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Toldot
Nossa Parashá nos conta sobre a gravidez da segunda matriarca do nosso povo, Rifka. Rifká rezou muito para engravidar, sua reza foi atendida e ela engravidou de gêmeos.
Dizem nossos Sábios que quando ela passava ao lado da Yeshivá onde Shem, o filho de Noach ensinava Torá, a criança se movia dentro dela como se quisesse correr para fora. O mesmo acontecia quando ela passava ao lado da Yeshivá de Ever, bisneto de Shem.
Mas quando ela passava perto de alguma idolatria, a criança também queria correr para fora, o que a colocou em desespero e ela começou a se questionar se valeu a pena ter rezado para engravidar
A Yeshivá de Shem e a Yeshivá de Ever
Diz o Rambam que Shem, o filho de Noach, e seu bisneto Ever, faziam parte das poucas pessoas que já tinham o conhecimento Divino antes de Avraham Avinu
Naquela época, Shem e Ever tinham duas Yeshivot em Beer Sheva e ensinavam lá a Torá de acordo com o nível de conhecimento deles
Segundo a Hassidut, a Torá que Shem ensinava tinha um aspecto de Torá escrita e a Torá que Ever ensinava tinha um aspecto de Torá Oral. Mais futuramente, nosso último patriarca, Yaacov, estudaria quatorze anos nessas duas Yeshivot
Porque Rifká foi se consultar com Shem e Ever e não com Itzhak?
Rifká estava no desespero, e mesmo sabendo que seu marido Itzhak tinha um conhecimento Divino maior do que Shem e Ever sendo que estudou diretamente com Avraham Avinu, mesmo assim ela foi se consultar com Shem e com Ever
Sendo que ela tinha pressionando tanto Itzhak para rezar para que ela engravidasse e Hashem atendeu a reza dele até mesmo antes de ter atendido a reza dela, agora ela não poderia dizer para ele que estava arrependida de ter rezado
A resposta Divina
A revelação Divina pairou sobre Shem e Ever e eles revelaram para ela que ela carregava dois povos na sua barriga, um iria se desviar para o bem e o outro para o mal
A Guemará nos conta que quarenta dias antes da formação do feto, o anjo responsável pela gravidez recebe de Hashem todos os detalhes sobre essa criança que vai nascer.
Quase tudo é determinado lá de cima, e isso é chamado de Mazal. Já está pré-determinado se essa pessoa vai ser rico ou pobre, inteligente ou ignorante, etc etc etc. A única coisa que depende somente de nós é se alguém vai ser Tzadik ou Rashá. Ou seja, se ele vai para o bom caminho ou para o mal caminho
Então, como pode ser que Shem e Ever aparentemente já sabiam que um dos filhos dela vai ser bom e o outro não? E ainda mais, eles já tinham essa inclinação dentro da própria barriga da mae até antes mesmo de nascerem!
Dois tipos de Almas, dos trabalhos diferentes
O Rebe explica que Hashem tem um prazer muito grande do nosso refinamento pessoal, do nosso ”Trabalho Divino”.
Mas como por exemplo, no nosso mundo material existe um prazer em se comer um docinho e um prazer em se comer um salgadinho, lá encima existe um prazer muito grande quando fazemos uma coisa boa, e Hashem também fica muito feliz quando nos controlamos e deixamos de fazer uma coisa ruim.
Existem Almas que desceram para esse mundo para fazer coisas boas que ainda não tinham tido tempo de fazê-las na reencarnação anterior. Eles já nascem com uma boa inclinação que vai ajudá-los a fazer essas coisas boas na prática, como no caso de Yaakov que na barriga da sua mãe já queria sair para as Yeshivot de Shem e Ever, e depois que cresceu foi estudar lá durante quatorze anos. Vamos chamar o trabalho Divino dele de docinhos
Existem Almas que desceram para esse mundo somente para se controlar e não fazerem coisas ruins que provavelmente fizeram na reencarnação anterior e agora desceram para esse mundo para consertar o que fizeram de errado.
Elas já nascem com uma má inclinação, sendo que esse é o trabalho Divino delas, de controlar essa má inclinação para se refinar, como no caso de Essav que na barriga da sua mãe já tinha essa inclinação para a idolatria e queria sair para ela. Vamos chamar o trabalho Divino dele de salgadinhos
E assim também somos nós. Tem quem nasce com uma boa inclinação e o seu esforço é para fazer mais e mais coisas boas e tem quem nasce com uma má inclinação e o seu esforço é só para se controlar e não fazer coisas ruins. E cada um de nós é julgado lá encima de acordo com o trabalho Divino que nasceu para fazer.
Muitas vezes ficamos desanimados por não termos nascido em uma comunidade judaica religiosa, e pelo motivo de termos nascido em uma família laica em um país como o Brasil, quando deixamos de trabalhar no Shabat, começamos a rezar em uma Sinagoga e participar de aulas de Torá sentimos que não conseguimos acompanhar o ritmo desses que nasceram em uma família religiosa e estudam Torá desde os três anos de idade. Mas o contrário é o certo!
Mesmo sendo mais fácil comer em qualquer lugar, nos controlamos e optamos por comer kasher
Mesmo que o nosso negócio aparentemente poderia render mais se estivéssemos trabalhando no Shabat e nas festas judaicas, mesmo assim nos controlamos e não trabalhamos no Shabat e festas judaicas
Mesmo que no nosso ambiente estamos expostos à uma sociedade que não segue a Torá, nos controlamos e abrimos mão de muitos prazeres desse mundo para seguir a Torá
E mesmo se um belo dia nos compararmos à uma família religiosa do Brooklyn e sofrermos em ver a facilidade que eles tem quando entram em um supermercado onde tudo é kasher e barato enquanto nós perdemos tanto tempo para verificar cada produto no supermercado se está na lista de produtos kasher ou não...
e depois, o pouco tempo que sobra para estudar Torá perdemos para tentar traduzir as palavras para o português, e as vezes não conseguimos acompanhar as rezas por não lermos um hebraico fluente
Mesmo assim não se preocupe! Provavelmente nosso trabalho é “salgadinhos” e temos que ter orgulho disso, mesmo que por causa disso não conseguimos ser como uma família do Brooklyn.
Ou seja, se Essav tivesse se controlado ele nunca teria tido tempo de ser como Yaakov, mas seria tão importante quanto, como diz a Guemará sobre o versículo no qual Shem responde para Rifká, “dois povos na sua barriga”, diz a Guemará que pelo fato da palavra "goiim" (povos) estar escrita no Sefer Torá como "geiim" (nobres) ela está indicando os dois maiores nobres da nossa história que foram Rabi Yehuda HaNassi e o imperador romano Antoninus que se converteu ao judaísmo.
Com certeza Antoninus estava ocupado em se comportar de acordo com a Torá dentro das condições que Hashem deu para ele e não tinha como ser igual à Rabi Yehuda HaNassi, mesmo assim a Guemará compara um ao outro. Dois tipos diferentes de trabalho Divino que no final chegam de duas formas diferentes ao mesmo lugar
❤Shabat Shalom ❤
Rabino Gloiber
Sempre Rezando por vocês
❤www.ongtora.com❤
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Nossa Parashá foi dedicada por
❤Família Grossmann❤
Para o Ilui Nishmat de
Libi bat Tzipi e Avrohom Dovid
Isaac ben Luzer
Gordon ben Kira e Gardezon
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