בס"ד
GuefiltE-mail
BALAK
Ano
VII - nº 337
ACONTECEU....
O Gaón Rabi Shalom Schwadron zt”l contou a seguinte história que ocorreu há
noventa anos atrás:
A população de Jerusalém estava passando por uma grande dificuldade financeira,
e decidiram enviar um dos rabinos para o exterior, com o intuito de angariar
fundos para ajudar no sustento de famílias pobres e centros de estudo de Torá,
em Jerusalém.
O rabino designado para tal missão chamava-se rav Wolf. Uma das cidades
visitadas por ele foi Chicago, nos EUA. Lá ele discursou na principal Sinagoga
da cidade durante o Shabat, falando sobre a importância de Jerusalém e da
difícil situação pela qual estavam passando as famílias pobres da cidade.
As pessoas ficaram sensibilizadas com suas palavras, e no Motsaei Shabat,
fizeram fila para doarem em prol dos habitantes necessitados de Jerusalém. Uma
das pessoas que estava na fila era um generoso doador chamado rav Ierachmiel
Weksler. Além do generoso cheque que deu ao Rav Wolf, disse a ele que as
palavras de seu discurso lhe causaram um grande impacto, influenciando de tal
maneira, que decidiu visitar a Terra de Israel para conhecer seus mistérios e
observar de perto a possibilidade de se mudar para lá.
Rav Ierachmiel era um homem de palavra, e fez o que disse. Como primeiro
estágio de seus planos, viajou junto com seu filho Iechezkel, de dezesseis
anos, visitando primeiramente a cidade de Hevron, onde estava localizada a
Yeshivat Hevron.
Rav Ierachmiel conversou com alguns alunos americanos que lá estudavam e
perguntou se aconselhavam a seu filho estudar lá. Responderam unanimemente que
sim, e rav Ierachmiel decidiu então então deixar seu filho estudando lá. Este
era o primeiro passo em seu projeto de mudar-se com toda sua família para Eretz
Israel.
Passado alguns meses, árabes realizaram um massacre na cidade de Hevron,
assassinando a sangue frio dezenas de habitantes judeus e também alunos da
Yeshivá, dentre eles Iechezkel Weksler, filho do rav Ierachmiel.
Algumas semanas depois, rav Wolf novamente foi enviado para os EUA para
angariar fundos para a população carente de Jerusalém. Desta vez porém, ele
evitou visitar a comunidade de Chicago, pois após a tragédia ocorrida em
Hevron, temeu encontrar-se novamente com rav Ierachmiel, uma vez que foi devido
a seu discurso que ele acabou mandando seu filho para a Yeshivá em Hevron.
No entanto, numa de suas outras visitas aos EUA, ao caminhar pelas ruas de New
York, acabou dando de cara com rav Ierachmiel Weksler! Por alguns segundos
ficou sem reação, sem saber o que fazer. Rav Ierachmiel abriu um sorriso e
perguntou: “Há quanto tempo! Por onde você andou? Por que não visitou mais
nossa comunidade em Chicago? Saiba que seu discurso ainda está vívido em minha
memória!”
World Trade Center - Janeiro de 1991 |
Rav Wolf então contou a verdade, que temeu o dia de se encontrar cara a cara
com ele, pois receou que ele tenha ficado magoado com ele, e lhe culpasse pelo
trágico assassinato de seu filho.
Rav Ierachmiel disse que muito pelo contrário, que ele só lhe devia
agradecimentos pela bondade que proporcionou a ele e sua família, e disse que
eles lhe deviam grande reconhecimento!
Rav Wolf fitou-o com espanto, sem entender muito bem o que estava escutando, e
rav Ierachmiel explicou: “Eu tive um filho querido chamado Iechezkel. Eu
gostava muito dele. Quarenta dias antes da formação do feto, foi decretado nos
Céus que ele deixaria este mundo com a idade de dezesseis anos. Era algo que
não poderia ser modificado por ninguém. Se eu não tivesse escutado seu discurso
sobre a importância de Jerusalém e a Terra de Israel, Iechezkel teria
permanecido nos EUA sem aproveitar os valiosos meses que passou na Yeshivá, e
acabaria morrendo aqui mesmo, com outro tipo de morte, através de um acidente
ou alguma doença...
“Somente devido ao mérito do seu discurso, é que ele subiu aos Céus como um
verdadeiro estudioso de Torá, e em sua morte acabou santificando o Nome de
D-us, e devido a isso lhe devo gratidão por todos os meus dias!”
PARA PENSAR E REFLETIR
Um homem desabafou com seu rabino: “Não consigo me entender com meu vizinho, e
com meu sócio brigo constantemente; com minha esposa então nem se fala, a
relação é pior ainda!”
O rabino disse: “Estique os dedos da mão e os observe bem. Eles por acaso tem a
mesma altura?” Sem entender onde o rabino queria chegar, ele respondeu: “Eles
tem alturas distintas uns dos outros. Uns são maiores, outros menores...”
O rabino continuou: “Agora dobre os dedos por favor, e me diga se eles tem a
mesma altura.” Desta vez o homem disse que sim.
“Veja bem,” disse o rabino, “a mão do ser humano tem cinco dedos com alturas
diferentes, porém ao dobrarmos eles, todos passam a ter a mesma altura. Assim
também é com a relação entre as pessoas, que são distintas umas das outras, e é
difícil uma pessoa conseguir se entender com outra completamente diferente
dela. Se ela é uma pessoa que só pensa nela, sem estar disposta a ceder e
pensar nos outros, então as coisas não fluem bem, e ela não consegue interagir
com ninguém. O conselho então é se curvar, ‘dobrar-se’, e você então verá que
tudo fluirá de forma diferente. Todos passarão a estar ‘na mesma altura’,
inclusive aqueles cuja opinião seja diferente da sua.”
Iaacov
Orgler
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