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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Parashá KITAVÓ com comentário Tropicasher

DEPENDE PARA QUEM VOCÊ TRABALHA... A História de Irineu E. de Souza, o Barão de Mauá, pioneiro no desenvolvimento industrial do Brasil, apresenta um episódio curioso: o então jovem Irineu de Souza havia sido preso, delatado por seus inimigos. Na cela encontrou um escravo foragido, que lhe disse: "Quando sair daqui quero ter um dono melhor". O futuro Barão contestou: - Não é melhor ser livre? - Todos tem um dono, respondeu o escravo. Escolha o melhor que você puder. - Esta lição ficou gravada na memória de Irineu de Souza, que após sair da prisão entrou para uma confraria de elite, que fez abrirem-lhe as portas do prestígio e do capital, até se tornar o Barão de Mauá. Esta Parashá termina com uma promessa de Hashem, Dono do Universo e de tudo o que ele contém: - Se vocês cuidarem da Aliança que fizeram comigo e cumprirem [todas as Minhas leis] irão prosperar em tudo o que fizerem! Que Dono podemos ter melhor do que D-us? Quem teria mais compaixão por nós ou poderia nos prover melhor sustento, moradia, saúde, paz, vida, tudo o que precisamos para atravessar a pequena ponte que liga este mundo ao Mundo Vindouro senão Hashem? Esta é a principal mensagem desta Parashá. Aquele que diz não ter dono nenhum na verdade está sujeito a que tudo e todos sejam os donos dele/a. Mas isto não é tudo. É preciso entender em que consiste esta Aliança. Por isto faremos algo inusitado: ao invés de analisarmos as palavras em torno do nome da Parashá, começamos do fim e agora iremos de trás para a frente, até chegar ao início dela e logo vocês entenderão porque. As Leis de D-us funcionam como um programa de computador. Acho até que o computador existe para demonstrar isso: Se você aciona uma parte determinada do Programa, uma série de sub itens começarão a entrar em ação causando uma matriz de acontecimentos originados por algo que fizemos sem mesmo pensar quais poderiam ser as consequências. Exemplo: se abrirmos um anexo com um exe.doc podemos entregar todos os dados do computador a um pilantra cibernético ou detonar a memória. Similarmente, se falarmos mal um dos outros ou odiarmos gratuitamente uns aos outros, estaremos acionando os programas Lashonhará.exec.doc ou Sinátchnam.exec.doc - o que pode provocar uma tempestuosa ação da ONU em represália a Israel por algum motivo aparentemente tolo. É PAU, É PEDRA... Das enormes maldições que nos esperam segundo a Torá, caso não cumpramos as Leis de D-us - ou seja, os Seus 613 mandamentos, vamos destacar duas: 1. O Versículo 28:64 diz - "Hashem te dispersará por entre todos os povos, de um canto a outro do planeta e vocês servirão deuses que nem sequer conhecem e nem os teus antepassados conheceram: o pau e a pedra" Nossos comentaristas dizem que "o Pau" é a Cruz [Igreja] e "a Pedra" é a Kaaba, de Meca [Islamismo]. Com que exatidão a Torá escreve há mais de três mil anos que os judeus estarão dispersos por todo o mundo e, principalmente nos países cristãos e muçulmanos! 2. O Versículo 28:62 diz - "Vocês foram numerosos como as estrelas do Céu mas agora são tão poucos... porque não escutaram a Voz de Hashem. Alguns especialistas dizem que, se Israel não tivesse ido para o exílio, não haveriam atos de extermínio da nação judaica nem assimilação dentro da cultura da Cruz ou da Pedra, fazendo dos judeus hoje um povo tão numeroso quanto o povo chinês. NÃO EXISTE "ANTES" OU "DEPOIS" NA TORÁ: Voltemos agora ao início da Parashá: A Torá diz que Hashem espera o Povo de Israel na Sua Terra de Braços abertos, com bênçãos de fartura e paz e que os quer ver no Seu Templo em Jerusalém com as primícias dos resultados das bênçãos concedidas, para agradecer e para relembrar do sofrimento da escravidão do Egito, que já não existiria. Dito isto, a Torá pede para lembrarem de cuidar dos levitas, dos conversos, dos órfãos e das viúvas. Logo, a Torá diz que D-us separou o povo judeu das nações para ser a sua "Menina dos Olhos", cuidando de todas as suas necessidades: físicas e espirituais, sociais e morais, particulares e nacionais. Então porque raios nós ainda teimamos em nos ver como americanos, canadenses, brasileiros, franceses ou cidadãos do mundo ao invés de judeus? Porque celebramos nossas datas de aniversário segundo "o pau" e não como o fazemos desde que somos um povo? Porque os ingressos para o Reveillon nos clubes judaicos esgotam antes das cadeiras nas Sinagogas para Rosh Hashaná? Depois ainda tem gente que pergunta, " - Onde estava D-us no holocausto?". Tenho outra pergunta: O que foi que nós fizemos durante os dois mil anos que o precederam para acionar o programa holocausto.exec.doc que estaria dormente em alguma lixeira do Computador Celestial se não o tivéssemos colocado online? Comente abaixo.

Meór HaShabat Semanal - Parashat Kitavó 5781

 BOM DIA! Você sabia que há dois benefícios em conversar consigo próprio? Primeiro, você estará conversando com uma pessoa inteligente e, em segundo, poderá ouvir uma pessoa inteligente!

Você sabia que falamos com nós mesmos o tempo todo? Todos temos como um ‘APP de áudio‘ que fica tocando em nosso subconsciente, repetindo constantemente como enxergamos a nós próprios e as limitações que nos auto impomos. Por exemplo: “Meu pai não aprova as coisas que faço. Nunca satisfarei suas expectativas”. Somos nós quem nos limitamos e nos colocamos em estado de ansiedade, tensão, medo e hesitação através daquilo que dizemos a nós mesmos. Nós somos aquilo que pensamos!

Entretanto, como seria se pudéssemos trocar este App? Como seria se pudéssemos trocar a mensagem por algo muito mais estimulante e inspirador?

Graças ao mestre dos motivadores, orientador pessoal e autor prolífico, o Rabino Zelig Pliskin, agora temos o livro (em inglês) “Conversations With Yourself - A practical guide to greater happiness, self-development and self-empowerment” (Conversando com Você Mesmo – Um guia prático para uma maior felicidade, auto crescimento e confiança), disponível em www.artscroll.com/Books/cwyh.html.

Escreveu o Rabino Pliskin: “Que coisas podemos fazer para aprimorar a nossa comunicação intrapessoal? Comecemos apreciando as comunicações positivas que mantivemos durante toda a nossa vida, até o dia de hoje. Nossos melhores momentos são os nossos melhores professores”.

“Há muitas maneiras de aprimorar nossa comunicação interna. Os livros e artigos que lemos podem ajudar, bem como as palestras que ouvimos e as pessoas positivas com quem conversamos. Repitamos com entusiasmo: ‘Estou totalmente comprometido e resolvido a aprimorar a minha comunicação interna’. Repitamos esta frase quantas vezes se fizer necessário de forma a garantir que a nossa maneira de comunicar com o nosso íntimo esteja criando um diferencial positivo em nossas vidas”.

Outro trecho do livro: “O que desejamos ser? Escrevamos as características que desejamos dominar num cartão e carreguemo-lo conosco. Focalizar nas seguintes quatro coisas gerará um tremendo efeito positivo em nossas vidas: Alegria (incluindo aí a gratidão), Bondade, Coragem e Serenidade. De vez em quando, durante o dia, pegue o cartão e leia-o – com otimismo e entusiasmo. Ao pensar sobre estas características tão desejadas, a pessoa logo se encontrará pensando, falando e agindo de maneiras consistentes com este jeito de ser. O crescimento pessoal é um processo para a vida inteira, não algo instantâneo”.

Eis um trecho fenomenal: “Converse consigo próprio sobre o que deseja, não sobre o que não deseja. Se alguém que fuma dissesse: ‘Não quero mais fumar’, que imagem estaria gerando em sua mente? Fumar cigarros, lógico. E se outra pessoa dissesse para si mesma: ‘Não quero adiar este compromisso para outro dia’, que imagem estará criando em seu cérebro? A de adiar, claro”.

“Ao conversarmos sobre os padrões que desejamos para nós, as imagens que surgirão são os quadros daquelas coisas que queremos ser. Por exemplo: alguém que declara que deseja perder uns ‘quilinhos extras’, logo se imaginará mais magro. Agindo assim, influenciaremos e condicionaremos as nossas mentes de uma maneira positiva. Consistentemente repetindo imagens mentais de nossas metas nos levará espontaneamente a atitudes positivas e comportamentos que nos ajudarão a atingir o objetivo almejado”.

“Aqueles que frequentemente fazem ‘fotos mentais’ do que querem ser descobrem que o seu comportamento realmente começa a se alinhar com estes ‘quadros mentais’. Pensemos em padrões de comportamento que verdadeiramente gostaríamos que se tornassem habituais em nós. Enxerguemo-nos falando e agindo de maneiras que sejam consistentes com estes padrões. Converse consigo mesmo sobre isto. Repita estas imagens várias vezes ao dia por um período maior de tempo e inevitavelmente verá resultados positivos!”

O livro ‘Conversations With Yourself’ inspira-se na sabedoria dos Sábios do Judaísmo e em exemplos de experiências comuns a todos. Vale a pena investir neste livro para transformar uma comunicação interna habitualmente negativa num dialogo interno extremamente positivo!

VOCÊ GOSTARIA DE PROPORCIONAR ÀS FAMÍLIAS 

CARENTES UM ROSH HASHANÁ MELHOR ?

Dezenas de famílias não têm condições de adquirir produtos básicos para Rosh HaShaná. A instituição abaixo está se esforçando muito para prover vinho, chalá, mel e outros produtos casher a estas famílias carentes. É uma instituição muito séria e eu também a ajudo com dinheiro. Envie sua contribuição para:

ORGANIZAÇÃO ISRAELITA O.I.S.E.R - BANCO ITAU – AG. 8252 – C/C 16.206-3

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Foto: pt.chabad.org


Porção Semanal da Torá: Ki Tavó Devarim (Deuteronômio) 26:01 - 29:08

Os tópicos abrangidos por essa porção semanal incluem: a obrigação de trazer ao Templo Sagrado, como oferenda, os primeiros frutos das sete espécies com que a Terra de Israel foi abençoada: figos, uvas, trigo, cevada, romãs, azeitonas e tâmaras; A separação do Dízimo; O Todo-Poderoso designando o Povo de Israel como Seu tesouro (Devarim 26:16-19). A Torá apresenta, então, as bênçãos ao cumprirmos suas Leis e o oposto por não segui-las, concluindo com o discurso final de Moshe.

O versículo 28:46 nos conta sobre a importância de servirmos o Todo-Poderoso com ‘Alegria e Bom Coração’. O último versículo desta semana diz: “Vocês devem cumprir as palavras deste pacto para que tenham sucesso em tudo o que fizerem!”

Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin

Ao relatar as consequências por um indivíduo não seguir os mandamentos do Todo-Poderoso, a Torá declara: “Sua vida estará como que suspensa à sua frente, e vocês temerão dia e noite, e não terão garantia de sua manutenção (Devarim 28:66)”. Qual o significado deste versículo?

O Talmud (Menahót 103b) explica que este versículo se refere à dor e ao sofrimento de se preocupar sobre o futuro. “Sua vida estará como que suspensa à sua frente” refere-se a alguém que não tem a sua própria terra e compra um suprimento anual de sementes a cada ano. Ainda que tenha grãos para o ano inteiro, já está preocupado sobre como comprará mais grãos no ano que vem. O segundo nível, “e vocês temerão dia e noite” refere-se a alguém que compra grãos uma vez por semana. Este está numa situação pior, pois se preocupa em encontrar grãos novos a cada semana. O nível mais sério e difícil, “e não terão garantia de sua manutenção”, refere-se a alguém que tem que comprar seu ‘pão’ diariamente. Ele constantemente tem sobre o que se preocupar.

O Rabino Haim Shmuelevitz (1902-1978), o diretor anterior da famosa Yeshivá de Mir, em Jerusalém, frequentemente citava esta explicação de nossos Sábios, ensinando que uma pessoa cria, com seus pensamentos, sua própria tortura mental. Se tivermos comida suficiente para hoje e apreciarmos e estimarmos os nossos bens, seremos pessoas afortunadas e viveremos uma vida feliz. Mas se ficarmos sempre preocupados com o futuro, nunca teremos paz de espírito. Mesmo se tivermos o suficiente para comer por todo um ano, poderemos destruir facilmente a qualidade de nossas vidas, focando toda nossa atenção no que poderia acontecer de errado no ano que vem. Independentemente do que acontecerá no ano que vem, estaremos causando sofrimento a nós hoje, agora.

Aprendamos a ter uma autodisciplina mental. Não fiquemos ‘remoendo’ sobre aquilo que está nos faltando, a não ser que isto possa nos levar a um projeto construtivo. Por que gerar dores e angústias desnecessárias, quando podemos escolher focar nossos pensamentos sobre o que temos no presente? Se você é um(a) atormentado(a), a melhor coisa que pode fazer para si mesmo é treinar-se a ser o(a) dono(a) e o(a) mestre de seus pensamentos. Mesmo se nunca atingir um controle completo, qualquer controle que conseguir adquirir já será uma grande bênção – e um ótimo motivo para celebrar!

Horário de Acender Velas de SHABAT: (27 de agosto)

S. Paulo: 17:34 h  Rio de Janeiro 17:22  Recife 16:58  Porto Alegre 17:48  Salvador 17:10  Curitiba 17:44

B. Horizonte 17:26  Belém 17:58  Brasília 17:45  Jerusalém 18:30  Tel Aviv 18:49  Miami 19:26  N. Iorque 19:17


Pensamento da Semana:

A maior teshuvá (arrependimento) a se fazer

é não termos – ainda – nos tornado o que poderíamos ter sido

Meor HaShabat - Parashá Kitetzê!

 

Gostaria esta semana de falar sobre o conceito de ‘enganar-se ativamente’, também conhecido como "viver em negação". Dizer que alguém está “vivendo em negação” refere-se à noção de que a pessoa está evitando ou negando a realidade. Faz parte da condição humana reformular a realidade e isso é feito por diversas razões: uma perda pessoal, relacionamentos prejudiciais ou dolorosos ou doenças. Também refere-se ao ambiente ao redor – seja político, ideológico ou físico.

           Um exemplo bem atual é a campanha aqui nos EUA contra a vacina do Corona. Certamente, existem algumas razões muito válidas para não se vacinar, mas a negação total da ciência da vacinação (e ignorar o conselho de 99% do estabelecimento médico) não é uma delas. Isso é muito difícil para algumas pessoas aceitarem porque, em sua realidade extravagante, elas sabem “melhor” do que os especialistas e quase todas as outras pessoas. Elas geralmente negam essa realidade atribuindo o conselho da comunidade médica a algumas teorias de conspiração e/ou citando alguns charlatães que desaconselham as vacinações. Este é um exemplo clássico de “viver em negação” ou talvez melhor ainda - “morrer em negação”.

           Mas por que “viver em negação”? A negação é geralmente usada para rejeitar realidades pelas quais não queremos aceitar a responsabilidade e agir - parar de fumar, perder peso ou encerrar um relacionamento tóxico. Em essência, a negação é como as pessoas lidam com coisas que não querem lidar.

           Também usamos a negação como um escudo para nos proteger emocionalmente e lidar com nossos sentimentos ou - mais importante - com o que não queremos sentir. Podemos querer negar a realidade de nossa situação porque aceitar uma realidade que é desconfortável, dolorosa ou incongruente com a realidade na qual queremos viver também significa que devemos alterar nossa percepção de nós mesmos.

           No entanto, quando contradizemos a realidade ou tentamos nos ajustar a uma circunstância rejeitando seu efeito, também estamos ignorando a responsabilidade de realizar certas ações que a situação exige, e que podem ser muito perigosas. Assumir responsabilidade real não é uma das coisas fáceis que uma pessoa tem que empreender. É difícil encontrar pessoas que realmente assumem a responsabilidade por si mesmas e por suas ações. Pessoas que aceitam voluntariamente a responsabilidade pelos outros são ainda mais difíceis de se encontrar - mas estes são os nossos verdadeiros líderes.

           Na porção desta semana da Torá, encontramos uma lição fantástica sobre a negação pessoal contida na obrigação de devolver um objeto perdido ao seu dono:

 

Você não deve ver o boi ou o carneiro de seu irmão se extraviar e se esconder deles, mas certamente deve devolvê-los ao seu dono [...] assim fará com qualquer artigo perdido que encontrar; não se esconda. Se vir o jumento ou o boi de seu irmão arriando, não se esconda, mas certamente ajude-o a erguê-lo (Devarim 22:1, 3, 4).

 

           Esses versículos discutem as leis relacionadas à mitsvá de devolvermos objetos perdidos e ajudar com animais que estão arriando sob um fardo pesado. Claramente, a Torá está nos ensinando quanto cuidado e preocupação devemos ter não apenas com as pessoas, mas também com sua propriedade.

           No entanto, a Torá comunica essas leis de uma maneira incomum: ela afirma que não devemos nos ‘esconder’ desta obrigação. Rashi explica isso se refere a "fechar os olhos, como se não víssemos o problema". Em outras palavras, negar a realidade.

           Isso tem ramificações profundas. Além da obrigação de ajudar alguém necessitado, existe também a proibição de ignorar seu objeto perdido ou o fato de que seu animal está arriando sob um fardo pesado.

           É interessante que a Torá não se concentra na situação, mas no ato de "se esconder" e fingir não ver a situação. Certamente, a Torá poderia ter simplesmente dito: "Você não deve ignorar as necessidades de seu amigo". Por que a Torá nos ensina essa proibição de uma maneira tão poética – “não se esconda”?

           O Talmud (Yevamot 79a) cita o Rei David dizendo que o povo judeu tem 3 traços de caráter distintos: são 1) misericordiosos, 2) recatados e 3) praticam atos de bondade.

           O Talmud continua: "Rava (este é o nome de um dos Sábios do Talmud) disse que qualquer pessoa que tenha estas 3 marcas de identificação pode ser positivamente identificada como descendente de Abraão". Ou seja: esses traços de caráter fazem parte do DNA espiritual do povo judeu. (Assim como existe um DNA físico que é transmitido nos genes de pai para filho, também existe um aspecto do DNA espiritual que é herdado).

           Há uma lição enorme aqui: temos um tal instinto de compaixão e bondade que a única maneira de ignorar a situação de outra pessoa é fingindo não vê-la. Temos que mentir para nós mesmos sobre ver a situação (“viver em negação”), a fim de lidar com a culpa de não tomar uma atitude para resolver a situação. A negação se torna um mecanismo de defesa e a Torá está nos dizendo que isso simplesmente não é aceitável.

           Por esta razão, a Torá expressa a proibição como "você não deve se esconder." A Torá quer que sejamos fiéis a nós mesmos e não construamos um falso senso de realidade – mesmo que seja algo mais fácil e conveniente. Uma mensagem relevante em todos os aspectos de nossas vidas, sejam profissionais ou pessoais.

           Nestas semanas iniciamos nosso período anual de autorreflexão, fazendo uma auditoria pessoal de nosso comportamento no ano anterior. Este período de auto-reflexão é parte dos preparativos para Rosh Hashaná e Yom Kipur e o processo de teshuvá - retornar aos caminhos do Todo-Poderoso. Seguramente compreender as realidades que optamos por negar é o início deste processo.



           O primeiro passo para efetuar uma mudança positiva dentro de nós mesmos é identificar comportamentos que precisam ser melhorados. A Torá está nos ensinando que devemos parar de nos iludir ("não se esconda") a fim de justificar o que queremos fazer (ignorando o infortúnio de outra pessoa).

           A razão pela qual isso é tão importante é porque todos os relacionamentos saudáveis ​​são construídos com base na honestidade. O antídoto para a toxicidade em nossos relacionamentos com os outros e com nós mesmos começa com sermos honestos conosco. Somente ao conseguirmos isso, poderemos realmente ter um relacionamento honesto com todos (e com o Todo-Poderoso).

           Existem várias maneiras de iniciar esse processo, mas talvez a etapa mais importante seja reconhecer que talvez não estejamos vendo a situação como ela realmente é. Precisamos nos abrir para as pessoas em quem confiamos e que nos gostam o suficiente para serem honestas conosco. Afinal, há uma responsabilidade significativa em fazer críticas construtivas. Um verdadeiro amigo - alguém que nos ama pelo que somos e não tem nenhum interesse pessoal - pode ser muito útil.

           Depois de ter alcançado uma nova perspectiva, devemos formular um plano de ação para resolver os problemas que agora compreendemos. Geralmente, isso inclui a resolução de parar com todo e qualquer comportamento prejudicial e o compromisso de se comportar de maneira diferente no futuro. Não por coincidência, todos esses são componentes do processo conhecido como teshuvá Desta forma, não estamos apenas retornando aos caminhos do Todo-Poderoso, mas também ao nosso verdadeiro eu. Não é realmente o melhor investimento do ano?

 

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Porção Semanal da Torá:   Ki Tetsê          Devarim (Deuteronômio)   21:10 - 25:19

 

            Os tópicos abrangidos por essa porção semanal incluem: Mulheres Cativas, A Herança do Primogênito, Um Filho Rebelde, Enterro, Devolver Objetos Perdidos, Animal Caído, Cercas, o Ninho de um Pássaro, Enxertos na Agricultura, Combinações Proibidas, Uma Esposa Difamada, Pena por Adultério, a Noiva, Órgãos Mutilados, o Bastardo, Amonitas e Moabitas, Edomitas e Egípcios, Base Militar, Divórcio e Novo Casamento. E também: Sequestro, Lepra, Seguro para Empréstimos, Pagar os Salários em Dia, Testemunho de Parentes Próximos, Viúvas e Órfãos, Feixes de Cereais Esquecidos, Frutas Não Colhidas, o Cunhado sem Filhos, Pesos e Medidas, e a Obrigação de Lembrarmos o que Amalek nos fez.

Horário de Acender Velas de SHABAT: (20 de agosto)

 

S. Paulo: 17:32 h   Rio de Janeiro 17:20   Recife 16:58   Porto Alegre 17:44  Salvador 17:10   Curitiba 17:41

B. Horizonte 17:24  Belém 17:59  Brasília 17:44  Jerusalém 18:38  Tel Aviv 18:57  Miami 19:32  N. Iorque 19:28

 

 

Rosh Hashaná é o Dia do Julgamento. Por que D'us nos julga?

 

                A vida é um negócio sério. Toda ação tem sua consequência. Se D'us não nos julgasse, não haveria justiça no mundo. Já pelo nosso ponto de vista, ao sentirmos que estamos sendo julgados, trataremos a vida com mais seriedade. Poderemos, então, corrigir nossos erros ao tratar com as pessoas, conosco e com o Todo-Poderoso.

            Julgar implica se importar. Se você não se importa, não julga. Encaramos o julgamento Divino como a maior expressão de Seu amor e preocupação em relação à maneira como vivemos nossas vidas. (baseado no livro Rosh Hashana - Yom Kippur Survival Kit)

Pensamento da Semana:

Nós não enxergamos as coisas como elas são.

Enxergamos as coisas como nós somos!”

 

 

Shabat Shalom a todos !      Rabino Ytschak Zweig

Principais Assuntos da Parashá SHOFTIM - Beit Hassofer

Mitsvót e Halachót

 

            Na parashá Shoftim Moshé apresenta ao povo uma série de mandamentos e Halachót sobre assuntos diversos, parte deles de forma muito resumida ou até mesmo num só parágrafo. Estas leis são apresentadas de tal forma que carecem dos comentários dos sábios de Israel em todas as gerações. Por este motivo elas certamente não servem como base para Halachá e nem mesmo serve para compreender o seu significado por completo. Vamos detalhar uma por uma estas leis.

 

Juízes e tribunais (16:18-20)

 

- Designar para cada uma das tribos “juízes e policiais” – tribunais para estabelecer a justiça e policiais para fazerem valer os vereditos.

- Alerta para os juízes: não torcer o juízo; não dar preferência para alguma das partes e isto também se aplica na hora dos testemunhos. Não aceitar suborno mesmo quando na opinião do juiz isto não afetará a sentença, porque o suborno distorce a ponderação.

- Agir no sentido de construir um sistema legal que atue de forma apropriada.

 

 

Uma Brasília regida pelas Leis da Torá.


Idolatria (16:21 – 17:5)

 

- É proibido plantar a Asherá, árvore usada para cultos idólatras, assim como é proibido plantar qualquer tipo de árvore dentro da área do Beit Hamikdash.

- Não é permitido levantar uma Matsevá (pedra para Altar) fora da área do Mikdash, mesmo que seja para servir o Altíssimo.

- Não é permitido fazer oferendas que tenham defeitos.

- Um idólatra deve ser punido com apedrejamento.

 

Punição e julgamento (17:6-13)

 

- A pena capital é aplicável somente com duas testemunhas.

- Neste caso, o Beit Din estabelece que a punição seja aplicada pelas próprias testemunhas.

- É preciso levar todas as discussões Haláchicas, entre uma lei e outra ou entre um homem e outro diante de um Beit Din e ouvir a voz dos Daianim. Quem os desobedece propositadamente deve ser punido com a morte.

 

 

Leis referentes a um rei de Israel (17:14-20)

 

- É um mandamento da Torá que o povo aponte um rei para governá-lo.

- O rei não pode ter muitos cavalos, para que não queira fazer retornar o povo ao Egito; não pode ter muitas mulheres e não pode amealhar muito ouro e prata.

- Deve ele mesmo escrever um Sefer Torá que esteja sempre consigo. Deste livro aprenderá a temer a D-us e a cumprir os Seus mandamentos. Deste modo terá a virtude da modéstia adequada e reinará por muitos anos.

 

O serviço dos Cohanim e sua remuneração (18:1-8)

 

- A tribo de Levi de um modo geral e o subgrupo dos Cohanim em particular não herda uma porção de terra como as demais tribos. Seu sustento provém dos presentes destinados por estes.

- Os presentes dos Cohanim incluem partes das oferendas queimadas, da produção agrícola e um presente adicional que não figura nesta parashá.

- O serviço dos Cohanim é feito em turnos anuais, mas cada Cohen pode oferecer sacrifícios pessoais bem como participar das três Festas Anuais.

 

 

Leis diversas (18:9-19-21)

 

- É proibido seguir os hábitos dos goim que servem o Molech, e que usam de todo o tipo de feitiço e forças espirituais que não estão em conformidade com a Torá.

- Todo judeu deve confiar plenamente em Hashem – ter fé e confiar.

- É dever ouvir o profeta de cada geração sempre que suas palavras não contradigam a Torá e a Halachá. Em raras oportunidades o profeta pode utilizar de sua credibilidade e justeza para decretar num determinado momento em contrário às leis conhecidas. Um falso profeta, que emita um decreto em contra a Halachá e propositadamente, deve ser morto.

- É preciso construir cidades refúgio para os homicidas culposos escaparem da vontade de vingança da família do morto, com sinalizações para apressar e chegada do refugiado a estas cidades. Três cidades foram erguidas por Moshé ao lado leste do Jordão, outras três na terra de Israel após a conquista segundo foi ordenado, e outras três serão erguidas futuramente na vinda de Mashiach, quando Hashem amplie as fronteiras de Israel. As cidades devem estar espalhadas de modo à sua distancia dentre si e entre as fronteiras de Israel ser idêntica.

- Quem mata propositadamente deve ser punido com a morte.

- Quem se apropria do terreno do próximo em Israel incorre numa proibição extra, além da proibição de roubo aplicável em qualquer outro lugar.

- Aplicação de punição ou multa não pode ser feita com menos de duas testemunhas.

- Quem faz um falso testemunho deve receber a punição reservada sobre quem mentiu.

  

 

Saída para a guerra (20:1-9)

 

- Não se pode temer o inimigo, é preciso ter confiança em Hashem, que nos fará vencê-los.

- Antes da saída para a guerra, o Cohen deve falar aos combatentes de modo a encorajá-los.

- Quatro tipos de pessoas devem ser liberados do irem para a guerra: quem construiu uma casa e ainda não a inaugurou – morou nela; quem plantou uma vinha e ainda não a inaugurou – comeu de seus primeiros frutos; quem noivou e ainda não se casou e quem estiver com medo e passe este medo aos outros.

- Os combatentes na primeira fileira devem ser comandantes destemidos que infundam nos demais coragem e firmeza.

 

Guerra de conquista (20:10-20)

 

- Antes de avançar sobre uma cidade é preciso oferecer a seus habitantes a possibilidade de rendição por meios pacíficos.

- Se não houver rendição, é possível estabelecer um cerco a esta cidade.

- Chegado o momento, deve-se invadir a cidade e matar seus homens adultos.

- Povos idólatras adjacentes às fronteiras de Israel que possam influenciar negativamente os judeus devem ser combatidos.

- Mesmo numa situação de cerco e guerra é proibido derrubar árvores frutíferas.

 

Quando um assassinato não é desvendado (21:1-9)

 

- Se uma pessoa morre em local desabitado e o assassino não pode ser desvendado, os juízes devem medir sua distância até a cidade mais próxima.

- Os anciãos da cidade tomarão uma bezerra que ainda não serviu para cruza e cortarão sua cabeça à beira de um rio, todos estes sinais semelhantes ao do falecido, que teve sua vida ceifada antes que pudesse “dar frutos”.

- Os Cohanim e anciãos da cidade lavarão suas mãos com símbolo de sua inocência no caso e declararão em voz alta: “Nossas mãos não derramaram este sangue e nossos olhos não o viram”. Pedirão a D-us que inocente aqueles que não foram responsáveis por este ato e que puna o culpado, finalizando com a afirmação, “E farás o que é reto aos olhos do Eterno”. 

 

 

 

Esta parashá contém 97 versículos.

 
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