Na parashá desta semana, Acharei Mot, deu bode duplo:
O Cohen Gadol tinha de fazer um sorteio entre dois bodes para o serviço de Yom Kipur.
Num papelzinho ele escrevia "para Hashem" e no outro "para Azazel".
O bode sorteado para Hashem seria sacrificado no Altar com direito a abate casher e o sorteado para Azazel teria uma fitinha vermelha amarrada entre seus dois chifres e seria empurrado ladeira abaixo.
Caso o povo de Israel tivesse sido perdoado pelos seus pecados, a fitinha vermelha se tornaria branca.
Gostariamos de abordar aqui somente o fato do sorteio.
Como pode ser que um mero sorteio designa o destino dos bodes?
Aí mesmo esta a resposta: a palavra hebraica para sorteio é GORAL.
Mas GORAL também quer dizer "destino".
O homem atua sorteando, mas Hashem dirige o sorteio.
Desta maneira, nenhum bode se sente prejudicado ou injustiçado, porque não foram eles que pecaram, mas estavam servindo de instrumento para redimir os reveses da galera.
O bode sorteado para Hashem não poderia dizer Lá em Cima:
"eu sou melhor que o bode para Azazel", porque foram sorteados.
Nos nossos dias, o sorteiro e os bodes foram substituidos pelas rezas.
Muitas vezes Hashem faz as coisas parecerem um sorteio na vida, para que não nos sintamos menosprezados, por não entendermos o que nos ocorre.
Mas na verdade, tudo é destinado por Hashem (D-us).
Diz o Talmud que até mesmo um dentre tantos rolos da Torá que seja escolhido para a leitura pública daquele dia, é uma questão de sorte.
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