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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

O que é um Bar Mitsvá, afinal?

Maioridade espiritual.

Para compreender melhor: o rapaz não “faz”, mas se torna um Bar Mitsvá automaticamente, aos treze anos de idade (com ou sem festa e demais rituais), assim como uma moça na idade de doze anos se torna uma Bat Mitsvá.

O termo Bar ou Bat em hebraico indica posse ou capacidade de, ou em casos como este "filho" ou "filha" de..

  • Exemplos: Bar Dáat – pessoa capaz de discernir entre as coisas.
  • Bar Mitsvá - pessoa imbuída de cumprir os mandamentos da Torá.

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Antes disso, seus mandamentos pertencem aos pais, tanto aquilo que a criança faz de bom quanto o contrário. Vai daí o valor extremo que os judeus dão a uma boa educação para os filhos.

No dia em que faz 13 anos para o menino e 12 para a menina, os Mandamentos de Hashem (D-us) começam a contabilizar para si e não mais para os pais.


Por isso, a fim de celebrar e manifestar essa maioridade espiritual, é costume fazer uma festa assim que o rapaz coloca o seu par de Tefilin e sobe à Torá por primeira vez. Em geral, a celebração do Tefilin dá-se numa quinta e a subida à Torá sem o Tefilin no Shabat subsequente.

É possível celebrar o Bar Mitsvá num Rosh Chodesh (veja adiante) ou de outras festividades judaicas como o Pêssach, Sucót, Chanucá etc., quando há leitura da Torá no mesmo dia.

Se o rapaz se torna Bar Mitsvá num dia em que não lemos na Torá, pode e até deve-se fazer algum tipo de celebração já neste dia, embora isso não seja obrigatório.

Há um indício na Torá de que o patriarca Abrahão tenha sido o primeiro a fazer uma celebração de Bar Mitsvá para o filho: “E foi que o menino Isaque cresceu e se emancipou, então Abrahão fez um grande banquete naquele dia (Bereshit — Genesis 21:8).”

Muitos imigrantes russos tiveram sua festa de Bar Mitsvá quando chegaram a Israel, alguns já casados, com filhos e outros até avós, dada a impossibilidade de fazê-lo na antiga União Soviética.

Contudo, eles já eram Bar Mitsvá desde o dia em que fizeram 13 anos.


Tragédia em Meron: o que fazemos?- 6 de Maio, 2021 - 24 de Iyar, 5781

 

 

Tragédia em Meron: o que fazemos?

 

 
Todo o Klal Yisrael está de luto. 45 Tzaddikim foram levados de uma maneira que quebra o coração, num dia que era para ser a conclusão do período de luto, quando Judeus do mundo inteiro estavam juntos, unidos comemorando Lag BaOmer. Dezenas de milhares estavam no meio de cantar para Hashem braço a braço. Meron estava no centro das atenções de Yehudim do mundo inteiro e no meio aconteceu o impensável. נסתרים דרכי ה  - os caminhos de Hashem são ocultos de nós. O que podemos dizer?

Quando o profeto Yirmiyahu queria consolar Am Yisrael no momento de destruição do Beit HaMikdash ele falou מה אשוה לך ואנחמך- A que eu posso comparar isso para poder lhes dar consolo? Uma das maneiras de consolar alguém é mostrar para a pessoa como outros passaram pelo mesmo, mas sobre o Churban Beit Hamikdash, disse Yirmiyahu, não dá para comparar isto a nenhum outro acontecimento.  “Quem pode lhes consolar?”, perguntou o Navi.

Quando olhamos para as fotos das crianças inocentes, e dos pais e irmãos que faleceram, não conseguimos nos segurar para não chorar. O Ben Yehoyada (Rosh Hashanah 48) escreve que Chazal nos ensinou que nossa Gueulah vai ser no mérito de 45 Tzadikim. 45 é a Guematria da palavra Gueulah. A Guemará (Zevachim 92) diz que o mundo está sustentado por 45 Tzadikim. Não temos dúvidas que estes Tzadikim estão se deleitando no Gan Eden com todos os outros Tzadikim das gerações passadas. Eles completaram a missão que tinham neste mundo. Mas nós... lamentamos e não temos palavras. É um momento de se chorar.

Aprendemos no Daf Yomi de domingo que na época de Shalosh Regalim tinham tantas pessoas apertadas no pátio do Beit Hamikdash que parecia que as pessoas estavam flutuando acima do chão, mas quando chegava o momento de se curvar Hashem dava para cada pessoa espaço amplo para não invadirem o lugar do próximo. Quando a Shechinah estava residindo entre nós, não tinha problema de aglomeração. Quando a Shechinah estava presente entre nós, sabíamos o que era o Retzon Hashem – a vontade de Hashem.  Mas o que fazemos agora?

Devemos agir. Lembremos de Rabbi Akiva. Após de perder 24.000 discípulos preciosos, todos Tzadikim, mesmo que ele estava devastado, imediatamente ele entrou em ação.  Ele foi procurar novos alunos a quem transmitir a Torah. Ele poderia ficar questionando e desistir. Mas Rabbi Akiva falou: enquanto tenho vida, vou tentar ser o melhor Eved Hashem que posso. Foi por causa desta decisão que temos a Torah hoje.

Num momento que nossos corações estão abertos e queremos ajudar, a melhor coisa que podemos fazer é nos aprimorar. O que a gente estava pensando em talvez melhorar... agora é o momento! Podemos também nos esforçar em trazer mais vida aos outros ao nosso redor, procurando honrar as pessoas e dar encorajamento. Isto revigora e dá vida! Todo o mundo poderia desfrutar de uma boa palavra e nós somos aqueles que podem providenciar isso.

A Guemarah fala que se alguém dá dinheiro a um pobre ele merece seis Brachot. Mas se ele dá ao pobre palavras de Chizuk, ele levanta o pobre com palavras e ele merece então onze Brachot. Fale para alguém, “Você está fazendo um ótimo trabalho, continue!” Seja generoso com elogios, prestigie a sua esposa, seus filhos, seus amigos, seus colegas de trabalho. Isto vai trazer mais união e mais amor.

Pedimos a Hashem que aqueles que estão feridos possam ter uma Refuah Sheleima. Pedimos para que aqueles que estão de luto tenham uma Nehamah (consolo) completa, aquela que apenas o Ba’al HaNehamot pode providenciar. E pedimos que estes 45 Tzadikim possam ir perante o Kissê HaKavod e implorar a Hashem para trazer o Mashiach.  Veremos então a realização do passuk בלע המוות לנצח ומחה ה’ דמעה מעל כל פנים – a morte vai cessar de existir e Hashem “pessoalmente” enxugará as lágrimas das faces de cada um de nós. 
 
                                                                          -- Rav David Ashear 


 
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