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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

O que é a Honestidade no Judaísmo?

A Torá ensina como ser honesto durante toda a sua narrativa, começando até com o próprio nome de Jacó, que fora mudado para ISRAEL.

ISRAEL na escrita hebraica é ישראל

Ε pode ser dividido em duas palavras; YASHAR-EL ישר אל 

Yashár significa RETO, direto, correto.

EL é uma das formas como chamamos o Criador, que neste caso aluz à retidão de caráter.

Todos os patriarcas e principais figuras da História de Israel tiveram um traço de personalidade que os identificava diante de D-us e dos homens, e dos quais pudêssemos aprender.

"Concede a Verdade a Jacó!" - diz o versículo.

Jacó era o homem da Verdade. Se recusou a vestir as indumentárias do irmão Esaú, que lho tiraria as bênçãos para delas promover a matança e a promiscuidade no mundo, caso Jacó não fizesse o que sua mãe Rebeca lhe determinara, o que no final resultou na sua consagração como o patriarca de Israel por excelência.

Quando seus filhos descem ao Egito para buscar alimento e não reconhecem o irmão José, este os abastece com o melhor que pode e mandar devolver o pagamento pelas mercadorias, sem que eles se dessem conta disso. 

Os irmãos ficaram espantados quando viram o dinheiro colocado de volta dentro das suas sacolas de mantimentos, mas Jacó ordena: 

"Levem de volta o dinheiro que lhes devolveram, talvez isto tenha sido um engano"
[Gênesis 43:12].



Este comportamento passa a ser uma das molas mestres do caráter do judeu e ensinado nas comunidades judaicas por milhares de anos. 

A própria Torá alerta contra o quilo de 900 gramas e demais tipos de engôdo no que diz respeito a pesos e medidas, como está escrito [Deuteronômio 25:13]:

"Não terá nos teus bolsos pesos diversos... peso perfeito e justo terá... para que se prolonguem teus dias na Terra e que isto [a falsidade] não se torne abominação ao Eterno" *

O versículo seguinte diz algo terrível, que infelizmente aconteceu diversas vezes com o povo judeu, alertando-nos para que possivelmente uma coisa esteja conectada à outra:

"Recorda o que te fez Amalek no caminho quando você saiu do Egito".

Amalek é Haman do Livro de Esther, é Roma que destrói Jerusalém, é o Inquisidor Mor da Espanha, É o Czar russo que manda queimar aldeias judaicas inteiras, é Adolf Hitler, que seus nomes e sua memória sejam apagadas,

Amalek aparece no caminho. Que caminho? Quando saímos do caminho.
Mas de qual caminho? O Caminho da Retidão. De sermos diretos com D-us e o próximo.

O caminho de Israel, de  ישר-אל.

Sejamos retos.
















* Torá, Livraria Sêfer página 577.

O que é uma Conversão ao Judaísmo?

pore Fernando Bisker - De Miami - EUA

Como o judaísmo encara a conversão?

Por que não fazemos conversões em massa?

Muitas religiões têm o proselitismo como parte integral de sua fé.
Algumas enviam, por exemplo, grupos de missionários a países africanos, a colônias européias, organizam caravanas.

 Também há guerras religiosas, nas quais uma determinada fé e tradição são impostas à força, e acredita-se que somente a conversão do próximo trará a salvação para o mundo.
Segundo a Torah, o povo judeu, ao contrário do que se fala, não é considerado um povo superior. 

Não se prega o judaísmo como a religião ideal para todos, nem acreditamos que todos devam cumprir os preceitos da Torah. Nossas leis determinam que nós judeus devemos cumprir os 613 mandamentos; e não-judeus devem cumprir apenas 7 preceitos básicos.
*
Quando um não-judeu deseja se converter, o rabino ortodoxo tenta destituí-lo da idéia, explicando que não é necessário tornar-se judeu para conectar-se com Deus, e que, enquanto não-judeu, é suficiente cumprir as sete leis. Depois de inúmeras tentativas, se o interesse se demonstrar verdadeiro, e verifica-se que o sujeito está disposto a cumprir os mandamentos da Torah, deve-se ajudá-lo no processo de conversão. 

Não é aceitável que se cobre qualquer valor em dinheiro para efetuar a conversão.

Uma conversão ortodoxa não surge para solucionar a questão do casamento misto. A conversão motivada por este fator apenas, e não por um desejo intrínseco verdadeiro, causa que, na primeira iminência de separação ou briga de casal, o convertido retorne à sua fé original.

A conversão deve ser movida pelo desejo de se tornar judeu. Deve-se levar em conta que trata-se de um processo longo, que envolve muito estudo e responsabilidade, e que o futuro converso terá de comprometer-se com os preceitos judaicos para que seja válida a conversão.

Na própria história judaica, diversos conversos se tornaram grandes rabinos, entre eles o Unklus, sobrinho do Imperador Adriano, um romano que se converteu ao judaísmo e que traduziu a Torah para o Aramaico. Até hoje, esta é a única tradução aceita pelo próprio Talmud. Outros famosos conversos — o avô de Rabbi Akiva, que era pagão; ou em nossa época, o príncipe da Swazilândia, que hoje é rabino famoso e palestrante, que inclusive esteve no Brasil como convidado de honra da Federação Israelita de São Paulo em Yom Hatzmaut, há uns anos atrás.

Alguns agentes de má fé, que transformam o ato de conversão num negócio lucrativo, com "conversões express" e conversões que não são válidas segundo estatuto do Rabinato de Israel, devem ser alertadas a não instruir os possíveis conversos de forma equivocada. Não existe nenhuma obrigação para um não-judeu de tornar-se judeu, e, converter-se para deixar convidados, amigos, clientes ou familiares felizes não é uma opção coerente. Uma conversão feita por interesse não é válida segundo nossas tradições e leis milenares. Pode-se até receber um belo "diploma de judeu", mas no âmbito espiritual esta conversão não tem nenhum valor.

Para concluir, gostaria de listar as sete leis descritas na Torah que se aplicam ao não-judeu, segundo o Testamento Original, a Torah. Existe um movimento nos Estados Unidos, Japão e outros países, com centenas de milhares de seguidores, chamados de Bnei Noach, pessoas que seguem os preceitos descritos na Torah para um não-judeu.
Sete Leis de Noah

  • 1. Não fazer idolatria, não servir a nenhuma imagem. Somente acreditar em um só Deus.
Idololatria AVODA ZARA 
  • 2. Está proibido amaldiçoar Deus. Blasfemiar.
Elevar o nome Divino BIRCHAT -KILELAS- HASHEM 
  • 3. Não matar. Está proibido matar a qualquer indivíduo em qualquer circunstância (exceto por auto-defesa)
Derramamento de Sangue SHEFICHAT DAMIM 
  • 4. Não adulterar. Está proibido manter relações ilícitas.
Transgressões Sexuais GILIU ARAYOT 
  • 5. Não roubar. Está proibido roubar de qualquer pessoa ou objetos pessoais. Também está proibido sequestrar. Não pagar um salário também é considerado um roubo.
Não Roubar GEZEL 
  • 6. Obrigação de estabelecer sistemas de justiça "Justos" e aplicar a justiça de forma correta.
Sistema Legal DINIM 
  • 7. Está proibido comer um membro de um animal vivo. Somente está permitido comer um animal até o mesmo não estar se mexendo e estar morto. (Não é necessário comer comidas kasher e fazer o abate de acordo com a tradição judaica)
Comer Animais Vivos EVER MIN HACHAI

O que é uma MITSVÁ? - pergunta de uma leitora

  • Gostaria de entender o significado transcendental de mitzvah. ficarei feliz se puder saber mais do que sinto a respeito. grata pela resposta. (Ciça - SP).  
 A palavra MITSVÁ tem dois sentidos básicos:

1. Imperativo Divino
2. Comunhão com D-us.

O plural de Mitsvá é Mitsvót

Quando cumprimos uma mitzva da Torá, estamos:

1. Obedecendo a um comando do nosso Pai e Criador que fez este mundo para nosso beneficio e nos orientou através da Torá qual a melhor maneira de usufruir da vida espiritual e materialmente.

2. Unificando nossas almas com D-us. Mitsvá tem do radical Hebraico Tsávta [comunhão] 

Colocando Tefilin e lendo na Torá: 
Duas das 613 mitsvót dos judeus.


Os judeus têm 613 mitsvot para cumprir. Há mitsvót que só podem ser cumpridas no Templo em Jerusalém, outras que só podem ser cumpridas em Israel, como o Ano Sabático, outras referentes a hábitos alimentares, outras que dizem respeito à caridade e à justiça e ainda as que dizem respeito a como tratar os demais

Os não-judeus têm 7 mitsvot para cumprir. Veja quadro abaixo.Para acompanhar os subitens, sugerimos este link: http://www.tropicasher.com.br/old/index.php/mn-judaismo-nao-judeus/825-sub-leis-para-os-filhos-de-noe


Todos são igualmente queridos por D-us.

Mas há diferentes missões (mitsvot) na Terra. 

Judeus e não-judeus se complementam na tarefa de tornar este um mundo mais belo e Divino. 

escreva sua dúvida ou pergunta para pr@tropicasher.com.br

Bnei Noach, pessoas que seguem os preceitos descritos na Torah para um não-judeu. Sete Leis de Noah


  • 1. Não fazer idolatria, não servir a nenhuma imagem. Somente acreditar em um só Deus.
Idololatria AVODA ZARA 
  • 2. Está proibido amaldiçoar Deus. Blasfemiar.
Elevar o nome Divino BIRCHAT -KILELAS- HASHEM 
  • 3. Não matar. Está proibido matar a qualquer indivíduo em qualquer circunstância (exceto por auto-defesa)
Derramamento de Sangue SHEFICHAT DAMIM 
  • 4. Não adulterar. Está proibido manter relações ilícitas.
Transgressões Sexuais GILIU ARAYOT 
  • 5. Não roubar. Está proibido roubar de qualquer pessoa ou objetos pessoais. Também está proibido sequestrar. Não pagar um salário também é considerado um roubo.
Não Roubar GEZEL 
  • 6. Obrigação de estabelecer sistemas de justiça "Justos" e aplicar a justiça de forma correta.
Sistema Legal DINIM 
  • 7. Está proibido comer um membro de um animal vivo. Somente está permitido comer um animal até o mesmo não estar se mexendo e estar morto. (Não é necessário comer comidas kasher e fazer o abate de acordo com a tradição judaica)
Comer Animais Vivos EVER MIN HACHAI



O que é uma Yeshivá?

Yeshivá é um centro de estudos avançados de Talmud


Foto da Yeshivá de Volozhin .

Yeshivá de Volozhin na Bielorússia era o protótipo de estudos rabinicos do mundo moderno.

Formou alguns dos rabinos mais renomados dos últimos tempos, como o Rabino Abrahão Isaque Hacohen Kook, patrono do Sionismo Religioso

Fundação (1803)

Esta yeshivá foi fundada em 1803 pelo Grão Rabino Chaim de Volozhin, um dos maiores talmudistas e cabalistas do seu tempo, quem por sua vez foi aluno do grande Gaón de Vilna.
Posteriormente esta yeshivá ficou à cargo do Rabino Eliezer Fried junto com o Rabino Naftali Tzvi Yehuda Berlín, mais conhecido como o Netziv, que mais tarde encabeçou a Yeshivá junto com o Rabino Josef Ber Soloveichik, neto de Rav Chaim, fundador da Yeshivá. 
O Netziv por sua vez foi o mentor do Rav Kook supracitado, quem tornou-se o Primeiro Rabino Chefe do Israel moderno e que esteve presente nos grandes momentos do árduo trabalho pela construção do Estado Judeu, antes da sua fundação em 1948. 

Fechamento (1892)

O governo russo exigiu que estudos laicos e o idioma russo fizessem parte do curriculo da Yeshivá sem compreender que uma Yeshivá tem como base consagrar seus esforços e horários ao estudo so sagrado no Judaísmo. A recusa dos rabinos de atender a este pedido culminou no fechamento da Yeshivá. Hoje é comum em Israel, Estados Unidos e até mesmo no Brasil, combinar estudos laicos e profissionais com a carga horária dos estudos da Yeshivá.
Contudo, é preciso compreender que a postura atual só foi possível devido ao esmero e exímia dedicação que os gigantes do mundo rabínico do século 19 deram a este centro de Torá. 

O que é o Bezerro de Ouro no Judaísmo?

PARASHÁ DA SEMANA "KI TISSÁ"




O Talmud diz que tem 3 coisas que D-us não dá de Mão beijada:
  1. Torá - onde estão os conhecimentos dos segredos do Universo e da Vida
  2. Eretz Israel - a morada espiritual de Deus no mundo material
  3. Olam habá - o Mundo Vindouro, que se adquire somente através das Mitsvót
Se alguém te aparecer oferecendo algumas dessas 3 coisas na faixa, no fiado, só com acreditando que esta ou aquela pessoa te põe no Céu - pinica na hora!
Mas quando você vê como custou ao povo judeu observar a Torá, mesmo com o preço da comida casher mais elevado, com tantas atrações sedutoras no mundo não judaico, com tanto anti-semitismo, com tanta seita chulé tentando converter judeus - se travestindo de judeus messiânicos - ou balela semelhante, então podes crer nos caminhos da Torá.
O pecado de acreditar no bezerro de ouro não foi tanto por ser um idolo sem valor - pois poderíamos dar esse "desconto" a um povo que havia passado gerações numa terra como o Egito - mas pelo fato de não terem tido a paciência necessária à pessoa de fé, dando a Moisés o tempo requerido para trazer a Tórá do Sinai ao povo judeu. 
O mesmo se dá com relação a Israel, quando queremos que tudo por lá dê super certo sem que façamos esforço algum e logo saímos culpando a terra ou o povo que está nela pelas coisas não serem da exata forma que gostaríamos que fosse. Do Mundo Vindouro então nem se fala: como queremos te uma vida eterna boa e uma alma iluminada, sem que nos esforcemos para isso?
Quando você vê com quanta dificuldade o mundo aceita o Estado de Israel e Jerusalém como sua capital -  única terra do mundo com um registro histórico tão antigo e reconhecido por todas as religiões - podes crer daí que Israel é nosso.
Quando vê com que dificuldade se cumpre o Shabat, as festas, quanto temos que declinar para comer somente comida casher, levantar mais cedo para rezar, quando seria mais fácil acreditar num suposto ídolo para ganhar o beneficio da eternidade, então pode crer que a Torá é Verdade Divina e incontestável.
Tudo o que vem muito fácil gera dúvida.


PRINCIPIOS DA FÉ JUDAICA
A Torá diz: "comerás o pão com o suor do teu rosto".
Daí o Shulchan Aruch (código de conduta judaica) nos ensina que devemos fazer um pouco de exercício antes de comer, para melhorar a digestão. Não é bom comer quando não temos fome ou sede (Maimonides) e não devemos dormir de barriga vazia ou totalmente saciados, mas após uma leve refeição, uma fruta ou bolachinha. É ruim ficar se segurando para ir ao banheiro pois isso faz com que nosso organismo absorva novamente as toxinas que quer eliminar. Devemos sempre ir ao WC imediatamente.

Os Dez Mandamentos na visão de João Alves Correia

As últimas seções do livro de Êxodo concentram-se no Tabernáculo, no templo móvel dos israelitas no deserto. No centro deste tabernáculo, estava a arca que abrigava os ‘10 Mandamentos’. Portanto, é crucial entendermos a mensagem daquelas duas tábuas, caso desejemos captar a essência do santuário. Será que aquelas tábuas esculpidas de rocha continham apenas mandamentos, ou algo mais profundo? Na conclusão de seu longo comentário [1], Ibn Ezra cita o Saadia Gaon afirmando que os 10 Mandamentos são as principais categorias para todos os demais mandamentos restantes da Torá. Talvez essa categorização explique a necessidade dos 10 Mandamentos: tendo em vista que Deus desejava que a nação israelita passasse a considerar todos os mandamentos pós-sinaíticos como de origem divina, a validação foi exigida, a fim de que os mandamentos futuros não fossem vistos como meramente decorrentes do próprio pensamento de Moisés.
Os 10 mandamentos ensinam não apenas conceitos importantes, mas também priorizam os mandamentos. Ibn Ezra explica que nosso relacionamento com Deus se baseia mais em nossos pensamentos do que em nossas ações. No entanto, quanto ao homem, suas ações são mais vitais do que seus pensamentos: uma lesão corporal é alvo de maior preocupação do que um mero discurso ou pensamento. É por esta razão que nos 10 Mandamentos, os cinco primeiros que lidam com a relação do homem com Deus, começam com leis que regem o pensamento, então a fala e, finalmente, a ação. A ordem é invertida no segundo conjunto de mandamentos, que começa com as leis que regem a ação, seguida a fala, e, finalmente, o pensamento
Todas as ações do homem caem em uma destas três categorias: pensamento, fala e ação. Quando dizemos que a relação primária do homem com Deus é através do pensamento, é porque Deus não é físico. Assim, o nosso relacionamento com Ele não pode envolver algo físico. Nós nos relacionamos com Deus por meio de nossos pensamentos e convicções, e, portanto, o nosso “conhecimento” acerca d’Ele é o mais vital. Isso explica por que o primeiro mandamento – que é o mais importante - é o conhecimento acerca de Deus.  A partir daqui os 4 mandamentos restantes diminuem de importância, embora sejam todos igualmente fundamentais. 


As relações humanas são principalmente físicas. Portanto, os piores crimes são aqueles em que danos corporais ocorrem. O assassinato está, portanto, na posição número 1 da segunda lâmina de safira. O que se pensa sobre os outros é de menor importância e, portanto, não desejar a esposa do próximo ocorre por último, na segunda lâmina. Entendemos a necessidade dos 10 mandamentos como um esboço para todas as leis da Torá, como sugerido acima. No entanto, que consideração exigiria tal categorização, separando os 10 Mandamentos em dois grupos, e que as leis entre o homem e Deus devam preceder as leis entre o homem e seu próximo, sendo cada um dos grupos ordenados por prioridade? Claramente Deus não se limitou apenas a apresentar a Moisés todas essas leis. Ele também forneceu-lhe um sistema preciso. O que esse ‘sistema’ é pode ser compreendido ao respondermos estas perguntas. Em geral, qual é o objetivo das categorias? Se presumirmos que a lei que ordena os judeus a vestirem roupas melhores no dia de shabat é algo apenas para auto engrandecimento, a mesma lei perde seu propósito. Mas se o judeu percebe que esta lei visa um maior respeito para com o shabat, ele estará agora no caminho da compreensão do verdadeiro propósito. Vestir-se com as melhores roupas em um shabat, pretende gerar no judeu praticante um maior respeito em relação ao dia. Em seguida, deve-se categorizar ou definir a essência do shabat. Se alguém pensa que é apenas um dia para descansar, novamente estará se concentrando apenas em si mesmo, e não Deus. Mas se entende que o shabat tem a intenção de recordar a criação, em seguida, estará a caminho de reconhecer o Criador, o verdadeiro propósito do shabat. Além disso, quando se percebe que a observância do shabat é colocada em primeiro lugar na lâmina das leis entre o homem e Deus - isso aumenta o seu apreço e a realidade de que o dia tem a ver com Ele. Assim, a categorização adequada nos oferece maiores verdades. Definir um quadro de 10 mandamentos é o mais alto nível de classificação. A separação entre as leis que se aplicam a Deus e ao homem é outra categorização. Priorizar esses dois conjuntos de leis é uma terceira categoria. Para possuir o mais alto nível de conhecimento sobre qualquer lei, é preciso primeiro saber o objetivo da lei: o desempenho simples é claramente insuficiente. É preciso discernir se uma lei tem como alvo maior o conhecimento de Deus, ou se ele aborda inseguranças através de atos supersticiosos e idólatras, procurando garantir o seu futuro. Ou seja, essa lei cai como o mandamento # 1 ou # 2 no conjunto de leis entre o homem e Deus. Saber a categoria adequada também direciona melhor os nossos estudos.  Assim, os mandamentos não são ordenados apenas por ordem de importância, mas esta ordem de importância diz respeito a uma priorização lógica.
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OS 10 MANDAMENTOS OFERECEM MUITAS LIÇÕES VITAIS
1) Eles validam todas as leis pós-sinaíticas como sendo de origem divina
2) As duas lâminas de safira transmitem a distinção entre duas áreas de conhecimento: verdades sobre Deus e as leis sociais, que servem apenas para garantir sociedades estáveis, para que todos possam conhecer a Deus. 
3) Estas 10 categorias pretendem nos dirigir a fim de que apliquemos uma categorização em nossos estudos, de modo a que possamos chegar a verdades mais precisas.
4) A priorização de uma lei sobre a outra, nos ensina que o conhecimento é um processo de construção: o conhecimento mais fundamental é a base para outras áreas. 
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Tão crucial é este ‘padrão’ aqui demonstrado para a compreensão da verdade, que podemos percebê-lo mesmo entre nossos maiores pensadores. Maimônides começa o seu Mishneh Torah com os "fundamentos", e Aristóteles começa com suas "Categorias". Deus concedeu inteligência ao homem. Ele projetou nossas mentes para que funcionássemos de determinada maneira. Em seguida, Ele nos deu Sua Torá, inicialmente com apenas os ‘10 Mandamentos’, uma “ferramenta” que carrega um design que não só nos transmite fatos, mas por sua própria concepção, representa o sistema de aquisição de conhecimento. 

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Nota:
[1] Ex. 20: 1, pouco antes de iniciar seu comentário sobre 20: 3.



Sidur Falado - rezar como judeu

SIDUR é o nome dado ao livro de orações dos judeus. Com acento no U.

Para que todas as pessoas, adultos e crianças possam aprender as nossas rezas, lançamos O SIDUR FALADO E O SIDUR FALADO KIDS.

UMA VISÃO COMPLETA DAS ORAÇÕES JUDAICAS, DECLAMADAS EM HEBRAICO.

Indicação em Português das diferentes partes da reza.

.O SIDUR FALADO E O SIDUR FALADO KIDS estão à venda na Livraria Sêfer.

Mais detalhes no site: www.tropicasher.com.br





Para que você conheça melhor o Sidur Falado, selecionamos este depoimento:

Nome: Uildicler Esteves da Silva. Assunto: Sidur falado. Mensagem: Bom dia!


É com prazer que me dirijo a essa conceituada editora para parabenizar pelo esforço de colocar nas mãos dos interessados pelo  judaísmo para praticar a Avodá de acordo com as tradições e Mitsvot da Torá e do nosso povo.

O Sidur falado tem sido uma ferramenta de extrema importância para o meu aprendizado na Yahadut. Sei fazer as rezas graças a edição do Sidur falado.


Gostaria de sugerir (s.m.j) que fosse editado também, um Sidur falado das rezas do Shacharit do Shabat, já que algumas rezas são diferentes das rezas dos dias de semana.

Gostaria também que fosse feito (s.m.j) um Sidur de Chazanut  para quem quer aprender a ser Chazam.

Gostaria ainda, que fosse feito uma maior propaganda, pois,  muita gente não conhece o Sidur falado.

Por último, gostaria de parabenizar também o Paulinho Rosembaum pela dedicação e o interesse de facilitar a aprendizagem da reza com com sua voz e pronuncia.

B' Ezrat Hashem.
Shalom.
Uildicler.


Em tempo: Se lançarem os novos Sidurim, certamente eu comprarei.

Palestras sobre os Segredos da Torá e suas Histórias

Por que D-us achou importante contar a Sua Lei por meio de Histórias dentro da narrativa de Moisés, do Midrash e comentários dos Sábios da Torá, por milênios a fio? 

Como as histórias provocam mudanças dentro de nós, estabelecendo ações harmoniosas em nossas vidas? Porque o Talmud está repleto de Histórias? 

Prof. Paulinho Rosenbaum
Carga Horária: 1 hora
texto inspirado no site  Contadores de Histórias

Bazar x Azar: Porque a Torá começa com a letra Bêt?

A letra Bêt é a segunda letra do alfabeto Hebraico. A letra Alef é a primeira.

Já reparou que a palavra Alfabeto vem do grego Alfa Beta que vem do Hebraico Alef Bet?

O Alef, cujo valor numérico é 1, denota um D-us Único. O Bêt é o valor da duplicidade: homem e mulher, alto e baixo, gordo e magro, bem e mal, claro e escuro. etc. 

Porque então deveria ser a primeira letra da Torá, na palavra BERESHIT [no início]?

Conta-se no Midrash [hermenêtica judaica], que as letras do alfabeto hebraico começaram a dialogar entre si sobre quem teria o mérito de ser a primeira letra da Torá.

Cada qual ofereceu os seus argumentos, tendo a letra Alef argumentado que, se ela representa a Unicidade Divina, é óbvio que deveria ser a primeira do texto da Torá.

A única letra que ficou "na sua", disposta a acolher o que D-us indicasse, foi a letra Bêt.

Por este motivo, e por ser a primeira letra da palavra Brachá [benção], o Bêt foi escolhido.

Para ilustrar isto melhor, conto a vocês um caso que vi recentemente: uma cartolina pendurada numa parede indicava que lá estava ocorrendo um Bazar. 

A placa estava colada com durex apenas em cima e embaixo da cartolina, de modo que o vento fizesse com que a letra B dobrasse para dentro da placa. 

Então as pessoas que passavam pela rua viam somente a palavra Azar!! 

Contei isto à organizadora do Bazar, ela riu, mas de imediato trouxe mais dois pedaços de durex e colou a cartolina do modo desejado, para fixar bem a letra B..

Veja só como até em Português uma letra B e um A podem mudar tudo!

Voltando ao alfabeto hebraico:

O Criador sabia da importância do Alef, tanto colocou a letra Alef como a primeira letra dos Dez Mandamentos: "Anochi Hashem" [Eu sou o Eterno]. Mas foi bem lá para frente.

Muitas vezes, quando queremos ser os primeirões, a vida nos empurra lá para o meião da fila. Outras, quando não nos importamos que os outros passem na frente, D-us nos coloca logo no início!!

Que você tenha muita Brachá.


Todo o Alfabeto Hebraico, da direita para a esquerda.





Korach e seus 250 comparsas x Moisés e Aharão.

Ninguém está isento da corrupção a menos que a pessoa se esforce.

Foi o que fez Moisés quando foi afrontado por seu primo Korach [Coré] no deserto.

Korach tinha de tudo: era rico, prestigiado, Levita, portanto não fora escravizado no Egito assim como os demais Levitas. 

Então porque ele queria tomar o lugar de Moisés?

Pelo mesmo motivo que alguns políticos formam um projeto de poder para não deixá-los nunca mais.

Estes políticos não são apenas corruptos. Isto existe em muito lugar.

Eles não aceitam que quaisquer pessoa afora eles possa ter poder e acesso à política.

Assim foram os piores ditadores da História da Humanidade.

O que aconteceu com Korach no final das contas?

D-us fez as contas e decidiu que Moisés continuaria no cargo de redentor e rabino de todo Israel.

Korach e seus 250 seguidores que foram pressionar Moisés munidos de bastante sarcasmo para que deixasse o cargo, foram tragados pela terra.

E porque foram tragados pela terra?

Porque o Homem foi feito da terra e eles não teriam merecido ser criados.

Talvez o crime compense temporariamente e em determinados lugares.

Mas D-us está olhando e quando chega a hora, cai tudo por terra.

Casher X Judaico: "Parecido, pero no és lo mismo!"




Certo dia vi uma cena curiosa numa lanchonete Casher em Toronto: uma senhora pediu um desjejum completo e reclamou que o leite era artificial. 

" - Não é artificial, é de soja", nosso restaurante serve produtos de carne, portanto não podemos ter leite" -disse a garçonete polidamente.

A cliente ficou irritada, suspendeu o desjejum e pediu torrada com queijo gratinado.

" - Desculpe, mas nosso restaurante é Cashér e servimos carne, portanto não podemos servir qualquer tipo de laticínio", reiterou a garçonete ainda polidamente.

A cliente ficou nervosa, bradou que entrou no restaurante porque viu comidas Judaicas na vitrine, disse que também é judia e que tudo isto é ridículo, xingou a garçonete em Idish e foi embora.

- O que havia naquela vitrine?

Havia assim: Vursht, Kishke, Tsholent, Vareniks, Knishe, Guefiltefish, ou seja, comidas Judaicas.

- Mas isso não torna essas comidas automaticamente Casher ?

Afável leitor, para ser Cashér, a comida tem de obedecer requisitos básicos que estão na Torá:
  • Cozinhar e ingerir juntos produtos que contém carne e leite está fora de questão
  • Peixe vai com qualquer comida desde que tenha escamas e barbatanas (que não se come)
  • Jamais ingerir sangue - existe uma processo Casher de extrair o sangue da carne.
  • Olhar na Torá quais são os bichos, aves e peixes proibidos de comer e não comê-los.
  • Separar utensílios que usamos para a carne/aves dos que usamos para laticínios.
  • Todos os vegetais e minerais são Casher desde que não tenham insetos ou larvas.
Agora teste seus conhecimentos casherícios:

1. Um Tcholent com carne de animal ou ave que não foram abatidos por um Shochet:
___  é Cashér (apropriado segundo a Torá) ____ é Tarêf (Impróprio segundo a Torá)

2. Uma Feijoada com direito a farofa, couve é caipirinha feita só com carnes Cashér em panelas e pratos separados dos de leite (me avisa se souber de uma boca dessas):
___ é Cashér (apropriado segundo a Torá) ____ é Tarêf (Impróprio segundo a Torá)

3. Sushi de Manjubinha:
___ é Cashér (apropriado segundo a Torá) ____ é Tarêf (Impróprio segundo a Torá)

Hoje em dia, milhares de Judeus em todo o mundo estão fazendo teshuvá e adotando o estilo de vida da Torá.
Por isso é importante saber a diferença entre comida Cashér e comida Judaica.
Comida tradicional Judaica sem produtos Casher carece de valor religioso com toda boa vontade.
Seja como for, é sempre bom perguntar se o restaurante além de Judaico, também é Casher.

Mas vê se não arranja briga com a garçonete, pombas!

Beteavôn [bom apetite]

 
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