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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Parashá: ACHAREI II


TROPICASHER, Torá com Sabor Tropical

MULTA DO PRIMEIRO MUNDO OU DO OUTRO MUNDO?

Certa vez estava em Toronto durante a semana de Pessach (Chol haMoed), aproveitando para visitar Montreal, o que equivale visitar a França sem sair dos Estados Unidos.

Fomos eu e um amigo que procurava companhia para não dormir no volante e quem gostasse de viajar 500 Km num dia e voltar no outro.

Há tempos queria visitar uns amigos em Montreal e essa foi uma otima oportunidade.

Resolvi colocar um sambão da pesada e um pagode brabo para amenizar a viagem no retão Toronto-Montreal.

Meu amigo ficou surpreso: - Paulinho, estamos na contagem do OMER, os 49 dias entre Pessach e Shavuot. Não se escuta musica nesses dias, ao menos ate o 33 dia, que é Lag BaOmer!

Ora – respondi – ouvi dizer que isso se refere apenas a musica ao vivo, casamentos e algazarras. Já vi gente religiosa escutar musica no carro durante o Ômer para distrair a atenção e não dormir no volante.

Meu amigo concordou e colocamos o sambão da pesada e no toca-CDs..

Dali a uns minutos meu amigo resolve parar no acostamento.

- O que houve, perguntei?
- Os "caras".

Os caras! Pela primeira vez desde que estava no Canada teria a honra de ver a policia montada canadense em ação. (Montada em carro).

Policia de Primeiro Mundo é outra coisa: primeiro o guarda pede desculpas por tê-lo parado, depois explica que a estrada está chuvosa, é Domingo e tem muita gente com pressa de chegar em casa e que ele estava dirigindo de maneira perigosa e passava dos 150 Km/h, o que acarretaria numa multa de uns 350 dólares e cinco pontos na carteira.

Meu amigo ficou desesperado.



Não se importava com o valor mas com os pontos que poderiam lhe valer a perda da carteira de motorista num pais onde não existe jeitinho.

Acalmei-o dizendo que rezaria para abaixar a multa e que ele pedisse ao guarda para perdoar a infração. Comecei a recitar o Tehilim (Salmo) 121.

O guarda pediu uns minutos e foi consultar o computador de bordo da sua viatura primeiro-mundista, que tinha a cara do batmóvel.

Enquanto isso, comecei a fantasiar outra "policia de Estrada" estacionada ao lado da minha janela.

- Seu Paulinho Rosenbaum, a sua carteira de dirigir mitsvót, por favor.

Levei o maior susto. A voz parecia vir de dentro da minha consciencia.

Era uma policia-montada-em-nuvem Ganedense (do Gan Eden).

- Você estava escutando música no Omer. A multa é de 350 brachót e 5 mitsvót removidas da sua carteira. Com 15 tu passa o Yom Kipur no Polo Norte, onde o dia dura seis meses.

Senti-me culpado.

Talvez meu amigo judeo-gringo não estivesse acostumado a sambão da pesada e um pagode brabo e fora controlando o batuque no pé do acelerador, o que acarretou em pé-de-chumbo e a consequente multa.

Concentrei-me mais na reza e pedi a Hashem para perdoar a multa a meu amiguinho enquanto eu renunciaria ao sambão da pesada e pagode brabo, ao menos até Lag Baomer.

O policia montada canadense volta com um sorriso e um envelope.

- Aqui esta a sua multa, gentleman. Sentimos tê-lo multado, mas fomos obrigados a fazê-lo porque zelamos pela segurança em nossas estradas. Entretanto, vamos anotar que você estava a 125 km/h e multa-lo em $118 com apenas 3 pontos na carteira de motorista. Poderá recorrer se quiser.

Meu amigo ficou hipercontente e soltou um "Baruch Hashem!".

Ao anotar 125 Km/h na multa numa zona de max. 100 km/h, o guarda permitia que ele recorresse, com grandes chances de sair inocente.

Ao retomar a viagem, trocamos o sambão da pesada e pagode brabo por palavras de Torá, amenidades da vida e um pouco de silencio que não faz mal a ninguém, pelo contrario, é ótimo para a saúde (Talmud:Pirkei Avot).

O resto da viagem percorreu otimamente. Na volta um rabino veio de carona e daí foi mais Tora, amenidades e silêncio.

Meu amigo voltou a detonar 150 km/h na volta, sem perceber.

Parece que ele era mesmo chegado a um pé-de-chumbo, independente do sambão da pesada e pagode brabo, mas acho que dessa vez a policia do Primeiro Mundo resolveu não atuar, influenciada pela Policia do Outro Mundo, que parecia nos acompanhar até Toronto, como escolta de honra.

Na verdade, tudo é destinado por Hashem (D-us).

Até mesmo qual policia de estrada vai parar o teu carro e como ele reagirá.

A multa foi dada pela policia do primeiro mundo, mas tem mais cara de ter sido lavrada pela policia do Outro Mundo...

Hashem... obrigado por salvar a nossa pele mais estava vez!
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