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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Estamos Entrando nas "Três Semanas" que antecedem 9 beAv!

Meór HaShabat Semanal                                                                                
     
A história é contada que, certa vez, o imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) ouviu lamentos e gritos vindos de uma sinagoga. Querendo saber o motivo, vieram lhe informar que aquele era o dia de Tishá BeAv e que os Judeus estavam chorando pela destruição de seu Templo em Jerusalém. Como eu não ouvi sobre isto? Por que não me informaram? Quando aconteceu?, perguntou Napoleão. Quando descobriu que o fato ocorrera quase 1.700 anos antes, Napoleão falou: Uma nação que recorda seu Templo destruído e lamenta tão profundamente e por tanto tempo sua perda, certamente sobreviverá e terá o mérito de tê-lo reconstruído novamente! Por que os Judeus relembram o Templo de Jerusalém e lamentam a sua perda até os dias de hoje?

Napoleão e os Judeus

           Ao conhecermos e entendermos a nossa história, poderemos colocar nossas vidas na devida perspectiva: poderemos entender a nós mesmos, ao nosso povo, nossas metas e nossos valores. Saberemos a direção de nossas vidas, o que queremos conseguir e o que estamos prontos a suportar para atingir o nosso destino.  Há uma frase famosa de um filósofo do século XIX que resume bem este conceito: Se você tem um porquê pelo que viver, conseguirá suportar qualquer como!
           Estamos para entrar num período do calendário Judaico conhecido como As Três Semanas – o período entre o dia 17 do mês hebraico de Tamuz (terça-feira, 11 de julho) e o dia 9 do mês de Av (que se inicia segunda-feira à noite, 31 de julho). É um período tão desfavorável em toda nossa história, que o Shulchan Aruch, o Código das Leis Judaicas, nos aconselha a adiar processos judiciais e proíbe até a realização de casamentos. Também não cortamos o cabelo, não compramos ou vestimos roupas novas, não ouvimos música nem fazemos viagens por recreação. É um período de introspecção, com pensamentos voltados a corrigir nossos erros ou maus comportamentos na vida. Durante este período, ambos os Templos, em Jerusalém, foram destruídos.
           Mas por que lamentamos a perda destes Templos depois de tantos anos? O que eles significaram e significam para nós, habitantes do século 21?
           O Templo Sagrado de Jerusalém era o centro focal do Povo Judeu. Três vezes ao ano – em Pessach, Shavuót e Sucót – os Judeus que moravam em Israel e nas vizinhanças vinham orar e celebrar no Templo. Ele nos oferecia uma tremenda oportunidade de nos aproximarmos do Criador, de nos elevarmos espiritualmente. Ele representava o propósito do Povo Judeu na Terra de Israel: ser um Povo sagrado, unido com o Todo-Poderoso em nossa terra, um estado Judaico. Isto é o que ansiamos por recuperar e é por isto que lamentamos e relembramos a perda do que uma vez tivemos.
           Cinco calamidades ocorreram no dia 17 de Tamuz:
1) Moshe quebrou as primeiras pedras (não eram Tabuas da Lei, mas Pedras da Lei) contendo os 10 Mandamentos, quando desceu do Monte Sinai e viu o povo idolatrando o Bezerro de Ouro;  
2) A Oferenda Diária (Corban Tamid) parou de ser realizada no Primeiro Templo;  
3) Romperam-se as muralhas de Jerusalém, durante o cerco à cidade, na época do 2º. Templo;    
4) Apóstomo, o Perverso, um oficial romano, queimou um Sefer Torá (Rolos da Torá);   
5) Um ídolo foi colocado no Santuário do Segundo Templo.
           17 de Tamuz é um dia de jejum, e este ano cai na terça-feira, 11 de julho. O jejum começa cerca de 1 hora antes do nascer do sol e se estende até cerca de 1 hora após o por do sol (às 5:32 h da manhã e se encerra às 18:05 h – horários da cidade de S. Paulo). O propósito do jejum é despertarmos nossos corações para o arrependimento, ao relembrarmos os erros de nossos antepassados, que acarretaram tantas tragédias, e nossa repetição dos mesmos erros. O jejum é a preparação para o arrependimento – para quebrar a dominação do corpo sobre o nosso lado espiritual. A pessoa deve se engajar num autoexame e tomar a resolução de corrigir seus erros em suas relações com D'us, com as pessoas que convive e consigo mesma.
O que podemos ler para ganhar mais conhecimento, entendimento e perspectiva sobre quem é o Povo Judeu e sua importância? O primeiro passo com certeza é ler A Lei de Moisés, a Bíblia e o livro Dezenove Cartas, escrito pelo Rabinoalemão Samson Raphael Hirsh 



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