Firmamento do Pacto (29:9-14).
Moshé reúne todos os filhos de Israel antes da sua morte – os chefes das tribos e as pessoas simples do povo, idosos, mulheres e crianças, para firmar um pacto entre eles e o Todo-Poderoso. O pacto também inclui todas as gerações seguintes do povo judeu.
Objetivo do pacto (29:9-14).
Moshé explica, como já havia alertado no passado, que a influência dos povos à sua volta poderia influenciá-los de modo negativo, incitando-os á idolatria e levando-os a adotar os modais sinuosos dos goim. O pacto tinha como objetivo fortalecer a conexão especial dentre o povo judeu e Hashem, fixando limites e obrigações mútuas. E se, D-us não o permita, alguém cogitar abandonar o caminho de Hashem, não será perdoado por isso e pagará o preço de ruptura do pacto. Os povos da terra saberão também que os infortúnios do povo judeu lhe seriam merecidos por se afastarem do pacto com D-us.
Bom final (30:1-10)
Apesar dos castigos e do exílio decorrentes da ruptura do pacto, talvez por estes mesmos pecados o povo de Israel se lembre do Altíssimo e isto faça reforçar seu amor e sua fé Nele com plena Teshuvá. Então D-us os anistiará, os reunirá de todos os seus exílios e os fará retornar a Eretz Israel. O pacto e o amor entre D-us o povo judeu se fortalecerá. Todas as maldições e calamidades cairão sobre as cabeças dos inimigos de Israel.
“Não está nos Céus” (30:11-14)
As mitsvót de Hashem, diz Moshé para encorajar o povo, não estão dentro do impossível. Pelo contrário, a Torá e suas mitsvót estão cerca do homem e está dentro da sua capacidade cumpri-las como exigido – em pensamento, fala e ação.
Livre arbítrio (30:15-20)
Apesar de seus imperativos claros, a Torá e seus mandamentos foram dados ao judeu em regime de livre escolha. Dois caminhos se postam diante do homem – o caminho da Torá, que constitui o caminho do bem e da vida, em contraste com o caminho do pecado, que atrai o mal e a morte. Está nas forças do homem – e para isto ele recebe ajuda Divina, optar pelo caminho do bem. Se assim fizer, receberá todas as bênçãos de D-us.
(está parashá tem 40 versículos)
VAIELECH
Despedida e transmissão de autoridade (31:1-8)
No dia de sua morte, Moshé disse aos filhos de Israel: alcancei a idade de 120 anos de idade e chegou a minha hora de partir deste mundo. Não serei eu quem os acompanhará na travessia do Jordão rumo a Eretz Israel.
Contudo, vocês precisam se fortalecer e se animar, pois D-us está com vocês, e ele os conduzirá à Terra Prometida. Moshé chama a Iehoshua, seu discípulo e seguidor, para fortalecê-lo rumo á sua responsável missão, prometendo-lhe que D-us estará consigo.
Congregação do povo (31:9-13)
Moshé escreve toda a Torá e a entrega aos Cohanim da tribo de Levi e aos anciãos do povo. Ordena-lhe que congreguem o povo uma vez a cada sete anos, na festa de Sucot, um ano após o ano Sabático (Shemitá). Nesta ocasião, quando o povo congregar-se em Jerusalém no Beit Hamikdash, o rei deverá ler da própria Torá aos ouvidos dos filhos de Israel. O objetivo desta leitura é fortalecer o espírito do povo, a fé em Hashem e o apego à Torá e às mitsvót.
Moshé e Iehoshua diante de Hashem (31:14-30)
O Altíssimo ordena a Moshé que chame Iehoshua, para que se poste junto a ele diante de Si, antes de sua morte.
Hashem se dirige primeiramente a Moshé e diz que nas próximas gerações o povo se desviará do caminho da Torá. A fim de fortalecer mais ainda o pacto que Moshé firmou com o povo, era preciso escrever, como ordenou Hashem, uma “Shirá” (cântico). Este cântico é chamado de “Shirat Haazinu“ – que figura na próxima parashá – para que o povo a memorize, e todas as vezes que se desviarem do caminho, a Shirá lhes servirá de lembrete sobre seu compromisso com o Altíssimo e com os caminhos da Sua Torá.
Hashem se dirige a Iehoshua e lhe ordena fortalecer-se na sua função de líder.
Moshé cumpre as palavras de Hashem, escreve a Shirá e congrega todos os filhos de Israel para lhes ensinar a Shirat “Haazinu”.
Moshé entrega o Sefer Torá escrito por ele Levitas, para que o coloquem na Arca da Aliança com o Todo-Poderoso.
(Esta parashá tem 30 versículos. Junto com Nitsavim, somam 70 versiculos)