Nossos Sábios (Talmud Yoma 9) revelaram que o Templo Sagrado de
Jerusalém foi destruído por causa do pecado de sinat hinam - ódio
infundado. O Talmud (Guitin 56) relata um exemplo de sinat hinam
que ocorreu durante aquele período:
Um homem tinha um amigo chamado Kamtza e um inimigo chamado Bar
Kamtza. Ele deu uma festa e pediu a seu servo para convidar Kamtza, seu amigo.
No entanto, o servo cometeu um equívoco e trouxe Bar Kamtza. Quando o anfitrião
encontrou Bar Kamtza, ele perguntou: "O que você está fazendo aqui? Saia!"
Bar Kamtza respondeu: "Já que já estou aqui, para que eu não
passe vergonha, deixe-me ficar e eu pago tudo o que eu comer". O anfitrião
recusou a oferta. Bar Kamtza até se ofereceu para pagar toda a festa. O
anfitrião mesmo assim recusou, pegou Bar Kamtza pela mão e colocou-o para fora.
Por dois mil anos o Templo Sagrado de Jerusalém está em ruínas e a Shehiná
- a Presença Divina - não habita no santuário interno do Templo. Para que ele
possa ser restabelecido, precisamos corrigir a grave transgressão de sinat
hinam.
Neste dia Nove de Av (hoje, 13, e amanhã, 14 de agosto), o dia da destruição de
ambos os Templos de Jerusalém, reflitamos sobre o nosso longo e amargo exílio.
O povo judeu não quer nada além da redenção, como prometido pelos nossos
sagrados profetas. Esta redenção trará a revelação da Shehiná por todo o
universo.
Nosso desafio é corrigir a transgressão de sinat hinam. Pensemos
em uma maneira prática de como preencher nossos corações com interesse e
carinho pelo próximo, trazendo a salvação final para todos!
Para receber o e-Mussar: emussar@terra.com.br
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