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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Devarim [Deuteronômio] - começa o Quinto livro da Torá

Devarim significa "coisas". Mas também significa "dizeres".
Quando a gente diz algo, está materializando muita coisa.
Nesse âmbito, Moshé rabeinu alertou a rapaziada que estava prestes a entrar em Israel da importância daquilo que a gente diz e mais ainda, de como escutar aquilo que os outros dizem.
 "- Aí reside o segredo de todo o sucesso da nossa sociedade, escutar a causa dos vossos irmãos e julgá-los com justiça", alertava Moshé.
Quando a gente fecha a boca e abre o mecanismo de escuta, descobre um mundo novo, um prisma diferente da situação e cria uma empatia imediata pela pessoa que nos fala.
Quanta coisa boa e quantas relações humanas são criadas somente prestando atenção no que as pessoas tem a nos dizer?
Já reparou como a gente presta uma atenção coruja nas pessoas que tem poder ou que podem nos emprestar aquela graninha que estava faltando?
Quanto então devemos prestar atenção naqueles que nos querem bem e nas pessoas espiritualmente mais evoluídas, como Moshé rabeinu?
No discurso de despedida do povo judeu que abre o Sefer Devarim, Moshé começa sua preleção enumerando os lugares por onde o povo judeu deixou uma marca de descontamento ou de amolação desnecessária.
Com isso conseguiu chamar a nossa atenção para um método eficaz e ao mesmo tempo não constrangedor, de explicar a uma pessoa que ela fez algo errado: indicar levemente um fato paralelo ou feito por outra pessoa.
A maioria das pessoas não gosta de levar bronca ou de serem criticadas, a menos que tenham trabalhado o seu ego para tal, como os Tsadikim.
A Torá nos obriga a mostrar ao próximo que fez algo errado, mas nos alerta para só indicarmos nos outros naquilo que nós mesmos consertamos em nosso comportamento, que seja para seu estrito bem e na condição que esta pessoa se considere suficiente ligada a nós como para nos escutar.
"Não xingue os surdos" - adverte a Torá. Isso se refere às pessoas que não nos escutariam ou que fariam exatamente o contrario, de birra.
Moshé rabeinu começou o seu discurso de despedida pedindo ao povo para desenvolver sua habilidade para escutar. 
Escutar nos faz mais sábios, evita muita confusão e promove a paz.


 Baseado no texto do rabino Moshe Grylak, do livro "Reflexões sobre a Torá", Livraria e Editora Sefer, pag. 231, com a permissão da mesma.
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16 de agosto de 2017 às 04:05

Muito lindo a formá explanada.Os conhecimentos nos revigora.PARABÉNS pelo trabalho.

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