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Quem sou eu
- Paulinho Rosenbaum
- Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)
Posso desejar Mazal Tov em Tisha B'Av ?
Meór HaShabat Semanal - pré 9 beAv
Qual o dia mais triste da vida de uma pessoa?
Provavelmente é o dia do falecimento de um parente mais próximo (pai, mãe,
irmão, irmã, filho, filha ou cônjuge). E se a pessoa não sente nenhuma tristeza
pelo falecimento de seu parente próximo? Então certamente deveria se sentir
triste por sua falta de apreço e por sua incapacidade de sentir a emoção
apropriada.
Dia 31 de julho, 2a feira à noite, iniciando-se com o
nascer das estrelas, até o anoitecer de 3a feira, é quando Tishá BeÁv, o 9o. dia do mês Judaico
de Av, é observado. (Em S.
Paulo , o jejum se inicia às 17:43 hs de 2a feira e se encerra às 18:14 hs de 3a feira).
Tishá
BeÁv é o dia mais triste do calendário Judaico. O que a pessoa deve fazer
se não tem nenhum sentimento em especial por Tishá BeÁv? Se for Judia e
se se identifica com o Judaísmo, então lhe cabe descobrir o porquê de nós, como
um Povo, estarmos de luto neste dia. O que perdemos nesta data? O que ela
significa para nós? O que devemos fazer para recuperar o que perdemos? No
mínimo deveríamos sentir muito pelo fato de não sentirmos nenhum pesar nesta
data.
Em 1967, paraquedistas israelenses
capturaram a Cidade Velha de Jerusalém e abriram caminho até o Muro das
Lamentações (Kotel
HaMaaravi - www.aish.com/wallcam/). Muitos dos soldados religiosos
estavam tomados de emoção e encostaram-se no Muro, orando e chorando. Um pouco
afastado do Muro estava um soldado não religioso que também estava chorando.
Seus colegas perguntaram: “Por que você está chorando? O que o
Muro representa para você?” O
soldado respondeu: “Estou chorando por não saber por que
deveria estar chorando!”
O dia
de Tishá BeÁv é observado para lamentarmos a perda dos dois Templos
Sagrados de Jerusalém. Qual foi a grande perda resultante da destruição dos
Templos? Foi a perda do sentimento da presença Divina entre nós. O Templo era
um local de orações, espiritualidade, santidade e milagres a céu aberto. Era a
parte mais importante do Povo Judeu, o ponto focal da identidade Judaica. Três
vezes ao ano (Pessach, Shavuót e Sucót) todo Judeu ascendia ao Templo. Sua
presença permeava todos os aspectos da vida Judaica: o planejamento do ano, o lado para onde a pessoa se voltava para
rezar, onde recorria por justiça ou para estudar Torá, onde trazia certos
dízimos, etc.
Neste
mesmo dia, através da História, muitas tragédias aconteceram com o Povo Judeu,
incluindo:
1. O incidente com
os espiões difamando a Terra de Israel, com o consequente decreto para vagarem
pelo deserto por 40 anos.
2. A destruição do
Primeiro Templo, em Jerusalém, por Nevuchadnétzar, Rei da Babilônia.
3. A destruição do
Segundo Templo, em Jerusalém, pelos romanos, no ano 70 E.C.
4. A queda da cidade
de Betar e o fim da revolta de Bar Kochvá contra os romanos, 62 anos depois, no
ano 132 E. C.
5. Os Judeus da
Inglaterra são expulsos em 1290.
6. Iniciam-se as
Primeiras Cruzadas. Dezenas de milhares de Judeus são mortos e muitas
comunidades por toda a Europa, completamente destruídas.
7. Os Judeus da
Espanha são expulsos em 1492, dando início à Inquisição Espanhola.
8. A
Primeira Guerra Mundial irrompeu em Tishá BeÁv de 1914, quando a Rússia
declarou guerra contra a Alemanha. O ressentimento alemão após ter sido
derrotado criou o palco para o Holocausto.
9. Começa a deportação
dos Judeus do Gueto de Varsóvia.
Tishá BeÁv é um dia de jejum (com a mesma duração que Yom Kipur: do anoitecer de um dia até o
anoitecer do dia seguinte) que culmina e encerra as Três Semanas de luto do
Povo Judeu. Neste dia somos proibidos de comer e beber, banhar-nos, usar
cremes, loções ou óleos, calçar sapatos de couro ou manter relações conjugais. A ideia é minimizar o prazer e fazer o corpo
sentir o desconforto que a alma deveria sentir em relação a tragédias como
estas. Como em todos os dias de jejum, o objetivo deste dia é a introspecção,
fazendo um balanço espiritual e corrigindo nossos caminhos – o que em Hebraico
é chamado Teshuvá, o retorno para o caminho do bem e da honra. Os Tefilin
são colocados somente na parte da tarde, após as 13:00 hs.
Teshuvá
é um processo de quatro etapas:
1) Precisamos nos conscientizar das
coisas erradas que fizemos e nos arrepender de tê-las feito. 2) Precisamos parar de fazer estas
transgressões e corrigir quaisquer danos que possamos ter causado. 3) Devemos aceitar sobre nós não
repetir o erro novamente. 4)
Precisamos, verbalmente, pedir ao Todo-Poderoso que nos desculpe.
Na noite de Tishá BeÁv lemos
na sinagoga a Meguilá Eihá (pronuncia-se Eirrá), o livro das
Lamentações, escrito pelo profeta Yrmiáhu (Jeremias). Também recitamos as Kinót, poemas especiais recontando as tragédias que aconteceram com
o Povo Judeu durante toda a História (Disponível em www.artscroll.com/Products/KPAP.html). Com o ambiente à meia luz,
sentamo-nos em almofadas ou pequenas banquetas em sinal de luto.
O estudo da Torá é o coração, a alma
e o sangue do Povo Judeu. É o segredo de
nossa sobrevivência. Estudar leva ao entendimento e o entendimento leva à ação.
Uma pessoa não consegue amar aquilo que não entende. Estudar Torá nos dá uma
grande satisfação ao nos proporcionar a oportunidade de entendermos nossas
vidas. Em Tishá BeÁv somos proibidos de estudar Torá, com exceção
daquelas partes que tratam sobre as calamidades que o Povo Judeu tem sofrido.
Precisamos parar, refletir, mudar a nós mesmos e, somente assim, estaremos
aptos a fazer deste um mundo melhor.
Durante toda a nossa História
passamos por Holocaustos, Pogroms, Cruzadas e outros massacres. Isto por si só
já nos faria despertar a seguinte pergunta: “Por que nossos
ancestrais tão persistentemente insistiram em se manter Judeus quando, com
poucas palavras, poderiam ter se convertido – exceto durante o Holocausto – e
salvado suas vidas e a de seus familiares? O que eles sabiam que não sabemos? O
que precisamos então saber?” Para aprender mais, clique em www.aish.com/holidays
(em inglês) ou www.aishlatino.com/h/9av/ (em espanhol).
O Generoso Chefão
O filme "O poderoso chefão" começa com esta cena:
No casamento da filha, o padrinho (chefe da máfia) faz um favor a cada convidado.
Um dos convidados pede que tire seu filho da cadeia porque seu advogado não está conseguindo.
- Porque não veio até mim antes de ir ao advogado? Indaga Don Corleone.
O homem em questão ficou sem resposta e constrangido.
Agora teria de colocar a própria vida nas mãos do mafioso para ter o filho solto.
Paralelamente, alguns de nós só se lembram de D-us quando estão em alguma enrascada.
Mas Ele disse na Sua Torá o que devemos fazer para que Ele esteja sempre ao nosso lado.
Devemos ir a Ele antes de colocar nossas vidas nas mãos de pessoas em carne e osso,
falíveis e que nem sempre corresponderão aos nossos anseios.
Por ser um dia importante para ele, o mafioso terminou por conceder o favor ao convidado
e tirou o filho dele de trás das grades, não sem antes deixar claro que um dia poderia vir cobrar a fatura.
Hashem está sempre perto de nós e quer nos conceder favores, e sem cobrar nada por isso,
senão fazer bem aos outros, a nós mesmos e que observemos as Suas Mitsvót.
Precisamos ir a Ele antes de ir a outros humanos.
Somos nós que O servimos e não Ele que nos serve.
Capisce?
Mensagem da Parashá - Dvarim - ONG TORÁ
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Há controvérsias...
O termo hebraico para controvérsia ou divergência, é Machlóket - מחלוקת.
(nota: o fonema ch em hebraico é lido como rr de carro ou j em espanhol).
Uma característica conhecida do idioma hebraico é que o significado das palavras traduz-se nas próprias letras que a formam.
Assim, o termo Machlóket vem do hebraico Chélek - חלק - que significa parte.
Uma Machlóket é válida, quando as opiniões diferem por focar em diferentes partes de um mesmo todo, mas não necessariamente se conflituam. Do contrário, tratar-se-ia de um embate e não de uma controvérsia.
O Talmud cita dois tipos de Machlóket:
Exatamente. Mas como o objetivo de Côrach era provocar Moisés e questionar sua liderança, ele terminou por discutir com sua gente e arrastar a todos para um final infeliz.
Que nossas divergências sejam sempre em nome dos Céus.
(nota: o fonema ch em hebraico é lido como rr de carro ou j em espanhol).
Uma característica conhecida do idioma hebraico é que o significado das palavras traduz-se nas próprias letras que a formam.
Assim, o termo Machlóket vem do hebraico Chélek - חלק - que significa parte.
Uma Machlóket é válida, quando as opiniões diferem por focar em diferentes partes de um mesmo todo, mas não necessariamente se conflituam. Do contrário, tratar-se-ia de um embate e não de uma controvérsia.
O Talmud cita dois tipos de Machlóket:
- Machlóket leshêm Shamáyim (em nome dos Céus)
- Machlóket she'ló leshêm Shamáyim (em nome de si próprio/a).
- Que Machlóket é feita em nome dos Céus? Aquela entre os Sábios Shamai e Hilel. Ambos divergiam sobre a ordem do ascendimento das velas de Chanucá, a ordem do Kidush no Shabat, o valor mínimo dado à noiva em sua boda, etc.
- E qual não honra os Céus? Aquela que existiu entre Côrach (Corá) e sua gente. Ora, Côrach divergiu de Moisés, não de sua gente!
Exatamente. Mas como o objetivo de Côrach era provocar Moisés e questionar sua liderança, ele terminou por discutir com sua gente e arrastar a todos para um final infeliz.
Que nossas divergências sejam sempre em nome dos Céus.
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Sobre a machloket de Beit Shamai e Beit Hilel ouvi algo incrível. Logo após uma discussão sobre ibum, onde o resultado dessa discussão é uma divergência gigante, a tal ponto que, de acordo com um o casamento do outro é passul (!) e vice-versa, a Mishná faz questão de dizer: "E apesar disso, não deixaram de casar entre si" (Yevamot 1;4).
Ou seja, apesar de haver uma divergência de opiniões a ponto de, de acordo com a opinião de Beit Shamai, o casamento de Beit Hilel ser inválido, não deixaram de se casar!
Isso nos mostra como os dois lados tinham humildade e entendiam que o outro lado (o outro chelek) também buscava a verdade e servir a D'us de forma sincera.
É essa humildade e compreensão que faltou a Corach, de acordo com Chachamim
Sobre a machloket de Beit Shamai e Beit Hilel ouvi algo incrível. Logo após uma discussão sobre ibum, onde o resultado dessa discussão é uma divergência gigante, a tal ponto que, de acordo com um o casamento do outro é passul (!) e vice-versa, a Mishná faz questão de dizer: "E apesar disso, não deixaram de casar entre si" (Yevamot 1;4).
Ou seja, apesar de haver uma divergência de opiniões a ponto de, de acordo com a opinião de Beit Shamai, o casamento de Beit Hilel ser inválido, não deixaram de se casar!
Isso nos mostra como os dois lados tinham humildade e entendiam que o outro lado (o outro chelek) também buscava a verdade e servir a D'us de forma sincera.
É essa humildade e compreensão que faltou a Corach, de acordo com Chachamim
Parashá Matot/Massaei esmiuçada - Beit Hassofer.
Assuntos Principais da Parashá Matot
Votos e juras (30-2:17)
Moshé reúne os chefes das tribos e descrimina todas as leis referentes aos votos e juras, para que possam aprender os filhos de Israel.
A base de todo este tema é o mandamento “Quando um homem fizer um voto ao Eterno... não profanará a sua palavra. Como tudo que saiu de sua boca, assim fará”. Se uma pessoa faz algum tipo de voto ou promessa, o não cumprimento daquilo com o qual se comprometeu é uma profanação das próprias palavras.
Se uma moça jovem ainda vive na casa de seu pai, é dele que depende o cumprimento dos seus votos. Quando ela amadurece e se casa, seus votos passam a depender do acordo de seu esposo. Nestes dois casos, se pai ou esposo não concordarem com o cumprimento de uma promessa, ela pode ser anulada (Atarát neder).
Israel na chegada dos Judeus após 40 anos no deserto. |
Moshé vinga-se de Midian (31:1-12).
Na parashá anterior – Pinchas – a Torá assinalou o povo midianita como inimigo de Israel, por culpa do enorme estrago que lhe causaram. Agora Hashem manda que Moshé, antes de sua morte, vingue o povo de Israel nos midianitas.
Moshé rabeinu recruta mil israelitas de cada uma das tribos, num total de doze mil homens. Á frente deles marcha Pinchas filho de Elazar Hacohen, que transporta consigo a Arca da Aliança para o campo de batalha, assim como a tiara sagrada do Sumo Sacerdote e as trombetas.
O povo de Israel sai vitorioso da guerra contra os midianitas, queima suas cidades, mata seus homens e seus cinco reis, assim como o perverso Bilam. Mulheres, crianças e o espólio de guerra são recolhidos e levados até o acampamento israelita.
Moshé zanga-se com seus comandantes militares (31:13-24)
Moshé zanga-se por haverem trazido as moças de midian para o acampamento, as mesmas que haviam feito os israelitas pecar. Por isso Moshé manda matar todas as mulheres adultas assim como os homens. Ordena também que todos os que guerrearam se purifiquem antes de adentrarem o acampamento, por terem se impurificado com os mortos na guerra.
Elazar Hacohen explica aos comandantes como devem proceder para purificar os espólios de guerra dos midianitas idólatras. Os metais devem ser chamuscados a fogo, enquanto os materiais que não podem ser chamuscados devem ser imersos num Micvê. Os utensílios apropriados dos midianitas [assim como de todos os povos idólatras] só poderiam ser utilizados pelos judeus após terem sido purificados segundo as regras estabelecidas nesta parashá.
A divisão do espólio e as doações (31:25-34)
O Altíssimo ordena a Moshé que contabilize o espólio tomado dos midianitas. Hashem fixa também o modo como ele deve ser dividido: metade para os guerreiros e metade para o restante da população. Os guerreiros devem recolher 1/500 de sua parcela como doação para os Cohanim e a população deve recolher 1/50 de sua parcela como doação para os Levitas.
A Torá relata em pormenores os itens tomados como espólio de guerra, assim como o dividendo estipulado para os Cohanim e Levitas.
Durante a divisão, os militares se dirigem a Moshé, expressando sua vontade de entregar todas as jóias de prata e ouro pilhadas, como doação para Hashem. Esta oferenda tem por meio agradecer a D-us pelo fato de todo os guerreiros terem retornado ilesos ao acampamento. Moshé e Elazar aceitam de bom grado esta oferenda e levam todas as jóias à Tenda da Reunião, para servirem de mostra e lembrança do milagre que lhes ocorreu e sua conseqüente oferenda de agradecimento.
A possessão de terra das tribos de Gad, Reuven e metade da tribo de Menache (32:1-42)
As tribos de Gad e Reuven, cujos rebanhos eram numerosos, pedem para ficar com a margem leste do Jordão, local rico em pastagens. Moshé vê neste pedido uma tentativa de evadir da obrigação de entrar para a Terra de Israel do lado oeste, um processo que exigiria anos de luta e de organização das possessões das tribos. Moshé lembra-os do episódio dos espiões, que tentarem induzir os corações do povo a não entrarem na terra e como haviam sido severamente punidos por isto. Moshé compara seu pedido ao pecado dos espiões.
Os representantes das tribos esclarecem a Moshé não ser esta a sua intenção. Pelo contrário, eles pretendiam alistar-se à frente das demais tribos para adentrarem o lado ocidental da terra de Israel e conquistá-la [para todo o povo].
Moshé se convence da idoneidade destas palavras e lhes propõe um trato condicional: se passarem para o lado oeste do Jordão e ajudarem seus irmãos a guerrear, terão então o direito de se assentarem do lado leste de Israel. Do contrário, não receberão o lote pleiteado. Moshé transmite estas palavras a Iehoshua bin Nun, líder encarregado de conduzir o povo na entrada a Eretz Israel.
Sob as instruções de Moshé, as tribos de Gad, Reuven e metade da tribo de Menashe erguem cidades para suas mulheres, filhos e rebanhos, quando eles próprios fazem os preparativos para cruzarem o Jordão adiante de todo o povo.
Esta parashá contém 112 versículos.
Assuntos Principais da Parashá Massê
Total das jornadas dos filhos de Israel pelo deserto (33-1:49)
A parashá Massaê, ligada este ano à parashá Matot, encerra o livro Bamidbar, o quarto Chumash da Torá.
A Torá relata as 42 jornadas e paradas pelas quais passaram os filhos de Israel durante quarenta anos de peregrinação pelo deserto, a partir da saída de Ramsés no Egito no dia 15 de Nissan, deixando para trás os egípcios, que enterravam seus mortos, até estacionarem no Jordão nas planícies de Moav.
Ao longo da descrição das jornadas, a Torá vê por bem relembrar um único episódio: o falecimento de Aharon no quadragésimo ano após a saída do Egito, no primeiro dia do mês de Av, aos 123 anos de idade. A Torá menciona indiretamente que, como decorrência da morte de Aharon, os cananitas decidem atacar Israel, aproveitando-se da morte do Tsadik.
Evacuar a terra de estrangeiros e divindades (33:50-56).
O Todo-poderoso ordena a Moshé que envie uma mensagem importante aos israelitas antes de entrarem na Terra Prometida: para nela poderem viver com tranqüilidade e segurança, será preciso expulsar os inimigos e destruir seus objetos de idolatria. Se não o fizerem de modo integral, os remanescentes se tornarão com o tempo hostis a Israel, e suas adorações terminarão por seduzir e fazer pecar o povo judeu.
As fronteiras da Terra Prometida (34:1-15)
Hashem delineia para Moshé as fronteiras de Israel – segundo as quais deve direcionar seus planos de conquista. O país dentro destes limites servirá de assentamento para nove tribos e meia – excetuando as duas tribos e meia que assentarão o lado leste do rio Jordão.
Os dirigentes que dividirão a terra (34:16-29).
Antes de começarem a conquista da terra, Hashem determina os líderes que farão sua partilha entre as tribos de Israel. De acordo com esta determinação, Elazar Hacohen e Iehoshua bin Nun encabeçarão a partilha, e sob sua liderança estarão os príncipes das tribos, cujos nomes são descritos pela Torá.
A possessão da tribo de Levi (30:1-8)
Os Levitas não tomaram posse da terra assim como as demais tribos. Suas terras não incluíam campos para pastagem e plantio, pois eles se dedicavam integralmente ao serviço do Templo e ao estudo da Torá. Por este motivo terão de assentar-se nos terrenos em torno de cada cidade de Israel, assim como em outras 48 cidades-dormitório, além de seis cidades cuja finalidade era servir de refúgio a homicidas culposos (que mataram não intencionalmente), como a Torá menciona a seguir.
Cidades refúgio (35:9-34)
A Torá faz uma distinção entre o crime doloso (intencional), que deve ser submetido a julgamento e sujeito a pena capital se for considerado culpado, e o crime não intencional, ou culposo. O homicida culposo não é indiciado, mas pode ser morto pela família da vítima, afoita por vingar seu falecido. Para salvar-se deste tipo de vingança, o homicida poderia refugiar-se numa das seis cidades refúgio – três do oeste e três do lado leste do rio Jordão. Neste caso, era proibido aos membros da família da vítima entrar na cidade para matá-lo. O refugiado poderia retornar à sua cidade com segurança somente após a morte do Sumo Sacerdote daquela geração. Caso deixasse a cidade antes disto, poderia ser morto pela família da vítima.
A Torá descreve aqui algumas leis concernentes os tipos de crime em caso de morte e algumas regras segundo as quais alguém poderia ser indiciado por assassinato.
As filhas de Tselofchad – casamento endogâmico (36:1-13)
Após o veredito, como mencionado na parashá Pinchas – que as filhas de Tselofchad tinham direito à partilha da terra, por serem herdeiras de uma família sem filhos homens, os membros de sua tribo dirigem-se a Moshé apelando para que elas não se casem com filhos de outras tribos, para que suas terras não passem de uma tribo à outra. Moshé aceita seu argumento e determina que as filhas de Tselofchad, assim como outras mulheres em situação semelhante, poderiam se casar com quem lhes aprouvesse, conquanto fossem da mesma tribo. Para que terras herdadas por mulheres não passassem de uma tribo à outra.
De fato, as filhas de Tselofchad terminaram por se casar com seus primos, da mesma tribo.
Esta parashá contém 132 versículos.
R.Shmuel Lancry
989312690-
ONG TORÁ NEWSLETTER-Matot-Mass'ei-Shabat Mevarchim
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