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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

180°: Um Plano totalmente diferente! - 12 de Abril, 2021 - Rosh Chodesh Iyar, 5781

 




180°: Um Plano totalmente diferente!


Nós nos envolvemos em hishtadlut (esforço), mas é Hashem que determina o resultado. O que podemos achar que é ruim, Ele sabe que é bom. Se conseguirmos confiar Nele ao longo do caminho, isso nos ajudará, tanto emocionalmente, quanto espiritualmente.
 
O homem é capaz de fazer hishtadlut em todas as situações, mas a decisão final depende sempre de Hashem. Muitas vezes podemos sentir que nossas ações vão render resultados, mas Hashem pode ter em mente planos completamente diferentes.
 
Midrash, no começo da Parashat Vayeshev, cita um passuk de Yirmyahu no perek 29 que retrata essa ideia. Diz o passuk   'כי אנכי ידעתי את המחשבות אשר אני חושב עליכם נאום ה ת - Pois Eu sei os pensamentos que penso sobre vocês – Hashem nos diz que podemos ter muitas ideias em nossas mentes sobre o que estamos realizando, mas as ideias de Hashem são as que prevalecerão." 
 
Continua o Midrash, descrevendo um cenário no qual várias pessoas tinham planos diferentes, e Hashem estava orquestrando todos eles em Seu plano maior. Explica o Midrash que as Shevatim, os 12 Tribos, estavam envolvidas na venda de Yossef; Yossef estava sofrendo por ser vendido como um escravo; Reuven estava sofrendo pelo que aconteceu com Yossef; Yehuda deixou seus irmãos e foi se casar; e Hashem estava envolvido em trazer a luz do Mashiach ao mundo.
 
Às vezes as coisas parecem muito sombrias e não entendemos por que acontecem. Nessas horas, precisamos reservar um momento para nos fortalecer, percebendo o que Hashem está orquestrando para realizar o Seu plano.
 
Eu ouvi uma história que foi contada em nome do Rav Ephraim Wachsman. Tratava-se do avô da esposa do Rabino. Quando os Nazistas entraram em Viena, ele fugiu com sua esposa e seus três filhos para Bayon, na França. Haviam muitos outros refugiados também tentando escapar. Eles tinham que viajar para mais longe para se salvarem, mas não sabiam como sair de França. Ele queria desesperadamente chegar à Inglaterra, um lugar onde acreditava que ficariam protegidos.
 
Viu um marinheiro e perguntou-lhe para onde seu navio estava indo. O marinheiro respondeu que partiria para a Inglaterra no dia seguinte. Ele, então, implorou para que ele o levasse junto com a sua família. O marinheiro disse: “Claro, sem problemas, vocês podem ir junto. Pode trazer quantas pessoas quiser, tenho espaço de sobra. O problema é que você vai precisar de um visto para entrar na Inglaterra, e a única maneira de conseguir é na Embaixada Inglesa, mas, boa sorte, porque todos estão tentando a mesma coisa.”
 
O homem rezava para Hashem enquanto caminhava por quilômetros, quando viu uma multidão com centenas de pessoas em frente à Embaixada, que eram empurradas pelos guardas, falando: “Não podemos mais dar vistos.” Ele olhou para o céu e novamente pediu ajuda para Hashem. De repente, uma forte chuva começou a cair, com trovões e relâmpagos. As pessoas começaram a correr para todas as direções. Ele conseguiu abrir caminho no meio da multidão, até chegar à frente da porta do Consulado. Ele se aproximou e viu o homem que dava os vistos, sozinho na sala. Foi como um milagre. Ele começou a chorar: “Por favor, carimbe nossos passaportes, o da minha esposa, dos meus filhos e o meu. Você nos dará vida.”
 
Ele respondeu: “Okay, okay, vou fazer isso para você.”
 
Ele foi tirar os passaportes do bolso, mas eles não estavam lá. Foi então que ele percebeu que tinha esquecido os passaportes a quilômetros de distância. Naquele momento, ele disse em voz alta: “Essa é a pior coisa que já me aconteceu.” E em seguida desmaiou.
 
O cônsul o ajudou a se levantar e perguntou o que havia de errado. Ele contou que tinha esquecido os passaportes e que precisava deles, caso contrário morreria. Chorava amarguradamente. O cônsul falou: “Pare, vou ajudá-lo. Não se preocupe. Vou dar a você um pedaço de meu papel de carta com o emblema britânico e escreverei com minhas próprias palavras: Declaro, a quem possa interessar, que as pessoas relacionadas desse papel, estão autorizadas a ingressar na Inglaterra.” Ele carimbou e deu o papel ao homem.
 
Ele agradeceu profusamente e, assim que saiu daquele escritório, se deu conta de que todo Judeu deveria estar naquele papel. Ele saiu correndo pelas ruas e encontrou centenas de Judeus, escrevendo seus nomes em cada centímetro do papel. Ele apareceu no dia seguinte com uma congregação inteira de pessoas e deu vida a todas elas. Desde aquele dia, seus filhos e netos se tornaram conhecidos. O que este homem pensou ser o pior momento de sua vida, foi Hashem preparando o caminho para salvar gerações de pessoas, ao invés de apenas ele e sua família.

Fazemos nossa Hishtadlut mas Hashem é quem determina o resultado. O que parece ser ruim em nossos olhos, pode acabar sendo o melhor. Se confiarmos Nele ao longo do caminho, isso nos ajudará emocionalmente e espiritualmente.

 


                                                                         -- Rav David Ashear  

 

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