Qual O Valor
De Se Cumprir A Palavra?
Qual o valor de se respeitar o Shabat?
Recentemente
tive o prazer de conversar com Morris Engelson, um dos ‘pilares’ da Sinagoga
Keter Israel que meu bisavô ajudou a fundar há quase 100 anos em Portland,
Oregon, nos Estados Unidos. Durante nossa conversa, Morris mencionou que era um
sobrevivente do Holocausto. Eu expressei minha surpresa, uma vez que ele
parecia relativamente jovem em relação aos que escaparam do Holocausto.
Morris
sorriu e disse: “Você tem razão. Poucas crianças sobreviveram ao Holocausto.
Minha família foi escondida por alguns anos por uma família não judia, algo
também relativamente raro. Os nazistas premiavam com um saco de farinha ou
açúcar aqueles que entregavam os Judeus e ‘recompensavam’ os que os escondiam
com uma bala. Os locais, em geral, não estavam ansiosos por esconder os Judeus,
a menos que tivessem dinheiro. Mas quando este se acabava, eles frequentemente
os entregavam. O fato de eu ter sobrevivido é uma história que remonta aos
tempos do meu avô".
Chanucá após libertação de um campo nazista, ymach shemam |
"Meu
avô era um mercador de grãos. Geralmente comprava trigo dos ‘senhores feudais’
da Polônia e o vendia aos moinhos. Entretanto, havia um fazendeiro que era dono
de sua própria fazenda, com quem meu avô mantinha um bom relacionamento. Certo dia,
um moinho de trigo foi colocado à venda. Meu avô não tinha toda a quantia
pedida, e então pensou em pedir ao fazendeiro que lhe emprestasse o dinheiro
restante em troca de um retorno bastante substancial".
"O
fazendeiro concordou com o plano e deu ao meu avô toda sua produção, para que
ele a vendesse e usasse o lucro para comprar o moinho. Meu avô estocou o trigo
do fazendeiro num silo, para depois vendê-lo. Porém, no Shabat seguinte,
ocorreu um incêndio no silo (eles suspeitaram dos outros donos de moinhos da
região, mas nada ficou comprovado). Uma vez que não havia perigo de vida às
pessoas que moravam nos arredores do silo, a Halachá (Lei
Judaica)
é clara: O fogo não pode ser apagado no Shabat. E assim todo o trigo se
queimou".
"Meu
avô foi falar com o fazendeiro e explicou-lhe o que havia ocorrido. Ele
garantiu-lhe que pagaria até o último zlot (o dinheiro polonês) que havia
se comprometido conforme o trato inicial, e pediu-lhe apenas um prazo para
poder quitar a divida. Não havia maneira de o fazendeiro cobrar nada de meu
avô, pois tudo havia sido feito na base da ‘palavra’, e o fazendeiro não tinha
outro remédio além de aguardar. Durante os 20 anos seguintes meu avô foi
pagando o fazendeiro, até concluir o débito. E nunca comprou o moinho".
"Então
veio Hitler, imach shemo v’zichrono (que seu nome e sua lembrança sejam
apagados) e começou a assassinar os Judeus na Polônia. Meu pai dirigiu-se aos
dois filhos do fazendeiro e fez a seguinte proposta: 'Hitler não vencerá esta
guerra. Eu perdi quase toda minha família, muitos irmãos e irmãs. Se vocês
esconderem a mim e à minha família, tudo que eu herdar de meus parentes
falecidos será de vocês'".
"Os
dois irmãos conversaram entre si. Então um deles falou ao meu pai: 'Há cerca de
20 anos seu pai fez uma promessa ao nosso pai e cumpriu o combinado. Sabemos
que você também irá manter a sua palavra. Nós iremos escondê-los!'"
Ao
lermos esta história podemos aprender o valor de se manter a palavra dada à
outra pessoa, o valor de sermos pessoas íntegras. Entretanto, há uma lição
ainda mais profunda. Quando o Povo Judeu esteve no Monte Sinai, aceitou sobre
si cumprir toda a Torá. Nós dissemos: “Faremos e entenderemos”. Rashi, o grande comentarista da Torá,
explicou que todas as almas de todos os integrantes do Povo Judeu de todas as
futuras gerações estavam presentes naquela ocasião no Monte Sinai, e
concordaram em participar deste pacto com o Todo-Poderoso para cumprir a Sua
Torá.
Ao
não apagar o incêndio do silo no Shabat, o avô de Morris estava manifestando um
patamar de integridade talvez ainda mais elevado, ao cumprir o pacto com o
Todo-Poderoso e não profanar o Shabat. Ele poderia ter extinguido o fogo, e
sabia das consequências da atitude que tomou: um tremendo prejuízo financeiro,
o fim do sonho de tornar-se dono de um moinho e talvez de se tornar um homem
rico. É bem provável que o comprometimento do avô de Morris com o fazendeiro
estivesse enraizado no fato de ele entender que existe um D’us que estabeleceu
padrões para nos comportarmos com os outros seres humanos, e cumprir estes
padrões é uma parte tão importante da Torá quanto cumprirmos o Shabat.
Se
estiver interessado(a) em saber se realmente existe um D’us que interage
com o mundo – e com as nossas vidas –
então provavelmente gostará de ler o livro ‘Permission to Believe’
(Permissão para Acreditar) de autoria do Rabino Lawrence Kelemen (disponível em https://www.amazon.com/Permission-Believe-Rational-Approaches-Existence/dp/0944070558).
Talvez também
goste de nosso seminário on-line “The 2001 Principle” em http://www.shemayisrael.co.il/2001/2001.htm.
Porção Semanal da Torá:
Bereshit
Bereshit (Gênesis) 01:01 - 06:08
Os Cinco
Livros de Moisés começam com os Seis Dias da Criação, o Shabat, a história do
Jardim do Éden e segue relatando a primeira transgressão, suas consequências e
a expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden; Caim e Abel; as Dez Gerações até
Noah (Noé), prelúdio para o
Dilúvio.
Um dos
mais profundos versículos em toda a Torá é “E
D'us criou o homem à Sua própria imagem”.
Uma vez que o Criador não tem forma ou imagem, esse versículo nos ensina que
fomos dotados de livre arbítrio, moralidade, razão e a habilidade de imitar
D'us, que nos concede somente bondades.
Além disso, ao nos conscientizarmos de
que fomos criados à imagem de D'us, compreenderemos que temos um valor
intrínseco e, consequentemente, não faz sentido ficarmos deprimidos, pensando
se temos ou não algum valor!
Dvar
Torá:
baseado
no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin
A
Torá declarou que antes do Dilúvio: “O Todo-Poderoso viu que o homem fez
muitas coisas ruins e todos os pensamentos de seu coração eram perversos todo o
dia (Gênesis 6:5)”.
O
rabino Ovadia Sforno (Itália 1470-1550) explicou que as
palavras “fez muitas coisas ruins” referem-se ao passado, e “os pensamentos de
seu coração eram perversos” referem-se ao futuro. Eles não davam ouvidos a
ninguém que tentava corrigi-los e, portanto, não havia esperança que fizessem teshuvá, se arrependessem.
Ao
aceitar críticas, não importa quantas falhas a pessoa tenha, existe a esperança
que ele/ela melhore. O nível mais alto a se atingir é adorar receber críticas.
Amar as críticas é o 35º. pré-requisito para adquirir a sabedoria,
como está listado no sexto capítulo do livro Pirkei Avót (Ética
dos Pais).
Uma
pessoa que adora críticas é grata a qualquer um que lhe mostre maneiras de se
aprimorar. (Leia – abaixo - o Pensamento da Semana).
Mesmo se alguém não aprecia críticas – mas, de
qualquer maneira, procura aprimorar-se ao ser corrigido(a) – ele(a) se tornará
uma pessoa melhor com o passar do tempo. Por outro lado, há poucas esperanças
para quem se recusa a ouvir aqueles que tentam corrigi-lo. A pessoa que nos
critica é aquela que nos ama e se importa conosco! Portanto, não é surpresa que
as crianças frequentemente recebem tantas críticas de seus pais!
Horário de Acender Velas de SHABAT (5 de outubro)
S.
Paulo: 17:47 h Rio de Janeiro 17:33 Recife 16:53
Porto Alegre 18:09 Salvador 17:10
Curitiba 17:59 B. Horizonte 17:34 Belém 17:46
Brasília 17:48 Jerusalém 17:40
Tel Aviv 17:58 Miami 18:44 Nova York 18:13
Pensamento da Semana:
“Qualquer um ficaria grato a alguém que o advertisse
que, por falta de atenção, deixou cair sua carteira com uma grande soma de
dinheiro dentro.
Esta deve ser a
nossa atitude em relação às críticas construtivas!”.
Rabino Noah Weinberg Z”L (1930-2009)
Shabat Shalom
que
todos tenham um excelente 5779!
Rabino Kalman Packouz
Contate-me
via Internet: meor018@gmail.com
Sugestão: mostre este fax a seus familiares! Este fax é dedicado à memória de meu pai Zeêv ben Ytschak Yaacov Z”L
e meu sogro Haim Shaul ben Sara Z”L
DEDICADO À PRONTA RECUPERAÇÃO DE:
Avraham ben Guila – Baruch ben
Ruth Lea - Biniamin ben Farida - David ben Sara – David ben Rachel – Eliahu
Aharon ben Hana Braindi - Eliau Haim ben Shefica Sofia – Gavriel David ben Sara
– Gilbert Shmuel bem Mazal - Haim Avraham Tzvi ben Golda – Hersh bem Sara - Kalman
Yehuda ben Pessi – Lemon ben Tsirla – Mahluf ben Latife - Mendel ben Hava -
Mordehai ben Sara - Mordehai ben Shoshana - Moshe ben Lizette - Moshe Eliezer
ben Devora Hana – Moshe Igal bem Pola - Moshe Ysser Ben Dvora Yentel - Natanel
ben Faride - Noam Shemuel ben Simha - Pessach ben Sima – Gilbert Shmuel ben
Mazal - Shlomo ben Bela - Shmuel Daniel ben Zissel - Tzvi ben Tsipora - Yaacov
ben Alice – Yaacov bem Rachel - Yaacov ben Rivka – Yehuda Aharon bem Ester - Rabino
Avraham Haim ben Rechel – Rabino Ezriel ben Roizel - Rabino Meir Avraham ben
Malca – Rabino Matitiau Haim ben Etl - Rabino Shimon ben Haia
Sara - Rabino Ytschak Rafael ben Lea – Rabino Ytschak David ben Haia
Rivka Rachel Tzvia - Rabino Shlomo ben Hoide Hadassa - Rabino Shemariahu Yossef
Nissim ben Batia – Rabino Israel Avraham bem Sheina Rachel (Skulaner Rebe)
Aliza Bracha Bat Simona Tsivia - Alte Haia Sara Yudit bat Haia Roise – Branda Chava
Malka bat Guitla - Dina bat Rachel Efrat - Eliana bat Hava - Ester Malca bat
Hassia Sheine Perl - Hana Lea bat Hava - Orovida bat Yaziza - Sara bat Sheindel
- Sara bat Toibe – Rachel bat Shoshana Reizel - Rina bat Sara – Ruth bat
Shoshana - Shlime bat Batsheva - Tamar Ester bat Lea - Tzivia Chava bat Rivka e
aos feridos em Israel
E à MEMÓRIA DE: YECHIEL MENDEL BEN SARAH, EFRAIM
FISHEL BEM ESTER, RABINO REUVEN SHALOM BEN SOL SHULAMIT , RABINO MOSHE BEN
RIVKA REIZEL , RABINO AHARON YEHUDA LEIB BEN GUITEL FAIGA, SHAUL BEN MEIR
AVRAHAM, YERACHMIEL SHMUEL BEN ESTER, NAHUM BEN LEA, RABINO SHLOMO BEN ZLATE
ESTER, MOSHE YSSER BEN SHIMON BETSALEL HACOHEN, ESTER BAT HANA, REIZEL BAT
AVRAHAM, YEHIEL
MENDEL BEN DAVID, YAACOV BEN MOSHE, AZRIEL BEN AVRAHAM, SHMUEL DANIEL BEN
ZISSEL, HIZKIAHU ELIEZER BEN LEA, YAFA BAT SALHA, MORDECHAI ISAAC BEN DINA,
AVRAHAM BEN MEIR, ITA BAT AVRAHAM, SHIRLEY BAT AVRAHAM, HAYA BAT YEHUDA BARUCH,
AHARON BEN YEHUDA BARUCH, HaAri HaKadosh, HAIA MUSHCA BAT MARGALIT SIMA RACHEL,
HAIA RIVKA RACHEL TZIVIA BAT TAMAR, MIRIAM BLIMA BAT HAIM LEIB, TAUBE YONA BAT
ESTHER, HANA BAT MOSHE, MOSHE BEM REUVEN, ARIE LEIB BEN YTSCHAK,TSEMACH DAVID
BEN HAIM LEIB, EZRA BEN ESTER, ytschak
arie ben yossef tzvi halevi, YAKOV BEN SHEPSEL, FARAJ BEN THERE, AVRAHAM
SHLOMO BEN CHASSIA SHENDEL PEREL, YAACOV NAFTALI BEM RACHEL DEVORE, GUILAD
MICHAEL BEN BAT-GALIM, EYAL BEN IRIS TESHURA, JOSÉ SALEM BEN BOLISSA, KALMAN
BAR YAACOV LEIB, ARIEL BEN YAACOV, LEAO ARIE BEN SONIA SHENQUE, NUCHEM BEN
FRAIN, SHAUL BEN YOSHUA, SHLOMO BEN FRIDA, SHLOMO NAHUM BEN SHALOM, YAACOV BEN
MENAHEM, YOSSEF HAIM BEN AVRAHAM, YEHOSHUA BEN AHARON YAACOV, NACHMAN MOTEL BEN
DANIEL, LEIB BEN TSUR, MOTEL BEN MOSHE, HERSHEL BEN MANES, NATAN BEN AHARON
WOLF HACOHEN, MENAHEM BEN YEHUDA BARUCH, ALTER YOSSEF BEN SHMUEL, EFRAIM FISHEL
BEN MOSHE, EZRA BEN CLARA, rabino NOAH
ISRAEL ben HARAV YTSCHAK MATISYAHU, YEHUDA ROZANCZYK ben MOSHE, YOSSEF HAIM bem
AVRAHAM
ESTER SANDRA BAT AVRAHAM, FAIGA
BAT MORDEHAI HALEVI, MINDL BAT YOSSEF ,DINA LIBE BAT ETEL AZRAK, RUTH BAT SARA
BRAHA, CHAIA RUCHEL BAT SINE, HAVA BAT AVRAHAM YAACOV, BASIA RACHEL
BAT MAYER, RACHEL BAT HANNA, RACHEL BAT AVRAHAM SHMUEL, CARMELA BAT SHMUEL,
RIVKA BAT DOV, SARA MALKA BAT ISRAEL, YEHOSHUA ben ISRAEL YTSCHAK, ELLIE ZALMAN
ben AVRAHAM DAVID, R’ ARYE KUPINSKY H”YD, R’ AVRAHAM SHMUEL GOLDBERG H”YD, R’ KALMAN LEVINE
H”YD E R’ MOSHE TWERSKY H”YD, RABINO ELIMELECH BEN BLUMA ROIZE
E à YESHUÁ DE: Mordehai ben Sara,
Yehoshua Michael ben Sara, Eliezer ben Hana, Shimon ben Rivka, Menahem Mendel
ben Miriam e Elisheva bat Shmuela, Haim Yehoshua ben Hana Shaindel e Lea
Kreindel bat Hantse Yahat
E à libertação de: Ron ben Batia Arad, Yonatan
ben Malca, Guy ben Rina, Zacharia Shlomo ben Miriam, Yehuda Nachman ben Sara,
Tzvi ben Penina, Yaacov ben Sara, Ilya ben Sara, Yehoshua Michael ben Avraham,
Meir bem Sara, Natanel bem Rivka
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