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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Fica Frio!

 


Quando se trata de fazer uma hishtadlut (esforço), devemos nos esforçar ao máximo para cumprir o que devemos. Se tivermos sucesso, devemos agradecer Hashem por nos trazer berachá por nosso esforços. Se não tivermos sucesso, nós devemos aceitar de forma calma e feliz a vontade de Hashem. Se há mais esforços que podem ser feitos, devemos continuar tentando, mas com o pensamento que é Hashem que decidirá o resultado e que será o melhor resultado para nós.

Se, no entanto, a hishtadlut requer de nós que façamos algo errado, como magoar outra pessoa, ou fazer algo contra a Halachá ou gritar com alguém, então isto não é a hishtadlut que Hashem quer que façamos. Se esta for a única opção que nos resta, então temos que parar por aí, e mais uma vez, aceitar de forma calma e feliz a vontade de Hashem. Toda vez que mantivermos nossa serenidade porque acreditamos que Hashem está no controle, seremos recompensados por este alto nível de Emunah.

Rav Chaim Zaid contou que um dia, após ter dado um shiur em Yerushalayim, ele precisava pegar o onibus 402 para Bnei Brak para dar outro shiur. Ele tinha pressa, pois a viagem de onibus levaria uma hora, e ele tinha pouco mais de uma hora para chegar a tempo.

Ele esperou pacientemente pelo onibus e quando o onibus chegou, o motorista disse que não tinha lugar no onibus. O Rabino perguntou se ele podia ficar em pé, pois estava apressado. O motorista disse que não podia. O Rabino não discutiu, ele disse que era m’et Hashem e pacientemente esperou pelo onibus seguinte.

Três minutos depois, outro onibus chegou, o motorista disse que havia somente quatro lugares disponíveis. Havia quatro pessoas na frente do Rabino e elas subiram no onibus. O Rabino ficou lá, e atrás dele havia um homem que começou a ficar bravo. Ele gritou para o motorista, “Deixe-me subir, eu fico em pé.” O motorista negou seu pedido e ele ficou ainda mais bravo. O Rabino tentou acalmá-lo dizendo, “Não é o motorista; é Hashem. Ele dirige o mundo. Nós não devemos subir neste onibus e é isto. Não grite.” O outro homem não ficou impressionado. O Rabino estava tentando lhe dar uma aula de Emunah mas ele não queria ouvir. Alguns minutos depois, outro onibus chegou. Desta vez havia somente um lugar no onibus. O homem atrás do Rabino pulou no onibus em primeiro e colocou seu cartão para pagar. Se o Rabino não fosse um Ba’al Emunah ele teria tido um ataque. Ele educadamente disse ao motorista que era ele que estava em primeiro na fila. O motorista disse, “Me desculpe, mas vale aquele que paga.” Então novamente o Rabino disse “M’et Hashem” e calmamente e pacientemente esperou pelo onibus seguinte mesmo que o tempo já estivesse se esgotando.

Ele nunca perdeu a calma, o que é um sinal de um verdadeiro Ba’al Emunah. Alguns minutos mais tarde o onibus seguinte chegou e desta vez, havia somente uma pessoa no onibus inteiro. O Rabino tinha todo o espaço que quisesse. A viagem foi tranquila, e eles chegaram na hora certa. Durante o caminho o Rabino percebeu que o onibus anterior (no qual o outro rapaz subiu à sua frente) havia quebrado. Eles estavam todos fora do onibus esperando pelo próximo. 

Na maioria das vezes nós não vamos ver os benefícios por estarmos atrasados ou por negarem algo para nós. Mas sempre temos a oportunidade de agir de forma digna com Emunah, reconhecendo que é Hashem que está no controle. Nós podemos sempre nos fortalecer pensando, que com certeza, Hashem tem o melhor motivo para estar suscitando estes resultados.

Há uma história na biografia do Rav Moshe Feinstein da Artscroll. Em um cartão postal que foi enviado para seu Rebbe, Rav Isser Zalman Meltzer, ele escreveu a respeito de seus esforços ao deixar a Russia em 1929. Em um primeiro momento, o governo anunciou que somente por um dia vistos de saída seriam dados para qualquer um que se inscrevesse. Naquela manhã de inverno glacial, Rav Moshe levantou às cinco horas da manhã e ficou na fila com centenas de outras pessoas. Às 23 horas, com apenas duas pessoas na sua frente, encerraram as inscrições. Imagine ficar em uma fila durante dezoito horas esperando poder escapar de condições terríveis na Russia, e quando é a sua vez, eles encerram as inscrições. Somente um Ba’al Emunah poderia ter ficado em pé por horas a fio e no final, dizer que foi me’et Hashem. Eu precisava estar nessa fila por alguma razão, uma boa razão, e não chegou a hora de deixar a Russia ainda. As recompensas por permanecer calmo e acreditar em Hashem naquele momento são infinitas. Dois dias depois ficaram sabendo que todos que se inscreveram naquele dia foram enviados para a Siberia. 

Novamente, na maioria das vezes nós não veremos o bem evidente nestes tipos de situação. Mas o fato de sabermos que Hashem está sempre tomando as decisões, deveria nos dar uma sensação de tranquilidade e a capacidade de sempre agir com honra e dignidade.

 

                                                                        -- Rav David Ashear

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