Quem sou eu
- Paulinho Rosenbaum
- Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)
O que é melhor, ter fé ou ir à luta?
Temos que fazer os dois.
O Judaísmo chama isso de Bitachón e Hishtadlút.
Bitachon = ter confiança plena em Hashem.
+ Hishtadlut = ser pro-ativo e fazer o que estiver ao nosso alcance.
Um dos grandes exemplos da Torá: Nachshon ben Aminadav, da tribo de Yehudá (Judá), confia na salvação Divina e começa a andar para dentro do Mar Vermelho. Como consequência, o mar se abre!
O Judaísmo chama isso de Bitachón e Hishtadlút.
Bitachon = ter confiança plena em Hashem.
+ Hishtadlut = ser pro-ativo e fazer o que estiver ao nosso alcance.
Um dos grandes exemplos da Torá: Nachshon ben Aminadav, da tribo de Yehudá (Judá), confia na salvação Divina e começa a andar para dentro do Mar Vermelho. Como consequência, o mar se abre!
Imagem copiada do perfil de Mauro Weinstock, do Facebook. |
Meór HaShabat Semanal - Vaicrá 5777
VOCÊ
GOSTARIA DE PROPORCIONAR
ÀS FAMÍLIAS CARENTES
UM PESSACH MELHOR?
Dezenas
de famílias não têm condições de adquirir produtos para Pessach. As duas
instituições abaixo estão se esforçando muito para prover Matsá, vinho e outros
produtos casher para Pessach a estas famílias carentes. São instituições muito
sérias e eu também as ajudo com dinheiro. Envie sua contribuição para:
UNIÃO O JUDAICA KEH HAYREIM – BANCO ITAÚ – AG.
0064 – C/C 44.122-3
Maiores
informações com o Rabino Horowitz – tel:
011-3589-9901 – CNPJ: 05.112.407/0001-24
ORGANIZAÇÃO ISRAELITA O.I.S.E.R.
- BANCO BRADESCO – AG. 114 – C/C 79.589-5
Maiores
informações com a Sra. Rebeca – tel:
011-3062-9710 - CNPJ:
45.884.426/0001-93
Cumpra esta mitsvá
especial de Maót Hitim, de ajudar os carentes a terem alimentos para Pessach!
BOM DIA! O primeiro Seder de
Pessach será na noite de segunda-feira, 10
de abril, menos de duas semanas a partir de hoje!
O que precisamos saber para nos prepararmos para Pessach? Com
certeza muito mais do que posso compartilhar com vocês nas duas próximas
semanas. Por isto, além da leitura do Meór HaShabat, recomendo-lhes nossa
espetacular homepage (em inglês): www.aish.com/passover ou
espanhol: http://www.aishlatino.com/h/pes/.
Alguns anos atrás, após Pessach, recebi uma carta de uma jovem. Ela havia
ido ao que chamou de um Seder tipo “vamos correr com a Hagadá e comer logo”. O
anfitrião era cínico e evasivo e ela estava muito chateada. Durante a refeição,
ela reuniu toda a sua coragem, tirou uma cópia do Meór HaShabat e leu o trecho reproduzido abaixo. E me escreveu: “Rabino, o tom da noite mudou
completamente. Quando acabei de ler houve um profundo silêncio, e aí irrompeu uma
tremenda discussão sobre a natureza da Liberdade e o que a Torá diz a respeito”. Talvez vocês achem bom ler a
seguinte passagem no seu Seder! Eu adoro
esta história!!
Quem é Realmente Livre e Como
Conseguimos a Liberdade?
O ano é 1978 e o nome do homem é
Yossef Mendelovich. O cenário: uma cela úmida, nas profundezas do presídio de
Christopol, na União Soviética. A data é 12 de abril. No calendário judaico é
14 de Nissán, um dia antes de começar Pessach.
Yossef é um prisioneiro. Apesar de estar
um "caco" de gente, vai acender uma vela. Feita de fiapos de corda
amontoados, gotículas de óleo e finos pedaços de cera, esta é a vela moldada
pelas mãos de Yossef. A vela está acesa: a procura do Hamêts tem início.
Algum tempo atrás, Yossef havia
reclamado de dor nas costas. O carcereiro providenciou-lhe mostarda, para
servir como pomada terapêutica. Não usada naquele instante, a mostarda
reapareceria mais tarde como Marór
(erva amarga) na mesa do Seder de Yossef (mesmo sabendo que com mostarda não se
cumpre a Mitsvá de comer Marór). Uma cebola, há muito tempo
mergulhada em água, produziu um humilde vegetalzinho verde. Este seria o seu Karpás. E o vinho? Uvas passas haviam
sido deixadas de molho num velho vidro de geleia, água era adicionada de vez em
quando, e ele aguardava que a fermentação ocorresse. Isto era o vinho. A Hagadá
que Yossef havia transcrito num pequeno caderno de notas antes de ser preso, já
a sabia de cor. A original foi secretamente passada para outro "perigoso"
inimigo do Estado: Anatoly Sharansky.
Seria Yossef livre? Ele não podia
fazer o que quisesse. Foi-lhe negada até a liberdade de saber quando o sol
nascia e quando as estrelas começavam a brilhar. Para Yossef, o mundo dos
homens livres nem havia começado a existir.
Ainda assim, Yossef talvez fosse
mais livre que os seus captores. Claramente consciente, ele sabia exatamente
quem era, o que queria, e estava preparado para pagar qualquer preço por isto.
Hoje ele anda pelas ruas de Israel, estuda Torá e compra caixas e caixas de
Matsá para servir em seu Seder. Ele é um homem livre agora da mesma forma que o
era atrás das paredes daquela prisão sem vida.
Vaicrá - começa o Levítico, terceiro Livro da Torá
Alef, o pequeno notável.
א
Antes de mais nada esclarecemos que vamos falar da primeira letra do alfabeto hebraico.
Isso que você pode estar pensando era um ser intergalático que tinha num seriado da TV.
Então vamos lá: sempre que começa o Sêfer Vaicrá, terceiro livro da Torá, os rabinos tecem "n" comentários sobre a tal da letra "Alef" pequeninha que aparece no fim da palavrá Vaicrá, que abre o texto.
Vaicrá significa "Ele o Chamou" a nível de reverência, de respeito.
O comentário oficial diz que Hashem chamou Moshé para parabenizá-lo pelo sucesso da construção do Mishcán, o Santuário Divino.
Moshé achou que não merecia todo esse confete, por isso queria que a palavra Vaicrá fosse escrita sem "Alef", que aí se escreveria "Vaíkar" - tipo: vem cá, ô psit, o do cajado.
(Foi assim que Hashem falou com Bilam, profeta anti-Israel de caráter repugnante).
O Alef pequeninho da palavra Vaicrá foi uma barganha que Hashem fez com Moshé:
Hashem queria Vaicrá com um Alef do tamanho normal e Moshé queria sem Alef.
Então os dois concordaram em pôr um Alef menor, tipo meia-dose.
Veja só que cena estruchiante, caro leitor: D-us e Moshé discutindo o tamanho dum Alef!
ALEF é a letra número um do Alfabeto Hebraico e primeira letra de ELO-HIM (D-us).
Quando D-us chama alguém em tom de respeito, de carinho, é porque está satisfeito com a missão desta pessoa, seja esta pequena ou grande.
Isso deve servir de grande estimulo para todos nós quando fizermos uma mitsvá, um ato de bondade, uma shlichút (missão): mesmo que ela nos pareça pequena e que as pessoas não notem, para Hashem este ato será sempre digno de um ALEF grandão, maracanesco.
Por isso, devemos sempre confiar que Hashem está conosco escrevendo a história de nossas vidas, assim como Ele participou abertamente da vida de Moshé, a ponto de empatar no ALEF.
Saudações Tropicasher
Ouvindo positivamente
O atributo de escutar com interesse os
problemas dos outros nos dá a capacidade de conhecer e atender aos pedidos de
nossos amigos e familiares.
Se escutarmos atentamente poderemos até ouvir as
'entrelinhas', onde estão as suas necessidades e preocupações mais ocultas. E o
mais importante: ao ouvi-los, estamos lhes dando autoestima, validade e honra.
No Reino Celestial o
Todo-Poderoso escuta as boas palavras dos seres humanos e ignora todas as
acusações e observações negativas que são feitas.
Imitemos o Todo-Poderoso escutando com
interesse os nossos amigos e entes queridos – e filtremos os comentários
negativos. Desta maneira fortaleceremos os nossos relacionamentos, seremos
receptivos e pacientes com todos!
TAL - Tropicasher Air Lines |
Baseado no livro Tomer Devorá (capítulo 2),
de
autoria do Rabino Moshe Cordovero (Israel, 1522-1570)
Posso deixar o carro no mecânico no fim da tarde...Erev Shabat?
|
Porque falar Lashon hará é tão grave?
Lashon Hará (לשון הרע), significa má língua ou língua maledicente .
É um termo judaico para 'fofoca', 'calúnia' ou mesmo difamação para com alguma pessoa seja contra um judeu ou contra um não-judeu.
Maimônides, em seu comentário sobre Pirkei Avot (Ética dos Pais) condena tanto o lashon hará como qualquer outro ato que venha a quebrar uma lei da halachá, a lei judaica.
Segundo os Sábios do Talmud, falar Lashon Hará equivale cometer ao mesmo tempo os três piores crimes descritos pela Torá como os mais graves: matar, Praticar idolatria e relações incestuosas.
O Talmud vai ainda mais longe e cita falar bem de alguém como uma forma de Lashon Hará. Veja este exemplo: - Fulano está tão bem de vida, olha só que carrão ele tem.
Falar dos outros pode esconder resquícios de inveja, amargura ou até mesmo mau olhado.
De que devemos falar então? De assuntos edificantes, não da vida dos outros.
Existe alguma permissão para se falar Lashon Hará? Veja este video: EXEMPLOS.
O rabino Israel Meir Kogan, mais conhecido como o Chafetz Chaim, rabino da primeira metade do século XX, escreveu um livro intitulado SHMIRAT HALASHON, onde ele especifica em que casos podemos falar de alguém. O livro foi traduzido e pode ser adquirido na Livraria Sêfer: Cuidados com a Linguá.
É um termo judaico para 'fofoca', 'calúnia' ou mesmo difamação para com alguma pessoa seja contra um judeu ou contra um não-judeu.
Maimônides, em seu comentário sobre Pirkei Avot (Ética dos Pais) condena tanto o lashon hará como qualquer outro ato que venha a quebrar uma lei da halachá, a lei judaica.
Segundo os Sábios do Talmud, falar Lashon Hará equivale cometer ao mesmo tempo os três piores crimes descritos pela Torá como os mais graves: matar, Praticar idolatria e relações incestuosas.
O Talmud vai ainda mais longe e cita falar bem de alguém como uma forma de Lashon Hará. Veja este exemplo: - Fulano está tão bem de vida, olha só que carrão ele tem.
Falar dos outros pode esconder resquícios de inveja, amargura ou até mesmo mau olhado.
De que devemos falar então? De assuntos edificantes, não da vida dos outros.
Existe alguma permissão para se falar Lashon Hará? Veja este video: EXEMPLOS.
O rabino Israel Meir Kogan, mais conhecido como o Chafetz Chaim, rabino da primeira metade do século XX, escreveu um livro intitulado SHMIRAT HALASHON, onde ele especifica em que casos podemos falar de alguém. O livro foi traduzido e pode ser adquirido na Livraria Sêfer: Cuidados com a Linguá.
De qualquer forma, vale sempre a máxima Tropicasher:
em boca fechada não entra mosquito e não sai Lashon Hará.
Fontes: Talmud e Wikipedia
Porque usamos fios brancos no Tsitsit se a Torá ordena usarmos o Techélet?
É usado no Tsitsít (ציצית) afixado nos cantos de uma roupa de quatro cantos, tal como o Tallit (roupa vestida durante a oração (vide foto abaixo)
De acordo com o Talmud, o corante do Techelet era produzido a partir de uma criatura marinha conhecida como Chilazon, então fonte exclusiva do corante.
Um conjunto de Tsitsit, quatro borlas ou "franjas" com fios azuis produzidos a partir de um corante à base de Hexaplex trunculus |
Após a destruição do Templo em Jerusalém pelos romanos, o uso do corante Techelet foi rareando, até sua identificação desaparecer por completo.
Por este motivo a maioria dos judeus usa fios brancos: para que nenhuma outra cor se confunda ou seja identificada como Techélet. A norma é: se for uma proibição da Torá, devemos ser rigorosos com seu cumprimento. Como não sabemos o tom exato de azul do Techélet e não sabemos extaamente como identificar o molusco Chilazón, optamos pelo uso da cor branca, ou seja, "sem cor".
Alguns grupos judaicos afirmam pode identificar este molusco assim como extrair deste o tom exato do Techélet. Aplica-se aqui outra norma judaica: aqueles que seguem estes rabinos ou estas escolas rabínicas tem permissão para agir como eles e usar o Techélet.
O Techelet é mencionado no terceiro parágrafo das orações diárias conhecidas como Sh'ma Yisrael (שְׁמַע יִשְׂרָאֵל), Bamidbar - Parashat Shelach (Números 15: 37-41).
Um guia da Fundação Ptil Techelet mostra como um pedaço de lã, mergulhado na solução para o corante à base de Hexaplex trunculus, se transforma em verde-alho-por-alho na luz solar e, eventualmente, em azul (escuro) com um tom roxo. Sepia officinalis
Em 1887, o rabino Gershon Henoch Leiner, o Rebe de Radziner, pesquisou o assunto e concluiu que o Sepia officinalis satisfazia os critérios do Techélet. Então os chassidim (seguidores) de Radziner omeçaram a usar Tsitsit com fios tingidos de um corante produzido a partir deste cefalópode.
Alguns chassidim de Breslov também adotaram este costume devido ao pronunciamento de Rabi Nachman do pronunciamento de Breslov sobre a grande importância de usar Techélet e em emulação do rabino Avraham ben Nachram de Tulchyn, um proeminente professor de Breslov que aceitou a visão de seu contemporâneo, o Rebe de Radziner.
O rabino Yitschak HaLevi Herzog (1889-1959) obteve uma amostra deste corante e fez-o analisar quimicamente. Os químicos concluíram que se tratava de um conhecido corante sintético "azul prussiano" feito por meio da reação do sulfato de ferro com um material orgânico. Neste caso, o Sepia apenas forneceu o material orgânico que poderia ter sido tão facilmente fornecido a partir de uma vasta gama de fontes orgânicas (por exemplo, sangue de boi). R. Herzog rejeitou assim o Sepia como o Chillazon e alguns sugerem que se o Grand Rabi Gershon Henoch Leiner soubesse este fato, ele também o teria rejeitado com base em seu critério explícito de que a cor azul deve vir do animal e que todos os outros aditivos são autorizados apenas a auxiliar a cor na aderência à lã.
Assim sendo, consulte sempre uma autoridade rabínica para saber se é possível usar determinado tipo de Techélet, do contrário é preferível continuar usando fios brancos como a maioria dos judeus,
Tsitsit com fio azul produzido
a partir de Hexaplex trunculus
|
Fonte: Wikipedia com adendos históricos.
Parashá: Vaiakhel/Pekudei - a construção do MISHCAN (Tabernáculo)!!
Assuntos Principais da Parashá Vaiakhel
O Serviço do Mishkan (35:1)
Na parashá anterior aprendemos a respeito das atividades envolvidas com a construção do Mishkan do modo como Hashem ordenou a Moshé. No dia seguinte ao Yom Kipur, quando Moshé desceu do Monte Sinai com as duas novas Tábuas da Lei, reuniu o povo judeu para ensinar-lhes a ordem da construção do Mishkan assim como de todos os seus utensílios, do modo como lhe foi ordenado.
A Santidade do Shabat (35:2-3)
Moshé abre o seu discurso com a obrigação do cumprimento do Shabat, para ensinar ao povo judeu, assim como na parashá anterior, que a construção do Mishkan não afasta a santidade do Shabat e não desobriga as proibições do sétimo dia da semana.
Um chamado aos voluntários (35:4-20)
Moshé conclama os judeus a doarem ouro, prata, cobre e demais materiais exigidos na construção do Mishkan e de seus utensílios. Faz também um chamado aos artesãos e especialistas para que dediquem suas habilidades e tomem parte desta tarefa.
Os judeus respondem positivamente a este chamado (35:21-29)
A Torá relata o entusiasmo com o qual o povo judeu responde ao chamado de Moshé; homens, mulheres, crianças, todos são voluntários e doam tudo o que tem em suas casas para a construção do Mishkan.
Indicação dos responsáveis chefes das atividades (35:30-35)
Sob as ordens de Hashem, Moshé aponta Betzalel ben Uri ben Chur da tribo de Iehudá como chefe das atividades artesanais do Mishkan e ao seu lado, Ahaliav ben Achissamach da tribo de Dan. Ambos eram dotados de um talento impar para este tipo de atividade e assim que foram indicados para suas funções Hashem os encheu de Ruach Hakodesh (espírito Divino) para que pudessem cumprir integralmente e sem falhas com suas missões.
Em clima de entusiasmo (36:1-7)
Os artesãos do Mishkan são chamados a Moshé para receber os materiais necessários. Enquanto isso as doações prosseguem incessantemente. Os artesãos pedem a Moshé que o povo pare de doar materiais ao Mishkan, pois a quantidade de material é imensa e não há necessidade de mais doações. Moshé manda uma mensagem aos acampamentos judeus e as doações cessam.
As cortinas do Mishkan (36:8-19)
Os artesãos do Mishkan fizeram suas cortinas tecendo uma fiação feita com diversos materiais. A fazenda continha vários desenhos, tecidos com sabedoria e esmero e que representavam diversas figuras. O Mishkan media 30x10 Amot (15x5 m) e coberto por panos por todos os lados. Os panos eram amarrados uns aos outros por meio de ganchos de ouro e argolas. As coberturas superiores do Mishkan tinham desenhos de animais.
A Estrutura do Mishkan (36:20-34)
O Mishkan era construído com uma estrutura de madeira e vigas de Acácia, cuja altura era de 10 Amót (5 metros) e a largura de uma Amá e meia (75 cm). As vigas eram encaixadas em bases de prata ligadas uma à outra por trincos. Ambos, vigas e trincos eram revestidos de ouro.
A cortina e o véu de entrada (36:35-38)
A cortina (Paróchet) que separava a parte dianteira (ocidental) do Mishkan e o Hechál era também feita de uma espécie de crochê com figuras de anjos; ou seja, uma cortina bordada e enfeitada. A Paróchet era suspensa por colunas de madeira folheadas a ouro.
A entrada do Mishkan também era separada por uma cortina bordada e suspensa por vigas de madeira revestidas de ouro.
O Aron, o Capóret e os Kerubim (37:1-9)
No Santo dos Santuários (Kodesh Hakodashim), o lugar mais sagrado do Mishkan estava a Arca da Aliança (Aron) e dentro dele as Tábuas da Lei. O Aron era feito de acácia, como um baú com uma abertura superior. Este baú era encaixado dentro de uma estrutura de ouro com o mesmo formato e dentro dele outro baú, também de ouro. Deste modo a Arca era revestida de ouro por dentro e por fora. Em torno da borda da Arca, Betsalel fez um ramalhete de ouro. Os quatro cantos continham argolas por onde passavam as barras que serviam para transportá-lo. Por sobre a Arca um tampo de ouro que a fechava. Sobre este tampo haviam duas figuras aladas com as asas abertas, que tinham o rosto de um bebê e que fitavam uma à outra.
A Mesa (37:10-16)
A Mesa servia de suporte para o Pão da Proposição (Lechem hapanim) – 12 pães em forma de U, cuja face ficava voltada para fora. Betsalel fez a Mesa de acácia e a revestiu com ouro puro. A Mesa também possuía uma estrutura com quatro cantos ornados e em cujas argolas passavam barras de transporte.
Os artesãos do Mishkan fabricaram utensílios variados para possibilitar o seu trabalho – pás, bacias, tenazes etc – feitos de ouro puro.
A Menorá (37:17-24)
A Menorá também ficava no Hechal. Sua singularidade era ter sido feita de uma só peça, sólida e maciça, sem encaixes, parafusos ou soldas. Todos os detalhes da Menorá precisavam ser talhados a partir de um bloco maciço. A Menorá possuía Sete braços – 3 de cada lado e um braço central. Os utensílios feitos para limpeza, acendimento e manutenção da Menorá também eram feitos de ouro puro.
O Altar do Incenso (Mizbeach Haketoret) 37:25-28
Além do Altar que ficava no Hechal do Mishkan e era destinado às oferendas, havia um outro Altar, menor, revestido de ouro, sobre o qual se ofereciam os incensos. Este Altar era feito de acácia, era quadrilátero e media meio metro quadrado. Sua altura era de um metro. Também era ornado nos cantos com argolas por onde passavam barras que serviam para transportá-lo durante a jornada dos judeus até chegarem em Israel.
O Incenso e o óleo da unção (37:29)
Betsalel preparava um óleo especial para ungir o Mishkan, seus utensílios, bem como os Cohanim, assim como o incenso (Ketoret Hassamim), feita com onze especiarias. Tudo isto o fez de acordo com a fórmula dada por Hashem a Moshé no Sinai como descrito na parashá Tetsavê.
A Oferenda de Elevação (Mizbeach Haolá) 38:1-7
Na parte externa do Mishkan, havia um altar de madeira coberto de Cobre – o Altar Externo, onde eram feitos os sacrifícios. Media 2,5 metros quadrados e sua altura era de 1.5 m. Este Altar também era dotado de argolas por onde passavam barras que serviam para o seu transporte. Este Altar era oco, e quando os judeus estacionavam o enchiam de terra. Em seus quatro cantos haviam chifres cobertos de cobre. Restava fazer uma rampa pela qual os Cohanim subiam para fazer as oferendas.
O Lavatório (38:8)
Para santificar os pés e as mãos dos Cohanim, Betsalel fez um lavatório de cobre sobre uma base de cobre, com as doações dos espelhinhos das mulheres de Israel, que os usavam para se enfeitar para os esposos.
O Pátio do Mishkan (38:9-20)
O Mishkan era construído sobre uma área cujo comprimento era de aproximadamente 50 metros e cuja largura era de aproximadamente de 25 metros. A maior parte desta área servia como um pátio para o Mishkan – a Azará. O pátio era cercado por cortinas de linho torcido estendidas sobre colunas de madeira fincadas sobre bases de cobre. O próprio Betsalel revestiu estas colunas de prata, bem como os ganchos sobre as quais elas eram estendidas.
(esta Parashá contém 122 pessukim)
Assuntos Principais da Parashá Pekudê
O Senso das doações e Sua função (38:21-23)
A parashá Pekudê conclui o Sefer Shemót, assim como a descrição das atividades relativas á construção do Mishkan. Moshé Rabeinu e seu sobrinho Itamar, o Cohen, junto aos chefes das atividades de construção do Mishkan, Betsalel e Ahaliav contabilizam as doações do povo judeu, calculam os totais e as destinam a diferentes atividades.
As doações de metais (38:24-31)
A Torá contabiliza a quantidade de ouro recolhida com as doações do povo judeu, mas não detalha seus diversos usos. O ouro fora destinado principalmente à Menorá, ao revestimento da Arca, ao Altar interno e à Mesa.
A Torá divide as doações da prata de acordo com suas finalidades: as bases do Mishkan, da Paróchet, os ganchos das colunas, o revestimento das maçanetas e dos engates.
As doações de cobre também são detalhadas pela Torá: elas foram utilizadas para as bases da abertura da Tenda da Reunião (Ohel Moed), como revestimento de fundo para o Altar Externo e seus utensílios, para as bases das colunas do pátio e do portal do pátio, assim como as pás do Mishkan, e as pás do pátio que serviram para amarrar as cortinas.
As vestes de Santidade de Aharon (39:1-31)
As doações de materiais de lã e fios variados serviram de material para confeccionar os tecidos e panos usados para cobrir o Mishkan, quando ele era transportado desmontado. Os mesmos fios eram usados para confeccionar as vestes sacerdotais do Cohen Gadol e demais Cohanim. Aqui a Torá descreve a fabricação das vestes sacerdotais do modo como menciona a Parashá anterior (não necessariamente nesta ordem)
O Efod: tipo de avental que o Cohen veste por trás, na frente do peito até os tornozelos. Da parte superior do Efod descem duas faixas: uma contorna o corpo do Cohen e é fechada na frente, e duas ombreiras, fechadas atrás do pescoço. Sobre elas eram colocadas 2 pedras talhadas com os nomes das 12 tribos de Israel, 6 sobre cada pedra.
O Choshen: sobre um tecido trançado com cinco diferentes fios eram incrustadas doze pedras preciosas; em cada uma era esculpido o nome de uma tribo. Além disso eram esculpidas letras que formavam as palavras “Avraham, Itschak, Yaacov, Shivtê Ieshurun”. O Cohen levava o Choshen sobre o peito, por cima do Efod. O Choshen ligava-se ao Efod por meio de duas correntes de ouro. Por sob o Choshen eram colocadas duas moedas entrelaçadas com fios de Techelet e fixadas a argolas presas às ombreiras, para que ele não balouçasse com o caminhar do Cohen. Sobre o Efod costuraram um pergaminho com o Nome do Eterno. O Choshen servia como uma espécie de “oráculo”, ou seja, o Cohen Gadol poderia formular perguntas sobre assuntos primordiais e referentes ao bem estar de todo o povo – as letras do Choshen cintilavam indicando a resposta vinda dos Céus.
O Meil: por cima do Efod o Cohen vestia um manto feito com fios de lã de cor Techélet. A este manto eram costurados 72 sinos que tilintavam quando o Cohen se movimentava.
O Tsits: sobre a testa do Cohen era colocada uma tiara de ouro com os dizeres “Kodesh LeHashem” – dedicado ao Eterno – onde Seu Nome era escrito com as Letras Sagradas do Tetragrama. Um fio de Techélet dava a volta por trás da cabeça por ambos os lados enquanto outro fio subia pelo alto da cabeça e unia-se ao anterior por trás da nuca.
A Cotonet: era feita de linho, trançada em quadrinhos e fechada por todos os lados, de modo que poderia ser vestida apenas pelo pescoço. O Cohen vestia a Cotonet sobre o corpo, a fechava com Abent e sobre ela vestia o Meil e o Efod.
A Mitsnefet/Migbaat: O Cohen Gadol vestia um chapéu de linho, feito de uma faixa de oito metros de que o Cohen enrolava sobre a cabeça até adquirir a forma de um turbante. Os Cohanim ordinários vestiam um turbante semelhante, com o formato de um chapéu.
Sã concluídas as atividades de construção do Mishkan (39:32-43)
Os filhos de Israel, e à sua frente os artesãos “sábios de coração” concluíram a confecção de todos os elementos do Mishkan. Para atestar a conclusão deste processo, levaram suas partes e utensílios até Moshé Rabeinu. Moshé demonstrou enorme satisfação com a qualidade do trabalho realizado e como ele se adequava exatamente ao que D-us havia ordenado. Moshé abençoa todos os que trabalharam no Mishkan: “Que a Presença Divina paire sempre sobre vossas ações” e com um versículo que mais tarde faria parte dos Salmos (90): “Que sobre nós pouse Tua graça, faze prosperar as obras de nossas mãos”.
A ordem Divina para erguer o Mishkan (40:1-16)
Hashem ordena que Moisés erga o Mishkan no primeiro dia do primeiro mês – Nissan. A Torá começa a relatar a comando Divino do posicionamento de cada um dos elementos do Mishkan no seu lugar apropriado; a unção dos utensílios; a vestimenta dos Cohanim com suas roupas especiais e sua unção com o óleo especial para isto.
Moshé ergue o Mishkan (40:17-33)
É chegado o grande dia, primeiro de Nissan, quase um ano após a saída dos judeus do Egito (15 de Nissan). Moisés ergue o Mishkan e posiciona cada um dos seus elementos no seu lugar adequado.
A Shechiná – Presença Divina - paira sobre o Mishkan (40:34-38)
Com o erigir do Mishkan completa-se o mandamento “E pousareis sobre vós” e como diz o versículo: “E cobriu a nuvem a tenda da reunião, e a glória do Eterno encheu o Tabernáculo”. A presença desta nuvem sobre o Mishkan sinalizava para os judeus e continuação de sua parada em determinado lugar. Quando a nuvem começava a subir por sobre o Mishkan, o povo de Israel sabia que deveriam desmontá-lo, assim como todo o acampamento e prosseguir sua jornada.
(esta Parashá contém 92 pessukim)
R.Shmuel Lancry - Beit Hassofer - 989312690.