Hagadá (do hebraico הגדה - narração), é o texto utilizado para os serviços da noite do Pêssach, contendo a leitura da história da libertação do povo de Israel do Egito conforme é descrito no Livro de Shemót (Êxodo), o segundo dos cinco livros da Torá.
Por celebrar esta libertação, o Pessach talvez seja a mais importante das três festas judaicas da Torá (as outras duas são Shavuót e Sucót).
Cada judeu tem por mandamento narrar às futuras gerações esta libertação.
A Hagadá contêm a narrativa desta libertação, as orações, canções e provérbios judaicos que acompanham esta festividade.
Existe um texto único de Hagadá, mas os diversos ramos do judaísmo têm suas variantes, conforme a orientação de cada sinagoga, como por exemplo a Hagadá de Amsterdã, a Hagadá Breslav e a Hagadá do Ben Ish Chai, apenas como exemplo.
As interpretações são tão variadas quanto os locais e períodos da peregrinação judaica pelas diásporas, assim como da sua volta a Israel, que também gerou Hagadót (plural de Hagadá), tendo a terra de Israel como foco.
Há também uma Hagadá em memória ao Holocausto.
Interessante saber que o termo "Pêssach" também faz uma alusão à narrativa da Saída do Egito:
Em Hebraico escrevemos a palavra Pêssach da seguinte forma: פֶּסַח.
Mas isto também pode ser lido como Pê Sach - פה סח, ou seja:
a boca que narra!
No início da recitação da Hagadá separamos um pedaço da Matsá e o escondemos em algum lugar da casa, para ser degustado ao final da mesma. É costume encorajar as crianças a encontrá-lo, presenteando-as pelo feito.
Este pedaço chama-se Afikoman e remete à lembrança do Corbán Pêssach - o cordeiro pascal, alimento principal do Sêder, mas que não temos como preparar pois ele só pode ser abatido no Templo Sagrado em Jerusalém, que seja reconstruído e dure para sempre, breve em nossos dias!
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Em memória do saudoso sr. Ovadia Horn, Z"L, de abençoada memória.
Fonte auxiliar: Wilkipedia.
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