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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

MEGUILIGHT - A MEGUILÁT ESTHER... DE LEVE.





Hoje em dia, tudo tem que ser light...!

Ou seja, os neurônios do homem do século LVIII (estamos em 5777) estão tão massacrados pela informação, que às vezes não entra mais muita coisa mesmo. Então tudo tem que ser Light.

Mas não é por isso que chamamos nossa Meguilát Esther de Meguilight. 

É porque Light também significa LUZ. A história de Purim é uma história que traz dentro dela muita luz, hora oculta, hora desoculta. 

Então vamos lá. [Obs: as letras CH em palavras Hebraicas devem ser lidas como RR de Carro ou J em espanhol]:

Capítulo 1

Tinha um rei na Persia (Irã de hoje) que se chamava Achashverosh, mas como ninguém consegue pronunciar este nome com a boca cheia de ferfale, vamos chamá-lo carinhosamente de Achashva

O Achashva além de anti-semita era meio devagar da idéia.
Ele mandou fazer uma mega boca livre [na faixa como se diz hoje] para mostrar que era o bom, mesmo com todo o mundo sabendo que ele era o ruim.

Daí chamou o povo judeu para conferir o lance porque se judeu fala que é bom todo o mundo vai. A comida era casher e grátis. O vinho era casher, bom e grátis. 
Deu um rebu danado porque o rei começou a se estranhar com a rainha Vashti e deletou ela da historia logo no capitulo 1 dessa história. . 
Então o Achashva mandou baixar um decreto que se fosse hoje ele estaria sendo processado: os homens tem que mandar e as mulheres tem que obedecer.
Grande Achashva! Quer dizer... olha só que machista!

Capítulo 2

Daí o Achashva ficou viúvo e bolou um Miss Pérsia para escolher uma nova rainha.
Veio mulher de tudo que é canto e jeito, dando o maior impulso na industria cosmética do mundo antigo (sério mesmo, está na Meguilá).
Imagina se não ia ganhar a Esther, a menina idish mais linda das 127 províncias de entonces.
Esther ganhou disparado.
Mas Miss tem que ter mãe e Esther não tinha, então apareceu o tio, Mordechai, Rabino Chefe de Israel exilado para a Persia e que cuidava dela e disse a ela para não dizer que era idish, que era para ele poder pegar o Achashva de solapa no futuro (foi a primeira espiã secreta do mundo).
Por isso o Mordechai ficava espreitando o tempo todo a vida da Esther e do palácio. Vai saber... uma hora ou outra podia dar a maior zica e sobrar para a Esther e os judeus.
Agora olha só isso: Um dia dois panacas resolveram dar um fim no Achashva. Eis o diálogo deles grampeado pela equipe de noticias bíblicas do Tropicasher, em persa da periferia:


- E aí, malandro, vamos abotoar o paletó de madeira no Achashva?
- Se liga mané, o cara é mais guardado que resultado de desfile de Escola de Samba.
- Xá comigo, eu conheço as paradas do palácio e sem onde o papagaio torce a goela.
- Então vamos aproveitar que ninguém fala nossa língua e encomendar a múmia do Achashva.


Mal sabiam os dois que Mordechai conhecia todos os idiomas e dialetos da época. Ele imediatamente bateu para a Esther, que bateu para o Achashva em nome do tio e o rei pegou os dois malandros na esquina da amargura e mandou os dois passear nas nuvens.

Capítulo 3

Agora entra em cena o palhaço da história: Haman era o nome do mau elemento.
O cara achava que todo o mundo devia kavod para ele. Mas Mordechai, homem crescido dentro da Torá, não deu mole pro malandro. Haman ficou toda enfezadinha e mandou matar Mordechai e todos os judeus.
Além de neurótico, Haman era chegado na jogatina. Haman tinha titica de galinha no espírito, então decidiu sortear o dia em que iria matar os judeus, só de brincadeira. Mas no final, o verdadeiro Rei, oculto nesta historia faria Haman vira o caldeirão para cima dele mesmo.

Capítulo 4

Mordechai, que não era de levar praga para casa, resolveu fazer sinal de luto, pedindo para Hashem nos livrar mais uma vez dos manés de plantão que assolam o povo judeu, por não terem mais o que fazer.
A rainha Esther ficou sabendo de tudo, porque na Pérsia a turma gostava de saber da vida alheia, tanto que as janelas nem tinham vidro, só persiana, para ouvir melhor o que os vizinhos falam, o que deu o nome ao país.
Mordechai contou tudo a Esther e disse a ela que pedisse clemência
ao Achashva e que se ela não pedisse, a coisa ia ficar feia para o Achashva do mesmo jeito, pois Mordechai tinha um corpo de guardas preparado para uma insubordinação nacional total.
Esther ficou horrorizada quando soube que o Achashva tinha deixado o Haman dar chá de sumiço
nos judeus (foi o primeiro chá da Pérsia) e falou para o Mordechai tirar as roupas shlepers
que tinha posto em sinal de luto e para dizer a todos os judeus que não comessem
nem bebessem durante três (3!) dias e que e suas mucamas fariam o mesmo.
Cara, ´tava o maior clima de derrota prá Argentina lá em Shushan, tipo cara vestindo saco de estopa com sinal de luto, maior baixo astral.
Aí Esther chegou pro Mordechai e pediu para todo o povo judeu jejuar porque isso causaria o maior reboliço no Céu e tipo iria queimar o filme do Haman nas Altas Esferas.

Capítulo 5

E lá vai a Rainha Esther pro palácio do Achashva depois de 3 dias sem comer nem beber.
O rei, que gostava dela prá dedéu mandou chamar e pá e perguntou qual era o lance.
Esther pediu para organizar um rango real e que era para convidar o Haman. O rei aceitou na boa.
Chegou no rango real e Esther pediu para fazer mais uma festa e Haman saiu de lá se sentindo paparicado e saiu prá contar vantagem para a esposas e os filhos.
Sem saber que Esther era idish e sobrinha de Mordechai, a sangue ruim da mulher de Haman sugeriu fazer uma forca para o Mordechai. Haman foi lá e fez.

Capítulo 6

O Achashva virava de um lado para o outro na cama sem conseguir pregar o olho.
Lá pelas tantas da matina ele não aguentou mais e mandou o lacaio ler o diário dele,
aquele com um coração em forma de almofada e um ursinho bordados na capa (eu, hein?).

O lacaio começou a ler o diário do Achashva:

"- Querido diário, hoje o Mordechai me salvou de dois desenfelizes que quiseram me puxar
o tampete. Será que eu lhe agradeci-lho à autura?"

[Vamos e convenhamos que o Achashva não era nenhum Camões. Aliás, ele comprou o trono].

Mas vamos ao que interessa, que a história começa a pelar o caldo justamente aqui.
Eis que o bobalhão do Haman chegou justamente naquele momento (de noite!) para visitar
o rei. Vai ser inconveniente assim lá na Pérsia. Acho que a carapuça serve para o atual "rei" da Pérsia também.
E porrrrrrque o Haman veio ver o Achashva?
Para pedir a ele que chispasse o Mordechai da situação geral.
Nisto, o Achashva pergunta quem está no quintal, manda chamar o Haman e pergunta a ele:
" - Haman, meu chapa! Tô em divida com um cara maneiro e quero empatar o lance, que cê acha?"
Haman pensou que era com ele e disse que o legal mesmo era cobrir o cara de Armani, colocar ele numa Masseratti conversível com chofer e que era para o chofer dizer para todo o mundo enquanto passasse com o carro, tipo cortejo presidencial: "-Esse é o cara!".
Taí! - respondeu o Achashva pro Haman. Então tu vai pegar esses Armani aqui, vestir o Mordechai,
vai lá na garagem real, pega minha Masseratti conversível, abre a porta de trás para ele, serve a ele um uisquinho escocês, vai de chofer e anuncia no megafone que ele é o cara!

Capítulo 7

No segundo dia do banquete, Haman já estava com cara de tacho depois de ter bancado o espertinho com Mordechai, mas miséria quando aparece traz companhia. O Achashva viu que Esther estava meio que tristinha e disse a ela para abrir o jogo. Esther disse que Haman tinha metido a man no governo e queria matar ela e o tio e toda a tribo dela. O rei ficou um arara e mandou engravatar o Haman, que saiu correndo para pedir o perdão da rainha, mas tropeçou num fio de telefone sem fio que estava por ali e caiu bem na cama dela. Na mesma hora o rei entrou no quarto, viu o cara de peroba na cama da esposa e exclamou:
- Bonito, hein? Mas tu é cara de pau mesmo, hein otário?
Então Haman foi morto com um tipo novo de tortura que eles estavam inaugurando na Pérsia: ataram as mãos e pés do Haman, colocaram um fone de ouvido nele e uma garota de call center na linha dizendo: "-Estaremos encaminhando o vosso pedido de perdão à Rainha. Para isso digite 1. Depois digite 2. Todos os ramais estão ocupados. Estaremos atendendo em 20 segundos. Nós náo vamos ter. Estaremos pesquisando. Estaremos enviando. O supervisor não pode atender. Telefone agradece".

Haman morreu na hora de nishguit irreversível. Ele fez tanto guééééééh (barulho de quem está sendo enforcado), que isso lhe torrou a orelha - que se tornou uma iguaria saboreada até hoje em Purim. 

A versão Tropicasher da orelha de Haman leva quindim no recheio.

Capítulo 8

VENAAFOCHU! Ou seja, e vamos à forra!!

Depois que Haman foi deletado da história, o rei deu seu anel de bamba para Mordechai, que passou a ser o tal no reino e deveria ter sido chamado de Mordechei. Mais que isso, o rei mandou um mailing para todo o reino dizendo que agora mudou tudo e os judeus podem se defender, como se isso já não fosse um direito natural da nação azul e branco.

Capítulo 9

Agora a coisa mudou de verdade, como nos filmes de mocinho e bandido: os inimigos dos judeus, que planejavam fazer mal a um povo pacífico, que, de verdade, não busca fazer mal a ninguém, agora estavam sendo cobertos de porrada pelos judeus, que no mínimo tinham bebido a poção mágica do druida, porque a cena que a Meguilá descreve nesse caso é de fazer inveja a qualquer diretor de filme de aventura.

Terminado o pancadaréu, os judeus fizerem aquele banquete asteríxtico básico, que passou a fazer parte da tradição milenar judaica, tipo: "- Eles querem matar os judeus, um milagre aconteceu e eles perderam, agora vamos comer!"
Apenas um adendo: Purim não tem esse nome porque neste dia tomamos uma Purinha! A idéia de beber é só brindar um pouquinho e sem essa de ficar bebum!





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