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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Mezonot na casquinha ou Shehacol no sorvete?

Bs"d 
O dilema do Sorvete:
Mezonot na casquinha ou Shehacol no sorvete?


Entre os vários dilemas que surgem ao degustar de um sorvete, um dos mais frequentes que aparecem logo após a difícil decisão de escolher o sabor, é qual Brachah deveria ser feita. Além da proibição de comermos sem fazer uma Brachah, que se compara ao roubo por desfrutarmos dos prazeres deste Mundo sem reconhecer a sua Fonte, existe também uma dúvida sobre qual Brachah deveria ser feita nesta situação.

Será que deveríamos fazer uma Brachah na bola do sorvete (shehakol), na casquinha (mezonot) ou nos dois? Caso deveríamos fazer duas Brachot, existe uma ordem a ser obedecida para evitarmos de incluir a Brachah mais específica (mezonot) na Brachah mais geral (shehakol) e perder a oportunidade de fazer 2 brachot. Caso deveríamos fazer somente uma Brachah, falar duas seria considerado uma Brachah sheina Tzricha – uma Brachah desnecessária, o que nos levaria a pronunciar o nome de Hashem em vão, chas veShalom. O que fazer?

Uma das regras importantes das leis de Brachot é o princípio de Ikar Tafel – o principal e o secundário. Isto é, quando existe na comida um elemento principal e um secundário, basta fazer a Brachah no principal e isto isenta da Brachah o elemento secundário . Por exemplo, num prato de feijão com arroz, o arroz é considerado principal e o feijão é considerado o secundário, por ser um acompanhamento ao arroz: o correto é fazer a Brachah somente no arroz e isentar assim o feijão. Num caso onde a intenção é de se comer o Hering, mesmo que a sua Brachah seja Shehakol, já que comemos a bolachinha só para acompanhar o peixe, fazemos a Brachah sobre o peixe e isentamos a bolacha. Assim sendo, qual dos elementos no sorvete seria o principal e qual seria o secundário: a casquinha ou o sorvete?

A maioria dos Poskim  sustentam que o principal do sorvete é a bola, enquanto que a casquinha é uma utilidade (comestível!) que segura o sorvete para que possamos desfrutar sem sujarmos nossas mãos.Aplicando o princípio de Ikar e tafel, basta fazer a Brachah de Shehakol no sorvete e isentamos a casquinha. O Ohr Letzion afirma que mesmo quando se tratam de casquinhas mais doces e sofisticadas, também são incluídas na Brachah do sorvete. Este princípio se aplica até para o pedaço de casquinha que sobra no final e é ingerido sem sorvete, que foi incluído na brachah inicial do sorvete, que comemos para evitar de jogá-lo fora e não infringir Bal Tashchit(Não desperdiçarás). Caso alguém goste muito da casquinha, e está comendo o sorvete pela casquinha também, poderia fazer as duas brachot, comendo um pedaço de Mezonot antes e o sorvete depois.

Num caso de Sanduíche de sorvete, onde existem duas camadas grossas de bolacha, neste caso o sorvete se torna um recheio e o principal é o Mezonot, e portanto afirma o Ohr LeTzion que fazemos somente Mezonot por ser o principal e também ser o  elemento farináceo algo que sempre é importante quando é adicionado pelo gosto.

Embora existam algumas tecnicalidades ao fazermos uma Brachah, não podemos esquecer o grande prazer que nos é proporcionado e a sensibilidade de como percebê-lo. O Talmud afirma que ao fazermos uma Brachah estamos reconhecendo que toda a Criação é Kodesh e Hashem nos deu-a para podermos utilizá-la da forma correto, e assim nos aproximarmos dele. Quanto estudamos as leis de Brachot e fazemos uma Brachá, temos um prazer extra, além do prazer material: o prazer da percepção que este alimento foi projetado sob medida para me proporcionar este deleite. Dizem que pessoas normais falam a Brachah para poderem comer...e os Tzadikim comem para poderem fazer uma Brachah.
 

             

Yitzchak Benroubi
 
Estas questões só foram trazidas aqui como uma forma de despertar a curiosidade, a beleza e a profundidade do estudo da Halachá. Qualquer dúvida na prática deve ser consultada com uma autoridade Rabínica.

 
 
 
    

                                                                  Bs"d                                                                                   O dilema do Sorvete:  Mezonot na casquinha ou Shehacol no sorvete?


Entre os vários dilemas que surgem ao degustar um sorvete, um dos mais frequentes que aparecem logo após a difícil decisão de escolher o sabor, é qual Brachah deveria ser feita. Além de existir uma proibição comparada ao roubo ao desfrutarmos dos prazeres deste Mundo sem reconhecer a sua Fonte quando comemos sem fazer uma Brachah, existe também uma dúvida sobre qual Brachah deveria ser feita nesta situação.

Será que deveríamos fazer uma Brachah na bola do sorvete (shehakol), na casquinha (mezonot) ou nos dois? Caso deveríamos fazer duas Brachot, existe uma ordem a ser obedecida para evitarmos de incluir a Brachah mais específica (mezonot) na Brachah mais geral (shehakol) e perder a oportunidade de fazer duas brachot. Caso deveríamos fazer somente uma Brachah, falar duas seria considerado uma Brachah sheina Tzricha – uma Brachah desnecessária, o que nos levaria a pronunciar o nome de Hashem em vão, chas veShalom. O que fazer?

Uma das regras importantes das leis de Brachot é o princípio de Ikar Tafel – o principal e o secundário. Isto é, quando existe na comida um elemento principal e um secundário, basta fazer a Brachah no principal e isto isenta o elemento secundário da Brachah. Por exemplo, num prato de feijão com arroz, o arroz é considerado principal e o feijão é considerado o secundário, por ser um acompanhamento ao arroz, o correto é fazer a Brachah somente no arroz e isentar assim o feijão. Num caso onde a intenção é de se comer o Hering, mesmo que a sua Brachah seja Shehakol, já que comemos a bolachinha só para acompanhar o peixe, fazemos a Brachah sobre o peixe e isentamos a bolacha. Assim sendo, qual dos elementos no sorvete seria o principal e qual seria o secundário: a casquinha ou o sorvete?

A maioria dos Poskim  sustentam que o principal do sorvete é a bola, enquanto que a casquinha é uma utilidade (comestível!) que segura o sorvete para que possamos desfrutar sem sujarmos nossas mãos.Aplicando o princípio de Ikar e tafel, basta fazer a Brachah de Shehakol no sorvete e isentamos a casquinha. O Ohr Letzion afirma que mesmo quando se trata de casquinhas mais doces e sofisticadas, também são incluídas na Brachah do sorvete. Este princípio se aplica até para o pedaço de casquinha que sobra no final e é ingerido sem sorvete, que foi incluído na brachah inicial do sorvete, que comemos para evitar de jogá-lo fora e não infringir Bal Tashchit(Não desperdiçarás). Caso alguém goste muito da casquinha, e está comendo o sorvete pela casquinha também, poderia fazer as duas brachot, comendo um pedaço de Mezonot antes e o sorvete depois.

Num caso de Sanduíche de sorvete, onde existem duas camadas grossas de bolacha, neste caso o sorvete se torna um recheio e o principal é o Mezonot, e portanto afirma o Ohr LeTzion que fazemos somente Mezonot por ser o principal e também ser o  elemento farináceo algo que sempre é importante quando é adicionado pelo gosto.

Embora existam algumas tecnicalidades ao fazermos uma Brachah, não podemos esquecer o grande prazer que nos é proporcionado e a sensibilidade de como percebê-lo. O Talmud afirma que ao fazermos uma Brachah estamos reconhecendo que toda a Criação é Kodesh e Hashem nos deu-a para podermos utilizá-la da forma correto, e assim nos aproximarmos dele. Quanto estudamos as leis de Brachot e fazemos uma Brachá, temos um prazer extra, além do prazer material: o prazer da percepção que este alimento foi projetado sob medida para me proporcionar este deleite. Dizem que pessoas normais falam a Brachah para poderem comer...e os Tzadikim comem para poderem fazer uma Brachah.
 

             

Yitzchak Benroubi
 
Estas questões só foram trazidas aqui como uma forma de despertar a curiosidade, a beleza e a profundidade do estudo da Halachá. Qualquer dúvida na prática deve ser consultada com uma autoridade Rabínica.
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