Assim Jacob abençoou a José, seu filho, antes de morrer:
"Ben porat Yossef alei ayin" - José é frutífero e o mau olhado
não vinga sobre ele [Bereshit/Gênesis 49:22]
É verdade. Nada do que José fazia dava errado. Ninguém conseguir faze-lo cometer erros crassos, nem mesmo a esposa de Potifar, que só fez faze-lo ficar até mais famoso, até chegar a vice-rei.
Qual o segredo de José? Tudo o que ele fazia era regado por humildade, encoberto, nem mesmo seu pai e irmãos souberam de seu sucesso até o momento necessário.
O cálice oculto na algibeira do irmão Benjamin era mais uma mostra da forma como José agia: tudo na surdina, na moite, sem levantar maus olhados.
O mau olhado impera onde há exuberância, altivez, o tal do "se mostrar".
Por que? Porque para ser mau, tem que ser olhado. Tem que estar à vista, à mostra.
Por este motivo nossos mestres advertem: "A benção só pousa sobre aquilo que está oculto dos olhos" - Pirkei Avót, Talmud.
Se o Talmud, que trata de leis e regras, muitas vezes de forma calculista nos adverte quando a isto, pode acreditar que o mau olhado existe.
E como livrar-se dele?
Uma das formas já foi citada acima: não fazer alarde daquilo que de faz nem anunciar aos quatro ventos cada viagem, a casa ou carro novo que, literalmente, querem "arrancar os olhos das pessoas", como se diz em Hebraico.
Esbanjar dinheiro e fazer casamentos arrebatadores é uma boa forma de atrair mau olhado. Quer um exemplo? O casamento entre um jogador de futebol famoso e uma modelo terminou assim.
Uma forma de divulgar as coisas é faze-lo em meio a muita gente que faz o mesmo. Já notou que quase só se encontra vestidos de noiva onde de vende vestidos de noiva?
Na mesma régua, o trabalho em grupo é um bom modo de afastar o mau olho. Talvez seja este um dos inúmeros motivos pelos quais os judeus esperam chegar a um quórum de dez pessoas - Minián - antes de iniciar uma reza.
Existe também aquele olhinho que se põe atrás da porta ou famoso Chamsa, a mão com a palma esticada, mas isto somente alguém douto estes assuntos poderá indicar. O mesmo quanto a uma Kamêa [amuleto] escrito por um cabalista verdadeiro Recuse as imitações!!!!
Pessoas tementes a D-us costumam dizer um tipo de "mantra" quando fazem um elogio ou alguém os elogia ou a algo que pertencem a eles, deste modo: "Bli ayin hará!" - sem que ocorra mau olhado!
Há também aqueles que afirmem que o mau olhado só funciona contra quem acredita nele.
É como aquele ditado espanhol: "Yo no creo en brujas pero que las hay, las hay".
De qualquer forma, aí vai a nossa colaboração Tropicasher:
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