dez Mandamentos, melhor dito, o Decálogo, é o primeiro contato feito por D-us com todo um povo – os judeus, pois Ele já havia feito contatos com indivíduos isolados, como Abrahão, Isaac e Jacob.
Aos pés do Monte Sinai, logo ao deixarem o jugo do faraó, os judeus comprometem-se a cuidar os 613 estatutos da Tora durante todas as gerações, seja em Israel, sua pátria nacional e espiritual e onde quer que estejam, respeitando os povos que os acolheram, sem perder sua identidade, e compartilhando sua mensagem com estes povos por meio de Sete Regras Divinas fundamentais, que o Talmud chama de Sete Mandamentos dos Filhos de Noé.
Uma organização mundial sediada em Pittsburgh, USA, se encarrega de difundir estes valores, que podem ser apreciados em inglês no site www.asknoah.org 
Conta a tradição judaica, que D-us ditou aos judeus somente os dois primeiros dos Dez Mandamentos, deixando os demais e o restante da Torá aos encargos de Moisés, pois a Voz Divina era de uma energia tão intensa ao revelá-los que as almas dos judeus despegavam-se dos corpos, ansiando por unir-se a Ele.
Por este motivo, os judeus pedirama a Moisés que ele, e não o Altíssimo, continuasse a revelar a Torá. É por isto que a própria Torá diz: “Torá Tsivá Lanu Moshé” – Moisés nos ordenou a Torá. Isto se explica de acordo à numerologia judaica: O valor numérico da palavra Torá em hebraicoות, é 611. 
Ou seja, 611 mandamentos foram ditos por Moisés. Somando-se aos outros dois ditos pelo próprio D-us, temos 613 mandamentos, que perfazem o total dos mandamentos da Torá, dos quais podemos cumprir menos de um terço em nossos dias, pois a maior parte deles só pode ser observada em Israel, quando existe um Templo Sagrado em Jerusalém.
Moisés teve muito desgosto quando soube que o Eterno não permitiria que ele entrasse em Israel, pois desejava cumprir todos os estatutos da Torá que ensinou aos judeus durante os quarenta anos que estiveram juntos no deserto do Sinai – e sabia, que eles só poderiam ser cumpridos na sua totalidade na terra da Israel, após a construção do Templo, primeira tarefa à qual se entregaria Moisés.
Poder cumprir todos os 613 Mandamentos como um povo unido, e livre do jugo das nações, na Terra de Israel, num mundo povoado por Bnei Noach, vivendo em paz e serenidade, é o anseio milenar do povo judeu pela vinda do Mashiach (Messias).

"Ele sempre se dá bem..."- emunahtododia.com - 21 de Janeiro, 2019 - 15 de Shvat, 5779


MENSAGEM #266

 

"Ele sempre se dá bem..."


Algumas vezes as pessoas se encontram em circunstâncias que as impedem de seguir sua rotina normal. Elas podem estar doentes e podem facilmente se deprimirem por sua não produtividade. Elas podem começar a se sentir vazias, sem conseguir ir rezar na Sinagoga com um Minyan, ou assistir Shiurim. Elas podem ficar deprimidas em seu estado impotente. Sorte a nossa que, ainda assim, nós sempre temos uma forma de nos sentirmos contentes e realizados, independente do que estamos passando.

Lembrei recentemente de uma história que nos dará a visão adequada e capacidade de estarmos felizes em todas as situações. Rav Mugrabi falou a respeito disso contando quando Noam Elimelech e seu irmão Reb Zusha estavam viajando juntos uma vez em um lugar estrangeiro, e um policial antissemita começou a questioná-los e os colocou na prisão. (Esta era uma prática comum naquela época – há 250 anos atrás.)

Eles entraram juntos em uma cela velha. Rabbi Elimelech viu que Rav Zusha estava muito triste e disse, "Este não é você! Onde está a sua Emunah?" Reb Zusha respondeu, “Eu não estou triste porque estamos na prisão. Estou triste porque a hora de fazer a reza de Minchá está quase terminando, e, por causa deste vaso sanitário que está aqui na cela, nós não poderemos rezar."

Rabbi Elimelech então lhe perguntou, "Quem nos ordenou fazer a reza de Mincha? Hashem! E quem nos ordenou a não rezar sob estas circunstâncias? O mesmo Hashem! Então, qual é a diferença de qual  'רצון ה -  vontade de Hashem estamos cumprindo? Agora estamos cumprindo o desejo de Hashem em não rezar Mincha, porque é  אסור-proibido, e estamos escutando Ele!"


Quando Reb Zusha ouviu isso, ele ficou tão animado que se levantou e começou a dançar. Rabbi Elimelech se juntou a ele e dançaram juntos. Eles dançaram e cantaram em volta daquele vaso sanitário, felizes de cumprir oRetzon Hashem (a vontade de Hashem). 

O carcereiro ficou tão bravo que pelo fato de estarem dançando que veio na cela e tirou o vaso sanitário. Naquele momento eles disseram, "Agora nós podemos rezar Minchá!" Eles então ficaram de pé e rezaram um longo Mincha. Depois que terminaram, o carcereiro lhes disse, "Me disseram para soltar vocês. Não há nenhuma acusação contra vocês."

Eles voltaram para casa, e Rabbi Elimelech disse a Reb Zusha, "Nós cumprimos o Retzon Hashem não rezando, e então Hashem nos ajudou deixando-nos rezar. E pelo Zechut de ambas as ações nós saímos da prisão! Você vê, estar triste e deprimido não adianta nada. Apenas piora as circunstâncias. Estando feliz, no entanto, compreendendo que estamos vivendo as vidas que Hashem quer que vivamos naquele momento, nos traz bênçãos.

Uma pessoa pode servir Hashem em qualquer situação na qual ela se encontra,  independentemente se ela está em uma situação difícil ou quando tudo está correndo bem. Se está vivendo sua rotina diária, ou se ela é forçada a ir com calma e descansar, independente disto, sempre há uma forma de servir Hashem, e isto deveria nos deixar felizes e satisfeitos.

Se Hashem nos quer em casa, então O serviremos de casa. Se nosso vôo foi cancelado, e tivermos que ficar em um país estrangeiro por mais um dia, se isto é o que Hashem quer, então O serviremos de lá.  Enquanto estivermos servindo a Hashem, nós estamos sendo bem sucedidos automaticamente.
 
                                                                       -- Rav David Ashear  

 
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Shalvat Chaym - ajudando a tornar a vida alheia melhor


Shalvat Chayim




O que torna Shalvat Chayim especialmente única são as pessoas que trabalham arduamente para proporcionar um ambiente baseado no amor, estrutura e profissionalismo.


Shalvat Chayim ( “vida pacífica”) é uma ONG licenciada que administra residências de grupo localizadas em vários albergues ao redor de Jerusalém, Israel. Inaugurada em 1997, as casas do grupo Shalvat Haim oferecem atendimento 24 horas por dia em uma atmosfera judaica ortodoxa a homens adultos com idades entre 17 e 55 anos que foram diagnosticados com doenças mentais crônicas como Esquizofrenia, Autismo, Transtornos de Ansiedade, Transtorno Bipolar. Transtorno do Desenvolvimento, Transtornos do Desenvolvimento, os efeitos do uso de drogas a longo prazo e Transtorno de Estresse Pós-Traumático grave após o serviço militar nas guerras de Israel. Também atende indivíduos com MI do exterior, incluindo Inglaterra, EUA, Canadá e Bélgica. A missão de Shalvat Haim é aumentar a dignidade e qualidade de vida dos indivíduos judeus com MI, proporcionando-lhes os serviços necessários para levar uma vida positiva como membros contribuintes da comunidade.

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  • Atividades ao redor de Shalvat Haim - Chanukah

    Chanukah Party 2016

    5 de março de 2017 0 comentários
    Balões, música, canto e dança. Além disso sufganiyot (donuts de geléia) e outras delícias. Todos acenderam seus próprios Chanukiah (Menorah)

      Aceitando minhas limitações com alegria

      22 de dezembro de 2015 0 comentários
      מודים אנחנו לך על חיינו המסורים בידך Obrigado Pai por segurar minha mão. Eu sei que meus passos são muito menores que os seus Eu sei que meus dedos são pequenos e escorregadios e eu perco

      “Aqueles diagnosticados com doença mental nunca estão em paz. Eles estão presos nos limites de sua própria mente, com muito poucos para entender sua dor. Shalvat Chayim é uma organização única em Israel focada em aliviar a dor dessas almas torturadas e mostrar a elas que não estão sozinhas ”.

      O que é uma MACHLÓKET? - discordar para Divinizar.

      Machlóket מחלוקת  -  significa literalmente uma controvérsia.

      O termo vem do radical hebraico Chélek - חלק - parte.

      Cada lado do diálogo traz uma parte do contexto ou do assunto controvertido.

      De acordo com o Judaísmo, uma controvérsia idônea é aquela onde cada qual declina de sua parte em beneficio do conhecimento e análise do seu interlocutor.

      Numa controversia inidônia cada qual reserva sua parte para si e não declina dela, pondo a perder a oportunidade de conhecer algo à mais sobre o assunto em questão.

      Uma controvérsia resolvida pacificamente pode estreitar laços, desfazer mal entendidos e criar novos amigos. 

      Machlóket inova  algo que não haveria no mundo se ninguém apresentasse o caso.


      O Talmud descreve uma controvérsia idônia como Machlóket leshem shamaim (que honra os Céus) e uma controvérsia inidônia como Machlóket she'ló leshem shamaim (mal intencionada, mesmo quando invoca assuntos espirituais).


      • D-us diz que irá destruir Sodoma e Gomorra.
      • Abrahão - discordou e apresentou seus argumentos - Machlóket! 
      • D-us não rejeitou o pleito de Avraham, pelo contrário, aceitou sua argumentação de que poderia haver justos naquelas cidades e deu-lhe a chance de provar sua tese.
      • Avraham não conseguiu e D-us encerrou o caso, passando daí à sentença de Sodoma.
      Quem ganhou esta Machlóket? Todos.
      • Hashem "ganhou" porque conseguiu extrair um humanismo latente em Avraham e assim ensinar as pessoas na Torá que elas não precisam aceitar juízos sem examinar antes.
      • Avraham ganhou porque aprendeu que existe um limite até para o seu humanismo. 
      • O mundo ganhou porque aprendeu que há passos a seguir num juízo antes de proferir uma sentença e que até mesmo o Senhor do Universo segue esta trilha para poder por ordem no mundo.
      • D-us avisa a Moisés, que após o pecado do bezerro de ouro irá apagar dos anais da jornada para Israel 11 das 12 tribos e deixar que permaneçam somente os membros da tribo de Levi, porque não participaram da arruaça deste pecado imperdoável.
      • Machlóket! Moisés argumenta com o próprio D-us, diz que isto não tem cabimento por uma série de motivos (parashá Ki Tissá) e leva a melhor: D-us anula o decreto de eliminação de 11 dos 12 brothers (e suas proles) e todos seguem para Israel.

      Moisés não declinou de nenhuma tribo de Israel!!
      • Quando teve sua oferenda rejeitada, Caim, perdeu uma chance de ouro de apresentar sua Machlóket diante de Hashem, alegando que ele não sabia quais eram elementos necessarios para fazer um korban (oferenda) e que ele não teria como saber isso.
      • D-us poderia entrar em discussão com Caim, e explicar-lhe o que de fato acabou sendo explicado, mas somente depois da morte de Abel ("im teitiv set - se você melhorar, sairá dessa"), poupar a vida do irmão e ainda dar ao mundo a oportunidade de saber detalhes sobre que tipo de Korban pode ou deve ser oferecido para ser apreciado e aceito. 
      • Desta forma já saberíamos deste episódio algo sobre ofertar algo para D-us, e que acabamos não sabendo por Bem, porque Caim não perguntou na hora certa. 

      *  *  *

      • Adão incorreu num erro ainda pior: jogou a Machlóket sobre sua esposa Eva, ou seja, ela é quem deveria se justificar porque comeu o fruto que a cobra lhe deu.
      • Caso Adão apresentasse seu o caso diretamente a Hashem, poderia argumentar (como dizem nossos sábios) que a proibição era comer diretamente da árvore do Bem e do Mal, mas não era proibido comer do fruto se alguém o ofertasse. 
      A Machlóket mais conhecida era aquela que havia no Talmud entre Hilel e Shamai.

      Ambos discordavam em muitos assuntos, alguns até vitais para o cumprimento desta ou daquela mitsvá. Mas isto não fazia deles inimigos, pelo contrário, sua sabedoria e temeridade a Hashem aumentava ainda mais, pois poderiam enriquecer um ao outro com conhecimentos diferentes ou até mesmo opostos, que não teriam descido ao mundo não fosse as Machlokót (plural) entre eles.


      Hilel e Shamai tinham idéias opostas sobre a
      ordem de acendimento das velas de Chanucá.
                          
      E como saber que uma Machlóket é inútil? Olhando o resultado: deu paz ou discordia?  



      Diz o Talmud:
       "Talmidei chachamim marbim shalom baolam"
      Alunos sábios incrementam a paz no mundo!

      Divergir é bom e saudável, quando o bem estar do alheio está em primeiro lugar.

      Leilui Nishmat Rabi Israel Abuchatzeira, o Baba Sali
      e de seu secretário Rav Eliahu Alfasi, ambos ZT"L

      Shabat Parashat Beshalach/Shira - Beit Hassofer


      Assuntos Principais da Parashá BESHALACH


      Deixando o Egito (13:17-22)

      O povo judeu deixa o Egito em jornada rumo ao recebimento da Torá no Monte Sinai e de lá para Eretz Israel.  Apesar do caminho mais curto para Israel passar pelos filisteus, o Altíssimo prefere alongar o percurso via deserto a fim de que o povo judeu não se confronte logo no inicio do seu trajeto com os filisteus, causando-lhes medo e fazendo com que desejam retornar ao Egito.

      Moshé lembra-se da jura que fez Iossef aos filhos de Israel em seus dias de levarem seus ossos para serem sepultados em Israel e sai em busca do ataúde de Iossef.

      Os judeus caminham seguindo uma coluna de nuvens Divina que os orienta. Durante a noite uma coluna de fogo toma o lugar das nuvens e lhes ilumina o caminho.


      Uma armadilha (14:1-8)

                  O Altíssimo quer ludibriar o Faraó e os egípcios, atraindo-os para uma armadilha. No terceiro dia Ele ordena a Moshé que mude a direção da jornada de volta ao Egito e estacione o povo às margens do Mar Vermelho (Iam Suf – Mar dos Juncos em hebraico). Hashem endurece uma vez mais o coração do Faraó para que ele se arrependa de haver deixado os judeus partirem. Quando o Faraó ouve que os judeus estão rumando de volta ao Egito ele conclui que algo deu errado e que eles possivelmente estejam perdidos no caminho e constrangidos.

      O Faraó decide perseguir os judeus saindo à frente de todos os seus exércitos e do seu povo sem saber que os está levando para o uma armadilha mortal.


      Os filhos de Israel estão em estado de histeria (14:9-14)

      Quando os judeus descobrem que o Faraó e seu povo os estão perseguindo e estacionam numa distancia visível não longe dali, entram em estado de pânico. Alguns deles até expressaram seu desejo em voltar para o Egito. O povo se dirige a Moshé insinuando cinicamente: “Não há, pois suficientes túmulos no Egito para que nos traga para morrer no deserto...?!”

      Moshé fortalece seus ânimos e promete que brevemente todos presenciarão o milagre Divino.


      A Abertura do Mar Vermelho (14: 15-31)

                  Após uma noite tensa, quando o acampamento egípcio estaciona muito perto dos israelitas e somente uma coluna de nuvem separa os dois acampamentos fazendo escurecer a noite dos egípcios, Moshé dirige-se a Hashem em preces. Mas o Altíssimo lhe diz que não é esta a hora para preces. Agora é preciso liderar o povo israelita rumo à grande vitória. Moshé inclina sua mão sobre o Mar Vermelho e de forma milagrosa Hashem faz sobrar um vento oriental forte que faz uma racha no Mar Vermelho e deixa uma passagem em seco para que os filhos de Israel passem como se fosse uma “planície dentro do Mar”, e “as águas lhes são uma muralha à direita e à esquerda”.

                  Os egípcios vêem o que está acontecendo e saem em perseguição dentro do estreito seco que se forma milagrosamente. Mas então, no raiar da aurora, quando o acampamento egípcio está dentre os muros formados pelas águas e os filhos de Israel já estão chegando seguros à outra margem, o Todo-poderoso faz reinar a balburdia no acampamento egípcio. As rédeas das bigas se rompem e fica difícil controlá-las. Os egípcios sentem que D-us está pelejando contra eles e querem bater em retirada de volta ao Egito. Mas já é tarde demais. Hashem manda que Moshé deite novamente a mão sobre o Mar e as muralhas de água voltam ao seu estado natural, sepultando todo o acampamento egípcio.

      Os filhos de Israel assistem atônitos a este assombroso episodio e se enchem de sentimentos de temor a D-us e de uma profunda reverencia a seu servo Moshé.




      Shirat Haiam – o Cântico do Mar (15:1-21)

                  O milagre do estrondoso sucesso e a vingança Divina sobre os egípcios, algozes do povo de Israel durante tantos anos, leva Moshé e os israelitas a recitarem um cântico, cujo conteúdo é de louvor e agradecimento a D-us. Este cântico, que está escrito de forma singular também na Torá, louva e glorifica o poder de Hashem e descreve o milagre da abertura do Mar Vermelho, assim como a desgraça que Ele fez abater sobre os egípcios, em contraste com a amplitude da salvação que trouxe aos hebreus. Nas palavras deste cântico são descritos também o temor e o pavor que abateram os povos que ouviram falar deste grande milagre.

      Miriam, irmã de Moshé e de Aharon também celebrou, tomando um pandeiro à mão e saindo a bailar com todas as mulheres de Israel junto a si. Miram canta e celebra louvores e agradecimentos a Hashem.


      O teste das águas amargas (15:22-27)

                  Os filhos de Israel saem em jornada pelo deserto. Caminham três dias e não encontram uma fonte de águas para saciar sua sede. Num local chamado Mara eles encontram um manancial de águas, mas elas são amargas e não servem para beber.

                  O povo judeu se apressa a despejar sua ira e queixas sobre Moshé rabenu. Moshé roga a D-us e pede por água para saciar a sede do povo. O Altíssimo pede a Moshé que jogue determinado pedaço de madeira nas águas e elas se tornam potáveis.

                  No mesmo local Hashem ordena aos filhos de Israel por meio de Moshé algumas das mitsvót que eles receberão futuramente no Sinai, as leis do Shabat, Pará Adumá (vaca vermelha) e leis do homem para com seu semelhante, para que possa se ocupar das palavras da Torá. Moshé também promete a Israel que pelo mérito das palavras da Torá e seu cumprimento, receberão as bênçãos de uma breve cura do Altíssimo.

                  Na continuação de sua saga os hebreus chegam a um oásis de nome Eilim, onde encontram doze mananciais de águas e setenta tamareiras, estacionando neste local.


      Pão e carne dos Céus (16:1-36)

      Dia 15 de Yiar os filhos de Israel chegam ao deserto de Sin. Naquele momento terminam suas provisões e eles novamente se queixam diante de Moshé e Aharon por não terem o que lhes sacie a fome.

      Hashem diz a Moshé que pela manhã “choverá” pão dos céus milagrosamente e no cair da tarde cada qual receberá sua porção de carne das codornizes que sobrevoarão o acampamento.

      Os filhos de Israel se surpreendem com a chuva de alimentos que cobre a película de orvalho com uma película adicional, como se fosse um sanduíche. Assombrados eles indagam “Mah - O que é isto?” Por conseguinte este alimento celestial recebe o nome de Man

      Moshé orienta os filhos de Israel para que colham do Man uma medida fixa – um Omer por pessoa. Também os alerta no sentido de não deixarem sobrar o Man para o dia seguinte. O Man é um “alimento de Fé” e por isso não pode se estocado: a pessoa deve esperar até a manhã e acreditar que este processo milagroso se repetirá. Mas para a ira de Moshé algumas pessoas não resistiram ao teste e deixaram sobrar de suas porções até o dia seguinte – somente para constatar que seu Man apodreceu e bichou.

      Na sexta feira, segundo ordem de Moshé, cada um coletou uma dupla porção de Man para que possa comer também no Shabat, pois neste dia santo, dia de descanso, não seria possível sair para colher Man.

      Desta vez também não faltaram os pecadores de plantão para saírem no Shabat em busca do Man apesar dos alertas de Moshé e da promessa que ele não faltaria para o Shabat. Obviamente eles não encontraram Man algum em todo o acampamento e mesmo fora dele. Estes pecadores aborrecem Hashem, que novamente alerta Moshé para que oriente os judeus no cumprimento do Shabat.

      Hashem ordena a Moshé que guarde uma porção de Man dentro de uma jarrinha como souvenir que eternize a lembrança do alimento celestial-miraculoso que os judeus comeram durante os quarenta anos em que estiveram no deserto até chegarem aos limites de Eretz Israel.

      A contenda por causa da água (17:1-7)

      Os filhos de Israel chegam a Refidim e novamente começam a se queixar para Hashem pela falta de água. Moshé se dirige a D-us, que lhe ordena bater com seu cajado numa rocha para dela extrair água. Milagrosamente começa a sair água da rocha em abundancia para saciar a sede do povo, mas o Todo-poderoso se ira coma falta de fé que demonstram seus filhos. Por este motivo o local ficou conhecido como Massa (de Nissaion) e Merivá.


      A guerra contra Amalek (17:16)

      Os pecados de Israel, pela falta de fé em D-us, lhes trazem um novo problema. O povo amalekita faz uma longa jornada e chega a Refidim, local onde estaciona o povo judeu, para lutar contra eles e impedir que cheguem a Israel. Moshé envia Iehoshua à frente do exercito judeu na luta contra Amalek, e ele próprio sobe ao topo de um monte junto a Aharon e Chur (filho de Miriam e Calev ben Iefuné). Quando Moshé ergue os braços aos céus como sinal da fé dos judeus no Altíssimo, os israelitas dominam a batalha, mas quando os abaixa, vencem os amalekitas.
      De fato, quando o braço de Moshé se torna pesado, Aharon e Chur o fazem sentar sobre uma grande pedra e lhe apóiam os braços, cada um segurando de um lado, até o por do sol e derrota do inimigo por Iehoshua e os guerreiros de Israel.

                  No final da luta o Altíssimo manda Moshé escrever um livro de recordações sobre o imperativo de apagar a memória de Amalek, o povo atrevido que ousou lutar contra os filhos de Israel numa época onde todos os povos do mundo temeram Hashem e Seu poder por conta dos castigos que afligiu aos egípcios e por causa do milagre do Mar Vermelho.

      Moshé constrói também um altar de agradecimento e lembrança da guerra de D-us contra Amalek em todas as gerações.

      (esta parashá contem 116 versículos)


      -- 
      R.Shmuel Lancry
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