A história judaica é repleta de milagres.
A maioria das pessoas sabe sobre as Dez Pragas e a Abertura do Mar em nossa saída do Egito, a vitória sobre os Gregos-Seleucidas e o frasco de azeite que ardeu por 8 dias na história de Hánuca.
Entretanto, se alguém ler a nossa história nos livros dos Profetas, verá que há muito mais milagres - a vitória do exército de Guideon com 300 soldados sobre o exército midianita (Juízes 6-8) e a morte súbita de 185.000 soldados assírios sob as ordens de Sancheriv que estava m cercando Jerusalém (Reis II, 18,19).
Os milagres têm continuado para o Povo de Israel pelos últimos 3.000 anos, até os dias de hoje. Rodeados por nações e um mundo hostil à existência de Israel, não apenas sobrevivemos como florescemos.
Nossa história única até motivou o famoso escritor norte-americano Mark Twain (1835-1910) a ponderar: “Todas as coisas são mortais, menos os judeus. Todas as demais potências se vão, mas os Judeus permanecem. Qual o segredo de sua imortalidade?” (Harper Magazine 1898, “Concerning the Jews).
Mas por que não? O Todo-Poderoso prometeu a Abraão que o Povo Judeu seria eterno: “Eu estabelecerei Meu pacto entre Eu e você e seus descendentes, por todas as gerações, um pacto eterno para o seus D'us e o D'us de seus descendentes (Genesis 17:7)”.
Embora tenha havido alguns lapsos em nossa conexão com o Todo-Poderoso e em relação a cumprir a Sua vontade, Ele declarou: “Nunca os rejeitarei nem os deixarei de aceitá-los ... pois Eu sou o seu D'us (Leviticus 26:44)”. Em 1948, na cidade de Safed (Tsfat), no norte da Galiléia, algumas centenas de Judeus foram cercados por alguns milhares de árabes.
Os Judeus estavam quase sem munição e alimentos. Um pequeno canhão caseiro batizado de Davidka foi trazido secretamente para eles. O canhão não estava bem acabado e, portanto, as balas não eram apenas imprecisas, mas voavam pelo ar com um tremendo barulho. Espalhou-se um rumor entre os árabes que os Judeus tinham uma bomba atômica ... e fugiram. Os Judeus ficaram confusos e perplexos, porém agradecidos.
Em 1973 os tanques sírios entraram profundamente dentro de Israel … e pararam. Em relatos posteriores, os sírios declararam que, devido à falta de oposição, temeram que fosse uma emboscada. O Rei Salomão escreveu, em seu livro Mishlei (Provérbios), capítulo 21, versículo 1: “O coração de um rei está nas mãos de D’us ...”
O que é um milagre?
O dicionário Merriam-Webster define como “um extraordinário evento manifestando a intervenção Divina nos assuntos humanos”.
Em resumo, alguma coisa fora das leis comuns e habituais da física. O Rabino Moshe Haim Luzzato (1707-1746), um dos maiores filósofos, místicos e escritores que o nosso Povo jamais produziu, escreveu em seu livro ‘O Caminho de D’us (Derech Hashem)’ o seguinte: “Todas as coisas do Universo existem porque D’us assim o decretou.
O mesmo é verdadeiro para todas suas leis e propriedades, que existem unicamente porque foi decretado pela Sabedoria Divina que assim existissem e se comportassem.
Da mesma forma que Ele ordenou estas regras por Sua vontade, Ele é capaz de suspendê-las ou alterá-las conforme Sua vontade, à hora que bem Lhe aprouver.
As coisas que D’us faz acontecer fora do reino das leis naturais são chamadas de milagres!”. Uma vez que a natureza de D’us é permanecer anônimo, os milagres são o jeito que Ele escolheu para abrir os nossos olhos para o fato de que Ele existe e é real.
Todos temos livre arbítrio para acreditar ou não em D’us e para seguir ou não Sua Torá. Entretanto, os milagres ‘inclinam a balança’ em direção à uma crença mais forte no Todo-Poderoso.
O Talmud nos ensina que não podemos confiar que milagres ocorram para nós, pois talvez não sejamos merecedores de que sejam feitos por nossa causa.
Este é o motivo pelo qual devemos realmente nos esforçar em nossas vidas, de uma maneira inteligente, p Nesta semana Moshe continua sua explanação, garantindo ao Povo de Israel prosperidade e boa saúde caso sigam as mitsvót (mandamentos).
Relembra-nos para recordarmos nossa história e para que saibamos que podemos e devemos confiar em D'us. Entretanto, devemos ser muito cuidadosos para não nos distrairmos com o nosso sucesso material, sob o risco de chegarmos a esquecer e a ignorar D'us. Moshe nos adverte contra a idolatria (a definição de idolatria é acreditar que qualquer outra coisa além de D'us possa ter poder) e contra a autossuficiência (“Não diga que ‘por minhas virtudes D'us me trouxe para ocupar essa Terra’... mas por causa da maldade daqueles povos foi que D'us os expulsou perante vocês”).
A Torá detalha, então, nossas rebeliões contra D'us durante os 40 anos no deserto e a outorga das Segundas Pedras da Lei – é verdade: os 10 Mandamentos estavam gravados em pedra, não em madeira (Moshe quebrou as primeiras Pedras da Lei, contendo os Dez Mandamentos, após ver o Povo idolatrando um Bezerro de Ouro).
A porção dessa semana dissipa uma concepção errônea muito comum. Muitas pessoas pensam que o trecho “O Homem não vive só de pão” significa que são necessários alimentos adicionais além do pão para sobrevivermos.
A citação da Torá, por completo, é a seguinte: “O Homem não vive só de pão, mas de tudo que verte da boca de D'us”. A Torá, então, responde à pergunta que todo ser humano já se fez: “O que D'us quer de nós?” Resposta: “Somente que tenhamos consciência de D’us, para seguir por Seus caminhos e O amar, servindo- O com todo nosso coração e toda nossa alma. Devemos seguir os mandamentos e os decretos Divinos... para que todo o bem recaia sobre nós" (Devarim 10:12).
LeIlui Nishmat Yechiel Mendel ben David & Faiga bat Mordechai Halewy.
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