Itró chega ao deserto (18:1-12)
Itró, sogro de Moshé, se assombra assim como o mundo todo com os milagres e prodígios que acompanham os filhos de Israel na saída do Egito. Ele decide ir até o lugar onde o povo judeu se encontra estacionado no deserto, levando consigo a Tsipora, esposa de Moshé e os dois filhos deste, Gershom e Eliezer. Seus filhos haviam ido com Moshé ao Egito quando D-us lhe mandou redimir os judeus, mas quando Moshé encontrou seu irmão Aharon, que veio ao seu encontro, Aharon ficou preocupado com o fato de Moshé levar seus filhos ao Egito. Tsipora tomou então os filhos e os levou de volta à casa de seu pai. Agora Itró ia de encontro a Moshé com toda a sua família.
Moshé recebe seu sogro, sua esposa e filhos com honras de reis e organiza um banquete em sua homenagem. Itró ouve em primeira mão o que acontecera aos filhos de Israel e até ele, que havia sido sacerdote para todo o tipo de idolatria, admite agora que “Hashem é maior do que todos os deuses”.
Itró como conselheiro administrativo (18:13-27)
No dia seguinte à visita de Itró ele tem a oportunidade de conhecer o trabalho de liderança do genro junto ao povo judeu. Para seu assombro, vê Moshé sentado desde o inicio até o fim do dia julgando o povo, ensinando-lhes a Torá e suas leis, além de ocupar-se com todos os assuntos públicos, dos mais sofisticados aos mais simples. Itró diz ao sogro que, ao seu ver, não é este o modo mais eficaz, com as pessoas em fila esperando um dia inteiro para serem atendidas.
Itró sugere que Moshé estabelece a forma de governar e ensine as leis aos lideres da nação, mas que o contato com o povo seja estabelecido por meio de ministros e subministros: “Homens capazes e tementes a D-us, homens de confiança, que odeiam tirar lucro”; chefes de mil, chefes de cento, chefes de cinqüenta e chefes de dez.
Moshé aceita o conselho do sogro e o põe em prática. Itró volta para sua terra a fim de levar a verdade Divina a seus familiares e convertê-los.
Preparativos para a outorga da Torá.
No inicio do mês de Sivan, um mês e meio após a saída do Egito, os filhos de Israel chegam aos pés do Monte Sinai. A noticia de que estão prestes a receber a Torá, cria um novo espírito no povo. O povo judeu estaciona “como um só homem e com um só coração” e eles estão prontos para receber as orientações com vistas ao recebimento da Tora.
Moshé sobre ao Monte Sinai para receber instruções. Hashem lhe diz que se o povo judeu receber sobre si o pacto Divino, serão para mim “o tesouro de todos os povos”, “um reino de sacerdotes e um povo santo”.
Moshé desce até o povo e lhes entrega a palavra de D-us. A resposta de Israel é uníssona: “tudo o que nos disser Hashem, assim o faremos!”
Moshé sobe até D-us e leva a resposta do povo. Hashem lhe dá instruções para orientar o povo para que se purifiquem e se santifiquem com vistas ao dia da entrega da Torá e os alerta para que não se aproximem do Monte Sinai onde Hashem Se revelará a eles.
O evento do Monte Sinai (19:16-25)
Depois de três dias de purificação e santificação, na manhã de 6 de Sivan, começaram a serem ouvidas vozes e trovoadas vindas da direção do Monte Sinai. Uma nuvem espessa envolve o monte e de dentro dela soa uma voz de shofar que aumenta cada vez mais. Estas são algumas das descrições da Tora sobre o evento histórico grandioso da entrega da Tora, sendo estas descrições parte realistas e parte descrições contendo revelações espirituais relatadas numa linguagem compreensível pelos homens.
Hashem desce do Monte Sinai e anuncia Seus Estatutos aos filhos de Israel.
O Decálogo (20:1-14)
Após três dias de purificação e de santificação, na manhã de 6 de Sivan, começaram a ser ouvidas vozes e trovoadas no Monte Sinai. Uma nuvem espessa envolve o monte e de seu interior é pronunciado o Decálogo. Ei-los em síntese:
1. Eu Sou Hashem o teu D-us, que vos tirou do Egito da casa da escravidão.
2. Não terás outros deuses diante de Mim, não farás estatua alguma ou ícone...
3. Não pronunciaras o Meu Santo nome em vão.
4. Lembra do dia do Shabat para santificá-lo.
5. Honra o teu pai e a tua mãe.
6. Não cometerás assassinato.
7. Não cometerás adultério.
8. Não sequestrarás.
9. Não levantarás contra o teu próximo falso testemunho.
10. Não cobiçarás a mulher do próximo.
A emoção toma conta do acampamento de Israel (20:15-18)
O povo não consegue suportar tamanha revelação Divina e pede a Moshé que seja a ponte entre esta revelação e eles. Assim, Moshé passa a receber a palavra diretamente de D-us e a retransmite ao povo judeu em Seu Nome.
Os imperativos após uma revelação tão grandiosa (20-19-23)
O Altíssimo pede que seja dito ao povo judeu que recém recebeu a revelação Divina diretamente dos Céus, que tomem muito cuidado para não se deixarem levar pela tendência a servir ídolos. Sua obrigação é erguer um Altar de terra onde serão oferecidos sacrifícios para Hashem. O Altíssimo aclara que caso queiram erguer um Altar de pedra, que não seja uma pedra cortada com instrumentos de ferro, pois o ferro encurta a vida do homem e, portanto profana o Altar que serve para prolongar a vida. Do mesmo modo, é preciso cuidar que a subida ao Altar seja feita encima de cabras e não por degraus para que no seja descoberta a nudez do homem sobre ele (quando levanta a perna para subir).
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