A Torá declara: "Vocês
não devem trazer uma abominação (ídolos) para suas casas" (Devarim 7:26).
O Talmud (Shabat 105b) diz
que se alguém fica com raiva, isto é equivalente a cultuar ídolos. O mandamento
acima, portanto, se aplica também à raiva. A raiva é uma abominação. Não a
traga para sua casa!
O Talmud (Meguila 28) nos
relata que quando os alunos de Rav Zeira lhe perguntaram ao que ele
atribuía a sua longevidade, ele disse: "Eu nunca me manifestei com raiva
em minha casa". Algumas vezes pode ser necessário reprender alguém -- até
mesmo criticar severamente -- por ter feito algo errado e isto pode ter a
aparência de raiva. No entanto, deve ser no máximo uma manifestação exterior e
não uma verdadeira resposta enfurecida.
O Talmud nos diz que a
raiva priva a pessoa sábia de sabedoria e um profeta de profetizar. "Todas
as forças do inferno dominam alguém com raiva" (Nedarim 2a). O
que poderia ser mais ruinoso? A raiva é tão perniciosa que em 3 ocasiões ela
distorceu a capacidade de julgamento de Moisés, e de acordo com o Maimônides, este
foi o equívoco que resultou que lhe foi recusada a autorização para entrar na
Terra Prometida.
"As palavras
suaves dos sábios são ouvidas (Eclesiastes 9:17)".
Há aqueles que acham que gritando se consegue obediência. Muito pelo
contrário! Mesmo se conseguir uma obediência momentânea, existe uma boa probabilidade
de, na primeira oportunidade, o ouvinte revidar contra a pessoa enraivecida.
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