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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

SONHOS IMPACTANTES - 26 de Novembro, 2018 - 18 de Kislev, 5779

MENSAGEM #250

                 
                                  Sonhos impactantes

As pessoas não gostam de testes e desafios. Contudo, se conseguirem superar e continuar a se conectar com Hashem apesar das dificuldades, futuramente apreciarão cada um dos desafios.
Li uma história que foi contada pelo Rav Yitzchak Shlomo Unger, zt"l, de Bnei Brak. Ele falou que uma manhã um senhor de sua congregação (que chamaremos de Yosef), aproximou-se dele muito abalado por um sonho que teve, contando-lhe a seguinte história:
Trinta anos atrás, ele estava num campo de trabalhos forçados em Auschwitz. No fim da guerra um homem (que chamaremos de Moshe), foi até a sua barraca, o qual aparentava ser muito piedoso. Filho de um Rabino ilustre, ele seguia os passos do pai. Moshe acabara de ter sido separado de sua esposa e filhos, que foram levados para a câmara de gás. E apesar do que havia passado, ele se agarrou a Hashem, usando todos os seus momentos de folga para estudar e rezar. Além disso, ele sempre fortalecia a Emunah.das pessoas
Como Pessach se aproximava, Moshe se virou para Yossef e disse: "Eu consegui economizar farinha suficiente para assar dois Kezaytot (medidas mínimas) para fazer Matzah. Se você assá-las, eu lhe darei um Kezayit, e cada um de nós cumprirá a Mitzvah apropriadamente." Yosef aceitou.
Ele conseguiu assar as Matzot, mas assim que voltou para a sua barraca, ele foi pego. Um nazista o viu e começou a espancá-lo. Então a Matzah caiu de sua jaqueta. O nazista viu, esmagou a Matzah e o espancou ainda mais forte. Só depois de ver Yossef todo ensanguentado, o nazista acabou indo embora. Yossef reuniu todos os fragmentos de Matzah que ele pôde, e conseguiu a quantidade de um Kezayit. A questão surgiu: Quem deveria comer? Aquele que foi espancado por ter assado ou o dono da farinha?
Quem deve comer a Matsá?

Eles chegaram a um acordo de que Moshe, o dono da farinha, deveria comer o Kezayit, mas Yossef, que levou a surra, receberia a recompensa por isso nos Céus. No dia seguinte, durante seu trabalho, Moshe estava cantando Hallel. Ele cantou um pouco alto demais até que um dos nazistas se irritou e o matou na hora, ה' יקום דמו ( que Hashem vingue o seu sangue).
Yossef sobreviveu à guerra e reconstruiu a sua vida. Casou-se, teve filhos e netos. E agora, trinta anos após o término da guerra, ele teve um sonho e viu seu amigo Moshe, com um rosto iluminado. Ele disse: "Lembra quando eu comi a Matzah no campo de trabalhos forçados e lhe dei a recompensa? Por favor, dê-me de volta, eu preciso dela".
Yossef respondeu no sonho: "Eu arrisquei minha vida por aquela Matzah. Levei uma surra por isso. Por que eu deveria abrir mão da recompensa?" E com isso Moshe saiu.
Na manhã seguinte, Yosef se lembrou do sonho e ficou muito abalado. Ele foi ao seu Rabino Yitzchak Shlomo Unger e lhe contou o que havia acontecido, perguntando se deveria desistir da recompensa. O Rav Unger respondeu: “Não sei como responder essa questão, mas eu vou te mandar para o Rav de Machnovka que poderá ajudá-lo”.
Yossef expôs seu dilema ao Rebe de Machnovka, e este lhe falou: "É justo que você lhe dê a recompensa".
Yossef, então, questionou: "Por que é justo? Eu sofri por isso".
E o Rabino respondeu: "Seu amigo Moshe não pode mais fazer Mitzvot, nem seus filhos, que também pereceram na guerra. Você, Baruch Hashem, está vivo, constituiu uma família, e ainda pode fazer Mitzvot. Além disso, você receberá as recompensas por todas as Mitzvot dos seus filhos, bem como dos filhos de seus filhos, até o final dos tempos. Você pode colocar Tefillin; pode rezar; pode fazer Berachot; pode guardar o Shabat e pode comer um Kezayit de Matzah. Seu potencial é infinito. Moshe, por outro lado, não pode fazer mais nada e nem sequer tem pessoas que possam fazer Mitzvot por ele. Não será justo, ao menos, ele ter o mérito da Mitzvah pelo que ele fez?".
Yossef concordou. O Rabino, ainda, lhe recomendou: "Eu quero que você vá à Sinagoga hoje tarde da noite, quando não tiver ninguém lá. Fique na frente do Aron Kodesh. Pense em tudo que você passou para assar aquela Matzah e na surra que você levou. E só depois, diga, de todo o seu coração, que você dá tudo isso para Moshe". Yossef fez o que o Rabino o aconselhou. Naquela noite Moshe chegou a ele num sonho com um rosto radiante, agradecendo-lhe pelo o que fizera.
Na manhã seguinte Yossef foi até o Rabino e lhe contou o que aconteceu. O Rabino respondeu: "Quero que você aprenda uma lição disso. Moshe era um homem muito piedoso, filho de um grande Tzaddik. Ele cresceu como um Judeu observante e usava todo o seu tempo em Avodat Hashem, mesmo no campo de trabalhos forçados. Após perder sua esposa e filhos, ele ainda manteve sua Emunah, e nunca parou de estudar e rezar. Ele morreu enquanto recitava o Hallel, num ato de Kidush Hashem. Nossos Sábios nos dizem: todo aquele que morre Al Kidush Hashem é elevado a um lugar no Gan Eden que ninguém pode alcançar. E ainda assim, depois de tudo isso, passados vários anos, ele ainda anseia por um lugar mais alto no Gan Eden. Por isso, ele precisava do mérito dessa difícil Mitzvah".
Não podemos imaginar o que as Mitzvot fazem por nós. E quando fazemos Mitzvot, apesar das dificuldades envolvidas, elas se tornam infinitamente maiores. Quão afortunados somos nós, que temos a oportunidade de cumprir Mitzvot o tempo todo.

                                                                                -- Rav David Ashear 

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