B"H
BEIT CHABAD “OHEL YOSSEF”
VILA MARIANA
R. S.
Samuel, 69 Fone: 5572-2312
Inspiração
Semanal – Reê.
· Acendimento
das velas* de Shabat em S. Paulo (18/08) – 17:31
· Término de Shabat em S.
Paulo (19/08) – 18:25
Cuidado Com o Que Você Pensa!
Por Levi Avtzon
Em nossa época de honestidade política,
muitos cuja obrigação os aproxima com frequência de um microfone têm adotado a
suposta atitude de “não faz diferença aquilo que você pensa, tudo que importa é
aquilo que você diz.” Um fanático silenciosa é um amante do ser humano. Um
intolerante que diz o que pensa é a personificação do mal.
O que temos
então é um punhado de políticos, figuras da mídia e líderes em todas as áreas
que fazem cursos especiais sobre “como não dizer aquilo que você pensa, mas sim
o que é aceitável,” e sobre “jamais verbalize sua intolerância pois pode haver
um gravador escondido sob a sua cadeira.” Nos últimos anos temos visto muitas
pessoas caindo de seus altos cargos por dizerem a coisa errada na hora errada.
Importantes carreiras se desintegraram graças a “um instante de fraqueza”.
Muitos sábios e homens comuns estão se perguntando se as pessoas merecem ser
empurradas morro abaixo apenas por causa daquele “instante de fraqueza”.
E o senso
comum grita: Verdade? Um instante de fraqueza, foi só isso? E quanto à “uma
vida inteira de fraqueza”, quando durante anos e anos a mente teve permissão de
nadar num mar de ódio? Não fica óbvio que não foi o deslize de uma língua, mas
sim uma avalanche da mente?
No Livro do
Deuteronômio encontramos vários versículos que começam com as palavras: “Se
você dissesse em seu coração…”
Se você
pudesse dizer em seu coração: “Essas nações são mais numerosas do que eu; como
poderei desterrá-las?” (7:17)
Você dirá
em seu coração: “Meu poder e a força da minha mão me trouxeram essa riqueza…”
(8:17)
Moshê está
advertindo os judeus a não alimentar sentimentos de temor e arrogância em seu
coração. Ele os adverte não por correção política - “cuidado com o que diz” -
mas sim, “seja cuidadoso com o que pensa e sente.” E o motivo é óbvio: uma
língua não tem uma mente própria; simplesmente exprime aquilo que está dentro
da mente. É a criança de dois anos que compartilha com o mundo as conversas
secretas de seus pais.
Nosso
sábios criaram a declaração de que a pessoa deveria ser “boca e coração
iguais.” Não se trata daquilo que você diz, é mais o que você pensa. A lição a
ser extraída disso tudo?
Racismo,
ódio, intolerância e maledicência deveriam ser deletadas muito antes de as
palavras chegarem ao microfone. Depois que chegaram à estação da mente já é
tarde demais; o trem está para partir. E então, não há volta.
Shabat Shalom,
Rabino Eddy Khafif
www.ptchabad.org
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