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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Um Pensamento para os últimos Dias do Ano - emunahtododia.com

 

ESTA MENSAGEM DE CHIZUK FOI OFERECIDA L' Refua SheleimaRifka bat ZimbuYafa bat RifkaHanna bat YafaSimon ben MenacheTali bat Yafa_________________________________________________________in MemoriamJohn Peterken 
                    
 

Um Pensamento para os últimos Dias do Ano 

À medida que se preparam para Rosh Hashaná, as pessoas refletem em como podem melhorar para o próximo ano, porém, não querem que sua Avodat Hashem seja algo rotineiro e automático. Querem estar animadas para servir Hashem e fazer sua Avodah com entusiasmo. Que conselho podemos lhes dar? O Pele Yoetz escreve que temos um traço de caráter natural e inato de amar aquele que nos beneficia. Mesmo que o benefício que nos proporcionem seja pequeno, naturalmente os amamos. Se o benefício proporcionado for algo grande, então o amor é ainda maior. E se alguém nos prover todo o nosso sustento e cuidar de cada uma de nossas necessidades, naturalmente tentaríamos pensar no que poderíamos fazer para retribuir este indivíduo. Se ele nos pedisse para viajar uma longa distância no meio da noite, seria como nada para nós e ficaríamos felizes em fazê-lo. É assim que temos que enxergar nossa Avodat Hashem; cada benefício que já recebemos em toda a nossa vida é um resultado direto da bondade de Hashem para conosco. Tanto os benefícios que vieram por meio de outras pessoas ou de algum negócio, Hashem é sempre a fonte de tudo.   Cada momento de alegria, cada sentimento bom e cada prazer nos foram todos dados por Hashem. Portanto, devemos sentir que tudo o que fazemos para servi-Lo não está nem perto do que deveríamos estar fazendo. É um processo de pensamento simples que pode nos ajudar imensamente se o aplicarmos corretamente.  Um homem me relatou que precisava passar um dia em uma ilha do Caribe a negócios. Ele ligou para o Chabad com antecedência para ter certeza de que haveria um minyan. O Rabino do Chabad lhe comunicou que ele não estaria lá naquele período, mas geralmente havia um minyan de Shacharit todos os dias às 7h. O homem chegou ao hotel à noite e avistou outro Yehudi no saguão. Ele perguntou se este poderia ir com ele no dia seguinte para o Minyan, e  lhe confirmou.  Eles combinaram de se encontrar na manhã seguinte às 6h45 no saguão e foram juntos ao Minyan. Chegaram alguns minutos antes das 7h e às 7h em ponto, havia 9 pessoas na sala. Em seguida, tornou-se 7h05, depois 7h10, depois 7h15, mas ainda sem Minyan. As pessoas estavam ficando impacientes e prestes a rezar por conta própria.  Este homem continuou pedindo a Hashem que por favor permitisse que ele rezasse com um Minyan. Alguns minutos depois, o décimo homem entrou. Ninguém naquela sinagoga o tinha visto antes. Eles começaram as Tefilot. Por ser uma segunda-feira, leram o Sefer Torá e aquele que era o número 10 perguntou se poderia obter uma aliá. Eles lhe deram uma aliá. Então, depois que as orações terminaram, aquele homem perguntou se poderia discursar por apenas dois minutos.   Ele confessou que no dia anterior, seu nível de observância de Mitsvá não era diferente de um goy. Ele não cumpria nada. Nem kashrut, nem Shabat, nem Yom Tov.  Enquanto dirigia rumo á sua casa na noite anterior, ele estava pensando em todas as bênçãos que tinha em sua vida. Ele olhou para o céu e disse a Hashem: “Você faz tanto por mim e eu não faço nada por Você em troca. A partir de agora, aceito voltar ao Judaísmo e me tornar religioso”.  Ele concluiu dizendo que esta manhã foi a primeira vez que ele colocou Tefilin em muitos anos. O homem que me contou essa história concluiu: “Veja o quanto Hashem cuida de mim. Eu precisava de um Minyan e não havia o décimo homem, então Hashem trouxe um judeu afastado de volta à religião para completar o Minyan.” Eu disse ao homem, essa é uma boa maneira de ver isso, mas também há uma lição importante a ser aprendida aqui: veja quanto um simples processo de pensamento pode realizar! Este homem não ouviu nenhum discurso de um rabino para inspirá-lo, ele não foi ameaçado por uma doença ou uma situação difícil. Ele olhou para suas bênçãos e se sentiu compelido a fazer algo para agradecer a Hashem.Todos nós temos muitas razões para apreciar Hashem. Vamos pensar neles e ficarmos entusiasmado para fazer nosso Avodat Hashem da melhor maneira possível. 
                                                                                -- Rav David Ashear 

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Beit Hassofer - Assuntos Principais da Parashá KI TETSE

 Assuntos Principais da Parashá KI TETSE

  

Mitsvót e Halachót

 

            Na Parashá Kitetsê Moshé continua a enunciar diante do povo uma série de mandamentos e leis sobre assuntos diversos, parte de forma extremamente resumida ou até mesmo num só versículo. Como mencionamos na parashá anterior, as leis enunciadas neste formato carecem da interpretação dos nossos sábios no decorrer das gerações e por isto não possuem efeito haláchico, além de não abarcarem o conteúdo completo dos assuntos nelas referidos.

 

 Cativas de guerra (21:10-14)

- Tomando em conta os impulsos humanos, a Torá permite desposar uma cativa de guerra encontrada durante as batalhas, ainda que isto não seja desejado.

- Para desanimar o soldado judeu de fazê-lo, a Torá ordena que esta mulher vista roupas feias, raspe a cabeça e deixa as unhas crescer, enquanto habita com ele durante um mês na mesma casa – na esperança que ele desista de desposá-la.

- Se realmente desistir de desposá-la, deverá deixá-la ir sem vendê-la como escrava, por havê-la levado para sua casa.

 

 O primogênito herda em dobro.

- O primogênito herda duas partes na herança ainda que seja filho da mulher odiada pelo pai.

 

O ‘Filho Rebelde” – Ben Sorêr Umorê.

- O filho rebelde é aquele que não ouve a voz do seu pai e da sua mãe, e cujo comportamento chega, de acordo com a interpretação dos nossos sábios, a dimensões desumanas e inimagináveis. Seus pais devem levá-lo ao Beit Din. De acordo ao veredito dos juízes, este filho deve morrer apedrejado. 

 

 É proibido fazer com que um homem pendurado pernoite (21:22-23)

- Se um homem for condenado à morte e pendurado, deve ser enterrado no mesmo dia e seu corpo não deve pernoitar, pois foi feito à imagem Divina [e isto é desprezo ao Eterno].

  

Devolução de perda e ajuda no caminho (221-4)

- Ao encontrar um animal ou objeto que pareça abandonado por ter sido perdido, o judeu deve tentar devolvê-lo a seu dono. A Torá enfatiza a proibição de desviar o olhar de um objeto perdido. Se o dono não for encontrado, a perda deve ser guardada.

- Vendo o jumento ou boi do seu amigo caídos no caminho, é dever ajudar a erguê-los e a carregar ou descarregar sua carga, conforme o caso. Aqui também é proibido desviar o olhar, como se nada estivesse acontecendo.

 

 Diferenciação entre os sexos (22:5)

- O homem é proibido de vestir roupas femininas e a mulher é proibida de vestir roupas masculinas. O modo de viver de ambos também deve ser diferenciado para evitar abominações e promiscuidade.

  

Shiluach a Ken – espantar a mãe passarinho do ninho (22:6-87)

- É proibido pegar filhotes ou ovos de um ninho enquanto a mãe estiver com eles. É preciso espantar a mãe e só então tomar os filhotes ou os ovos. Quem o fizer será abençoado com benesses e longa vida.


 



Maakê – parapeito no telhado (22:8)

- Ao construir uma casa é preciso fazer parapeitos no telhado e alertar contra qualquer perigo que atente á segurança dos transeuntes.

 

Kiláim [híbridos], Sheatnêz e Tsitsit (22-9)

- A Torá proíbe misturar espécies em diversos assuntos:

* É proibido plantar juntas sementes de trigo e de uva. Esta hibridação chama-se Kiláyim.

* É proibido lavrar com uma junta de boi e jumento ou animais de espécies diferentes.

* É proibido usar uma veste feita com lã e linho misturados (Sheatnêz).

- A Torá ordena uma vez mais a Mitsvá de Tsitsit, as franjas que devem ser colocadas numa vestimenta de quatro cantos. A proximidade com a Mitsvá de Sheatnêz ensina que para cumprir a Mitsvá de Tsitsit é permitido amarrar fios de lã numa roupa de linho. 

  

Proibições relativas ao ato e tipos de enlace proibidos (22:13-23-9)

 

- Se um homem desconfia que sua mulher o traiu com outro após tê-la adquirido com dinheiro e antes de coabitar com ela, deve submeter sua desconfiança á avaliação de um Beit Din. Se for constatada a traição, a mulher deve ser apedrejada. Mas se for provado que este homem inventou calúnias contra sua mulher por tê-la odiado, ele deverá ser açoitado, deverá pagar uma indenização aos pais da moça e ele não mais poderá divorciá-la.

- Se um homem tem relação com uma mulher casada, os dois sofrem pena capital.

- Se um homem tem relação com uma mulher comprometida por meio de dinheiro ou que não teve relações com outro homem: ambos sofrem pena capital.

- Quem viola uma moça comprometida sofre pena capital semelhante à de um assassino.

- Quem viola uma moça descomprometida deve pagar uma multa e casar-se com ela se for da vontade dela.

- É proibido casar-se com a ex-madrasta mesmo que não seja a sua mãe ou com a ex-esposa de um tio, irmão de seu pai.

- Em certos casos de esterilidade masculina não lhe permitem contrair núpcias.

- Um bastardo, ou seja, filho do adultério de uma judia casada, não pode casar-se com uma judia.

- Filhos de Amon e Moav no podem casar-se com moças judias mesmo se forem convertidos ao judaísmo por seus antepassados terem negado ajuda ao povo de Israel quando estes estavam a caminho da terra prometida.

- Edomitas e Egípcios, ainda que tenham sido duros e ferozes contra Israel, não podem ser menosprezados e podem desposar judeus e judias se convertidos ao judaísmo conforme a lei. Aos Edomitas é reservado este direito por serem descendentes de Esav, irmão de Jacob e os Egípcios, por terem dado guarita aos judeus durante o exílio no Egito. 

  

Pureza dos acampamentos de Israel (23:1-15)

 

- Durante a batalha é preciso manter a pureza dos acampamentos dos guerreiros judeus, pois o Anjo acusador [contra Israel] age quando há perigo.

- Um guerreiro que se impurificar deve ser afastado do acampamento até sua total purificação, que inclui aguardar até o por do sol e imergir num Micvê.

- É preciso afastar as latrinas do acampamento. Na falta de condições apropriadas de higiene é preciso dotar cada soldado pás e demais utensílios a fim de cuidar do recato e da pureza apropriadas a um exército por onde a Presença Divina caminha, e o Altíssimo os salvará dos seus inimigos.

  

É proibido entregar um escravo goi (23:16-17)

- Um escravo goi fugitivo que procura guarita entre os judeus não pode ser denunciado ou entregue. É preciso protegê-lo e prover suas necessidades.

 

 Proibição de prostituir (23:18-19)

- Mulheres e homens não podem se prostituir.

- Um pagamento por um ato destes não pode ser destinado a algo sagrado.

 

 Proibição de cobrar juros (23:20-21)

- E proibido emprestar dinheiro a juros. A proibição incorre sobre quem empresta e sobre quem solicita empréstimo. A Torá promete que os cumpridores desta lei recebem a benção Divina. É permitido emprestar a um não judeu a juros.

  

Cumprimento de votos (23:22-24)

- Quem faz uma promessa a Hashem, de levar oferenda ou seu valor em dinheiro ao Mikdash, não deve demorar a pagá-lo num prazo além das três Festas da Torá.

  

O trabalhador deve comer no seu local de trabalho (23:25-26).

- Quem trabalha na vinha de um companheiro pode comer de suas uvas até saciar-se, mas não pode levar deste alimento consigo. A Torá proíbe colher frutos para consumo próprio com uma foice, permitindo comer somente o que puder pegar com as mãos.

 

 

Casamento e Divórcio (24:1-5)

 

- Quem desposa uma mulher poderá divorciar-se dela somente quando puder apresentar motivos convincentes. O processo de divórcio deve seguir todos os procedimentos de um Guet.

- Após o recebimento do Guet esta mulher pode casar-se novamente.

- Se esta mesma mulher divorciar-se novamente ou seu marido falecer, não poderá casar-se novamente com o primeiro esposo.

- Quem desposa deve tratar a mulher de modo especial durante o primeiro ano de casamento. Durante este ano o homem não deve tomar sobre si incumbências militares ou outra que o afaste de seu lar e de sua esposa. Durante este ano o homem deve dedicar mais tempo a sua mulher e alegrá-la sobremaneira.

  

Comportamentos sociais e fiduciários (24:6-25-4).

 

- Se um homem tomar penhor por causa de uma dívida fica proibido de tomar o instrumento de trabalho do devedor.

- Quem seqüestra um judeu e o obriga a servir como escravo sofrerá pena capital.

- É proibido falar da vida alheia. A Torá lembra o caso de Miram que contraiu lepra porque falou de Moshé. A Torá também proíbe raspar a lepra do corpo. Sua cura é espiritual é deve ser promovida por um Cohen.

- Quando emprestar algo ao próximo não entrará em sua casa para lhe tomar o seu penhor, permanecendo do lado de fora para recebê-lo.

- Se o credor precisar tomar penhor de um pobre, algo como um cobertor, deverá devolvê-lo com o por do sol para que o pobre tenha com que se cobrir à noite.

- É proibido reter o pagamento de um trabalhador, especialmente se for de um pobre.

- É proibido condenar alguém à morte pelo testemunho do seu filho ou pai.

- É proibido desvirtuar um juízo, mesmo em favor de alguém em má situação.

- É proibido penhorar os bens de uma viúva.

- Após a colheita é proibido a colheita de feixes ou quantidades pequenas do campo ou voltar para pegá-las. Devem ser deixados para os pobres.

- Nas vinhas, assim como nos campos, devem ser deixados para os pobres os “cantos” e as partes superiores dos vinhedos. A Torá enuncia outros tipos de cantos e sobras das plantações que devem ser deixados para o benefício dos pobres.

- Um condenado ao açoite não pode receber além do que o juiz decretar.

- Não se pode amarrar a boca do boi quando ele estiver debulhando.

  

Levirato (Iebum) e Chalitzá (25:5-10).

- Se um homem morre sem filhos o irmão deve desposar sua viúva para dar prosseguimento à sua semente. Quem o faz recebe o nome de Iabam, a mulher é chamada Iabamá e o processo chama-se Iebum.

- Se o irmão do falecido não quiser desposar a cunhada, é feito um ritual chamado Chalitzá. Os dois comparecem ao Beit Din, onde a viúva descalça a sandália do irmão que se desobriga, cospe no chão diante dele e proclama: “Assim deve ser feito a um homem que se recusa a edificar a casa de seu irmão”.

 

 

Indenização por causar vergonha (25:11-12).

- Quando duas pessoas brigam e a mulher de um causa um dano ao outro pegando em suas vergonhas, deve pagar uma multa por isto.

 

Honestidade no comércio (25:13-16)

- É proibido enganar o próximo em pesos e medidas, assim como tudo o que estiver relacionado a isto.

 

Apagar a memória de Amalek (25:17-19)

- A Torá volta a lembrar o pecado do povo amalecita que avançou contra Israel no caminho, após saírem do Egito. A Torá ordena lembrar o que fizeram e não esquecer de apagar a memória de Amalek.

  

Esta parashá contém 110 versículos


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Meór HaShabat Semanal - BALAK 5782

         Você já notou que às vezes as pessoas decidem fazer uma coisa e acabam fazendo algo que perde totalmente o objetivo do que estavam tentando realizar em primeiro lugar? 

Em minha opinião, um dos rituais mais incompreendidos no judaísmo é o do jejum. Há 6 dias de jejum no calendário judaico: 

(1) o jejum de Guedália 

(2) o jejum de Yom Kipur 

(3) o jejum de 10 de Tevet 

(4) o jejum de Ester 

(5) o jejum de 17 de Tamuz (que discutiremos abaixo) e 

(6) o jejum do dia 9 de Av.

Tomemos Yom Kipur – o Dia do Arrependimento – como exemplo. A grande maioria das pessoas está principalmente preocupada em como sobreviverá às quase 26 horas sem comida ou água (ou cafeína), ao invés de se concentrar em arrepender-se, expressando tristeza por seus equívocos e prometendo mudar seus caminhos – que, logicamente, é o verdadeiro ponto de Yom Kipur.

De fato, o Talmud (Taanit 16a) salienta este ponto na história de Yoná (Jonas) ao visitar a cidade perversa de Nínive – narrada no Livro de Yoná (que é lido na tarde de Yom Kipur). Depois de serem avisados por Yoná de que D’us estava planejando destruir a cidade, todos os habitantes jejuaram, vestiram roupas de luto e se arrependeram de todo o coração. 

O Talmud aponta que D’us não focou em seu jejum ou em suas roupas de luto, mas sim que Ele levou em conta as suas atitudes – as de arrependimento.

O objetivo do jejum é fazer com que a pessoa se desapegue de sua parte física e comece a se concentrar no espiritual. Este pequeno sofrimento físico permite que a pessoa entre no ‘clima’ de autorreflexão e arrependimento. 

Em outras palavras: o verdadeiro foco de um dia de jejum deve ser no autocrescimento e não na autoprivação. Em minha opinião, há pessoas que perdem completamente este ponto.

Lembro-me da seguinte piada. John, um homem de negócios de sucesso, gostava de exibir sua riqueza. Quando abriu a porta para sair de seu Porsche Carrera GT novinho em folha, um caminhão acelerou e arrancou completamente a porta do motorista. Felizmente, um policial viu o acidente e parou imediatamente.

Antes que o oficial pudesse falar, John começou a gritar sobre como seu Porsche estava completamente arruinado: “Meu carro nunca mais será o mesmo; não importa o quanto trabalharem para restaurar o dano!” Depois que terminou seu chilique, o policial balançou a cabeça em desgosto e descrença.

"Não posso acreditar como você é tão materialista", disse ele, "você está tão focado em suas posses que negligencia as coisas mais importantes da vida". “Como você pode dizer uma coisa dessas?” John perguntou. O policial respondeu: "Você não percebeu que seu braço esquerdo está faltando? Ele foi arrancado quando o caminhão bateu em você!!!" "Oh, meu D’us!" John gritou: “Meu Rolex!!”.

Este próximo Shabat (16 de julho) corresponde ao dia 17 de Tamuz no calendário hebraico. Nossos sábios nos ensinam que essa data é o aniversário de 5 terríveis calamidades que aconteceram ao povo judeu ao longo dos tempos. Esta lista é encontrada na Mishná Taanit 4:6:

- Moisés quebrou as duas tábuas contendo os Dez Mandamentos quando viu o povo judeu idolatrando o Bezerro de Ouro (1312 AEC).

- Durante o cerco babilônico de Jerusalém (587 AEC), a oferenda diária – o Korban Tamid - que vinha sendo trazida diariamente há mais de 400 anos cessou.

- Durante o cerco romano de Jerusalém (70 EC), as muralhas de Jerusalém foram rompidas pelos romanos que prontamente a saquearam e assassinaram seus moradores. Esta tragédia levou à destruição e queima do Segundo Templo no dia 9 de Av.

- Os rolos sagrados da Torá foram queimados por Apóstomus. Há uma discussão sobre se ele era um oficial grego ou romano (se era grego, isso ocorreu em algum momento antes do período hashmoneu do Segundo Templo, por volta de 167 aC). Há também opiniões divergentes sobre quais rolos da Torá foram queimados. De acordo com o comentário Tiferet Israel, foi o rolo da Torá escrito por Ezra, o Escriba, que era usado como o rolo oficial de que todos os outros foram verificados.

- Um ídolo foi colocado no santuário do Templo Sagrado. Aqui também há opiniões divergentes, relatadas no Talmud de Jerusalém. Alguns dizem que isso também foi feito por Apóstomus e outros dizem que o responsável foi o perverso rei judeu Menashe. Reinando durante o período do Primeiro Templo, Menashe assumiu a ‘missão’ de difundir a idolatria por toda Israel para provocar a ira divina – e infelizmente conseguiu.

Como mencionado acima, normalmente o dia 17 de Tamuz é um dia de jejum. Este ano, no entanto, cai no Shabat. O único dia de jejum que substitui a obrigação de comemorar e se alegrar no Shabat é o Yom Kipur, ordenado pela Torá. Todos os outros dias de jejum são adiados para o dia seguinte. Portanto, este ano o jejum de 17 de Tamuz será observado no domingo, 17 de julho. O jejum começa ao amanhecer e termina cerca de 30 minutos após o pôr do sol (em S. Paulo, inicia-se às 5:36 h e termina às 18:04 h).

O período que começa com o jejum do dia 17 de Tamuz e culmina com o dia 9 de Av é conhecido como as “Três Semanas”. Essas semanas representam um crescente sentimento de tristeza que se intensifica

lentamente até chegarmos ao dia mais triste do calendário judaico, Tishá B’Av - o aniversário da destruição de ambos os Templos Sagrados de Jerusalém e muitos outros eventos calamitosos nos últimos três milênios.

Estas 3 semanas iniciam um período de luto com restrições que se intensificam progressivamente. A partir do 17º dia de Tamuz, o costume é abster-se de ouvir música, cortar o cabelo ou fazer a barba – costumes também observados durante um período tradicional de luto após a morte de um parente.

Quando o mês de Av se inicia, o costume Ashkenazi é adicionar lentamente restrições mais intensas (o costume sefaradita é começar essas restrições na semana em que o dia 9 de Av cai). Esses costumes incluem não tomar banho por prazer, não vestir roupas recém-lavadas, não consumir carne ou vinho, etc. Por fim, no dia de Tishá B’Av, adicionamos atos de luto ainda mais intensos, como sentar no chão, proibir o estudo da Torá, etc.

Esse processo de aumento gradual da intensidade do luto está em contradição direta com o processo de luto quando alguém sofre a perda de um parente de primeiro grau. 

Quando isto acontece, o período de luto começa com a shivá, na qual são vivenciados os pontos mais intensos do luto (sentar-se no chão, não tomar banho, não estudar Torá, etc.) e vai diminuindo gradativamente. 

Depois da shivá as restrições se tornam menos severas e então continuam a diminuir pelo ano restante.

Por que o período de luto pela perda de um ente querido é um processo de luto que diminuímos gradativamente enquanto no período das “3 Semanas” aumentamos gradualmente a sua intensidade?

A resposta é que, quando uma pessoa sofre uma perda, o objetivo do luto é vivenciar a perda da maneira mais intensa e lentamente começar a se recuperar da experiência, diminuindo progressivamente a severidade do luto. 

Dessa forma, a pessoa pode começar a superar a experiência enquanto dá o devido respeito à perda que sofreu.

Pela destruição de Jerusalém e do Templo Sagrado, o objetivo é exatamente o oposto. Essas perdas precisam permanecer incrustadas na psique nacional até a reconstrução do terceiro Templo. Portanto, intensificamos lentamente a experiência porque queremos que a intensidade da perda ainda permaneça conosco. O interesse aqui é mergulharmos lentamente no processo de luto para que possamos realmente começar a nos conectar com o que tivemos e como estamos tristes por ter desaparecido.

Que possamos merecer ver Jerusalém e o Templo Sagrado rapidamente reconstruídos em nossos dias, Amen!

Porção Semanal da Torá: Balak - Bamidbár (Números) 22:2 - 25:9

A porção desta semana, Balak, é uma das mais fascinantes e psicologicamente reveladoras porções de toda a Torá! Bilaam tinha um nível de profecia próximo ao de Moshe. O Todo-Poderoso deu a Bilaam todo este poder para que, em algum ponto do futuro, as nações do mundo não pudessem dizer: “Se tivéssemos um profeta como Moshe, nós também teríamos aceitado a Torá e vivido de acordo com ela”. Bilaam é um personagem singular e intrigante – fanático por honras, arrogante e egoísta (infelizmente algo não tão singular na raça humana).



Balak, o rei de Moab, contratou Bilaam para amaldiçoar o Povo Judeu, pagando-lhe uma fortuna em dinheiro. É interessante notar que Balak acreditava em D'us e no poder de amaldiçoar dado por Ele, mas mesmo assim achava que o Todo-Poderoso mudaria sua escolha sobre o Seu Povo Escolhido. Bilaam aceitou com muito grado a tarefa de amaldiçoar os Judeus.

O Todo-Poderoso permitiu que Bilaam viajasse ao reino de Balak, advertindo-o a dizer somente o que Ele lhe ordenasse. O Todo-Poderoso dá a cada um de nós o livre-arbítrio e nos permite irmos na direção que bem quisermos. Três vezes Bilaam tentou nos amaldiçoar e três vezes D'us colocou bênçãos em sua boca. Balak ficou furioso! 

Bilaam, na esperança de conseguir seu pagamento, dá-lhe então um conselho: “Se V. Alteza deseja destruir o Povo Judeu, seduza seus homens com as mulheres de Moab e diga a elas para não se entregarem até que os Judeus se prostrem a um ídolo”. E assim foi. Balak seguiu o conselho, os homens se deixaram cair no plano de Bilaam e, como consequência, o Todo-Poderoso enviou uma praga sobre o Povo Judeu (onde morreram 24.000 pessoas). Vemos daqui que o Todo-Poderoso odeia a libertinagem e a idolatria.

Horário de Acender Velas de SHABAT: (15 de julho)

S. Paulo: 17:17 h Rio de Janeiro 17:06 Recife 16:56 Porto Alegre 17:23 Salvador 17:04 Curitiba 17:25 B. Horizonte 17:13 Belém 18:02 Brasília 17:36 

Jerusalém 19:06 Tel Aviv 19:26 Miami 19:55 Nova York 20:07

Pensamento da Semana:

“O correto a se fazer não é amaldiçoar o inimigo,

mas sim rezar para que ele se torne seu amigo”

Rabino Eliezer Gordon Z"TL (Lituânia, 1841-1910), Diretor da Yeshivá de Telshe

 
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