Meór
HaShabat Semanal B’SD
Perspectivas
para a Vida, Idéias para o Crescimento Pessoal
O Mais Popular
Semanário Eletrônico Do Mundo Judaico!
22 – Shevat - 5777
Aish
HaTorá – Acendendo
a Chama da Torá em cada Coração judeu!
18 – fevereiro – 17
BOM DIA! Muitas
pessoas frequentemente me dizem: “Eu não cumpro as 613 mitsvót
(mandamentos), mas sigo todos os 10 Mandamentos!” O problema mais comum
é que se lhes perguntamos, dificilmente conseguem enumerar os 10 ... e
é difícil cumprir um mandamento sem saber qual é. Então, como uma prestação de
serviço público, trago a vocês a relação:
Quais São os Dez Mandamentos e Por Que São Importantes?
O Judaísmo iniciou-se quando D’us reuniu toda a nação Israelita, aproximadamente
3 milhões de pessoas, ao pé do Monte Sinai e proclamou os Dez Mandamentos. Um
elo permanente forjou-se entre o Todo-Poderoso e o Povo Judeu.
Os Dez Mandamentos
são uma introdução aos outros 603 mandamentos. Eles formam a base moral
e os princípios básicos e essenciais para a sobrevivência do Povo Judeu, tanto
religiosa como eticamente. Embora os Dez Mandamentos sejam de importância
fundamental, todos os 613 mandamentos foram dados por D’us e são essenciais ao Judaísmo.
Como o Rabino Aryeh Kaplan Z”TL (Estados Unidos, 1934-1983) escreveu em seu monumental “Handbook of Jewish Thought” - Manual do Pensamento Judaico
(disponível em https://moznaim.com/product/handbook-of-jewish-thought/), os primeiros 5 Mandamentos tratam
primariamente dos fundamentos de nossa religião: a crença em D’us, a
negação da idolatria, o respeito pelo nome de D’us, o Shabat como celebração da Criação e o mandamento de honrar
os pais para garantir a sobrevivência das tradições. Os segundos 5 Mandamentos
tratam das bases morais de nossa sociedade:
o respeito pela vida, o recato e a propriedade, a busca da justiça e o controle
dos impulsos de cobiça.
Os 10
Mandamentos
I.
Eu sou o Et-rno, seu D’us, que os tirou da terra do Egito, da
escravidão.
II.
Não tenham outros deuses alem de Mim. Não representem (estes deuses) através
de estátuas ou imagens, de nada que esteja no céu, na terra, nas águas ou
debaixo da terra. Não se prostre a eles nem os cultue, pois Eu sou o Et-rno,
seu D’us, D’us zeloso. Em relação aos Meus inimigos, recordarei o pecado dos
pais para os filhos, até sua terceira e quarta gerações. Mas para aqueles que
Me amam e seguem Meus Mandamentos, Eu demonstrarei amor por milhares de
gerações.
III.
Não jure em nome
de D’us em vão. D’us não permitirá que alguém utilize Seu nome em vão e
saia impune.
IV.
Lembre-se do
Shabat para santificá-lo. Seis dias vocês trabalharão e farão suas tarefas, mas o
sétimo dia é Shabat para D’us. Não
faça nada que constitua trabalho:
você, seu filho, sua filha, seu servo, sua serva, seu animal e os peregrinos
que estiverem em suas cidades, porque em seis dias D’us criou os céus e a terra, o mar e tudo que está dentro dele, e
no sétimo dia descansou. Portanto, D’us abençoou o dia do Shabat e o
santificou.
V.
Honre seu pai e
sua mãe, para que tenha vida longa na terra que o Criador está dando a você.
VI.
Não matarás.
VII.
Não cometa
adultério.
VIII. Não roube.
IX.
Não testemunhe
falsamente contra seu semelhante.
X.
Não cobice a
casa do seu próximo. Não cobice a esposa dele, seu servo, sua serva, seu
boi, seu burro ou qualquer coisa que seja dele.
Porção Semanal da
Torá: Yitró Shemót
(Êxodus) 18:01 - 20:23
Esta é a
porção semanal que relata a outorga dos Dez Mandamentos. Você sabia que há
diferenças entre os Dez Mandamentos enunciados aqui (Shemót 20:1-14) e os relatados no livro Devarim (5:6-18), o quinto livro da Torá?
(Sugestão: peça às suas crianças
para descobrir as diferenças, como um jogo à mesa de Shabat: há aproximadamente 30 diferenças).
Antes de
dar os Dez Mandamentos, o Todo-Poderoso disse a Moshe para informar o Povo
Judeu: “E agora, se Me ouvirem com atenção e observarem o Meu pacto, serão
para Mim o mais amado tesouro dentre todos os povos, pois Meu é o mundo. Vocês
deverão ser para Mim um reino de Cohanim (sacerdotes - um modelo de conduta
para o resto do mundo) e uma nação santa”
(Shemót 19:5-6).
O sogro de
Moshe, Yitró, se junta ao Povo Judeu no deserto, aconselha Moshe sobre a melhor
forma de servir e julgar o Povo -- apontando uma hierarquia de tribunais e juízes
intermediários -- e retorna a Midián, sua terra natal.
Os Dez Mandamentos são dados, sendo que os dois primeiros foram ouvidos direta
e pessoalmente de D’us, por cada
Judeu. O Povo, então, pede a Moshe para ser o intermediário na transmissão dos
oito Mandamentos restantes, pois toda aquela experiência estava sendo demasiadamente
intensa para eles.
A porção
conclui com o Todo-Poderoso dizendo a Moshe para instruir o Povo Judeu a não
fazer imagens de D’us. São
ordenados, então, a construir um altar de pedra, mas sem utilizar nenhum
instrumento metálico em sua construção.
Semana
passada lemos na Torá sobre a abertura do Mar Vermelho, a travessia do Povo
Judeu, o afogamento dos perseguidores egípcios e o cântico de agradecimento a
D'us pela salvação entoado por Moshe e todo os homens. Sobre as mulheres está
escrito: “Miriam, a profetisa, irmã de Aharon, pegou o seu tambor e todas as
mulheres a acompanharam com tambores e danças (Shemót
15:20)”.
Gostaria
de compartilhar com vocês, queridos(as) leitores(as), o seguinte artigo escrito
pelo Rabino Oizer Alport, do programa ‘Partners in Torah’ (www.partnersintorah.com).
Desfrutem a beleza de seu ensinamento!
Alguns chamariam de
otimismo insaciável. Outros de uma extrema confiança em D'us. Todos conhecemos
alguém assim, uma pessoa que irradia alegria e uma eterna segurança de que não
importa o quão sombria a situação pareça, a vida tem uma maneira curiosa de
desenvolver as situações para o melhor. Não que tenham vidas fáceis, pois na
realidade elas enfrentam muitos dos mesmos problemas com que nós nos
defrontamos. Entretanto, estas pessoas decidiram empenhar-se ativamente para
levar vidas felizes, transformando os proverbiais limões em limonada.
Recentemente voltei de uma viagem
para celebrar o 90º. aniversário de uma destas pessoas, a minha avó
Doroti. Qualquer um que a conheça pode descrever o calor de seu contagiante
entusiasmo. Quando o meu avô faleceu nove anos atrás, logo após seu 60º.
aniversário de casamento, ela recusou-se a se autodestruir pela perda e declarou,
com o seu sorriso contagiante, “A vida é para os vivos!”
De maneira similar, depois que o
Todo-Poderoso salvou o Povo Judeu abrindo o Mar Vermelho e afogando os seus
perseguidores, os homens cantaram uma bela canção de agradecimento a D'us. As
mulheres, entretanto, suplantaram os homens ao acompanhar o seu cântico com
música e danças. De onde as mulheres conseguiram instrumentos musicais no meio
do deserto?
Rashi, o rabino Shlomo ben Ytschak (França,
1040-1104), um dos maiores comentaristas da Torá e do Talmud, explicou que as
mulheres judias estavam seguras de que seriam merecedoras de mais milagres e
assim sendo, trouxeram consigo instrumentos musicais para tocar quando fossem
cantar louvores a D'us. Apesar dos séculos de sofrimento, elas permaneceram tão
otimistas sobre a iminente salvação que mesmo quando o Povo Judeu teve de sair
do Egito tão rapidamente que não houve tempo nem para a massa do pão crescer
(este é o motivo pelo qual comemos Matsá
em Pessach, uma massa de pão não crescida), elas empacotaram e trouxeram
instrumentos musicais para celebrar a redenção.
Recentemente houve uma tremenda seca
em Israel que ameaçava destruir toda a safra agrícola daquele ano. Isto
significaria a ruína financeira dos fazendeiros e uma possível catástrofe para
aqueles que ficassem sem alimentos. Dias de jejum comunitário e de preces foram
decretados, mas sem sucesso.
Os líderes rabínicos então ordenaram
que todos comparecessem ao Kotel (O Muro Ocidental, em Jerusalém) para
derramar seus corações e implorar pela misericórdia Divina. Após recitar alguns
capítulos de Tehilim (Salmos) e
outras orações apropriadas, o céu claro começou a ficar cinzento e repleto de
nuvens ameaçadoras, que logo deram lugar a um aguaceiro torrencial. Os
presentes estavam tão radiantes de alegria por suas preces terem sido atendidas
que nem se importaram que estavam ficando encharcados até os ossos. Todos menos
um senhor de idade, um Rebe sentado
numa cadeira de rodas que permanecia completamente seco – ele havia trazido um
guarda-chuva.
A vida seguramente nos manda muitos
desafios nas áreas de saúde, finanças, casamento e família. Ainda que os testes
que recebemos estejam além do nosso controle, podemos aprender uma importante
mensagem das mulheres judias que saíram do Egito: a escolha de perseverar e
viver cada dia com alegria e confiança está perfeitamente em nossas mãos!
Horário de Acender Velas de SHABAT: (17 de
fevereiro)
S. Paulo: 19:24
h Rio de Janeiro 19:10
Recife 17:23 Porto Alegre 19:50 Salvador 17:42 Curitiba 19:37
B. Horizonte 19:09 Belém 18:12
Brasília 19:21 Jerusalém 16:49 Tel Aviv 17:06 Miami 17:56
N. Iorque 17:14
“Lembre-se:
Eles são 10 Mandamentos e Não 10 Sugestões!”