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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

O Décimo Primeiro Mandamento e o final do ano - 31 de Agosto, 2020 - 11 de Elul, 5780


O Décimo Primeiro Mandamento
e o final do ano


É sabido que aqueles que viveram com o Chafetz Chaim testemunharam como ele ia até seu quarto após a meia-noite, quando todos estavam adormecidos e trancava sua porta. Lá, ele costumava conversar com Hashem com suas próprias palavras. Ele sempre começava agradecendo e louvando Hashem por todas as berachot que Hashem lhe havia dado. Ele era muito específico com cada uma destas berachot, e considerava cada uma delas como um presente maravilhoso.
 
Agradecer Hashem não é somente “um gesto bonito de se fazer,” ambos Rabbenu Yona e o Sefer Charedim consideram como um mandamento positivo da Torah. Até mesmo ao apenas pensarmos sobre as bondades que Hashem faz para nós já é uma mitzvah. Se uma pessoa se encontra em algum momento em uma fila ou em uma sala de espera de um consultório, ela pode aproveitar este tempo de forma muito produtiva pensando sobre as bondades de Hashem e o quanto Hashem a tem abençoado.
 



O Midrash em Mishle diz, que embora Hashem tenha milhões de anjos servindo-O e louvando-O o tempo todo, tudo que Ele quer são os nossos louvores, Bnei Yisrael. O Birkat Avraham escreve que se uma pessoa fosse ao palácio de um rei e pedisse ajuda monetária, a encaminhariam ao tesoureiro. Se uma pessoa pedisse ajuda médica, ela seria encaminhada ao encarregado da saúde. Mas se uma pessoa viesse e pedisse para agradecer o rei pela forma que conduz o seu reinado, eles não a encaminhariam a nenhum oficial, eles abririam os portões e a deixariam agradecer o rei pessoalmente. Assim também, diz Rebi quando queremos agradecer Hashem pelo que Ele nos dá, os portões estão abertos e temos permissão para entrar no aposento principal do Rei para fazê-lo.  
 
Nós não temos ideia de quanto Hashem está fazendo por nós a cada momento do dia. O Yabetz perguntou por qual razão dizemos na Amidah, “רפאנו ה' ונרפא- Cure nos e seremos curados?” Por que até mesmo pessoas saudáveis pedem para que Hashem as cure? Aparentemente, a Beracha deveria depender da condição da pessoa. Se ela está saudável, ela deveria rezar, “Por favor, Hashem, proteja-me para eu não ficar doente.” O Yabetz respondeu, a questão é que simplesmente não temos ideia do que está acontecendo dentro dos nossos corpos. Há elementos interiores e prejudiciais dentro do nosso corpo e Hashem está constantemente curando-nos destes elementos. A Guemara diz, “אין בעל הנס מכיר בניסו – aquele que recebe um milagre, mas não tem ciencia do ocorrido” Além de todo bem revelado que Hashem nos dá, há muito mais que não temos conhecimento. Mas mesmo se apenas valorizássemos o que sim vemos, isto já seria um grande feito.

O Rav Elimelech Biderman contou a respeito de um jovem rapaz que tinha acabado de ter seu primeiro filho. Ele observava enquanto o doutor examinava o recém-nascido. O doutor tocou em cada um dos dedos do bebê e em seguida escreveu algo em seu prontuário. O jovem rapaz ficou ansioso. “Deve estar havendo algum tipo de complicação”, ele pensou, “se o doutor está fazendo anotações.” Então ele perguntou ao doutor, trêmulo, “Meu bebê é saudável?”

E o doutor respondeu, “Sim, ele está bem.”

Então o jovem pai perguntou, “O que o Sr. estava anotando?”

O doutor respondeu, “Uma das coisas que anotei foi quantos dedos seu filho tem. Graças a D-us, o seu bebê tem todos os dez dedos.”

Que presente ter os dez dedos. Não é suficiente agradecermos Hashem apenas pelo recém-nascido em geral, mas devemos agradecê-Lo por ter nos dado um bebê que tem mãos que funcionam, pés que funcionam, coração que funciona, cérebro que funciona. Cada aspecto é uma benção a mais.
 
Isto deveria ser usado como uma analogia para tudo o que temos na vida. Hashem nos dá a vida com muitos detalhes. Cada um dos detalhes que somos capazes de perceber é outra razão para agradecer Hashem. E sempre que agradecermos Hashem por mais uma bondade, seremos creditados com uma mitzvah da Torah, e assim daremos a Hashem, kaviyahol, o prazer de escutar os nossos louvores.
 

                                                                        -- Rav David Ashear

 

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Assuntos Principais da Parashá KI TETSE - Beit Hassofer


Assuntos Principais da Parashá KI TETSE

  

Mitsvót e Halachót

 

            Na Parashá Kitetsê Moshé continua a enunciar diante do povo uma série de mandamentos e leis sobre assuntos diversos, parte de forma extremamente resumida ou até mesmo num só versículo. Como mencionamos na parashá anterior, as leis enunciadas neste formato carecem da interpretação dos nossos sábios no decorrer das gerações e por isto não possuem efeito haláchico, além de não abarcarem o conteúdo completo dos assuntos nelas referidos.

 

 Cativas de guerra (21:10-14)

- Tomando em conta os impulsos humanos, a Torá permite desposar uma cativa de guerra encontrada durante as batalhas, ainda que isto não seja desejado.

- Para desanimar o soldado judeu de fazê-lo, a Torá ordena que esta mulher vista roupas feias, raspe a cabeça e deixa as unhas crescer, enquanto habita com ele durante um mês na mesma casa – na esperança que ele desista de desposá-la.

- Se realmente desistir de desposá-la, deverá deixá-la ir sem vendê-la como escrava, por havê-la levado para sua casa.

 

 O primogênito herda em dobro.

- O primogênito herda duas partes na herança ainda que seja filho da mulher odiada pelo pai.

 

O ‘Filho Rebelde” – Ben Sorêr Umorê.

- O filho rebelde é aquele que não ouve a voz do seu pai e da sua mãe, e cujo comportamento chega, de acordo com a interpretação dos nossos sábios, a dimensões desumanas e inimagináveis. Seus pais devem levá-lo ao Beit Din. De acordo ao veredito dos juízes, este filho deve morrer apedrejado. 

 

 É proibido fazer com que um homem pendurado pernoite (21:22-23)

- Se um homem for condenado à morte e pendurado, deve ser enterrado no mesmo dia e seu corpo não deve pernoitar, pois foi feito à imagem Divina [e isto é desprezo ao Eterno].

  

Devolução de perda e ajuda no caminho (221-4)

- Ao encontrar um animal ou objeto que pareça abandonado por ter sido perdido, o judeu deve tentar devolvê-lo a seu dono. A Torá enfatiza a proibição de desviar o olhar de um objeto perdido. Se o dono não for encontrado, a perda deve ser guardada.

- Vendo o jumento ou boi do seu amigo caídos no caminho, é dever ajudar a erguê-los e a carregar ou descarregar sua carga, conforme o caso. Aqui também é proibido desviar o olhar, como se nada estivesse acontecendo.

 

 Diferenciação entre os sexos (22:5)

- O homem é proibido de vestir roupas femininas e a mulher é proibida de vestir roupas masculinas. O modo de viver de ambos também deve ser diferenciado para evitar abominações e promiscuidade.

  

Shiluach a Ken – espantar a mãe passarinho do ninho (22:6-87)

- É proibido pegar filhotes ou ovos de um ninho enquanto a mãe estiver com eles. É preciso espantar a mãe e só então tomar os filhotes ou os ovos. Quem o fizer será abençoado com benesses e longa vida.

 

Maakê – parapeito no telhado (22:8)

- Ao construir uma casa é preciso fazer parapeitos no telhado e alertar contra qualquer perigo que atente á segurança dos transeuntes.

 

Kiláim [híbridos], Sheatnêz e Tsitsit (22-9)

- A Torá proíbe misturar espécies em diversos assuntos:

* É proibido plantar juntas sementes de trigo e de uva. Esta hibridação chama-se Kiláyim.

* É proibido lavrar com uma junta de boi e jumento ou animais de espécies diferentes.

* É proibido usar uma veste feita com lã e linho misturados (Sheatnêz).

- A Torá ordena uma vez mais a Mitsvá de Tsitsit, as franjas que devem ser colocadas numa vestimenta de quatro cantos. A proximidade com a Mitsvá de Sheatnêz ensina que para cumprir a Mitsvá de Tsitsit é permitido amarrar fios de lã numa roupa de linho. 

  

Proibições relativas ao ato e tipos de enlace proibidos (22:13-23-9)

 

- Se um homem desconfia que sua mulher o traiu com outro após tê-la adquirido com dinheiro e antes de coabitar com ela, deve submeter sua desconfiança á avaliação de um Beit Din. Se for constatada a traição, a mulher deve ser apedrejada. Mas se for provado que este homem inventou calúnias contra sua mulher por tê-la odiado, ele deverá ser açoitado, deverá pagar uma indenização aos pais da moça e ele não mais poderá divorciá-la.

- Se um homem tem relação com uma mulher casada, os dois sofrem pena capital.

- Se um homem tem relação com uma mulher comprometida por meio de dinheiro ou que não teve relações com outro homem: ambos sofrem pena capital.

- Quem viola uma moça comprometida sofre pena capital semelhante à de um assassino.

- Quem viola uma moça descomprometida deve pagar uma multa e casar-se com ela se for da vontade dela.

- É proibido casar-se com a ex-madrasta mesmo que não seja a sua mãe ou com a ex-esposa de um tio, irmão de seu pai.

- Em certos casos de esterilidade masculina não lhe permitem contrair núpcias.

- Um bastardo, ou seja, filho do adultério de uma judia casada, não pode casar-se com uma judia.

- Filhos de Amon e Moav no podem casar-se com moças judias mesmo se forem convertidos ao judaísmo por seus antepassados terem negado ajuda ao povo de Israel quando estes estavam a caminho da terra prometida.

- Edomitas e Egípcios, ainda que tenham sido duros e ferozes contra Israel, não podem ser menosprezados e podem desposar judeus e judias se convertidos ao judaísmo conforme a lei. Aos Edomitas é reservado este direito por serem descendentes de Esav, irmão de Jacob e os Egípcios, por terem dado guarita aos judeus durante o exílio no Egito. 

  

Pureza dos acampamentos de Israel (23:1-15)

 

- Durante a batalha é preciso manter a pureza dos acampamentos dos guerreiros judeus, pois o Anjo acusador [contra Israel] age quando há perigo.

- Um guerreiro que se impurificar deve ser afastado do acampamento até sua total purificação, que inclui aguardar até o por do sol e imergir num Micvê.

- É preciso afastar as latrinas do acampamento. Na falta de condições apropriadas de higiene é preciso dotar cada soldado pás e demais utensílios a fim de cuidar do recato e da pureza apropriadas a um exército por onde a Presença Divina caminha, e o Altíssimo os salvará dos seus inimigos.

  

É proibido entregar um escravo goi (23:16-17)

- Um escravo goi fugitivo que procura guarita entre os judeus não pode ser denunciado ou entregue. É preciso protegê-lo e prover suas necessidades.

 

 Proibição de prostituir (23:18-19)

- Mulheres e homens não podem se prostituir.

- Um pagamento por um ato destes não pode ser destinado a algo sagrado.

 

 Proibição de cobrar juros (23:20-21)

- E proibido emprestar dinheiro a juros. A proibição incorre sobre quem empresta e sobre quem solicita empréstimo. A Torá promete que os cumpridores desta lei recebem a benção Divina. É permitido emprestar a um não judeu a juros.

  

Cumprimento de votos (23:22-24)

- Quem faz uma promessa a Hashem, de levar oferenda ou seu valor em dinheiro ao Mikdash, não deve demorar a pagá-lo num prazo além das três Festas da Torá.

  

O trabalhador deve comer no seu local de trabalho (23:25-26).

- Quem trabalha na vinha de um companheiro pode comer de suas uvas até saciar-se, mas não pode levar deste alimento consigo. A Torá proíbe colher frutos para consumo próprio com uma foice, permitindo comer somente o que puder pegar com as mãos.

 

 

Casamento e Divórcio (24:1-5)

 

- Quem desposa uma mulher poderá divorciar-se dela somente quando puder apresentar motivos convincentes. O processo de divórcio deve seguir todos os procedimentos de um Guet.

- Após o recebimento do Guet esta mulher pode casar-se novamente.

- Se esta mesma mulher divorciar-se novamente ou seu marido falecer, não poderá casar-se novamente com o primeiro esposo.

- Quem desposa deve tratar a mulher de modo especial durante o primeiro ano de casamento. Durante este ano o homem não deve tomar sobre si incumbências militares ou outra que o afaste de seu lar e de sua esposa. Durante este ano o homem deve dedicar mais tempo a sua mulher e alegrá-la sobremaneira.

  

Comportamentos sociais e fiduciários (24:6-25-4).

 

- Se um homem tomar penhor por causa de uma dívida fica proibido de tomar o instrumento de trabalho do devedor.

- Quem seqüestra um judeu e o obriga a servir como escravo sofrerá pena capital.

- É proibido falar da vida alheia. A Torá lembra o caso de Miram que contraiu lepra porque falou de Moshé. A Torá também proíbe raspar a lepra do corpo. Sua cura é espiritual é deve ser promovida por um Cohen.

- Quando emprestar algo ao próximo não entrará em sua casa para lhe tomar o seu penhor, permanecendo do lado de fora para recebê-lo.

- Se o credor precisar tomar penhor de um pobre, algo como um cobertor, deverá devolvê-lo com o por do sol para que o pobre tenha com que se cobrir à noite.

- É proibido reter o pagamento de um trabalhador, especialmente se for de um pobre.

- É proibido condenar alguém à morte pelo testemunho do seu filho ou pai.

- É proibido desvirtuar um juízo, mesmo em favor de alguém em má situação.

- É proibido penhorar os bens de uma viúva.

- Após a colheita é proibido a colheita de feixes ou quantidades pequenas do campo ou voltar para pegá-las. Devem ser deixados para os pobres.

- Nas vinhas, assim como nos campos, devem ser deixados para os pobres os “cantos” e as partes superiores dos vinhedos. A Torá enuncia outros tipos de cantos e sobras das plantações que devem ser deixados para o benefício dos pobres.

- Um condenado ao açoite não pode receber além do que o juiz decretar.

- Não se pode amarrar a boca do boi quando ele estiver debulhando.

  

Levirato (Iebum) e Chalitzá (25:5-10).

- Se um homem morre sem filhos o irmão deve desposar sua viúva para dar prosseguimento à sua semente. Quem o faz recebe o nome de Iabam, a mulher é chamada Iabamá e o processo chama-se Iebum.

- Se o irmão do falecido não quiser desposar a cunhada, é feito um ritual chamado Chalitzá. Os dois comparecem ao Beit Din, onde a viúva descalça a sandália do irmão que se desobriga, cospe no chão diante dele e proclama: “Assim deve ser feito a um homem que se recusa a edificar a casa de seu irmão”.

 

 

Indenização por causar vergonha (25:11-12).

- Quando duas pessoas brigam e a mulher de um causa um dano ao outro pegando em suas vergonhas, deve pagar uma multa por isto.

 

Honestidade no comércio (25:13-16)

- É proibido enganar o próximo em pesos e medidas, assim como tudo o que estiver relacionado a isto.

 

Apagar a memória de Amalek (25:17-19)

- A Torá volta a lembrar o pecado do povo amalecita que avançou contra Israel no caminho, após saírem do Egito. A Torá ordena lembrar o que fizeram e não esquecer de apagar a memória de Amalek.

  

Esta parashá contém 110 versículos.




Praia ou Prece?

ASSUNTOS DA PARASHAT KI TETSÊ - Rabino Efraim Birnbojm

 

ASSUNTOS DA PARASHAT KI TETSÊ
- Mulheres cativas de guerra
- A porção do Primogênito.
- O Filho Rebelde.
- Enforcamento e enterro do corpo.
- Devolução de objetos perdidos.
- O Animal caído.
- Proibição de homens usarem roupas de mulher e vice versa.
- Espantando a mãe pássaro.
- Parapeito.
- Agricultura Mista e Combinações proibidas.
- Tsitsit.
- A mulher casada difamada.
- Se a acusação é verdadeira e o castigo por adultério.
- A jovem comprometida.
- Violação.
- Casamentos proibidos: A esposa do pai, genitais mutilados, Bastardo, Amonitas e Moabitas, Edomitas e Egípcios.
- Santidade do acampamento do exército.
- Abrigando escravos fugitivos.
- Proibição de prostituição.
- Cobrança de Juros.
- Mantendo as promessas.
- O trabalhador em uma videira e no campo.
- Divórcio e novo casamento.
- Isenção da guerra no Shaná Rishoná.
- Proibição de pegar a pedra do moinho como objeto de garantia.
- Sequestro.
- Lembrança do erro de Miriam e a Tzaraat.
- Garantia para empréstimos e a honra do devedor.
- Pagamento de salários na data certa.
- Responsabilidades individuais.
- Consideração pelas viúvas e órfãos.
- Presentes da colheita aos pobres (Leket, Shichechá e Peá).
- Chicotadas.
- Levirato (Ibum e Halitzá).
- Pessoa que ataca seu companheiro.
- Pesos e Medidas corretos.
- Lembrando Amalek.
 

USANDO O MAL PARA FAZER O BEM - PARASHAT KI TETSÊ 5780 (28 de agosto de 2020)

 
“O rabino estava tendo muitas dificuldades com a sua comunidade, em especial com um dos frequentadores, Eduardo, que tinha características muito ruins. Talvez um dos piores defeitos de Eduardo era fazer piadas nas horas mais impróprias, em especial durante as aulas do rabino. Ele queria sempre falar algo engraçado ou irônico, mesmo que estragasse completamente a mensagem que o rabino queria transmitir.
 
Certa vez, em uma palestra que estava lotada, o rabino estava transmitindo uma mensagem justamente sobre o nosso trabalho de Midót (traços de caráter). O rabino ensinou que todas as nossas Midót e forças podem ser utilizadas para o bem, até mesmo as coisas que parecem ser apenas negativas, como a inveja, a mesquinhez e a raiva. Por exemplo, a inveja pode ser canalizada para aumentar a nossa vontade de crescer espiritualmente, nos espelhando nas pessoas espiritualmente maiores. A mesquinhez pode ser utilizada como um “freio”, para não gastarmos nosso dinheiro com vanidades e futilidades. A raiva pode ser canalizada para lutarmos contra as injustiças. E, assim, o rabino foi descrevendo várias Midót ruins, mas que podem ser utilizadas para fazer o bem.




 
Porém, no meio da palestra, Eduardo levantou a mão, pedindo permissão para fazer uma pergunta. O rabino logo percebeu que a intenção era fazer alguma piada ou deboche, mas não podia ignorar aquela mão levantada, já que havia dado permissão para outras pessoas falarem. Assim que recebeu permissão, Eduardo começou a falar:
 
- Rabino, então você está dizendo que todas as nossas Midót e forças podem ser utilizadas de maneira positiva, né? Isto quer dizer que também existe algum uso positivo da “Kofrut”, a vontade de negar D’us?
 
Eduardo se sentiu realizado. Sua pergunta certamente deixaria o rabino embaraçado e destruiria sua palestra. Porém, o rabino abriu um enorme sorriso e disse:
 
- Eduardo, obrigado pela excelente pergunta. Você sabe como pode fazer para utilizar a “Kofrut” de forma positiva? Toda vez que alguém te pedir ajuda, não diga “Que D’us te ajude”. Neste momento, se comporte como se D’us não existisse. Levante-se e faça a sua parte.”
 
Há momentos em que mesmo as nossas piores Midót podem, e devem, ser utilizadas para fazer o bem.

 
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