Quem sou eu

Minha foto
Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Você Consegue Prever o Futuro ? -----> Porção Semanal: REE (12 de AGOSTO)

 Parece que parte da natureza humana é o sentimento geral de estar sempre insatisfeito com seu status quo. Isso se deve, em grande parte, ao nosso impulso inato de constantemente procurar satisfação por meio de realizações. Todavia, uma infelicidade geral com o que se tem raramente leva ao contentamento e à satisfação com a realização de seus sonhos. Isso porque tendemos a supervalorizar o que não temos.

Visualize por um momento a galinha que fica na beira da fazenda espiando a fazenda do outro lado da estrada. Ela ‘sabe’ que as pastagens de lá contêm mais larvas, minhocas e sementes do que as da sua fazenda. Esta é, claro, a razão final pela qual ela atravessa a rua. No entanto, ao fazê-lo, ela não apenas corre o risco de ser atropelada por um caminhão, mas também arrisca a quase certeza de algo muito pior: a decepção.

Eu diria que a falta fundamental de compreensão do que é importante na vida é uma das maiores falhas da sociedade moderna. Mesmo quando tentamos organizar nossas vidas por meio do estabelecimento de metas e da criação de padrões de realização, raramente fazemos a pergunta mais importante: "Por que isso é importante para mim?"




Isso decorre de um erro básico, mas profundo, que cometemos ao não saber a diferença entre metas intrínsecas e metas extrínsecas. Metas intrínsecas são aquelas que definimos para o nosso próprio crescimento, não para a validação de outras pessoas.

Começar um negócio para ficar rico é extrínseco, enquanto começar um negócio porque você é apaixonado por algo e deseja iniciar uma mudança positiva é intrínseco. Estudar para tirar uma boa nota é extrínseco; estudar porque quer aprender sobre o assunto é intrínseco. Exercitar-se para ter uma boa aparência é extrínseco; exercitar-se para se sentir mais saudável e com mais energia é intrínseco. Trabalhar por uma promoção porque quer ganhar mais dinheiro e poder ‘dirigir’ os outros é extrínseco; buscar uma promoção porque quer mais responsabilidade e a oportunidade de avançar nos objetivos do negócio é intrínseco.

O psicólogo da Universidade da Pensilvânia, Dr. Martin Seligman mostrou que um dos elementos-chave da felicidade pessoal é a satisfação de fazer algo bom (outros elementos incluem relacionamentos interpessoais e significado e propósito na vida).

Naturalmente, buscamos o reconhecimento de nossas realizações para validar o seu valor, e isso pode ajudar a explicar nossa obsessão com o que os outros pensam de nós (e, assim, focar em objetivos extrínsecos). Isso também explicaria como chegamos a uma sociedade absolutamente consumida pelos acontecimentos na vida dos outros; a obsessão de ampliar a própria vida por meio da mídia social e coletar referências de sucesso por meio de "seguidores", "curtidas" ou "amigos".

Infelizmente, buscar a fama é muito semelhante ao conhecido provérbio: "Não há como ser rico demais ou magro demais". Nunca se pode ser famoso o suficiente, rico o suficiente ou atraente o suficiente porque tudo requer a validação constante dos outros, não há um final para essa busca - ela está eternamente em movimento.

O famoso filósofo alemão Arthur Schopenhauer comparou: "A riqueza é como a água do mar; quanto mais bebemos, mais sede temos – e o mesmo vale para a fama.”

Por isso, a verdadeira autossatisfação e felicidade interior só podem ser realmente alcançadas através do cumprimento de metas intrínsecas: o que achamos significativo e importante para nós?

No entanto, mesmo aqueles que são criados em lares devotamente religiosos não estão imunes à síndrome de que "a grama do vizinho é sempre mais verde". De fato, muitos veem sua observância da Torá e mitsvot (mandamentos) como um estilo de vida muito restritivo e crescem se sentindo reprimidos. Eles veem outras pessoas saindo e se divertindo aos sábados, comendo o que quiserem em parques temáticos e shoppings e sentem ciúmes da vida que não podem viver como judeus praticantes.

Esta é uma das falhas do sistema escolar judaico; o foco principal da educação está no "como" das observâncias e não há ênfase suficiente no "porquê". A razão desta falha deve-se por exibir uma atitude indiferente em relação a um dos elementos mais fundamentais do judaísmo: D'us nos deu a Torá para nos guiar para a vida mais incrível possível. Isso não significa apenas no Mundo Vindouro; Ele quer que nossa vida incrível comece aqui mesmo, no mundo físico.

Como escrevi em edições anteriores, qualquer um que tenha um entendimento básico do que é o Shabat verá imediatamente o incrível valor e a riqueza que ele agrega à vida da pessoa. Claro que se pode focar nas restrições, mas nada que realmente valha a pena vem sem algum sacrifício em outras áreas.

Encontramos uma ideia muito semelhante na porção desta semana da Torá:

"Veja, Eu apresento perante vocês hoje a bênção e a maldição" (Deuteronômio 11:26)

O rabino Haim ibn Atar (Itália e Israel, 1696-1743), autor do famoso livro Or Hachaim sobre a Torá, aponta que a porção desta semana também começa de uma maneira muito incomum: "Veja, Eu apresento perante vocês hoje [...]." Por que a Torá usou a palavra "veja"? Afinal, não havia nada para olhar; é apenas uma expressão idiomática para tentar fazer com que as pessoas se concentrem em um conceito. Normalmente a Torá emprega a palavra "ouça" ou "escute" em tais circunstâncias; por que então se desviou da terminologia usual?

O Talmud (Tamid 32a) pergunta: “Quem é o homem sábio? Aquele que vê o que irá nascer”. Geralmente, isso significa que uma pessoa sábia vê o que o futuro trará; ela consegue discernir uma situação e suas consequências. No entanto, se lermos a passagem com mais cuidado, ela nos diz muito mais.

A pessoa sábia não apenas vê o que vai acontecer; ela essencialmente vê o futuro que nasce agora. Em outras palavras: não significa que pode prever o que acontecerá, mas que vê o que realmente está acontecendo no momento.

Um bom exemplo disso seria a diferença entre os dois primeiros-ministros britânicos Neville Chamberlain e Winston Churchill. Churchill deu o alarme em meados da década de 1930 quanto aos perigos da Alemanha nazista; bem antes de Chamberlain fazer sua tentativa desastrosa de apaziguar Hitler. Churchill reconheceu muitos anos antes que a Alemanha nazista era uma ameaça maligna.

Da mesma forma, Moisés está informando ao Povo de Israel que ouvir o Todo-Poderoso e seguir Suas mitsvot é a própria bênção que D'us está prometendo. A bênção não é uma consequência condicional do cumprimento dos mandamentos – a conexão com o Todo-Poderoso é a própria bênção em si.

É por isso que a porção da Torá começa com a palavra "veja". D'us nos deu a Torá para termos a vida mais incrível deste mundo. Seguir o caminho que Ele traçou para nós na Torá é uma bênção que podemos ver agora, não uma consequência a ser percebida posteriormente – e além disso, esse caminho é o maior objetivo intrínseco possível!

Porção Semanal da Torá: Reê Devarim (Deuteronômio) 11:26 - 16:17

Essa porção semanal é um pacote cheio. Começa com uma escolha: “Eu coloco ante vocês a bênção e a maldição. A bênção se obedecerem aos Mandamentos Divinos...; a maldição se não obedecerem... e seguirem outros deuses” (Devarim 11:26-28).

A porção prossegue com regras e leis para a Terra de Israel, primariamente orientadas para que o Povo se mantenha longe das idolatrias e das demais seitas locais. Nos versículos 13:1-12 se encontra o trecho que, certa vez, fez um missionário empalidecer e parar de tentar converter o meu Rabino. Vale à pena checar!

Uma das provas da existência da Torá Oral – a explicação dada a Moshe sobre a Torá escrita (mais tarde compilada no Talmud) – vem do versículo 12:21: “Vocês irão abater animais ... da forma que Eu lhes prescrevi”. Em nenhuma outra passagem da Torá somos instruídos sobre a shehitá, o abate ritual dos animais permitidos pela Torá. Alguém poderia pensar que o editor do texto foi relapso... ou concluir que existem ensinamentos adicionais, que esclarecem e ampliam as Palavras Escritas.

Eis a origem do conceito de Povo Escolhido (14:1-2): “Vocês são uma nação consagrada ao Eterno, seu D'us, que os escolheu entre todas as nações da face da Terra para serem a Sua nação especial”. Fomos escolhidos para termos responsabilidades, não privilégios – para agirmos com o mais alto nível ético e moral e sermos ‘uma luz para as nações’.

Horário de Acender Velas SHABAT (11 de agosto):

S. Paulo: 17:28 h Rio de Janeiro 17:15 Recife 16:59 Porto Alegre 17:38 Salvador 17:08 Curitiba 17:36

B. Horizonte 17:22 Belém 18:00 Brasília 17:42 Jerusalém 18:47 Tel Aviv 19:09 Miami 19:39 Nova York 19:39

Pensamento da Semana:

Não acredito na Torá porque acredito em

Compartilhar no Google+

Postar um comentário

Seus comentários são muito bem vindos.

 
Copyright © 2011. Tropicasher - All Rights Reserved
Templates: Mais Template
{ overflow-x: hidden; }