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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Assuntos Principais da Parashá VAERÁ

A promessa do cumprimento do pacto com os patriarcas (6:2-13).

 

No final da parashá anterior (Shemót) foi apresentado o argumento duro de Moshé “Por que fizeste as coisas piorarem para este povo...”.  O Altíssimo responde a Moshé que em breve mostrará Seu poder. Hashem está prestes a cumprir Seu pacto com os patriarcas. Agora que o apelo dos filhos de Israel subiu aos Céus, sua redenção será apressada.

 

Moshé corre a contá-lo ao povo judeu, mas eles não lhe dão ouvidos, “por estarem flagelados de espírito devido ao trabalho árduo “. 

 

O Todo-poderoso torna a enviar Moshé ao Faraó para ordená-lo que deixe os judeus partirem do Egito. Moshé contesta com humildade afirmando que se os israelitas não lhe deram ouvidos, como o convencerá o Faraó, este rei perverso e duro.

 

Como consequência das argumentações de Moshé, como anteriormente, Hashem lhe junta o irmão Aharon nesta missão.

 

A família dos filhos de Levi (6:14-27)

 

Moshé e Aharon são os heróis do Livro de Shemót, por isto a Torá dedica uma serie de versículos para nos apresentar sua linhagem familiar. Como nota introdutória, aprendemos brevemente também sobre as tribos de Reuven e Shimon, que antecedem Levi.

 

Moshé e Aharon são, portanto netos e bisnetos de Levi. Netos pelo fato de sua mãe Iocheved ter sido a filha de Levi que nasceu no dia em que Iaacov e seus filhos chegaram ao Egito. E bisnetos por que seu pai Amram era filho de Kehat, filho de Levi. 

 

Missão associada (5:28-30; 7:1-7)

 

Assim sendo, Moshé sustenta que não poderia representar ele mesmo ao Altíssimo diante dos filhos de Israel e do Faraó, por ser “incircunciso de lábios” – com dificuldades de fala. Como resposta,  D-us divide sua missão com Aharon e os faz saber que o Faraó não deixará os israelitas partirem, por isto D-us endurecerá mais o seu coração, para que seu castigo, para que as pragas que o assolem e a seu povo, sejam ainda mais duras.

 

 Moshé e Aharon recebem sobre si a missão. Moshé tem oitenta anos e o irmão Aharon oitenta e três.

 

O milagre da serpente (7:8-13)

 

            Moshé e Aharon se apresentam novamente diante do Faraó. Como prova contundente de sua missão, Aharon atira seu cajado diante do Faraó e por ordem Divina ele se transforma numa serpente. Cercado de feiticeiros, o Faraó não se impressiona e ordena seus magos que façam algo semelhante. Sua mágica funciona, mas para assombro geral o cajado de Aharon, que voltara à sua forma original, engole as serpentes dos feiticeiros.

 

            De uma maneira ou outra, o Faraó endurece seu coração e não concorda em libertar os filhos de Israel.

 

A primeira praga – sangue (7:14-25)

 

            O plano Divino de tirar os israelitas do Egito entra em sua segunda fase, a fase das dez pragas que cairão sobre os egípcios e seu império para destruí-los. Moshé vai, segundo comando Divino, até a margem do Nilo, para onde vai o Faraó todas as manhãs. Moshé o alerta que se não deixar os judeus partirem logo as águas do Nilo e as de todo o Egito se transformarão em sangue. Diante da recusa do Faraó, Aharon estende seu cajado sobre as águas do rio e todas as águas do Egito, em todos os lugares, se tornam sangue. A praga traz consigo a sede, morte dos peixes e mau odor enorme em toda a terra. O teimoso Faraó prova uma vez mais por meio de seus feiticeiros que também pode operar este milagre, e deste modo endurece seu coração e não dá o braço a torcer.

 

            A praga tem duração de uma semana, tempo de duração de cada uma das pragas igual ao segue, e as águas do rio assim como todas as demais voltam ao seu estado normal.

 

A segunda praga – rãs (7:26-29; 8:1-11)

 

            Durante três semanas após cada praga, Moshé alerta o Faraó para que se apresse a fazer com que o povo de D-us deixe o Egito. Desta vez ele o alerta sobre uma praga de sapos que subirá do Nilo. O Faraó menospreza o alerta e Aharon estende sua mão sobre as águas do Egito. Uma multidão de rãs cobre o Egito – as casas, dormitórios e camas, cozinhas e até mesmo os fornos. Os magos do Faraó conseguem também eles fazer subirem as rãs, mas desta vez o cricar ensurdecedor e presença insuportável das rãs em todos os cantos transtornam totalmente o Faraó. 

 

            O Faraó chama Moshé e Aharon e lhe implora que rezem para que D-us acabe com a praga. Pela primeira vez está disposto a dizer que deixará os judeus partirem do Egito. Contudo, diante do cessar da praga após a prece de Moshé, o Faraó endurece seu coração e se recusa a cumprir sua promessa.

 

Terceira praga – piolhos (8:12-15)

 

Sob o comando de D-us, Aharon desfere um golpe sobre a terra do Egito e do pó começam a surgir  piolhos que assolam toda a terra do Egito. Os piolhos grudam nos homens e nos animais e se tornam um transtorno insuportável.  Desta vez os feiticeiros do Egito não conseguem imitar o prodígio. Parece que os piolhos eram tão pequenos que os segredos da magia não conseguiam cria-los. Os magos confessam ao ouvido do Faraó que “este é o dedo de D-us”. Mas o coração do Faraó torna-se somente cada vez mais duro e ele se recusa a ouvir ao Altíssimo. 

 

Quarta praga – feras (8:16-28)

 

            Moshé vai novamente de encontro ao faraó às margens do rio e pede - alerta “deixa partir o Meu povo para Me servir”. Desta vez ele o alerta sobre a praga das feras – o aparecimento de animais vorazes e nocivos, cobras e escorpiões. Hashem pede para enfatizar aos ouvidos do faraó que todas as pragas discriminam entre os egípcios e os israelitas, que nada sofrem com elas. Isto reforça obviamente o caráter milagroso das pragas.

 

            O faraó se recusa e o Egito é abalado por feras vorazes e nocivas.

 

            O faraó sente-se acuado e propõe um acordo a Moshé e Aharon: sirvam Hashem aqui, na terra do Egito. Moshé e Aharon obviamente não aceitam esta oferta e insistem em que o serviço de Hashem deva ser feito fora do Egito. O faraó concorda desde que cessem a temível praga.

 

Como de antemão, quando a praga cessa o faraó volta a se fincar em sua recusa.

 

A quinta praga – peste (9:1-7)

 

Após mais um alerta, D-us assola todos os animais do Egito com a praga da pestilência que os extermina. E novamente, vejam que prodígio: os animais dos israelitas nada sofrem. O faraó talvez tenha se impressionado com isto, mas não entrega os pontos. 

 

A sexta praga – sarna (9:8-12)

 

            Moshé e Aharon tomam – segundo ordem Divina – punhos cheios de fuligem de fornalha e os jogam para os céus. A terra do Egito se enche de sarna – que desabrocha em úlceras feias e que sangram, causando coceiras em todo o corpo. Tamanha era a aflição dos próprios magos egípcios que nem eles conseguiam estar diante de Moshé e Aharon.

 

            Contudo, o faraó continua se negando a deixar partir aos judeus.        

 

A sétima praga – granizo (9:13-35)

 

            Moshé sai para um encontro matinal com o faraó às margens do rio. Além do alerta corriqueiro ele explica ao faraó que Hashem já o podia ter eliminado há tempos. O único motivo de ele continuar vivo é sua serventia para provar o poder e a força do Altíssimo.

 

            Moshé sugere ao faraó que reúna todo o seu gado num local seguro. O granizo que está por cair sobre o Egito – assim alerta Moshé – será lançado por D-us e jamais desceu um granizo como este sobre a terra. De fato, houve dentre os egípcios aqueles que deram ouvidos a Moshé.

 

            Moshé ergue as mãos aos Céus e o granizo começa a descer – uma chuva de grandes blocos de granizo, que de forma milagrosa continham um fogo flamejante que se derretiam junto ao granizo ao se chocarem com a terra. O granizo provoca um enorme estrago sobre a terra do Egito, sobre as plantações, sobre a vida animal e sobre os homens.

 

            O faraó manda chamar imediatamente a Moshé e a Aharon e declara diante deles: “desta vez eu reconheço que pequei – Hashem é Justo e nós somos os pecadores”. O faraó pede então a eles que rezem para que D-us faça cessar aquela terrível praga. Moshé promete que rezará e o faraó novamente vê que as orações funcionam e que Hashem é o D-us que cuja Mão controla o curso da natureza assim como os milagres.

 

            Obviamente, após o silencio que segue à tempestade, o coração do faraó endurece e ele não deixa a partir, de momento, aos israelitas do Egito.





(esta parashá contém 121 versículos)


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R.Shmuel Lancry
    -989312690-

Proteção contra tropeços - emunahtododia.com

 


Proteção contra tropeços

 

Dentre as 613 mitzvot, há um preceito de “לא תעשוק”, não reter dinheiro das pessoas a quem devemos. Seja referente a empréstimos, a mercadorias que compramos, a aluguéis ou a salários devidos aos nossos funcionários. Um Ba'al Emunah nunca tem medo de transferir seu dinheiro, especialmente quando este está sendo usado para cumprir a vontade de Hashem. Pagar aquilo que devemos é uma Mitzvah, e devemos cumpri-la com a mesma alegria e entusiasmo que cumprimos com todas as outras Mitzvot.

Conta-se que quando o Chafetz Chaim certa vez pagou o seu trabalhador, dançou de alegria, celebrando o fato de ter acabado de cumprir uma Mitzvat Assê (“Faça”), da Torah.  Pode acontecer de nos esquecermos de pagar o dinheiro que devemos e inadvertidamente, violarmos esta Mitzvah. Uma de nossas preces deve ser que tenhamos o zechut (mérito) de sempre cumprir todas as Mitzvot da Torah corretamente. Devemos pedir a Hashem que nos impeça de transgredir os mandamentos involuntariamente. Normalmente, quando uma pessoa é muito cuidadosa em certa área, e então em determinada ocasião, tem um lapso de consciência, que pode conduzi-la a tropeçar e pecar, Hashem lhe concede Siyata D'shmaya (ajuda dos Céus) para salvá-la por ser tão meticulosa e sempre se esforçar.

O Sefer Emunah Shlemah conta a história de um empresário honesto chamado Shimon. O Bar Mitzvah de seu primeiro filho estava se aproximando e ele precisava comprar um Tefilin. Certo dia, enquanto voltava da Tefilah de Shacharit para sua casa, com centenas de pensamentos, como de costume, ele esbarrou no Rav Chaim, o sofer local. Ele declarou que precisava de um par de Tefilin para o Bar Mitzvah de seu filho. O Rav Chaim ficou muito animado na oportunidade e então, se despediram.

Shimon recebeu um telefonema um instante depois sobre um importante acordo de negócios e, por desventura, esqueceu-se completamente da conversa que tinha tido com o sofer encomendando o Tefilin. Alguns dias depois, enquanto estava em seu escritório, ele se lembrou que precisava encomendar o Tefilin para o Bar Mitzvah de seu filho. Ele ligou para um amigo que conhecia um sofer especialista que possuía temor aos Céus e tinha o Tefilin mais bonito do mercado. Fez um pedido e estavam prontos bem a tempo para o Bar Mitzvah.  Seu filho os colocou pela primeira vez e exibiu um sorriso de orelha a orelha.

Poucos dias depois, Shimon recebeu uma ligação do Rav Chaim perguntando quando ele retiraria o Tefilin, já que estavam prontos havia mais de duas semanas. Ainda assim, Shimon não se lembrava de ordená-los a Rav Chaim. Ele emendou: “Você deve estar enganado. Já comprei o Tefilin e o Bar Mitzvah de nosso filho já passou."

Rav Chaim não conseguia acreditar. Depois de Shimon ter feito o pedido, ele ainda foi a um sofer melhor? Ele engoliu o ocorrido sem discutir e desligou o telefone. Se Shimon tivesse se dado conta que havia feito aquele pedido, não há dúvidas de que ele teria pagado. Mas ele acreditava honestamente que havia ocorrido uma confusão e outra pessoa havia feito aquele pedido, pois ele não o fez.




Shimon era muito escrupuloso em pagar seus funcionários e suas contas, então, nesta ocasião, Hashem o salvou de pecar e também salvou Rav Chaim de incorrer em perdas. Como isso ocorreu? Poucos meses depois, o menino do Bar Mitzvah esqueceu acidentalmente seu Tefilin em um ônibus público. Apenas seu primeiro nome, Moshe, e a inicial de seu sobrenome, estavam escritos na capa. Tentaram de todas as maneiras rastrear o Tefilin, mas sem sucesso. Depois de finalmente desistirem de procurar, Shimon dirigiu-se a seu sofer local, Rav Chaim, solicitando-lhe uma encomenda de um par de Tefilin, explicando o que aconteceu com o de seu filho. Rav Chaim declarou: "Bem, ainda tenho o tefilin que preparei para o seu filho, separado aqui mesmo."  “Perfeito!”, exclamou Shimon, “vou ficar com eles” e pagou o preço integral deles.

Cerca de três anos depois, Shimon estava se preparando para o bar mitzvah de seu segundo filho. No dia em que encomendaria seu Tefilin, ele recebeu um telefonema de um homem perguntando se ele havia perdido o Tefilin três anos atrás. "Sim", respondeu Shimon, "Como você sabe?". O homem replicou: “Encontrei-os há três anos. Naquela época, coloquei avisos e tentei lhe encontrar, mas sem sucesso. Meu Rabino me orientou a guardá-los até que fossem devolvidos ao dono.  Armazenei-os em meu armário. Hoje, ao fazer a limpeza de Pessach, embora eu tivesse inspecionado aquela capa de Tefilin anos antes, desta vez decidi verificar mais detalhadamente. Encontrei um pequeno pedaço de papel dobrado com seu nome e número de telefone. Agora eu finalmente pude fazer a Mitzvah de hashavat avedah e devolvê-lo a você. "

Hashem ajudou Shimon a pagar o sofer a quem ele devia o dinheiro e ainda lhe devolveu seu Tefilin no momento perfeito para o Bar Mitzvah de seu segundo filho. Rav Chaim, o sofer, não perdeu por ser Mevater (ceder).

Todos nós precisamos de ajuda para garantir que sigamos a Torah  e as Mizvot corretamente. Se fizermos nossos melhores esforços e rezarmos a Hashem por ajuda, esperamos que Ele nos proteja dos tropeços. 

 
                                                                          -- Rav David Ashear 
 
 

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