Meu querido! Minha querida! Você precisa saber que não há sucesso na vida conjugal sem que haja muita paciência. A natureza do homem é diametralmente oposta à da mulher. Se os dois souberem arquivar suas diferenças e forem constantemente pacientes uns com os outros, seu casamento será uma ilha de felicidade e amor, um verdadeiro paraíso, como foi o de Adão com Eva antes de pecarem; os dois não viam ou sentiam nada que não fosse puramente Divino e isto qualquer um de nós também pode conseguir – se souber ser paciente.
O esposo precisa saber tolerar tudo o que lhe fizer a mulher, mesmo que não seja do seu agrado. É preciso que o marido seja paciente com sua esposa e a julgue favoravelmente, pois é seguro e certo que ela não deseja seu mal, embora não saiba que o possa estar ferindo com seu modo de falar ou de agir. Se isto acontecer, não pule sobre ela cheio de fúria, ofendendo-a e humilhando-a. Pelo contrário, haja com paciência, pois "a paciência vence". Explique a ela com carinho e palavras doces: "Minha querida esposa, você está me magoando com tuas palavras; por que deveríamos brigar, quando podemos acertar todas as nossas diferenças pacificamente? Por favor, me ajude!"
Adquirir paciência no casamento não leva um ou dois dias, uma ou duas semanas, pode levar anos!
Mas se o homem for paciente com sua mulher – "a paciência vence", e no final das contas ele conseguirá conquistar seu coração. O contrário também é certo: quando o marido é rude com a esposa, não lhe poupando críticas, gritando com ela etc., a mulher pode mudar radicalmente o comportamento dele se agir com paciência e souber tolerá-lo, mesmo sabendo que isto não lhe é fácil, pois não raro seu esposo pode ser violento, D-us não o permita, mas o divórcio não é solução, porque destrói a vida dos filhos.
O melhor é suportar, suportar e suportar tudo o que houver, porque no final, "a paciência vence".
A mulher não deve ligar para o que o esposo lhe faz, falando-lhe de modo carinhoso: "Meu querido, por que está me humilhando, gritando comigo deste jeito? Por que não conversamos com calma? Por favor, não me humilhe na frente das crianças ou da minha família".
Se a mulher for paciente e souber contornar o marido, no final, "a paciência vence", porque quando adquirimos esta virtude dentro da vida conjugal – tanto o marido quanto a mulher, os dois vencem seus desafios e se tornam tanto prósperos quanto felizes. Seu lar será exatamente como o de Adão e Eva antes do pecado e os dois se alegrarão com a constante Presença Divina que pairará sobre este lar, estando sempre diante de Hashem, que revive, reanima e provê todas as Suas criaturas. Os dois então perceberão quer tudo é Divino e que a Divindade é tudo, logrando reconhecer que, na verdade, quanto cada um de nós vive neste mundo? Setenta ou oitenta anos, como disse o rei David? Quantos já vivemos? Quanto ainda nos faltariam!? Por que, então, não fazer as pazes? Por que não viver o resto dos nossos dias com paz e tranqüilidade?
A este resultado só podemos chegar com muita paciência, pois "a paciência vence". Para isto é preciso agir com grande obstinação – tanto o marido quanto a mulher: os dois devem trabalhar seus espíritos para adquirir cada vez mais esta virtude e não devem, de modo algum, deixar-se levar pelos ânimos ou pelo estado nervoso, nem devem insultar-se e humilhar-se mutuamente; evitando assim todo e qualquer tipo de brigas.
Se os dois trilharem este caminho, seu lar será um verdadeiro paraíso e os dois jamais sentirão vontade ou necessidade de deixar seu lar, pois seu casamento tudo lhes proverá tudo o que precisam: tranqüilidade e paz de espírito, alegria de viver e vontade de cultivar cada vez mais o paraíso que com tanta paciência conseguiram criar. Tudo isto é possível de se conseguir, se soubermos fazer tudo com paciência, pois "a paciência vence"!
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