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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

A parashá que leva Iossef ao vice-reinado - a viravolta!

ASSUNTOS PRINCIPAIS DA PARASHÁ MIKETS

Os sonhos do Faraó (41:1-4)

Passaram dois anos desde a libertação do copeiro, chefe dos vinhos do faraó e Iossef ainda está na prisão, totalmente isento de qualquer falta.

                                 Certa manhã, o Faraó acordou assustado e com o coração palpitante, por haver tido um sonho intrigante. Neste sonho ele se encontra às margens do rio Nilo, quando dele emergiram sete vacas belas e saudáveis, que pastavam na grama do brejo. Então outras sete vacas, feitas e magras emergiram do rio. As sete vacas feias e magras comeram as sete vacas belas e saudáveis.

                                 O Faraó voltou a dormir e voltou a sonhar, desta vez com sete espigas boas e abundantes com grãos crescendo numa só haste. De repente, sete espigas magras a ressecadas cresceram atrás delas e as engoliram. O coração do Faraó ficou agitado e ele mandou convocar todos os seus conselheiros logo pela manhã para que tentassem desvendar o significado dos seus sonhos. Mas ninguém propõe uma explicação convincente. Finalmente, o copeiro se dirige ao Faraó e lhe conta sobre um escravo hebreu que está na prisão, onde lhe havia interpretado um sonho com sucesso.

                                 O Faraó manda trazer Iossef à sua presença.


Iossef soluciona o sonho e aconselha o Faraó (41:15-38)

                                 Iossef está com trinta anos de idade quando lhe trazem à presença do Faraó, de banho tomado e vestido de acordo. O Faraó lhe conta os seus sonhos e Iossef os interpreta com presteza. Eis a interpretação: as sete vacas belas e as sete espigas abundantes significam sete anos de bênçãos para a agricultura egípcia. As sete vacas magras e as sete espigas murchas significam sete anos de fome que seguirão os anos bons. As vacas e as espigas magras engoliram as vacas e espigas gordas porque os anos de fome terminarão por “tragar” os anos de fartura que os antecederam, tornando-os esquecidos. Iossef explica que o fato do sonho ter se repetido indica que eles não tardaram a se concretizar do modo como ele os interpretou.

                                 Iossef não se contenta apenas em interpretar os sonhos, vai mais além e oferece soluções administrativas para a economia egípcia, sugerindo ao Faraó que ele indique funcionários encarregando-os de um sistema de racionamento e abastecimento do Egito durante os anos de abundância.
                                 O Faraó fica impressionado com a solução magnífica e a personalidade marcante de Iossef.


Da prisão ao trono de Vice-rei (41:39-52)

                                 No mesmo ato, o Faraó declara que Iossef será o encarregado de todo o sistema financeiro e governamental do país. O cargo é definido como o de “Vice-rei”, quando na verdade trata-se de um reinante com poderes absolutos, tendo o Faraó deixado para si apenas a coroa real.
                                  Faraó tirou seu anel da própria mão e o colocou na mão de Iossef; o vestiu com as mais finas roupas de linho e colocou uma corrente de ouro no seu pescoço, fez Iossef montar em sua segunda carruagem real fazendo-o ser anunciado como o Vice-rei.
                                 O jovem Vice-rei casa-se com a filha de Poti fera, seu antigo patrão e nascem-lhe dois filhos: Menashe e Efraim. Iossef põe seu plano econômico em ação e começa a estocar quantidades incomensuráveis de grãos.

Os anos de fome (41:53-57)

                                 A interpretação dos sonhos dada por Iossef concretiza-se com exatidão. Ao cabo dos sete anos de saciedade e fartura chegam os difíceis anos de estiagem. Os habitantes da região e das áreas circunvizinhas não estão preparados para tempos duros como estes e anseiam por um pouco de comida. Multidões acorrem ao palácio do Faraó pedindo auxílio. O rei envia todos a Iossef, que abre os celeiros do trigo e começa a vender alimentos à população.   


Iossef ignora os irmãos (42:1-24).

                                 A fome também acomete a Terra onde moram os filhos de Israel. Iaacov manda seus dez filhos ao Egito para abastecer a família com provisões. Mas prefere que Biniamin permaneça em casa. Os irmãos chegam à presença de Iossef e se prostram diante dele. Iossef os reconhece de imediato, mas eles não se lembram do jovem irmão, que agora ostenta uma barba e não reconhecem o nobre Vice-rei que está diante deles. Iossef os vê prostrando-se diante dele e lembra do sonho que tanto os havia irritado (inicio da Parashá Vaieshev). Iossef decide testar o relacionamento dos irmãos com o irmão mais jovem que havia sido vendido e sua predisposição para tentar liberta-lo, assim como a união de sua família após ter ele sido vendido.  

                                 Iossef ignora os irmãos e culpa-os de serem espiões. Haviam informado-o que eles entraram no país por dez acessos diferentes e Iossef o expõe a eles. Sua justificativa era que entraram no país por dez acessos diferentes para procurar pelo irmão perdido. Iossef redargua e pergunta como farão para pagar pelo resgate do irmão caso o encontrem. Os irmãos respondem que concordarão com todas as condições.  Iossef contenta-se com a resposta e indaga sobre o que fariam se condição alguma fosse aceita em troca da libertação do irmão perdido. Os irmãos respondem firmemente que estão dispostos a matar e a morrer por seu irmão. Iossef satisfaz-se com a resposta, mas não o demonstra. Pelo contrário, exteriormente, aproveita a resposta dos irmãos para fortalecer seu argumento de que seriam pessoas perigosas para o reino egípcio. 

                                  Iossef quer testar a integridade dos irmãos. Como estes haviam contado que tem um irmão mais novo em casa, deveriam enviar um dos irmãos de volta a casa para buscá-lo e deste modo comprovar que estão dizendo a verdade. Os demais deveriam permanecer detidos no Egito. Os irmãos não concordam e vão parar todos na prisão por três dias. No terceiro dia Iossef propõe uma barganha: somente um deles, Shimon, permaneceria detido e o restante voltaria à casa com provisões. Shimon seria solto quando eles retornassem com Biniamin.

                                 Iossef os ouve arrepender-se do que lhes estava passando, culpando-se por o haverem vendido e por terem se portado de modo reprovável. Iossef sai para que não o vejam chorar. Quando volta, manda sua guarda soltar os irmãos e deter apenas a Shimon.  


Os filhos de Israel retornam a casa (42:25-38)

                                 Os irmãos voltam para Canaã. Iossef manda seus servos colocar o dinheiro que eles haviam pago pelos alimentos dentro das sacolas de trigo. Quando fizeram uma pausa numa estalagem, um deles abriu sua sacola e eis que havia dinheiro, para seu espanto. Quando chegaram em casa, todos eles descobriram que seu dinheiro lhes havia sido devolvido. Perceberam que estariam sendo submetidos a mais um teste e contaram a seu pai tudo o que lhes havia passado no Egito.

                                 Iaacov recusa seu pedido para voltarem ao Egito com Biniamin. Ainda está emocionalmente ferido pela desaparição de Iossef e agora Shimon também não está. Apesar de todos os esforços para convencê-lo, Iaacov decreta que Biniamin ficará em casa.


Iaacov se convence e decide deixar que Biniamin parta com eles (43:1-15)

                                 As provisões tornam-se escassas e a fome ainda impera em Canaã. Iaacov pede novamente aos filhos que desçam ao Egito levando consigo Biniamin e em suas mãos um presente ao rei do Egito, juntamente – é óbvio – com o dinheiro que trouxeram de volta junto às sacolas de alimentos.


Mistérios no Egito (43:16-34)

                                 Iossef se emociona ao ver seu querido irmão Biniamin, único irmão filho de sua mãe Rachel. Á sua ordem, seu mordomo chefe leva os irmãos à sua casa e convida-os para uma refeição. Os irmãos são levados á casa do Vice-rei perplexos, confusos e temerosos. Não sabem o que os espera e tentam explicar ao mordomo o desenrolar dos acontecimentos. O mordomo os tranqüiliza e sugere que se sintam à vontade esperando pela chegada de Iossef para a refeição.
                                
                                 Durante a refeição acontecem coisas estranhas e até misteriosas. Usando uma taça de prata que faz tilintar, Iossef “adivinha” o currículo de seus irmãos desde o nascimento e decide que Biniamin sentará ao seu lado.
                                 A refeição transcorre dentro de um clima amigável e prazeroso. No final, para assombro dos irmãos, Iossef lhes dá inúmeros presentes, sendo os de Biniamin superior ao dos demais. Os irmãos partem para Canaã levando Shimon e Biniamin consigo, alem das sacolas repletas de provisões e presentes. Estão perplexos e confusos com tudo o que aconteceu.



As artimanhas continuam (44:1-14)

                                 Os irmãos nem bem se afastam da cidade e começam a ouvir vozes de gente os perseguindo. A sensação de tranqüilidade é substituída rapidamente por um sentimento de frustração e ira. O mordomo de Iossef os manda deter e pede para examinar seus pertences. O mordomo argumenta que a taça mágica de Iossef foi roubada e que eles são os principais suspeitos. Os irmãos explicam que tudo isto não tem sentido, pois haviam devolvido o dinheiro que Iossef lhes devolveu por iniciativa própria, então como haviam de ser por roubar a taça?!

                                 Os irmãos estavam seguros de serem inocentes e como prova se comprometem a entregar a vida daquele sob cuja posse fosse encontrada a taça, ao mesmo tempo em que os outros irmãos se tornariam escravos de Iossef. O mordomo inicia a busca e acaba encontrando a taça misteriosa dentro da sacola de Biniamin.

                                 Os irmãos rasgam as vestes como sinal de pesar pela nova tragédia que acomete sua família e todos juntos ao Egito, ainda a tempo de encontrar Iossef em casa e cair aos seus pés.
                                 Iehudá, aceitando que todo este infortúnio fazia parte do decreto Divino, sugere a Iossef que todos passem a ser seus escravos.
                                 Iossef não concorda. O “criminoso” precisa pagar pelo que fez. Biniamin permanecerá no Egito enquanto podem sair e voltar para casa.

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