Assuntos Principais da Parashá KI TAVÓ
Bicurim – Primícias (26:1-11)
Moshé rabeinu prossegue anunciando ao povo de Israel mandamentos e leis sobre suas obrigações logo ao entrarem na Terra de Israel. Nossa parashá inicia com a Mitsvá de Bicurim, cuja obrigação começa somente após a conquista da terra santa e sua conseqüente divisão entre as tribos.
Esta Mitsvá incorre sobre as sete espécies com as quais foi abençoada a terra de Israel. No momento em que o agricultor judeu constata os primeiros frutos no seu campo, deve sinalizá-los. Quando subir a Jerusalém nas festas judaicas, encherá uma cesta com suas primícias e a levará ao Cohen, que levanta a cesta junto a seus donos. Estes tomam a cesta novamente e recitam um pequeno trecho, que narra principalmente a história do povo judeu e seu agradecimento pela benção de D-us.
Queima dos Dízimos (26:12-15)
Os seis anos contados entre um Ano Sabático (Shemitá) e outro foram divididos em etapas durante cada qual com sua lei referente ao dízimo (Maassêr). No quarto ano, antes da festa do Pessach, todo judeu tem a obrigação de verificar o que ficou em seu poder do dizimo do terceiro ano, que ainda tenha sido dado aos pobres. Nesta época ele deve remover todo o restante dos dízimos de sua casa, dividi-los entre os pobres e recitar uma pequena prece.
Renovação nas Mitsvót (26:16-19)
Moshé dirige-se aos filhos de Israel e os alerta, que as Mitsvót da Torá devem ser cumpridas em todas as épocas e em todos os momentos, como se houvessem sido outorgadas neste exato momento. Neste contexto, Moshé aponta para a conexão especial entre o povo de Israel e Hashem.
Gal-Ed (27:1-10)
Para que a Torá seja lembrada, Moshé ordena levantar uma pilha de com pedras, que sirvam de testemunha entre Hashem e o povo. Primeiramente era preciso levantar uma pilha de doze pedras à margem ocidental do Jordão e sobre elas escrever palavras de Torá e depois levantar pilhas de pedras semelhantes no Monte Eibal e no Guilgal.
O bendito e o maldito (26:11-26)
Moshé descreve ao povo o ritual da benção e maldição sobre o qual aprendemos resumidamente na parashá Reê.
Após a travessia do Jordão, o povo se postará para um ritual dividido em três partes: seis das tribos se postarão no Monte Grizim – os representantes da benção; as seis outras tribos de postarão sobre o Monte Eibal – os representantes da maldição e no vale entre os dois montes se postarão os Levitas e os Cohanim, e com eles a Arca da Aliança com D-us. Os Levitas dirigem-se ao Monte Grizim e recitam as palavras de bênçãos, e todo o povo responde “Amén”. Depois disso, voltam-se para o Monte Eibal e recitam as palavras de maldição, e todo o povo responde “Amén”.
Eis os onze dizeres aos quais os Levitas se referem, parte sob forma de benção e parte sob forma de maldição:
- Aquele que serve idolatria.
- Aquele que menospreza seu pai e sua mãe.
- Aquele que “engana um cego” – com maus conselhos.
- Aquele que desvirtua a justiça do convertido, do órfão e da viúva.
- Aqueles que coabita com a mulher de seu pai que não é sua mãe, mesmo se já não forem casados.
- Aquele que coabita com animais.
- Aquele que coabita com sua irmã.
- Aquele que coabita com sua nora.
- Aquele que “golpeia seu colega em oculto” – falando lashon hará.
- Aquele que aceita suborno e discrimina o inocente.
- Aquele que não cumpre a Torá e suas leis.
Bênçãos para os que observam a Torá (28:1-14)
Aquele que ouve a voz de Hashem e cumpre Suas mitsvót obterá muitas bênçãos. Hashem o abençoará com filhos, com fartura no trabalho agrícola e pecuário, nos campos, nos pomares e vinhedos, derrotará os inimigos que se levantam sobre Israel, abençoará a todos com felicidade, sucesso cada vez mais.
Alerta para aquele que descumpre a Torá (28:15-69)
Do lado oposto às bênçãos prometidas por Moshé a quem cumpre as palavras da Torá, ele alerta diante do abandono da Torá e das Mitsvót. Detalhada e longamente, Moshé enuncia todas as maldições e doenças que cairão – D-us o livre – sobre Israel. No âmbito pessoal – na residência e no campo; e no âmbito nacional – no expurgo para o exílio, perseguição pelas nações, tragédias, escravidão, calamidades e enfermidades de todo o tipo.
A Torá resume todo este assunto e o denomina “Palavras de Pacto” – o pacto que Moshé consagrou junto ao povo de Israel, para que sejam mantidos por meio do Judaísmo.
geração dos filhos aceita e recebe (29:1-8)
Moshé louva a “geração dos filhos” para a qual se dirige, quarenta anos após a saída do Egito, às vésperas da entrada em Israel. Moshé lhes diz: “Até hoje D-us não vos deu um coração para saber, olhos para ver e ouvidos para escutar”. Em outras palavras, após a saída do Egito e durante as andanças pelo deserto e após a outorga da Torá no Monte Sinai, a geração que saiu do Egito, a geração do deserto, não interiorizou a sua proximidade especial e suas obrigações únicas como povo de Hashem. Mas agora, a geração de seus filhos, prestes a entrar em Israel, está mais madura, e pode compreender os grandes milagres, assim como sua ligação especial com o Altíssimo. Moshé pede ao povo que estude e seja constante no cumprimento da Torá.
Esta parashá contém 122 versículos.
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