Os três Juramentos [ג' שבועות ] é o nome popular de um Midrash encontrados no Talmud, que não deve nem pode ser levado ao pé da letra ou como Halachá [Lei], como explicaremos mais adiante. Mas é importante conhece-las por terem causado muita polêmica durante o ressurgimento do Estado de Israel, entre sionistas e anti-sionistas.
Entre os judeus ortodoxos hoje existem basicamente duas formas diferentes de ver este Midrash. Os Haredim [somente para ilustrar - o pessoal de preto, mas não todos], aqueles que são fortemente anti-sionistas, muitas vezes visualizam este Midrash como não sendo cumprido. Para Maimônides estes juramentos não pode ser vistos como Halachá.
Os sionistas religiosos vêem-los como sendo cumpridos e mantidos, e agora obsoletos.
O Império Britânico recebe um mandato sobre Israel em 1922 e permite a imigração judaica em conformidade com a Declaração Balfour, de 1917, em carta endereçada ao Barão de Rotschild: "Tenho o grande prazer de endereçar a V. Sa., em nome do governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações sionistas, declaração submetida ao gabinete e por ele aprovada: `O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional para o Povo Judeu, e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo".
Isto refuta o primeiro dos 3 juramentos.
Primeira Aliá: No final do século 19, judeus religiosos, principalmente de alunos do Gaon de Vilna e do Baal Shem Tov, fizeram para Jerusalém, Tsfat e Tiberias, onde há haviam núcleos judaico. Outros se estabeleceram nas novas colônias agrícolas patrocinadas pelo Barão de Rotschild: Rishon Letsion, Zichron Yaacov, Petach Tikva e Nes Tsiona.
Segunda Aliá: Décadas de 1910 a 1019, principalmente judeus russos com orientação socialista e judeus religiosos dos países bálticos.
Terceira e Quarta Aliá: Judeus alemães, que conseguem fugir da Alemanha antes do Nazismo . Judeus húngaros e poloneses após a tomada do regime pelos nazistas.
Ou seja, não houve Aliá em massa de origem, e nem de destino na Terra de Israel.
Foi o que elas mais fizeram. Com raríssimas exceções, os judeus sofreram torturas insuportáveis e foram até queimados vivos durante a Inquisição. O tratamento não foi diferente na Alemanha, França e até na Inglaterra.
Pouco antes do surgimento do Sionismo a Rússia deu início a uma série de Pogroms [assassinatos em massa] de judeus em todo o seu território. Os países árabes maltrataram muito os judeus bem antes do advento do Sionismo, como eles costumam negar. O início dos anos 30 na Alemanha já começa a sinalizar para os judeus o que irá acontecer e para onde eles devem se dirigir.
Isto anula o terceiro juramento.
Nada menos do que a própria ONU vota pela decisão de dividir o que eles chamam de Palestina entre judeus e árabes, em 29 de Novembro de 1947.
A maioria decide positivamente. Os judeus aceitam o seu quinhão e os árabes travam uma guerra de extermínio contra o povo judeu. Perdem. Israel ganha mais terras. A ONU reconhece a soberania do povo de Israel sobre sua terra. Isto anula automaticamente o item numero 2:
Quinta Aliá: Já no direito de congregar todo o povo judeu legalmente e com o consentimento da Organização das Nações Unidos, mesmo assim a Aliá continua chegando em Israel por etapas, muito embora o maior numero tenha sido durante os primeiros cinco anos após a criação do Estado de Israel. Nos anos seguintes e até hoje:
De países muçulmanos: Iêmen, Iraque, Marrocos, Líbia, Egito, Irã (1968), da União Soviética (1972), da Etiópia (anos 80 até hoje), de Estados pós-soviéticos e da América Latina (década de 2000), inclusive do Brasil. Mais recentemente da França e Canadá.
Uma vez mais, a Aliá converge de lugares diferentes em datas diferentes em etapas diferentes. Além de não haver mais lugar para estes 3 juramentos, o que ocorre hoje é justamente o contrário: o MILAGRE da reunião dos dispersos, esse sim, descrito na Torá [Kibutz Galuiot], faz da Aliá em massa uma Mitsvá o tanto quanto possivel, pois o Estado de Israel hoje se encontra preparado para tal, o que não ocorria nos séculos antes do 19.
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Eles relatam que D-us teria jurado os judeus e não judeus de três coisas:- Não se rebelar contra as outras nações.
- Os judeus não deveriam empossar a Terra de Israel em massa após o exílio.
- As nações se comprometeriam a não subjugar os judeus excessivamente.
(Estas juras não se assemelham às feitas pelos judeus no Monte Sinai: "Faremos e Ouviremos".
O Eterno não faz juras unilaterais sem o consentimento da outra parte).
Entre os judeus ortodoxos hoje existem basicamente duas formas diferentes de ver este Midrash. Os Haredim [somente para ilustrar - o pessoal de preto, mas não todos], aqueles que são fortemente anti-sionistas, muitas vezes visualizam este Midrash como não sendo cumprido. Para Maimônides estes juramentos não pode ser vistos como Halachá.
Os sionistas religiosos vêem-los como sendo cumpridos e mantidos, e agora obsoletos.
Sionista Religioso
ANTES DO ESTADO DE ISRAEL
1. NÃO SE REBELAR CONTRA AS NAÇÕES
O Império Britânico recebe um mandato sobre Israel em 1922 e permite a imigração judaica em conformidade com a Declaração Balfour, de 1917, em carta endereçada ao Barão de Rotschild: "Tenho o grande prazer de endereçar a V. Sa., em nome do governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações sionistas, declaração submetida ao gabinete e por ele aprovada: `O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional para o Povo Judeu, e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo".
Isto refuta o primeiro dos 3 juramentos.
2. ALIÁ EM MASSA [Aliá: imigração para Israel]
Primeira Aliá: No final do século 19, judeus religiosos, principalmente de alunos do Gaon de Vilna e do Baal Shem Tov, fizeram para Jerusalém, Tsfat e Tiberias, onde há haviam núcleos judaico. Outros se estabeleceram nas novas colônias agrícolas patrocinadas pelo Barão de Rotschild: Rishon Letsion, Zichron Yaacov, Petach Tikva e Nes Tsiona.
Segunda Aliá: Décadas de 1910 a 1019, principalmente judeus russos com orientação socialista e judeus religiosos dos países bálticos.
Terceira e Quarta Aliá: Judeus alemães, que conseguem fugir da Alemanha antes do Nazismo . Judeus húngaros e poloneses após a tomada do regime pelos nazistas.
Ou seja, não houve Aliá em massa de origem, e nem de destino na Terra de Israel.
3. AS NAÇÕES NÃO PODEM SUBJUGAR OS JUDEUS EXCESSIVAMENTE
Foi o que elas mais fizeram. Com raríssimas exceções, os judeus sofreram torturas insuportáveis e foram até queimados vivos durante a Inquisição. O tratamento não foi diferente na Alemanha, França e até na Inglaterra.
Pouco antes do surgimento do Sionismo a Rússia deu início a uma série de Pogroms [assassinatos em massa] de judeus em todo o seu território. Os países árabes maltrataram muito os judeus bem antes do advento do Sionismo, como eles costumam negar. O início dos anos 30 na Alemanha já começa a sinalizar para os judeus o que irá acontecer e para onde eles devem se dirigir.
Isto anula o terceiro juramento.
DEPOIS DO ESTADO DE ISRAEL.
1. NÃO SE REBELAR CONTRA AS NAÇÕES
Nada menos do que a própria ONU vota pela decisão de dividir o que eles chamam de Palestina entre judeus e árabes, em 29 de Novembro de 1947.
A maioria decide positivamente. Os judeus aceitam o seu quinhão e os árabes travam uma guerra de extermínio contra o povo judeu. Perdem. Israel ganha mais terras. A ONU reconhece a soberania do povo de Israel sobre sua terra. Isto anula automaticamente o item numero 2:
2. ALIÁ EM MASSA [ עֲלִיָּה - Aliá: imigração para Israel]
Quinta Aliá: Já no direito de congregar todo o povo judeu legalmente e com o consentimento da Organização das Nações Unidos, mesmo assim a Aliá continua chegando em Israel por etapas, muito embora o maior numero tenha sido durante os primeiros cinco anos após a criação do Estado de Israel. Nos anos seguintes e até hoje:
De países muçulmanos: Iêmen, Iraque, Marrocos, Líbia, Egito, Irã (1968), da União Soviética (1972), da Etiópia (anos 80 até hoje), de Estados pós-soviéticos e da América Latina (década de 2000), inclusive do Brasil. Mais recentemente da França e Canadá.
Uma vez mais, a Aliá converge de lugares diferentes em datas diferentes em etapas diferentes. Além de não haver mais lugar para estes 3 juramentos, o que ocorre hoje é justamente o contrário: o MILAGRE da reunião dos dispersos, esse sim, descrito na Torá [Kibutz Galuiot], faz da Aliá em massa uma Mitsvá o tanto quanto possivel, pois o Estado de Israel hoje se encontra preparado para tal, o que não ocorria nos séculos antes do 19.
3. AS NAÇÕES NÃO PODEM SUBJUGAR OS JUDEUS EXCESSIVAMENTE.
Depois do Holocausto, precisa dizer mais alguma coisa?
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Hashem [D-us] cuidou para estes três juramentos fosse anulados mais uma vez, para que o Seu povo pudesse retornar e construir sua terra com plena consciência de estar fazendo a coisa certa.
Referência: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ali%C3%A1
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From Lippa Shmeltzer
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