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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

O que você achou do Shiur?" - R´Yitschak Benroubi.

                                                             Bs”d  
 

  "O que você achou do Shiur?"          


                     Nossos Sábios explicam que assim como nossas fisionomias são diferentes, também nossas opiniões e gostos. Ninguém acha que todos temos de gostar das mesmas coisas. Há os que preferem jogar bola e os que preferem assistir um jogo. Há os que preferem Sushi e os que gostam mais de Pizza. Há os que preferem ler um livro e os que preferem conversar...No entanto, quando o assunto é relacionado ás pessoas existe um cuidado maior que deveríamos ter ao expressar qualquer opinião, devido á proibição de Lashon Hará. Ainda mais quando se trata de Rabinos, isto acarreta cuidados ainda mais especiais. Por isto, uma pergunta muito comum como “você gostou do shiur?” exige um cuidado especial.

A primeira regra que nos ensina o Chafetz Chaim,ztz’l, é que mesmo quando um comentário for  verdade, é considerado Lashon Hará caso contenha algum ponto negativo. Caso seja uma mentira ou exagero, isto entraria na categoria de Motzi shem Rá – difamação, uma proibição ainda mais séria.

É importante realçar que antes de fazer qualquer comentário deste tipo, a pessoa deveria verificar se ela não estava cansada neste dia ou incomodada com uma razão pessoal e por isto a palestra não foi de seu interesse.
Os comentaristas questionam se seria permitido expressar a  sua opinião sobre um Palestrante ou Rosh Yeshivah afirmando que “o shiur de hoje não foi tão interessante como sempre”. A resposta é que por mais que se saiba que nem todos os shiurim estão sempre no mesmo nível e também a intenção naõ tenha sido de criticá-lo, mesmo assim um comentário destes se enquadra na categoria de Lashon Hara por ser negativo. Certamente o Palestrante se sentiria mal ou constrangido ao ouvir tal comentário.

Embora seja comum fazer uma piada ou imitar o estilo do palestrante, isto é certamente proibido, pois além de ser Lashon Hará, isto minimiza qualquer efeito positivo que o palestrante poderia ter sobre os seus ouvintes. Além disto, tal comentário ou até mesmo uma explicação de porque você não gostou da palestra poderia implicar que o Palestrante não é eficiente, algo que pode seriamente afetar o número de ouvintes e pessoas que deixarão de ir e ouvir  palavras de Torah. Na era do WhatsApp e mensagens eletrônicas, isto acontece em segundos. Outra implicação seria a sua reputação e até sustento material que poderia ser afetada a curto e longo prazo. Além do constrangimento que segundo a obra Chafetz Chaim pode ser considerado mebaze Talmid Chacham, a proibição de envergonhar um estudioso de Torah.

No entanto, caso perguntem a sua opinião para decidirem se gostariam de convidá-lo para dar uma palestra ou contratá-lo para trabalhar nesta instituição, uma opinião objetiva e sem exageros desnecessários seria certamente permitida. Caso a pessoa tenha uma crítica construtiva ao Palestrante e fazê-la com respeito, cumpriria a Mitzvah de Veahavta Lereacha Camocha.

Quanto a fazer tal pergunta do tipo "o que você achou do shiur?", ou "gostou da palestra?", existe um discussão entre as autoridades se isto se enquadra na proibição de Lifnei Iver lo titen michshol – não colocar um obstáculo na frente de um cego, isto é, causar que o ouvinte fale Lashon hara. Na prática, já que não é considerado certeza que o comentário será negativo, seria permitido fazer a pergunta. No entanto perguntar para uma pessoa que não é um Yirei Shamayim ou que seja “anti-religioso” seria proibido até mesmo fazer a pergunta.

Recentemente em Israel, algumas versões do Waze contem um dispositivo que indica áreas perigosas a serem evitadas. Assim também, se estudarmos as leis de Shmirat HaLashon poderemos antecipar certas situações e evitar sermos tomados de surpresa sobre assuntos que são propensos a Lashon Hara. Conforme o conselho da obra “Master Your Words” do Chafetz Chaim Heritage Foundation, o sucesso depende de levar a sério a necessidade de se proteger. Se estivéssemos entrando numa área fisicamente perigosa, certamente daríamos uma volta por mais um ou dois quarteirões por segurança. Porque não aplicar esta estratégia nas nossas conversas?


Shabat Shalom,
Yitzchak Benroubi

Os Gedolei Israel advertem sobre o uso da Internet sem filtro

Estas questões  foram trazidas aqui como uma forma de despertar a curiosidade, a beleza e a profundidade do estudo da Halachá. Qualquer dúvida na prática deve ser consultada com uma autoridade Rabínica.
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