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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

E O MORDOMO FOI OCUPADO

E O MORDOMO FOI OCUPADO

(leia até o fim para entender o trocadilho)

Londres, 1998. 

Lord ShabesCandles buscava um mordomo ágil para suas inúmeras tarefas, que incluíam

Preparar a casa para receber hóspedes, enviar donativos para instituições, 

Fazer Shiduchim (encontros com vistas a casamento) e 

Preparar sua equipagem de orações para os serviços matutinos na Sinagoga, que incluíam: um Talit (xale de oração), um par de Tefilin (filactérios), um Sidur (livro de orações) 

Assim como uma caixinha para Tsedacá (doações).

  • Groicezach! (grande coisa em Idish), onde está você quanto preciso?

  • Estou ocupado, my Lord.

  • E quando você desocupa?

  • Assim que terminar a próxima tarefa.

  • E qual é a tarefa?

  • Espetar as cenouras nos guefiltefish (bolinhos de carpa judaicos para o Shabat)

 Shabat).



  • Mas quem precisa disso? – disse Lord ShabesCandles.

  • É verdade, mas saiba que o segredo está nos detalhes.

Groicezach não queria revelar sua paixão pelo estudo da Torá, principalmente do Rabino Jonathan Sacks, outrora rabino-chefe do Reino Unido, pessoa simples e letrada. 

A cada espetada de cenoura, aprendia algo dos livros do Rabino Sacks. 

Uma das máximas preferidas de Groicezach do Rabino Sacks era:


“Infelizmente, as religiões não têm motivos suficientes para viverem em paz, 

mas têm motivos de sobra para guerrearem entre si.”


  • Groicezach!

  • Sim, my Lord.

  • Deixe estes bolinhos e vá preparar as velas para o candelabro de Chanucá (Festa das Luzes). 

  • Não esqueça que só usamos azeite de oliva para acender as velas, como fizeram nossos antepassados no Templo, quando se livraram dos gregos.


                              
Rabino Sacks acendendo ofertando
uma Chanuquiá à Rainha Elizabeth


Groicezach notou que o azeite havia acabado e chispou para o mercado mais próximo. 

Também estava em falta. E assim, de mercado em mercado, voltou horas depois e pôs-se a preencher os candelabros com azeite extra virgem, como havia mandado Lord ShabesCandles. 

Durante seu trajeto, aprofundava-se nos estudos dos livros do Rabino Sacks. Eis um deles:

“Nós somos o povo que constrói. Esta é a nossa esperança. Por isso conseguimos reconstruir Israel e, com esta mesma esperança, reconstruiremos Jerusalém.”

  • Groicezach!

  • Sim, my Lord!


  • Por que demorou tanto?

  • Porque a fila era grande.

  • E não havia azeite na despensa?

  • Havia, mas o usamos todo para temperar as saladas para os hóspedes no Shabat.

  • Groicezach, você está sempre ocupado com o que não precisa. Vou precisar de outro mordomo.

  • Como quiser, my Lord, mas há um motivo para isso: diz a Torá que a pessoa deve ocupar-se dos estudos sagrados de dia e de noite; por isso tento cumprir este mandamento e, ao mesmo tempo, fazer as tarefas da casa.

  • Por que nunca me contou que és um estudioso de Torá?

  • Para não me gabar, my Lord. Estudar Torá demanda ANAVÁ (modéstia).

  • Quem é o seu rabino preferido?

  • Rav Lord Jonathan Sacks, my Lord.

Um frio na espinha percorreu Lord ShabesCandles. O Rabino Sacks também era o seu preferido.

  • Groicezach, cite-me algo do Rabino Sacks de memória.

  • Pois não, my Lord:

O que há com os judeus — ou os negros, ou os ciganos, ou os estrangeiros — que os faz ser odiados? A explicação mais antiga é provavelmente a mais simples: porque não gostamos do diferente. Como Haman disse, “Seus costumes são diferentes dos de outras pessoas.” 

E é por isso que o ódio racial ou religioso não é apenas perigoso. 

É uma traição à condição humana. Somos diferentes. Cada indivíduo, cada cultura, cada etnia, cada fé, dá algo único à humanidade. A diversidade religiosa e racial é tão essencial para o nosso mundo quanto a biodiversidade. 

E, portanto, rezo para que tenhamos a coragem de lutar contra o preconceito, do qual o antissemitismo é simplesmente o mais antigo de todos. Porque um mundo que não consegue viver com a diferença é um mundo que não tem espaço para a própria humanidade.”

  • Groicezach, você me alegrou profundamente. 

  • Você realmente é groice zach! 

  • Percebo que, para você, é melhor estar ocupado com o estudo da Torá do que espetando cenouras ou saindo para comprar azeite. De agora em diante, terei outro mordomo, e você será o Mordomo Ocupado em estudar Torá e transmitir para mim e para o mundo seus esplêndidos ensinamentos.

E O MORDOMO FOI OCUPADO.

Esta historinha é uma homenagem a um dos mais proeminentes rabinos que já pisou a face da terra e de quem tive o mérito de traduzir um de seus livros, UMA LETRA NA TORÁ.

Paulinho Rosenbaum


Link para ensinamentos do rabino Sacks: https://rabbisacks.org/quotes

Rabino Lord Jonathan Sakcs


(fizemos um trocadilho com o famoso bordão "E o Mordomo foi o culpado")








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